O Romance que Eu sempre Quis escrita por sunakoshidou


Capítulo 43
Cap43 - Nos encontrando




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Os dois caminharam por algum tempo de mão dadas sem que ninguém dissesse nenhuma palavra, até que Mai resolveu quebrar o silêncio.

- Como você me encontrou? Perguntou com a voz um pouco tremula.

- Sempre sei onde te achar? Shibuya se virou para Mai ainda segurando sua mão.

-Você acha que nesse tempo que estive longe, também estive alheio a qualquer coisa por menor que seja que você tenha feito? Pensa mesmo que não estive por perto todo esse tempo? Sabe como eu me senti quando vi você sendo carregada por aquele perdedor, totalmente pálida? E como fiquei furioso por você, Ter concordado em sair com aquele idiota? Ele a puxou para si num movimento rápido e a abraçou.

Mai ficou apenas sentindo o calor dele por alguns segundos enquanto as palavras dele eram registradas nos seus pensamentos, até que ela se afastou um pouco para olhar nos seus olhos.

- O que eu não entendo é por que você estava tão perto e não me mandou sequer um recado. Ela mirava pra ele intrigada, Naru simplesmente pigarreou e desconversou.

- Vamos andar mais um pouco e ter um encontro de verdade é sua punição por ter saído com um perdedor com aquele. Ela segurou mais firme a mão de Mai e saiu puxando-a rua afora.

As ruas tinham cheiro de cerejeira em flor aquela época do ano, para Mai aquilo era extremamente romântico, ela lançava vez enquando um olhar inquisidor sobre Naru que fingia não perceber, ele tinha medo de que as verdades que ela precisava saber fossem as verdades que os afastariam, isso mesmo ele tinha medo, para alguém tão frio como ele queria parecer esse sentimento era uma aflição, e isso o estava matando.

Depois de percorrer uns 15 minutos a pé num caminho de cerejeiras eles pararam na praça próximo a casa de Mai, essa era meio fora do caminho habitual por causa da maior distância para o centro comercial, embora a maior parte do caminho beira do rio que durante o Hanami ficava cheio de pessoas contemplando o desabrochar das cerejeiras, e por ali sempre tinha os festiveis de fogos, nada comparado ao de Kyoto mas igualmente animado. Eles pararam  em um banco em frente ao rio, Shibuya fez um gesto para que Mai sentasse , o que Mai fez sem questionar. Shibuya sentou-se logo depois visivelmente nervoso, o que era incomum.

- Naru..

- Desculpe por ter saído sem lhe dizer nada naquele dia, realmente houve uma emergência inevitável que me fez deixá-la de repente.

- Você poderia ao menos ter me dito algo..

- O caso é que eu precisava ir, as coisas são mais complicadas em minha vida do que você imagina.

- Estou ouvindo.. Ela deu a deixa para que ele lhe contasse tudo.

- Bem tudo começou há alguns anos quando meu irmão gêmeo morreu afogado...

- Seu irmão? Morreu? Ele fez um gesto para que ela esperasse sua expressão era indecifrável, mas se fosse apostar num sentimento com certeza Mai apostaria em dor.

- Eugene era totalmente o oposto de mim, ele era extrovertido e simpático, bem visto aos olhos dos nossos pais embora odiasse os estudos sempre se saia bem das punições por notas baixas devido sua simpatia, nossa mãe sempre procurou não mostrar preferências mais era obvio a mim que Eugene era o filho preferido por vários motivos que não quero comentar agora, enfim... quando ele morreu a minha mãe quase morreu junto com ele, foi horrível e doloroso ver uma pessoa tão ativa definhar diante da dor de perder seu filho preferido, daí pra frente às coisas só pioraram, ela teve um tipo de surto psicótico começou a confundir-me com meu irmão e isso a levou a uma depressão profunda, tanto que por recomendações médicas eu fui mandado Tókio para fazer pesquisas pela empresa do meu pai que tem a matriz situada na América, (Shibuya suspirou fundo, e Mai segurou sua mão em apoio, mas ele puxou a mão para apertar com a sua própria).

