Ciclone: o Romance de Edward e Bella escrita por Déborah Ingryd


Capítulo 10
Capítulo 10 - Complicações


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho... Vou logo avisando: Capítulo mega tenso... E novidade: Último POV Edward. Tentem ser compreensivas.



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Estava na metade do livro quando ouvi Carlisle chegar. Não me levantei, estava concentrado na leitura, o livro era muito bom, contava a história de um amor proibido entre Catherine e Heathcliff, estava em uma parte bem interessante, tão concentrado que nem percebi Carlisle falar comigo.

– Edward? Edward?

Despertei do transe e olhei pra ele.

– Ah... Oi Carlisle, nem percebi que falava comigo – dei um sorriso amarelo – importa-se? – falei apontando-lhe o livro.

Ele sacudiu a cabeça.

– Claro que não, fico feliz que tenha algo pra fazer – disse sorrindo.

Franzi o cenho, eu estava tendo algo pra fazer desde que resolvi me mostrar à Bella, achava tão injusto esconder de Carlisle à verdade, me sentia sujo, desonesto com aquele que estava sendo como um pai pra mim. Talvez eu devesse contar, talvez ele entendesse o quanto Bella é importante pra mim, que eu não sou nada sem ela. Ele entenderia, afinal tinha um coração tão bom... Antes, só estava preocupado talvez porque pensasse que eu não seria capaz de me controlar perto dela, mas isso já estava mais que provado que eu não lhe faria mal algum, sim ele entenderia...

– Carlisle?

– Sim? – ouvi sua voz abafada, ele estava no quarto, estava tão perdido em pensamentos que nem percebi ele subir.

– Pode vir aqui um minuto, por favor?

– Claro.

Se meu coração ainda batesse, aposto que ele estaria frenético, pois eu só tinha uma vaga opinião do que ele realmente acharia quando eu lhe contasse, mas não me permitiria pensar negativamente, o que era um erro grave.

Ele desceu e se colocou à minha frente.

– Sim? – disse.

– Queria conversar com você sobre um assunto – comecei – um tanto sério – que história era essa de um tanto? Era muito sério.

Ele franziu o cenho, mas seus pensamentos estavam estáveis. Carlisle sentou ao meu lado.

– Estou ouvindo.

Respirei fundo para me acalmar.

– Bom, não tenho feito algo muito certo nos últimos dias – bom, pra mim era certo – pelo menos eu acho que não...

Ele juntou as sobrancelhas de novo pensou: Que tipo de coisa?

Suspirei.

Resolvi falar de uma vez.

– Tenho visto Bella nos últimos dias – disse em um fôlego só.

De início ele não pareceu acreditar, absorvia as palavras, uma por uma. E então arregalou os olhos.

– Edward que você fez?!

Seus pensamentos estavam incoerentes, a maioria deles dizia que eu estava ficando louco. Esperei sua respiração ficar regular e suas mãos, que estavam cerradas em punho, relaxarem.

– Não poderia ter feito isso – disse mais calmo.

– Sinto muito, mas não consegui me controlar.

– Quando foi que isso aconteceu?

– No dia em que brigamos – eu briguei, corrigi mentalmente – ela estava na floresta e...

Ele bufou, interrompendo-me.

– Ah sem essa!

Franzi o cenho.

– Estou falando a verdade. Bom, me deixe continuar. Bella me disse que sempre vai à floresta, um jeito de aliviar a dor, sem muito sucesso – estremeci, odiava ter feito Bella sofrer, a convicção de que o que eu estava fazendo era certo me deu mais coragem pra continuar – e eu estava lá, na floresta, ia caçar segui seu cheiro, mas só o reconheci quando ouvi seu choro, quando ouvi sua voz, ela estava escrevendo uma carta e lia em voz alta – expliquei quando ele fez uma careta – e era um carta direcionada a mim. Carlisle, você não faz ideia do quanto isso me atingiu, eu tinha que fazer algo!

