Ciclone: o Romance de Edward e Bella escrita por Déborah Ingryd


Capítulo 12
Capítulo 12 - Ameaças


Notas iniciais do capítulo

Eu iria postar um capítulo maior, juro. Mas antes, queria primeiro escrever uma parte do convívio de Bella com seu novo noivo, então o capítulo grande fica pra próxima ok?
Bom nem sei se vai ser tão grande assim, aliás estou dividindo ele, primeiro com o 11 agora com o 12, é que eu quero que vocês analizem tudo direitinho, mas se eu postar tudo de uma vez vocês só prestaram atenção no final, então...
Bom, boa leitura.



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*Estava cavalgando pela imensa floresta, como de costume. Andei mais alguns metros e depois desci e procurei um lugar confortável para sentar, foi quando senti algo estranho, era como se estivesse sendo observada, assustada comecei a correr, correr a plenos pulmões, pelo menos era assim que eu pensava estar correndo, mas algo me dizia que eu não saia do lugar, parecia que o torpor me segurava no chão. Foi quando vi um vulto passar a minha frente estaquei e fechei os olhos com força, de repente senti uma sensação de estar sendo tocada, mas não estava, era só o calor ou melhor o frio da mão que se aproximava, tentando tocar-me, mas restringiu-se, foi ai que percebi que o medo se fora, substituído pela ansiedade, pela vontade de que a mão me tocasse, subitamente curiosa, tentei abri os olhos, mas a sensação estranha de torpor ainda permanecia, mas de repente era como se eu soubesse, soubesse que era ele ali , Edward, o meu Edward estava ao meu lado, tentando me tocar, mas algo lhe impedia. Imediatamente senti-me desesperada, sentia-me assim porque sabia que ele estava indo embora, tinha absoluta certeza, então precisava implorar-lhe.

– Edward? – chamei-o.

Não obtive resposta, nervosa e ansiosa para que ele ficasse, falei novamente:

– Edward? – precisava convencê-lo – Eu te amo. Edward não me deixe. Eu te amo tanto...

Chutei-me internamente, as palavras não pareciam suficientes, deveria falar algo mais, mas a única coisa que vinha a minha cabeça era “eu te amo”. Senti o ar frio se afastar, o desespero aumentou, ele estava indo, NÃO!

E então tudo ficou quieto, um vazio se ponderou de mim, me senti oca. Ele se foi, tinha certeza, as lágrimas caiam incontrolavelmente, eu precisa fazer algo, precisava correr atrás dele. Mas não tinha forças, cai no chão, ainda de olhos fechados... E me permitir afundar ainda mais naquela angustia iminente.

Abri os olhos pela manhã e agarrei-me ao travesseiro, percebi o quanto ele estava molhado. Suspirei. A noite passada não foi uma das melhores, primeiro o pedido de casamento estúpido, depois o sonho... Sentindo-me inquieta, levantei-me e fui até o espelho, meus olhos estavam inchados, não me importei. Segui para o banho.

Entrei na banheira, já preparada por Lizzy, e banhei-me calmamente, repassando todas as imagens do sonho. Suspirei triste, queria tanto que fosse verdade, porque pelo menos eu tinha sentido ele quase tocar em mim, franzi o cenho ao lembrar do ar frio ao invés de calor, dei de ombros, nem tudo sai perfeito nos sonhos, vai ver a noite estava fria. Aliás o que mais me incomodava foi o fato de não ter visto os seus olhos verdes reluzente... Maldito torpor!

Sai da água e peguei a toalha, fui em direção ao quarto e minha criada já havia escolhido meu vestido, vesti-o e segui para o espelho. Passei um pouco de pó nos olhos, afim de esconder o inchaço, queria evitar perguntas. Penteei os cabelos e os prendi, deixando os cachos caírem livremente até a metade da costa. Sorri. Edward amava quando fazia isso e eu adorava agradá-lo.

Sai do quarto e desci as escadas, fui em direção a cozinha. Aquela mulher desprezível que se considerava minha mãe, já estava sentada. Dirigiu-me um sorriso, eu ignorei-a. Dei o “bom dia” tradicional e me sentei. As empregadas estavam me servindo quando ela perguntou:

– Onde está a aliança?

– No pote, valiosa demais para eu andar com ela por ai – menti azedamente.

Ela olhou-me descrente, visivelmente não conformada.

– Pois trate de colocá-la, Mr. Darcy virá hoje aqui vê-la e passear pelo jardim.

Toda minha paciência evaporou.

– Não irei a aquele jardim com ele!

– Adoras o jardim Isabella!

– Adorava, adorava-o porque era o cantinho que eu poderia ficar com Edward! Nem ousas me mandar pra lá com aquele homem! – minha voz subiu duas oitavas.

Ela estava bufando de raiva. Apontou o dedo em riste para mim.

– Isabella Marie Swan, se não for ao jardim com seu noivo, tudo o que tinha Masen como dono será destruído! Destruído entendeu?

Levantei-me irritada.

– Eu a odeio! Odeio-a com todas as minhas forças! – disse com a voz embargada, as lágrimas traiçoeiras transbordavam, eram lágrimas de raiva.

Corri para as escadas, mas a tempo de ouvir ela gritar que ele chegaria em dentro de uma hora. Subi a passos raivosos para o quarto. Joguei-me na cama e peguei a maldita aliança do pote, olhei-a com tanta raiva que por um segundo, acreditei que poderia destruí-la com os olhos. Coloquei-a com desprezo no dedo e segui para o espelho. Desfiz todo penteado, Mr. Darcy jamais me veria com ele, ele era de Edward!

– Somente dele! – falei chorando.

Eu odiava tudo, tudo! Por que eu? Por que logo comigo?!