Depois de algum tempo minha mãe solicitou minha presença, mas os médicos achavam que seria danoso a ela que eu fosse visitá-la, depois de muita insistência dela ao meu pai ela conseguiu que fizemos uma vídeo chamada para certificar-se que ela estava bem e em seu juízo perfeito.

Embora ela me reconhecesse como Shibuya ela confundia alguns acontecimentos como se tudo que Eugene tivesse vivido fosse comigo menos a morte, pra encurtar a historia depois de videoconferências regulares ela estagnou e os médicos aconselharam que voltassemos a viver juntos para o bem de sua saúde, e assim fui jogado numa prisão que nem eu na época poderia imaginar o quão penoso seria, minha mãe tornou-se obcecada por mim se apegando a aparência do seu amado Eugene tornando a muitas vezes obsessiva e agressiva até mesmo com meu pai, foi numa das minhas escapadas para esvaziar a cabeça de tudo aquilo que eu me apaixonei por você, infelizmente você sequer, me notou, mais uma vez eu estava sendo  totalmente ignorado por alguém importante pra mim, mas o destino me deu uma oportunidade dentro de uma situação desfavorável, fui atacado por um ladrão que me bateu na cabeça e quando eu acordei estava justamente nos braços da garota por quem me apaixonei, tomei isso como uma oportunidade e fingi ter tido um lapso de memória pra passar algum tempo perto dela, mas sabia que os detetives do meu pai não demorariam a me achar, como sabia que tinha pouco tempo levei você a Kyoto na intenção de ganhar mais alguns momentos ao seu lado, mas no fim os detetives do meu pai juntamente com o primo da minha mãe nos acharam mesmo em Kyoto, e ele me deu uma intimação pra voltar pra casa assim que chegássemos de Kyoto ou ele faria meu pai nos transferir de volta para Agencia Matriz no Reino Unido assim que cheguei a sua casa ele me ligou dizendo que estava à porta esperando para me levar para casa, não tive escolha a não ser ir embora sem me despedir já que meus pais não poderiam saber que tinha me escondido por causa de uma garota, o fato é que eu fiz tudo ao meu acalce para ficar ao seu lado e protegê-la e no fim você estava num encontro com outro com menos de dois meses que sai da sua casa.

Mai olhou impressionada para Naru.

- Me desculpe fui realmente egoísta em pensar que só eu tinha problemas.. Shibuya se virou para ela sem deixar que ela falasse calou-a com um beijo terno e intenso que no fim parecia aos dois que o tempo havia parado para ambos foi simplesmente mágico.

- Precisamos ir está ficando tarde. Ele confirmou as horas e se levantou primeiro e percebeu que a garota ao seu lado estava arrepiada, o casaco e pôs sobre o seus ombros segurando sua mão gelada, caminharam em silencio para a casa dela.

Depois de alguns poucos minutos estavam à frente do portão de Mai.

- Obrigada pelo passeio... será que poderíamos nos ver de novo uma próxima vez. Mai disse as palavras envergonhada, mas ela sabia que não poderia mais ficar sem vê-lo.

- Na verdade eu pensei... Se eu poderia passar a noite aqui na sua casa, sem nenhuma má intenção eu só queria passar um pouco mais de tempo com você.

Mai corou violentamente neste momento.

- Deixarei você ficar com uma condição

- E qual seria?

- Se você prometer que não vai deixar meu coração em pedaços de novo quando sair por esta porta.

- Eu prometo.

- Ok! então que tal um chá?

- Seria ótimo. Eles entraram em casa e fecharam a porta.


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Notas finais do capítulo

pessoal desculpem a ausencia perdi minha estoria e fiquei um pouco chateada e sem computador mas estou retornando espero que ainda queiram acompanhar.



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