– Mas a última coisa que deveria fazer era se mostrar a ela! Será que não entende as conseqüências?

– Jamais a machucaria!

– Não é a exatamente a isso que me refiro.

– Então ao o que?

– Aos Volturi!

– Aos o que?

– Aos Volturi – repetiu

– E quem são esses?

– Eles são um clã que moram na Itália, vários vampiros, mas que tem como lideres: Aro, Caius e Marcus.

– E? – incitei.

– Eles são os vampiros responsáveis pela vida imortal, os que têm leis.

– Que tipo de leis?

– Bom a principal delas é: Não se mostrar aos humanos.

Franzi o cenho.

– E temos que respeitar essas leis?

– Se quiser viver – disse sombriamente.

Um choque percorreu minha espinha. O que isso queria dizer? Que eu poderia morrer por ter me mostrado à Bella?

Ele viu o medo em meus olhos.

– Avisei para que se afastasse da humana.

– Por que não me falou sobre isso antes?

– Não achei que fosse cogitar em fazer uma loucura dessas!

Fiquei de pé, era tensão demais, comecei a andar de um lado a outro, passando as mãos nos cabelos, mania que eu tinha quando estava nervoso.

– Não pode ser, não, não...

Logo quando tudo ia tão bem!

Precisa dizer adeus novamente.

– O que? Não posso!

– Se continuar com essa loucura... Não será o único a morrer, Bella também. Não querem um humana a par de nosso segredo.

Estaquei.

– Ninguém tocará em um fio de Bella. Matarei quem tentar.

– Que parte do “vários” você não entendeu?

Estremeci.

– Carlisle – disse em uma voz torturada – precisa me ajudar!

Ele balançou a cabeça.

– Morrerei também.

Minhas mãos tremiam, minha cabeça doía, meu coração imóvel estava comprimido.

– O que posso fazer?

– Deixá-la.

Meus olhos ardiam, apesar de saber que nenhuma lágrima cairia.

– Pense Edward, é o melhor, para os dois.

Estava prestes a ceder, quando algo passou por minha cabeça.

– Mas – comecei – eles estão na Itália, como saberão que logo eu estou fazendo algo de errado? Nem me conhecem!

Ele sacudiu a cabeça.

– Anualmente eles fazem vistoria, em todo lugar onde há um vampiro.

– Não sabe que estamos aqui.

Ele suspirou.

– Bom Edward, eu já fui um Volturi. Eles conhecem meu cheiro, tem Félix, um rastreador.

– Como assim você já foi um deles?

– Isso faz décadas e não tem importância agora. O que importa é que eles irão me encontrar. Tem que deixar Bella Edward. Aliás, não tinha nada que interferir na vida da garota, ela é humana, tem que se casar e ter filhos com e como uma pessoal normal.

Carlisle tinha razão, foi um grande erro ceder aos meus sentimentos. Mas ainda assim doía demais ter que deixá-la, de novo, dessa vez para sempre. Mas se assim a estivesse protegendo, faria o que fosse preciso, não importava o quanto doesse.  

– Sinto muito – disse com pesar.

Olhei pra ele.

– Deixe ao menos me despedir...

Ele suspirou e depois assentiu.

Subi as escadas lentamente e fui ao meu quarto, sentei-me na cama e deixei que minha mente absorvesse tudo o que estava acontecendo. E então a ficha verdadeiramente caiu. Novamente eu me afastaria do amor da minha vida, só que dessa vez seria pra sempre, meus olhos arderam novamente, nunca mais... Suspirei. Esse era o certo, até porque, quanto tempo mais eu conseguiria manter esse romance às escondidas? Impossível. Carlisle tinha razão, deveria deixar Bella viver sua vida como uma humana normal, constituir família e ser feliz, apesar de ela sempre dizer que só seria feliz comigo, acredito que ela possa me esquecer e viver uma vida relativamente boa, e mais uma vez eu me odiava por ter aparecido novamente, que espécie de sado masoquista eu sou? Argh! Ia ter que dizer adeus novamente, machucaria a mim e a ela ao mesmo tempo, eu sou um monstro!

