O dia seguinte foi ainda mais estressante, estava abafado, fazia um calor infernal. James a convidou para almoçarem juntos, mas ela preferiu ir até o hotel e tomar um banho, pediu uma salada, e voltou para a delegacia.

Eles tinham um suspeito mas não conseguiam encontrá – lo, talvez tivesse fugido, o que o tornava o provável assassino. Tinham visitado inúmeros lugares onde ele teria passado. Naquela noite caiu na cama feito uma pedra e adormeceu imediatamente.

Na manhã seguinte, invadiram a casa dele, as provas que encontraram o colocava nas cenas dos crimes, haviam, nas paredes, fotos de suas vítimas, e o que mais os impressionou foi uma foto de Sara, tirada quando saía da casa das duas irmãs, no dia anterior. James ficou apavorado e pediu para que ela não saísse mais da delegacia e, não ficasse sozinha em nenhum momento. A foto dele apareceu nos noticiários, o cerco estava se fechando, a casa dele vigiada o tempo todo, assim como das suas vítimas do ataque sem sucesso.

A noite James a levou para a casa dele, ela estava se sentindo muito mal, queria que aquilo tudo se acabasse logo para poder ir para casa, para seus amigos e para seu amor. Ele levou comida para casa e a acomodou no quarto de hóspedes, ela tomou um banho e antes de descer para jantar tentou ligar para Grissom mas não conseguiu, ele tinha ficado com o telefone do hotel, ela temia que ele tentasse ligar e não a encontrasse. Ligou para o Laboratório, eles estavam em campo, ficou sabendo que estavam num crime em um cassino, ligaria mais tarde.

Ele arrumou a mesa delicadamente e a observou descer as escadas, depois de Anna, nenhuma outra mulher tinha frequentado sua casa. Ela era uma visão para ele, parecia um anjo.

Sara não gostou de ver os olhos dele a encarando, e muito menos aquela mão estendida na ponta da escada.

Ele a levou até a mesa e puxou uma cadeira para que sentasse, ela tinha dito a ele que era vegetariana, e ele comprou uma lasanha verde, vinho e sorvete de sobremesa.

Enquanto comiam, James resolveu investigar aquela morena que o fazia pensar em coisas esquecidas.

_Você gosta de ser CSI, Sara ?

_Bastante, sempre gostei. E você, há quanto tempo está na polícia ?

_Há quase trinta anos, estou quase me aposentando.

_Já, mas …

_Tenho quase cinquenta …

_Não parece …

_Vou tomar como um elogio.

Ela sorriu tímida.

_Você não é casada, é ?

_Não, e você também não.

_Minha esposa morreu há cinco anos.

_Sinto muito.

_Foi difícil, mas o tempo nos conforta. Você tem namorado ?

Ela ia dizer a verdade, assim ele teria o bom senso de manter - se afastado.

_Tenho sim …

Ele teve uma decepção, era uma pena.

_Ele é um homem de sorte.

_Também sou uma mulher de sorte.

Ele abaixou a cabeça e ficou pensativo. A única mulher que ele poderia querer alguma coisa tinha alguém, e pelo jeito era apaixonada por ele.

Terminaram de comer e ela pediu licença para descansar.

Já no quarto, ligou a TV e pegou seu telefone, tentou ligar mais uma vez, sem sucesso. Acabou adormecendo.

Acordou com um barulho vindo da parte de baixo da casa, estava tudo escuro, pegou sua arma e resolveu sair pelo corredor. Estava completamente escuro, lentamente, se esgueirou para a ponta da escada, protegida pelo canto da parede. Ouviu dois disparos e passos correndo.

_James ?

_Sara volte para o quarto, acho que ele invadiu a casa, atirei em um vulto.

De repente um disparo vindo do escuro e ela caiu. Sentiu um impacto no ombro, depois uma ardência.

_Sara, tudo bem ? Sara ?

Era uma dor insuportável, não conseguia proferir uma palavra.

Mais um disparo e um grito de horror.

De repente as luzes se acenderam e ela viu do chão, um corpo estendido na sala, James verificando se o intruso estava vivo, depois correu até ela.

_Sara ? Você vai ficar bem, estou ligando para a emergência, fale comigo.

_Acho... que foi … meu ombro...

Ele se sentou no chão e colocou a cabeça dela em seu colo.

Não demorou e a ambulância chegou, neste momento, antes de desmaiar ela pediu com a voz fraca.

_James, ligue para o Grissom, por … favor.