Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeeeeey gente *-* eu acho que não demorei tanto dessa vez, né? talvez kk mas ok, eu vou postar aqui agora o começo da caçada deles, é meio inútil, mas necessário.
espero que gostem e até lá em baixo ;*



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- Pronta? – Dean perguntou para mim quando eu terminei de descer as escadas.

- Sim. – eu respondi, mas aí me lembrei de uma coisa. – Você não vai ficar bêbado hoje, de novo, não né?

- Não, Kera. Não vou. – ele deu um pequeno sorriso e nós fomos em direção do carro.

Nós passamos pela recepção e eu vi que aquela mulher não estava mais aqui. Bem isso bom. Ela não parecia se importar pouco conosco. Eu continuei a andar até chegarmos ao carro. Lá, Dean saiu do meu lado e foi para o lado do motorista, e eu abri a porta do passageiro. Eu entrei, fechei a porta e Dean fez o mesmo.

- Já sabe para onde vamos? – eu perguntei.

Dean tirou a chave do bolso da jaqueta, rodou-a no dede e olhou para mim com um sorriso brincalhão no rosto e por um momento, eu sorri. Dean colocou a chave na ignição e ligou o carro.

- Tem um bar perto da casa da garota. Na verdade, é bem perto. Vamos para lá, talvez descobrimos alguma coisa. – ele disse.

- Tá. – eu respondi insegura. – Você quer me explicar como esse negócio de “federais” funciona?

- Bem, - ele começou – o que você tem que fazer é não ser evasivo demais. Você vai perceber quando estiver passando dos limites e estiver “deixando” de ser uma federal. Apenas aja naturalmente.

Eu assenti e ele ligou o carro. Em menos se trinta segundos, nós já estávamos na estrada em direção o bar. À medida que o carro andava a cidade finalmente começava a aparecer. Ela parecia ser pequena, mas ainda sim desenvolvida.

Assim que passamos pela entrada da cidade, podia-se ver um grande supermercado como o Wal-Mart, com as luzes ligadas. Dean dirigiu um pouco mais e nós vimos então o centro da cidade.

Ele era bem movimentado, e pelo o que vimos, havia bastante jovens. Eu pensei sobre isso e relatei que hoje era um sábado, então as ruas estariam realmente cheias devido ao fluxo de jovens querendo se divertir.

Um pouco mais a frente, eu vi um cinema e bem na frente dele, do lado direito, um bar. Ele era diferente de tudo o que eu já tinha visto. Ele tinha um grande letreiro com o nome Apple’s Club. A faixada do lugar era pintada de branco e algumas luzinhas pareciam sair do chão e elas refletiam na parece branca. Na porta, tinha um grande cara que eu suspeitei ser o segurança e havia uma pequena fila de pessoas que queriam entrar. Eu deduzi que aquilo seria um bar/boate.

Dean estacionou o carro no lado oposto da esquina, e nós descemos. Ele se posicionou ao meu lado, e eu demorei a perceber que o meu coração batia forte contra o meu peito. Para Dean se passar por policial já deveria ser moleza, mas para mim ainda era complicado.

Andamos lado a lado, e onde nós passávamos, as pessoas nos olhavam como se fossemos extraterrestres. O lugar então era bem remoto.

- Respire fundo e me siga. Fique atrás de mim o tempo todo. – Dean me disse e eu assenti com um balanço de cabeça.

Então, como num piscar de olhos, nós estávamos de frente para o segurança, falando com ele. Ele estava querendo interromper a nossa entrada, e eu podia ver as veias de Dean saltando para fora de seu pescoço e as pessoas atrás de nós gritando.

- Cara, eu preciso entrar. Eu estou investigando... – Dean começou, mas o segurança o interrompeu.

- Você não vai entrar até me mostrar seu distintivo. – o cara disse simplesmente.

- Você jura? Você está mesmo ameaçando um cara que é do FBI? Olha que você pode se dar mal. – eu ouvi Dean dizer.

Enquanto eles discutiam, eu passei o olho pela fila e vi várias pessoas com cigarros nas mãos. O pior era que eu quase consegui me ver ali, junto dos amigos, indo cair numa balada, mas então a imagem mudou, e eu vi que o meu futuro e presente agora eram outros. Eu tinha um trabalho a fazer, e todos que estavam ao meu redor não estavam prontos para realmente “cair” numa balada.

Eu estava pensando sobre isso, quando eu a vi. Uma garota estranha e com um pentagrama num colar pendurado bem espantosamente no pescoço. Ela usava uma blusa grande preta, uma calça preta e botas pretas. Ela então me viu, e eu vi seus lábios se repuxarem num rosnado furioso. Eu estava longe, mas quase jurei ouvir o barulho.

Eu pisquei, e quando fui procurá-la de novo, ela não estava mais lá. Eu olhei para os dois lados e a procurei compulsivamente enquanto Dean ainda discutia com o homem. Eu resolvi deixá-los lá e eu fui até o beco escuro para onde a garota tinha seguido. E encontrei o vazio. A garota tinha sumido assim do nada.