Ouçam enquanto estão lendo: http://www.youtube.com/watch?v=6JCI9JLX3mA

A Razão

Eu não sou uma pessoa perfeita

Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito

Mas eu continuo aprendendo

Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você

E então eu tenho que dizer antes de ir

Que eu apenas quero que você saiba

Eu encontrei uma razão para mim

Para mudar quem eu costumava ser

Uma razão para começar de novo

E a razão é você

Eu sinto muito ter te magoado

É algo com que devo conviver todos os dias

E toda a dor que eu te fiz passar

Eu gostaria de poder retirá-la completamente

E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas

É por isso que eu preciso que você escute

Eu encontrei uma razão para mim

Para mudar quem eu costumava ser

Uma razão para começar de novo

E a razão é você

E a razão é você

E a razão é você

E a razão é você

Eu não sou uma pessoa perfeita

Eu nunca quis fazer aquelas coisas para você

E então eu tenho que dizer antes de ir

Que eu apenas quero que você saiba

Eu encontrei uma razão para mim

Para mudar quem eu costumava ser

Uma razão para começar de novo

E a razão é você

Eu encontrei uma razão para mostra

r Um lado meu que você não conhecia

Uma razão para tudo que faço

E a razão é você.

Deitei na cama e conclui que nunca senti dor tamanha, pensava que foi quando a deixei e virei vampiro, mais não, uma coisa é você desejar algo que não pode ter outra bem diferente e de repente você ter e depois perder. Ah como odeio ser um vampiro e não poder fornecer tudo o que minha princesa merece. Suspirei pesadamente. Eu me odiava. Fui até a mesa de canto e derrubei tudo o que estava nela, a tinta, os papéis, os livros, pouco me importava, eu odiava tudo. Sentei na cadeira do piano e passei a mão nos cabelos nervosamente, meus olhos ardiam, mais as lágrimas não caiam, fui até a janela e olhei a lua.

– Por que eu? – perguntei – Há tantas pessoas nesse mundo, por que eu?!

Solucei sem lágrimas, meu peito tremia convulsivamente, um ruído estranho vinha dele, eu queria que as lendas de vampiros fossem válidas, que a estaca no peito funcionasse, mas era mais provável que a estaca quebrasse ao atingir a pedra que eu era.

Senti o cheiro de Carlisle, mas não me virei. Ignorei-o. Ouvi ele escrever algo em um papel, não  procurei saber o que era, estava angustiado demais, triste demais. Ouvi-o sair e em seguida o carro se afastar. Melhor assim, queria mesmo ficar sozinho. Fui ao piano e novamente toquei notas aleatoriamente, e como da última vez, formou-se uma sintonia agradável, ajeitei-me no acento e me concentrei na melodia, os dedos se moviam lentamente, e de repente todos os momentos com a Bella, os pós-transformação, vieram a minha mente, cantando pra mim, não foram tantos, mas significaram muito pra mim. Nomeei a música de The reason. Porque Bella era isso pra: A razão. A razão de tudo na minha vida, a minha fracassada vida, senti o meu peito vibrar novamente, e as lágrimas invisíveis entrarem em ação novamente. E foi nesse estado que percebi que nunca, jamais seria capaz de deixá-la, de dizer adeus novamente, como? Como conseguiria fazer isso? Se ela era toda a minha vida, a razão e a essência de minha existência? Levantei e comecei a andar de um lado a outro, pensando, cogitando, argumentando comigo mesmo e depois concluindo: Eu nunca a deixaria. Não importava o que Carlisle dissera ou os Volturi, ela era minha. É claro que não seria imprudente em arriscar a vida de minha amada, daria um jeito. Fugiria com ela. Eles não sabiam mesmo de minha existência, impossível me encontrar. Fui até o gabinete de Carlisle e procurei algum cofre. Se iria fugir com Bella, teria que ter segurança financeira, sabia que ele guardava muito dinheiro aqui, procurei atrás de quadros e quadros e nada. Fui até as inúmeras prateleiras de livros derrubando-os dando socos leves no fundo delas, procurando um fundo falso, achei. É claro que tinha que saber o código para abri-lo, mas isso não era impedimento pra mim, é claro. “Como amo ser vampiro”, ironizei. Bastou um soco que a lataria amassou e deixou uma brecha no canto esquerdo, puxei e abri-o, encontrando lá bolos de dinheiro, era largo e extenso, deveria haver milhões ali, bom não faria muita falta se eu roubasse alguns, pensei. Peguei a mala que havia pegado no quarto, e enchi-a com os milhares de dólares, senti uma pontada de remorso, não seria nada gentil roubar, e ainda mais Carlisle que foi tão bom comigo... Mas era por uma boa causa, convencido disso fechei a mala e fui até o quarto, pegando a com minhas roupas, quando ia passando pela porta, avistei o bilhete de Carlesle:

Sinto muito filho, sei o quanto ela é importante pra você, mas é preciso, saiba que o amo muito, por isso me preocupo. És muito importante, espero que um dia entenda.

Senti um aperto no coração, mas não podia morrer na praia. A vontade que tinha era de lhe dar um abraço bem forte e dizer que também o amava e que era muito grato por todos esses meses. Suspirei, odiava despedidas. Abaixei-me e peguei um dos papéis espalhados pelo quarto ,  joguei as malas no chão e escrevi:

Carlisle,

Eu sinto muito, eu não tenho nem palavras pra descrever o quanto me sinto mal por estar lhe fazendo isso, mas foi preciso, eu a amo tanto... Desculpe por ter lhe roubado o dinheiro, me sinto um lixo por isso, é só que... Bom, preciso dele pra cuidar de Bella . Odeio ir embora sem me despedir, mas você não me deixaria ir... Saiba que eu também te amo, és como um pai pra mim, muito obrigado por tudo. Seja feliz e se não for pedir muito, quando os Volturi vier atrás de você, me dê cobertura, não deixe-os saber que eu existo, sim? Ficaria imensamente grato.

                                                 De seu querido e amado filho,

                                                                                    Edward


Escrevi, peguei as malas e deixei o bilhete em cima da mesa em seu gabinete, assim quando ele visse a bagunça perceberia o bilhete.

Respirei fundo e disparei para fora da casa, corri o mais rápido que pude, com as malas em minhas mãos, pulei a cerca e fui até a janela de Bella e sorri ao perceber algo. Pois assim como Julieta, a janela dela ficava ao leste. Lembrei de como Romeu descobriu o quarto: “Julieta é sol, então o quarto é ao leste”, bom a minha Bella era o meu sol também, alarguei o sorriso. Escalei a janela, foi mais complicado, afinal estava com as mãos ocupadas, mais dei um jeito. Ao chegar, ela estava sentada lendo um livro, nem percebeu minha presença, ali calma e distraída percebi algo. Afinal o que eu estava fazendo? E se ela não quisesse se separar de sua família, afinal isso era errado, estava roubando sua vida, sendo um egoísta, definitivamente sou um monstro. Mas eu tentaria, eu já tinha estragado tudo mesmo, o que custa perguntar? Suspirei.

– Edward?! – levantei a cabeça, que até então nem percebi que tinha abaixado – Edward que susto! – disse levando a mão até o peito.

Sorri, mas sabia que ele não ia até os olhos. Deixei as malas no chão e me aproximei da cama. Ela franziu o cenho.

– Pra que as malas? – ela sorriu zombeteira – não me diga que vem morar aqui?

Dei um sorriso torto. Mas logo o desfiz. Ia ser extremamente difícil lhe pedir isso, mas como o egoísta que era, é claro que faria.

