Eu Tinha Um Sonho escrita por ro_dollores


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ele tinha que estar ao lado dela.....



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Tudo aquilo não parecia real, era um pesadelo e ele acordaria a qualquer momento. Implorava baixinho pra que estivesse tudo bem com ela, ele dissera a verdade, não saberia o que fazer de sua vida se alguma coisa acontecesse. Doía demais tal pensamento. Instintivamente sentiu uma vontade enorme de chorar, enquanto ajeitava a poltrona do avião sentiu os olhos arderem, quando conversaram sobre se ver, não era bem daquela maneira que tinha imaginado, mas agora era o que tinha, infelizmente ! Havia conseguido acertar as coisas no Laboratório, ficaria o tempo que fosse preciso. Tinha deslocado até Hodges para ir a campo se fosse necessário. Cath tinha ficado chocada e chorou muito, assim como Greg, seu desespero foi enorme, se ele pudesse teria ido com ele.

Se lembrou da primeira vez que ficaram juntos, estavam de folga e ele resolveu passar em uma cafeteria bem perto da casa dela, era um lugar simpático e bonito, a intenção dele era convidá - la para ir com ele, e foi com uma alegria imensa que a viu sentada em uma praça bem próxima e parou o carro. Ela lia um livro, com as pernas dobradas no banco, parecia uma colegial, calças de ginástica, camiseta, tênis e um rabo de cavalo. Ele sorriu ao se lembrar da surpresa dela. O sol da manhã fazia seus cabelos brilharem, a vontade dele era a puxar para seus braços e beijá - la até que ficasse sem fôlego. Ela aceitou o convite, estava radiante, ele notou, seu coração tinha feito uma escolha.

Depois foram até o apartamento dela, e sem muitas palavras, se beijaram pela primeira vez. Tudo era muito novo e até mesmo surpreendente, ele tinha medo, mas olhar para aqueles olhos tão apaixonantes dela o fazia querer ir além, e depois de alguns encontros, eles se entregaram sem reservas, tinha sido a melhor coisa que ele fizera em sua vida.

Ela o acalmava, ele a entendia, os dois tinham uma sintonia incrível, até demais para um relacionamento tão diferente. Foi um progresso enorme para ele, habituado a viver a vida tão solitário, até mesmo Hank estava mais feliz. O cão adorava ela.

Lembrou da última vez que falou com ela ao telefone e perdeu a oportunidade de dizer que a amava. Tão logo conseguisse vê - la seria a primeira coisa que diria, tinha sido tolo e medroso, mas agora todo aquele receio era tão pequeno diante do que sentia por ela. Seu coração estava apertado, mas cheio de esperança de que, dali para frente não mediria esforços para demonstrar tudo o que sentia por ela.

Assim que pisou em solo firme pegou um táxi e foi para o hospital.

Encontrou James no corredor, a cabeça entre as mãos, parecia muito mal, mas não pior do que ele.

_James ?

_Grissom ! Você veio !

_Eu tinha que vir, como ela está ?

_Ela foi operada, a cirurgia terminou agora há pouco, correu tudo bem, estou aguardando a liberação do médico para vê -la.

Ele suspirou, James parecia realmente muito triste.

_Me diz exatamente o que aconteceu.

Ele se sentou ao lado dele e colocou sua mala no chão.

Então ele contou o que acontecera, desde a descoberta das fotos dela na casa do assassino até o momento em que conseguiu acertá -lo.

_Antes de ficar inconsciente ela pediu para te ligar. Você avisou o namorado dela ?

Ele o olhou surpreso, então ela tinha dito a ele que tinha um namorado, era bom saber.

_Sim, ele foi o primeiro a saber ….. o que ela fazia em sua casa ? - Ele sentiu seu estômago se contrair.

_Fui eu quem insisti para que ficasse sob meus cuidados, tinha te prometido cuidar dela, e foi o que tentei fazer, mas parece que falhei. Eu sinto muito !

_Não se culpe pelos malucos que a vida tem, foi uma fatalidade, só espero que a mi..... a Sara se recupere o quanto antes. Ela é uma mulher forte. - Quase se traiu, se James percebeu, não demonstrou.

Nesse instante o médico veio ao encontro deles.

James os apresentou e ele explicou que ela estava estável, e que eles poderiam vê - la rapidamente através da porta de vidro que separava a unidade intensiva.

Eles se encaminharam até a sala, e pararam diante da porta.

Grissom sentiu uma pontada aguda no coração, todos aqueles aparelhos em torno dela o fez se confrontar com a realidade, teve um choque, quase uma crise , encostou a testa no vidro e apertou seus olhos doloridos, murmurando baixinho …. “Minha Sara”

James a olhava com carinho, e quando se virou para falar com ele, o viu pálido, e tremendo muito, parecia angustiado.

_Grissom, você está bem ?

_Não ! - Foi uma resposta rápida e verdadeira.

_Precisa de alguma coisa, quer que chame um médico ?

_Não se preocupe vou ficar bem....

_Você gosta muito dela, não é mesmo ?

"Mais do que imagina"

_Ela é muito importante para todos nós. Somos uma família, James.

_Também percebi isso.

James era um homem vivido, experiente, e ele podia jurar que aquele homem parecia querer ser muito mais que seu supervisor. O jeito que ele a olhava era, de certa forma, revelador. Não era pra menos, ela era muito fácil de se gostar, e a convivência fazia coisas acontecerem, foi assim com a sua doce Anna. Ele parecia ser um bom sujeito, estava encrencado se isso estivesse mesmo acontecendo.

_Você é casado, Grissom ?

_Não ! - Ele estranhou a pergunta, mas não disse nada.

Melhor assim, James imaginou, mais um pra disputar com o sortudo namorado dela.

O dr. Richard voltou a falar com eles, o máximo que poderiam fazer era aguardar, ela inspirava bastante cuidado e ainda não poderia receber visitas.

_Vão para casa, qualquer mudança em seu quadro, comunico vocês, não há nada que possam fazer, a manteremos sedada até amanhã de manhã, é mais seguro.


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