Eu voltei até Dean e vi que ele estava começando a se entender com o cara.

- Connor, - esse era o nome falso de Dean – o que está acontecendo aqui? Nada feito ainda? – eu perguntei. Eu precisava apressar as coisas para entrarmos logo no bar.

- Não, Berta. – meu nome falso me fez estremecer com ele. Que nome, hein Sam? Valeu.

- Tudo bem, me deixe falar com o cara. – eu disse, passando na sua frente e indo encarar o homem. E devo acrescentar que quase dei pra trás. O cara era enorme! – Olhe, nós estamos realmente ocupados com a investigação e queremos resolvê-la logo.

- Isso foi o que os outros policiais disseram. – ele murmurou.

- Mas nós não somos os outros. – eu estremeci com a ideia de estar indo contra a lei mais uma vez. – Nós somos agentes federais capacitados e se isso não for o bastante, vamos conseguir um mandado para entrar e outro para fechar esse lugar.

- Claro, senhorita. E eu devo acreditar que a senhorita é uma agente federal? – ele deixou a situação sarcástica. – É, eu imagino que sim.

- Meu chapa, - eu cheguei perto dele – nós vamos entrar você querendo ou não. Será que eu deveria falar com o seu gerente? Garanto que ele ficará muito feliz se descobrir que você barrou dois do FBI aqui.

Ele bufou e olhou para dentro. Ele hesitou uma vez e assentiu, levantando a cordinha para nós entrarmos.

- Obrigada. – eu disse e entrei com Dean em meus calcanhares.

Eu sorri quando a ideia de estar no controle me atravessou. Dean deu breves tapinhas nas minhas costas me cumprimentando.

Então eu vi o lugar. Esse era o tipo de lugar que eu realmente frequentaria. Ele tinha dois andares. O primeiro era só para o bar e Buffet, enquanto o outro era a pista de dança. O ligar tremia a cada batida da música eletrônica e eu estremeci uma vez quando eu passei do lado de uma caixa de som, enquanto me dirigia para o bar Junto de Dean, e ela gritou nos meus ouvidos.

Dean se sentou no balcão e pediu uma dose de whisky, e eu o acompanhei. O barman trouxe as bebidas e Dean a tomou num gole só. E eu fiz o mesmo, mas me arrependi. O liquido ferveu na minha garganta e eu achei que iria morrer com tal queimação.

- Tem muito que aprender ainda. – Dean brincou. Eu não disse nada.

Eu sorri com a ideia de estar sendo aceita para a equipe. Bem, isso era melhor do que ir para uma casa de detenção para menores.

- Ok, vamos começar a coletar o máximo de informação que pudermos. Não sei se aqui vai ser o melhor lugar com esses garotos todos bêbados, mas é melhor do que nada. – ele disse e se virou para mim. – Vou lá em cima e você fala com os barmen. Veja se descubra se a menina frequentava esse lugar. Aqui, - ele tirou uma foto da menina do bolso e me entregou – Te encontro do lado de fora daqui a vinte minutos.

Eu assenti e vi Dean subir as escadas lotadas de garotas que lançaram lhe olhares maliciosos. Eu toquei a foto em minhas mãos e vi a garota.

Eu fiquei em choque no mesmo momento e parei de respirar. Merda, era a garota que eu tinha vista lá fora! Ela tinha os olhos verdíssimos iguais ao de Sam, seu rosto era pouco bronzeado, e logo abaixo de seus olhos, pousava uma maquiagem bem pesada. Ela não sorria na foto, mais parecia entediada na verdade. Eu estremeci com a voracidade com que os seus olhos pareciam me seguir.

Eu soltei a foto no chão e corri atrás de Dean. Enquanto eu subia as escadas correndo, eu ouvia alguns esbarrarem em mim e gritarem um ‘cuidado aí!’. Eu não sabia como o meu rosto estava. Eu só corri por entre as pessoas e desejei estar com o meu celular agora. Eu me lembro de tê-lo deixado no hotel. Ótima hora, não?

Então eu vi Dean. Ele estava conversando com uma garota aparentemente bonita. Ela era de sua altura, tinha os cabelos ruivos e olhos claros. Eu não parei para olhá-la muito bem, eu só corri até ele e o peguei pelo braço.

- Merda, Dean! Eu vi a garota lá fora! – eu gritei para ele, tentando me sobressair pela música.

- O quê? – Dean gritou de volta.

- Eu. A. Vi. Lá. FORA! – eu gritei pausadamente.

Dean me olhou com o olhar surpreso e me soltou. Ele foi até a garota e a pegou pelo braço e a levou lá para fora junto de nós.

Lá fora, a fila ainda estava grande quando nós saímos. Dean estava levando a garota conosco e ele parou assim que nós chegamos ao beco aonde eu tinha visto-a.

- Aqui? – ele me perguntou.

- Sim, foi bem aqui. – eu disse, balançando a cabeça um pouco assustada.

- Droga, não pode ser o que estou pensando. Tem algo errado. – ele puxou o celular do bolso e o entregou a mim. – Ligue para Sam e mande-o vir para cá o mais rápido possível.

