Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

heey galera, que bom que ainda acompanham a fic *-*
bem, mais um capítulo.



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- Kera, por que não nos contou isso? – Sam perguntou.

Eu ponderei as ideias e vi que eu não precisava responder aquilo. Por que? Por que eu não os conhecia e nem sabia o que faziam da vida, só por eles terem me dado carona eu deveria me abrir e dizer que eu tinha matado meu próprio irmão?

Não, eu não faria isso nem que minha vida dependesse disso.

Eu sentia que aquilo era uma grande bagunça e que eu não deveria nem fazer parte, mas indevidamente, eu fazia parte sim. Mas por que? Por que tudo isso estava acontecendo comigo? Por que essa coisa de ser diferente mexia tanto com a minha cabeça?

- Sam, Dean, me perdoem, mas isso é pessoal. Não é algo que eu contaria na primeira noite em que conheci vocês. Se isso acabou saindo do jeito que saiu, foi por puro impulso. Nada mais que isso.

Sam franziu o cenho e eu sabia que ele estava pensando se eu realmente era louca, mas eu não podia culpá-lo; eu me sentia uma.

O sino da porta da lanchonete bateu e um casal entrou.

A mulher tinha os olhos verdes e os cabelos claros, e por mais que eu tentasse me lembrar, eu não sabia de onde eu conhecia aquela mulher. O homem era alto, com um sorriso cheio de dentes, os cabelos escuros e olhos pretos; bem pretos.

A mulher olhou para mim e se espantou, depois cutucou o homem ao seu lado. O homem também me olhou e sorriu. Um sorriso maldoso que fez até os meus cabelinhos do braço se arrepiarem.

Sam chocalhou seus dedos na frente do meu rosto, chamando minha atenção de volta para ele. Eu olhei diretamente para ele e ele se calou.

- Kera, pare com isso. – Sam disse.

- Parar com o que? – perguntei.

- Pare de ficar encarando as pessoas como se as conhecessem, isso me assusta. – Dean respondeu por Sam.

Sorrindo, Sam olhou para Dean e gargalhou. Eu não entendi bem no começo e percebi que nem Dean entendeu. Eu olhei para Sam que ainda gargalhava freneticamente e logo em seguida para Dean. Eu olhava pra eles e pensava comigo, “eles são retardados, certo?”.

Bem, essa era a única resposta cabível, já que no momento, nada fazia sentido.

Sam parou de rir e Dean ainda estava com cara de tacho. O que veio a seguir? Uma grande confusão. Dean gritou para quem quisesse ouvir no bar que Sam era meio inclinado aos homens. Bem, até eu devo admitir que essa, não foi a melhor reação do dia. Por que a pior, foi com certeza a de Castiel.

Vou contar, calminha. Bem, só pra começar, ele se levantou e parou no meio de Sam e Dean. Castiel colocou a mãos, uma em cada ombro dos meninos e segurou, de modo que eles parassem de gritar. O que veio depois foi esquisito. Castiel pegou a cabeça e Dean e bateu contra a de Sam.

E sabe o que foi pior? Quando eu dei por mim, eu estava com a cabeça inclinada para o lado, observando tamanha besteira. Sério, quem conseguiria fazer isso?

Sam e Dean rangeram os dentes e foram prontos para pegar Castiel, mas ele saiu correndo da lanchonete e sumiu. Assim, do mesmo jeito que apareceu.

Logo depois disso, nós voltamos ao assunto principal.

- Todo bem. Esqueçamos nossas brigas e vamos direto ao ponto. O que vamos fazer com ela, Sam? – Dean perguntou.

E foi aí que eu me toquei que eu estava sendo jogada de um lado para o outro. Não como um balanço, que vai para frente e para trás, mas um pêndulo que vai de um lado para o outro.

Na verdade, o que eles estavam decidindo, era o que fazer comigo e se iriam fazer alguma coisa. Como as coisas estavam eu achava muito difícil aquilo tudo melhorar.

Eu não queria ser incomodo pra ninguém. Eu odiava ser isso.

- Dean, o que podemos fazer com ela? – Sam perguntou, ironicamente, para Dean. – Eu não sei, droga! Pensei em chamar a Ruby.

Eu franzi o cenho com esse nome e balancei a cabeça em reprovação. Não, aquela mulher, não. Eu não tinha nem noção do porque de eu estar tão contra a vontade dela aparecer aqui, mas eu sabia que não poderia ser boa coisa. Do jeito que Sam falou, melosamente, eles deveriam ter alguma coisa. Mas aquilo não importava, de verdade. Eu só queria que eles esquecessem aquele nome, por ele definitivamente me incomodava.

- Não. – eu respondi com os olhos fechados, pressionando-os com força.

- O quê? – Sam perguntou.

- Ruby. Não a chamem. Não na minha presença. – eu abri os olhos e os garotos pularam para trás.

Eles trocaram olhares de parceiros e depois olhavam pra mim de novo.

Meu corpo todo estremeceu e eu sorri do sentimento de felicidade. O que era aquilo? Eu não sabia, mas sabia que era bom e eu queria mais.

Sam e Dean se levantaram e vieram até mim. Eu os senti me tocando e deixei que me guiassem. Por fim, eles me levaram até os fundos da lanchonete onde tinha um banheiro. Eles me disseram para entrar e foi o que eu fiz. Eu entrei, mas não me olhei no espelho, eu apenas... entrei. E fiquei lá, pensando eu o que ou como eu faria daqui pra frente.

O meu mundo estava em ruinas. O meu sol não nascia e parecia que tudo fora tomado por trevas. Eu só queria encontrar abrigo nos abrigo nos braços de alguém. Eu só queria me sentir amada.

Eu saí do banheiro e Sam e Dean estava encostados no carro deles e me esperavam. Pelo conto do olho, eu pude ver que Dean sorriu e eu me senti corar rapidamente.

Eu andei até eles e sorri. Dean devolveu um sorriso, com um bem maior, e Sam também sorriu.

- E então, o que faremos a seguir? – perguntei.

- Vamos levá-la conosco. Por algum motivo desconhecido, passamos a confiar em você. – Sam respondeu.

- Bem, eu não fui tão a favor disso, se quer saber. – Dean disse.

- Bem, aposto que não, mas fico grata pela sua sinceridade. Obrigada. – sorri.

- Não há de quê. – Dean respondeu. – Bem, acho que agora você é da família, de um jeito bem estranho.

E eu não me contive. Família? Eu estava procurando por isso, e quando menos espero, encontro em dois desconhecidos. Era isso o que eu queria. Uma família.

Uma lágrima escapou e eu corri para abraçar Dean. No começo ele foi um pouco relutante, mas depois ele acabou me abraçando também. Dean era legal. Apesar de ter um jeito estranho, ele me aceitou como família, e aquilo era um voto de confiança. Disso, eu sabia. Mas eu não podia negar que ao mesmo tempo, eles ainda me observavam pelo canto do olho pra ver se eu não faria nada de ruim, e aquilo era até bom. Sabe, ter alguém que te controle era bom. E era isso o que eu tinha achado; o meu controle.


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Notas finais do capítulo

reviews?



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