Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki
Notas iniciais do capítulo
Gente, me avisem se não gostarem D: Por favor :)
- Saía daqui! Você não merece mais morar aqui! Você matou o seu irmão, eu não pretendo mantê-la aqui dentro! Fuja antes que eu chame a polícia, seu monstro! – meu tio gritava a todo pulmão comigo.
Então eu corri para a rua e tudo ficou silencioso.
Como num piscar de olhos, tudo voltou á tona, e eu não pude evitar.
Aquele dia tinha começado diferente. Estava chovendo muito, mas que o normal. Eu me levantei e olhei para lado, vendo o meu irmão, Kairos, dormir alegremente depois de se acertar com a namorada.
Eu me levantei e fui até o banheiro. Acebei por tomar um banho e lavar os cabelos. E então, eu caí.
Caí, assim, simplesmente. Minhas pernas cederam e eu encontrei o chão frio do banheiro. No primeiro instante, eu me senti estranha e parecia que eu não tinha forçar para levantar mais. Depois, eu quase pude jurar ver de relance o vidro do banheiro quebrar, mas quando eu olhei novamente, ele estava lá: intacto, sem nenhum arranhão.
Eu finalmente consegui me levantar e então, eu me olhei no espelho e um filete de sangue saía pelo meu ouvido. Assustada, eu tentei chamar por ajudar, mas a minha voz não saía. Eu gritei, forcei-me a escutar um barulho que fosse, mas de nada adiantou; eu não falava nada.
Já de roupa, eu corri até o quarto e chamei por Kairos. Sacudi-o até ele acordar e me olhar com uma cara de poucos amigos, mas ele esqueceu aquilo no momento em que viu o filete de sangue sair do meu ouvido.
Eu podia ouvir ele me perguntando se eu estava bem, perguntando o que tinha acontecido, e de novo, minha voz pareceu sumir assim como o ar.
E então, minha lágrima escorreu, tocou o chão e tudo voltou ao normal. Não havia mais filete de sangue, gritaria e nem choro. E tudo isso se cessou por causa de uma lágrima.
Kairos, ainda me olhando, se afastou num baque surdo e foi parar do outro lado do quarto. Seus olhos estavam esbugalhados e quando eu achei que eles não poderiam ficar mais, eles cresceram e parecerem saltar das órbitas.
Eu disse para Kairos que tudo estava bem, que eu já estava bem, mas ele não acreditou e saiu do quarto numa corrida só.
No café, ele nem sequer levantou o rosto para mim e nem dirigiu-me a palavra. Na ida para a escola, a mesma coisa.
Conclusão, ele passou o dia me evitando.
Já na volta, eu tentei falar com ele. Em vão. Ele não me olhou e nem falou comigo.
Eu perguntei se ele estava me achando uma aberração, mas ele não respondeu. E foi assim o dia todo.
Meus tios trabalhavam e nós ficávamos em casa, mas hoje em especial, Kairos resolveu sair. Ele saiu e nem falou comigo e eu já estava ficando irritada. E isso só piorou quando eu recebi uma mensagem dizendo, “MONSTRO!” pelo número do meu irmão.
Eu passei a tarde toda olhando para ela e tentando tirar alguma conclusão. Mas eu não a achei.
Quando ele chegou, eu tratei de perguntar pra ele o que estava acontecendo e por que ele anda me chamando de monstro. Ele desconversou e eu fiquei nervosa de vez.
A minha vontade era de esgoelá-lo ali mesmo. E foi o que aconteceu.
Por causa de alguma coisa invisível, quando eu abri os olhos novamente, Kairos estava a alguns centímetros do chão e vermelho. Eu gritei para ele sair de lá, mas ele não falava. Seu rosto, então, foi perdendo a cor, e de repente, ele estava estirado no chão, sem vida.
E foi aí que meus tios chegaram. Minha tia chegou rindo, meu tio já não estava tão sorridente. Ele tinha um semblante de cansaço no rosto quando fechou a porta.
Minha tia me olhou e perguntou o que eu tinha feito. Meu tio correu até o meu irmão e viu seu corpo caído ali, sem vida e seus olhos cintilaram de raiva para mim.
Eu me encolhi. Eu tinha matado o meu irmão. Eu realmente o tinha feito. E agora eu não tinha mais ninguém. Eram somente eu e meus pés.
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E então, galera? Continuou, ou paro por aqui mesmo?