– Edward o que foi? Parece tão triste.

Olhei atentamente para o rosto amado.

– Bella eu vou embora de Chicago.

Ela arregalou os olhos.

– Co-omo assim? Carlisle quer ir embora? Ele descobriu?

Acertara em cheio, mas não era bem isso agora, mudaram-se os planos, bom eu mudei, restava saber se ela acataria.

Sentei-me ao seu lado.

 – Bom, na verdade, eu lhe contei.

– Por quê? Ficou maluco?!

Sacudi a cabeça.

– Não agüentava mais mentir.

– E ele não aceitou.

– Não.

– E agora Edward, o que nós vamos fazer?

Eu suspirei.

– Mudança de planos.

Ela franziu o cenho.

– Explique-se, por favor.

– Pretendo fugir com você.

– O que? – sussurrou assustada.

– Gostaria saber se você quer fugir comigo.

Ela desviou o olhar atordoada. Levantou e começou a andar de um lado a outro.

– Como assim? Largar tudo e ir embora?

– Se quiser.

– Minha família... – disse meio que pra ela mesma.

Levantei e me coloquei a sua frente, coloquei minhas mãos em seus ombros.

– Bella não precisa fazer isso, é apenas uma opção. Não quero deixá-la, mas entenderei se não puder ir comigo.

– Não tenho alternativa? Como ter os dois ao mesmo tempo.

– Sinto muito Bella, já estraguei tudo com Carlisle, não posso mais voltar. E além do mais, que vida teria vivendo assim? Uma hora seus pais iriam querer casar você.

Ela corou e olhou pra baixo, devidamente tensa. Lembrou-me sua reação de hoje de manhã. Puxei seu queixo com um dedo, fazendo-a olhar pra mim.

– Bella?

Ela estava chorando?

– Bella?

– Eu já estou noiva Edward! –disse levantando a mão esquerda, a aliança quase pulou de seu dedo.

Ouçam enquanto estão lendo:http://www.youtube.com/watch?v=FUPoOXSu3rU

Se Você Não É a Única 

Se você não é a única, então porque a minha alma se sente feliz hoje?

Se você não é a única, então porque a minha mão se encaixa na sua dessa forma?

Se você não é minha, então porque o seu coração retorna os meus chamados?

Se você não fosse minha, eu teria toda essa força para encarar tudo?

Eu nunca posso saber o que o futuro pode trazer

Mas eu sei que você está aqui comigo agora

Nós vamos superar isso

E eu espero que você seja aquela com quem irei compartilhar aminha vida

Eu não quero fugir, mas eu não aguento isso... Eu não entendo

Se eu não fui feito para você, então porque meu coração me dizque sim? 

Não há nehuma jeito de eu ficar em seus braços?

Se eu não preciso de você, então porque eu estou chorando na minha cama?

Se eu não preciso de você, então porque o seu nome soa na minha cabeça?

Se você não foi feita para mim, então porque essa distância acaba com a minha vida?

Se você não foi feita para mim, então porque eu sonho com você como minha esposa?

Eu não sei porque você está tão distante

Mas eu sei que tudo isso é verdade

Nós vamos superar isso

E eu espero que você seja aquela com quem eu vou compartilhar a minha vida

E eu desejo que você seja aquela com quem eu morrerei

E eu rezo para que você seja aquela com quem eu construirei um lar

Eu espero amá-la por toda a minha vida

Eu não quero fugir, mas eu não aguento isso, eu não entendo Se eu não fui feito para você, então porque meu coração me diz que sim?

Não há nehuma jeito de eu ficar em seus braços?

Porque eu sinto a sua falta, de corpo e alma e isso é tão forte que me tira o fôlego

E eu respiro você para o meu coração, e eu rezo para essa força ficar por hoje Porque eu amo você, sendo errado ou certo

E embora eu não possa estar com você hoje à noite

Você sabe que o meu coração está ao seu lado

Eu não quero fugir, mas eu não aguento isso, eu não entendo

Se eu não fui feito para você, então porque meu coração me diz que sim?