Eu assenti e peguei o celular enquanto Dean ainda conversava com a garota. Eu fui para a lista telefônica e procurei rapidamente por Sam. Assim que achei, liguei na mesma hora.

- Dean? – Sam perguntou do outro lado da linha.

- Não, Sam. Sou eu, Kera. – eu disse, respirando pesadamente.

- O que aconteceu? Você está ferida, Dean...? – Ele perguntou.

- Não! Eu estou bem. – eu o cortei. – Dean pediu que você viesse para cá agora. Estamos no bar/boate Apples’s Club.

- Tá, estou indo. – ele respondeu e desligou o celular.

Eu desliguei o celular e me virei para Dean. Ele conversava pesadamente com a garota, que não parecia entender nada. Ela apenas negava com a cabeça enquanto Dean afirmava alguma coisa.

- Sam já está vindo. – eu cheguei perto deles.

- Tudo bem. - ele se virou para mim. – Fique com ela que eu vou buscar o carro.

Eu concordei e ele saiu de perto de mim e foi buscá-lo. Eu fiquei em um silêncio desconfortável com a garota então, eu decidi começar a conversar.

- Olá. – eu disse amigavelmente.

- Oi. – a garota respondeu com os olhos baixos.

- Nome? – eu perguntei.

- Julianne. – ele se virou para mim e estendeu uma mão.

- Berta. – eu disse e apertei a sua mão de volta, então eu reparei na garota.

Ele estava com um vestido preto, soltinho e com paetês que faziam o vestido brilhar sempre que balançasse. Ela ainda tinha uma jaquetinha de couro aberta na frente, e um sapato de salto alto preto. Ela não era feia. Era bem bonita, na verdade, não que eu ficasse reparando.

Eu desviei o meu olhar, e vi o Impala de Dean descer a rua. Ele chegou perto de nós e estacionou, e quase que na mesma hora, Sam chegou de táxi e veio até nós. Ele soltou uma respiração e olhou para mim. Eu sorri ternamente e ele devolveu e foi até Dean, falou alguma coisa com ele e veio até mim.

- Berta. – ele disse e me deu um aceno de cabeça.

- Berta, esta é Julianne. – Dean gesticulou para a menina ao meu lado, e eu me virei, andando até o lado de Sam.

- Já nos cumprimentamos. – eu disse.

- Ok, vamos falar pra ela ou como vai ser? – Sam perguntou visivelmente preocupado se falaria ou não para a garota.

Eu também tinha receio. Eu não queria que a garota soubesse disso, se não ela carregaria esse fardo para o resto da vida. Dean pareceu concordar comigo, e deu um olhar zangado para Sam.

- Vamos falar o necessário. – Dean disse e se virou para Julianne. – Você era amiga da Janet, certo?

- Sim, melhor amiga. – ela concordou. – E única. – ela completou.

- Janet era fechada? – eu perguntei.

- Não. – Julianne se virou para mim quase com os olhos pegando fogo de raiva. Acho que ela não gostou de eu ter falado daquele jeito da amiga, mas eu ignorei. Ela balançou a cabeça, fechou os olhos e continuou. – Ela era tímida. Muito.

- Mas isso era motivo para se isolar? – Sam perguntou e eu sabia o que ele estava fazendo. Ele estava tentando descobrir se a menina tinha inimigos.

- Ela não era isolada. – aquele fogo crepitou nos seus olhos novamente. – Mas, por que vocês estão me perguntando isso? Os outros policias já me fizeram as mesmas perguntas e eu já as respondi.

- Bem... – Sam olhou para Dean procurando uma saída. – Nós precisamos descobrir mesmo se foi suicídio ou se alguém a matou.

- Eu creio que foi assassinato. – ela murmurou tão baixo que eu quase não consegui ouvir.

- O quê? – Sam passou na minha frente e perguntou primeiro.

- Ninguém gostava dela. Ela só era tímida, mas ninguém entendia isso. Todos eram maus com ela, mas isso não era motivo de suicídio. Ela sempre foi bem forte.

 Sam paralisou ao meu lado, e eu me peguei olhando para a pulseira em seu braço. Sam também viu. A pulseira era cheio de desenhos de proteção e eu tinha uma um palpite sobre quem havia entregado aquela pulseira a Julianne.

Eu abri a boca para perguntar, mas assim que o fiz, um carro apareceu buzinando e gritou por Julianne. Ela nos olhou e olhou para o carro. Antes que eu pudesse esboçar alguma reação, Sam entregou um papel com endereço e telefone nossos. E ainda pediu que ela viesse falar conosco amanhã.

E bem, o caso estava se desenrolando. Mais rápido do que o esperado, e aqui parecia ser bom, certo? Bem só realmente parecia, por que eu não conseguia nem imaginar o viria a seguir.


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Notas finais do capítulo

aparentemente pequeno, mas como eu já disse, necessário. No próximo, as coisas começam a ficar realmente interessantes e a caçada vai tomar um rumo. Bem, isso é tudo por hoje, e eu quero reviews, hein AUHSUH bem, obrigada e até o próximo s2 ;*



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