Passei a escova de um modo desleixado e troquei de vestido, coloquei um mais simples, mas por que diabos todos os que eu tinha eram elegantes? Argh! Eu queria xingar a todos, gritar ao mundo que queria morrer!

Voltei ao espelho e tirei todo o pó, deixando a vista o inchaço, talvez assim, meu noivo desistisse de se casar comigo.

Depois de pronta, desci. Quando cheguei ao primeiro andar, ela veio até mim.

– Por que estás assim? O que é isso nos olhos? Cadê o penteado perfeito? Onde está aquela Bella?

– Aquela Bella pertencia a Edward, eis uma nova. A partir de hoje, sou somente Isabella, ninguém mais usa meu apelido – falei a última frase olhando para todos os empregados, que estavam na sala.

Ela parecia querer falar algo, mas uma batida na porta a fez olhar pra trás.

– Torça para que seu noivo goste dessa sua nova versão, ou dirá adeus aos livros de Edward – falou com ameaça explícita na voz.

Subitamente me senti tensa, ele tinha que gostar. Passei os dedos nos cabelos, tentando arrumá-los melhor. Lizzy percebeu meu nervosismo e veio em minha direção.

– Sorte sua eu sempre andar com uma escova – falou docemente, enquanto passava a escova em meu cabelo, ajeitando os fios que estavam fora do lugar.

Depois tirou um recipiente com pó e passou no lugar abaixo de meus olhos.

– Prontinho – sorriu.

Sorri agradecida pra ela. Principalmente por ela não ter feito o penteado de Edward e sim somente ajeitar os fios rebeldes.

Olhei para frente e visualizei Mr. Darcy passar pela porta e dirigi-me um sorriso, balancei a cabeça, cumprimentando-o. Vi a Sra. Swan me olhar com desaprovação.

– Olá! – disse-me num tom amistoso – pronta para o passeio, minha bela noiva?

Engoli em seco, enojada pela situação. Eu sentia que traía Edward, sentia nojo até de mim, o que me reconfortava era saber que era por uma boa causa.

– Sim – respondi secamente.

Ele pareceu não se abalar. Estendeu o braço para mim.

– Vamos?

Odiava ter que pegar em seu braço, saber que à apenas alguns meses atrás era em outro braço que eu pegava. Ele segurou meu braço, dirigiu um sorriso a minha mãe e depois me levou pra fora.

Seguimos até ao jardim, sem trocarmos uma palavra sequer. Ele foi um pouco mais longe do que costumava a ir com Edward. Sorri satisfeita.

– Vejo que finalmente toda sua antipatia se foi – disse sorrindo – agora me tratarás melhor?

Senti-me enojada de novo, não via a hora de me ver livre deste traste.

– Podemos sentar? – pedi, ignorando sua pergunta.

Ele franziu o cenho, mas fez o que pedi.

Sentei-me na grama fofa, ele fez o mesmo, de frente pra mim.

– Acho que entendo seu desconforto – começou – ficamos noivos ontem, tudo muito rápido, e pela sua reação, presumo que não soubesse que estava indo a sua casa com o propósito de pedir-lhe a mão.

– Presumiu certo, Mr. Darcy.

– Gostaria que não me chama-se assim. Poucos me chamam, prefiro Hareton.

– Prefiro Mr. Darcy – disse sem vontade.

Ele franziu o cenho.

– Tudo bem, quando nos casarmos você se acostuma. Mas eu gostaria de chamá-la de Bella.

– Não, nunca. Não gosto de Bella. – menti – Prefiro Isabella. Chame-me de Isabella.

Ele suspirou resignado.

– Com uma condição.

Bufei baixinho, já estava farta de condições.

– Diga! – falei num tom irritado.

– Realmente não entendo suas reações. Pois bem, chame-me de Hareton que eu a chamo de Isabella.

– Como quiser – disse mais calma.

– Não, está sendo como você quer minha donzela, vejo que tem um gênio difícil – disse zombeteiro.

Suspirei. Foi o pior passeio que já fiz em minha vida.

– Tens razão, aborreço-me fácil.

Ele sorriu.

– Acho que posso dar conta do recado.

Revirei os olhos. Ele sorriu novamente, aproximou a mão de meu rosto. Desvencilhei-me.

– Não tão rápido Mr... Hareton – falei em tom autoritário.

Ele riu com gosto.

– Você parece uma gatinha raivosa – aproximou-se e depositou um beijo em meu queixo, sem me dar chance de impedi-lo, passei a mão no queixo limpando, ele riu mais e completou:

– Pois saiba que eu sou o leão! – dito isso fez um som ameaçador e levantou, levando-me consigo. Aproximou o rosto do meu, prevendo o que ele queria, uni bem os lábios. Ele sorriu e depois dirigiu um olhar ameaçador.

– Não demorará muito pra entregar-se a mim Isabella – tremi com o tom assustador.

Ele gargalhou.

– Não sabia que se assustava com pouco, minha gatinha. Mas saiba que é verdade.

– Nunca – neguei veemente.

Ele suspirou divertido.

– Vai ser a conquista mais difícil de toda a minha vida. Mas conseguirei minha amada noiva – ironizou.

Queria cuspir naquele rosto cínico.

– Veremos – falei azedamente.

– Veremos – repetiu sorrindo, depois pegou minha mãe contra a vontade e me levou de volta pra casa.

Com certeza esse foi o pior passeio que já tive em minha vida. Bom, amanhã seria um novo dia.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam dessa última parte? Esse Mr. Darcy é muito convencido né? Rum, eu estou morrendo de nojo dele e vocês?

Mandem recadinho tá? Quero ler a opinião de vocês :)