Não há nehuma jeito de eu ficar em seus braços?

E foi como se tivesse recebido uma pancada, larguei-a e tive que me apoiar na parede para não cair.

– Mas eu juro que não queria, eles praticamente me obrigaram, ele é o filho de um amigo próximo e... – eu não ouvia mais, era dor demais, como não percebera a maldita aliança antes? E se... Se ela o amasse, o amasse mais que a mim? Vai ver ela estava sendo somente gentil comigo, por isso não me contou antes. Mas eu vi, eu vi ela chorando por mim! Por mim! O soluço estranho voltou. Sentei no chão frio.

– Você o ama? – não pude deixar de perguntar.

– Não! Não! Claro que não Edward – disse se ajoelhando ao meu lado, passando as mãos em meu rosto – eu amo só você, só você.

Beijou o meu rosto, abraçou-me.

– Então por que está noiva?

– Já disse-lhe Edward, meus pais, eles, eles...

– Chega!

Levantei, deixando uma Bella chorosa largada no chão, completamente atordoada.

– Você o ama! – acusei, lutando para controlar a voz.

Ela negou.

– Por isso a relutância – ri sem humor, passando a mão pelos cabelos – E eu aqui, todo apaixonado, decepcionando a única pessoa que realmente se importa comigo, fazendo coisas que jamais cogitaria fazer... Enquanto ela, ela seu idiota! – disse a mim mesmo – está noiva! Noiva de um babaca qualquer! Um cara que não é você!

– Edwar... eu...

– Poupe-me! – falei azedamente.

– Carlisle bem que me avisou – lamentei – Mas o teimoso não quis ouvir, jogando fora tudo o que tem fora, por alguém que nem ao menos lhe disse que estava noiva, que já tinha desistido de você, de alimentar um amor impossível!

– Edward não! Por favor, eu te suplico, me deixa explicar...

– Explicar o que? Que você se apaixonou completamente, tanto que mal pôde esperar pra ficar noiva! Poupe salive Isabella! – falei seu nome inteiro, só a chamava assim quando realmente estava magoado ou chateado com ela – Deixei tudo por você, tudo entende?

Ela estava soluçando.

– Eu vou embora, esta é a última vez que você me vê. Eu não vou voltar. Vai poder ter sua vida humana e feliz ao lado de quem quer que seja. Eu não me importo, não mais, chega! Será como se eu nunca estivesse existido. Eu prometo.

Dito isso, enxuguei as lágrimas inexistentes e peguei as malas, indo em direção a janela.

Ela veio até mim. Agarrou meu braço, o rosto banhado a lágrimas.

– Edward, não, por favor, por favor, eu te imploro!

– Adeus Isabella.

Ela estremeceu.

– Não, de novo não, eu te imploro!

– Eu nunca deveria ter aparecido na sua vida Isabella, desculpe me tornar um peso pra você.

– Edward...

E como o masoquista que era, inclinei-me e a beijei, depositando todo o amor que ainda sentia por ela, por que a partir daquele dia, ele deixaria de existir.

– Eu amo Isabella Swan e essa é a última vez que ouviu tais palavras saírem de meus lábios.

– Não, por favor... – suplicou.

– Adeus.

Depois pulei da janela, deixando pra trás a única garota que amei em toda a eternidade.

FIM DO POV EDWARD


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Notas finais do capítulo

Por favor, não odeiem o Edward, compreendo que vocês devem estar muito chateadas por ele ter indo embora sem deixar ela se explicar. Mas acreditem, ele tem um motivo. Tentem compreendê-loO próximo capítulo será POV Bella, algo muito estranho acontecerá... E em breve volto com os POV'S Edward, explicando o motivo e vendo como ele ficou sem ela.Por favor, não sejam leitoras fantasmas! Comentem, não dói, quero muito saber a opnião de todas ou todos.