Quinze

   “Um turbilhão de imagens surgem em meus olhos, tudo que vejo são apenas um vasta floresta, com arvores gigantescas, seu solo é úmido. Me vejo ajoelhada ali, chorando, quero parar com isso, mas não consigo. Alguém vem em minha direção, um belo rapaz de um rosto bem definido, cabelos claros e, um corpo bem definido.

   Ele vem em minha direção, coloca as mãos em meus queixos e levanta minha face que no momento se encontra abaixada, minha lagrimas escoem pelas minhas bochechas.

  - Hei, não chore mais. Agora estou aqui. – Seus lindos olhos castanhos claros procuram os meu. – Vamos, temos que ir. Mandarei alguém vir pegar o corpo dele, depois disso, tenha certeza que ele terá um belo funeral. – ele indica com as mãos para que eu pegue as suas para que possa me levantar. Faço isso, indo em direção ao amanhecer, ate agora à pouco tudo estava escuro, completamente invisível os traços belos da floresta.

   Minha ultima imagem é embaraçada, vejo nós partirmos de mãos dadas para a luz dourada.”

  Acordo assustada sem saber o que acontecera. Me lembro do sonho que tive; ainda em pânico, sento-me na beirada da cama, calço minhas pantufas e levanto. Vou ate a cozinha e pego um copo d’água, logo em seguida pego uma garrafa de elixir e, tomo-a por inteiro. Dou um longo suspiro, reflito sobre o que acontecera em meu sonho. Lembro-me que estava com um belo homem que agora desconheço. Concluo que foi apenas um sonho, mas nada disso.

   - Ever, é você? – escuto os passos de Honor descendo as escadas, vindo para a cozinha à minha procura. Ela se inclina na parede para se certificar que é mesmo eu quem estou em sua frente.

   - Sim sou eu. – digo apenas isso. Espero ela vir em minha direção, colocar as mãos em cima de meu ombro e, dizer:
   - Que susto, pensei que fosse algum ladrão. Bom, ate que não precisaria ter muito medo, porque sou imortal. – ela dá uma pequena risada de deboche.

   - Honor, eu não estava pensando em te contar isto, mas acho que seria melhor me abrir com alguém sobre isso. – paro e vejo ela assentir com a cabeça. – Agora à pouco, tive um sonho estranho. Não consegui ver muita coisa, porem, pelo que me lembro, estava em uma bela floresta, cuja localização desconheço. Lá, eu estava de joelhos chorando, em seguida veio em minha direção um belo rapaz que me fez voltar para algum lugar que não vi qual. Ele falou coisas estranhas, digo, coisas que não fazem sentido. De algo para mim ir junto à ele, que depois iriam recolher o corpo que estava ali perto, que não consegui ver alias. Depois fui com ele para uma forte luz...que depois acordei. – Não esperava que ela ficaria espantada com meu sonho, então espero por algo diminutivo.

   - Bem, eu não sou como Ava, mas pelo que entendi do ela me ensinou foi que, sonhos não são na verdade coisas que queremos e, sim fatos que acontecerão no futuro, em jeitos e locais desiguais.

   - O.k. Muito obrigada. Sabia que você me ajudaria com isso. Alias, precisava concluir mais uma coisa. – faço uma pausa para ela entender bem. – O que você que meu sonho quer dizer?

   - Ever, sinceramente não sei. Mas os sonhos não acontecem daqui poucos dias e, sim daqui anos ou ate mesmo séculos para nós imortais. Então no caso é apenas esperar para que isso aconteça.

   - Mas tenho medo de quem seja esta pessoa que eu queria que tivesse um funeral descente. Ela pode ser você, qualquer pessoa. Ate quem sabe Damen, sempre esperei por sua reencarnação em outro corpo, mas isso nunca aconteceu... – minha voz está fraca, estou com medo de quem possa ser está pessoa morta em meu sonho.

   - Já lhe disse Ever, espere ate que aconteça. Agora temos que pensar em como destruir Haven, ela está muito mais ultrapassada do que nós, seus poderes são muitos fortes, tirando sua inteligência, que dos tempos para cá, tem sido muito boa.

   - Sim eu sei, mas não sai da minha mente estes pensamentos insanos as pessoa morta.

   - Não há nada o que fazer, eu lhe garanto. – Sua voz vai amenizando com o passar do tempo, apesar de não saber como adormecer novamente, subo para meu quarto.

   Um tempo depois, Honor aparece batendo na porta para poder entrar.

   - Pode entrar. – Ela abre a porta, logo em seguida fecha-a. ela caminha rumo à cama, senta-se na beirada da mesma e, olha inteiramente para mim.

   - Queria falar com você. Sei que está tarde, que você quer dormir mas não consigo tirar isto da cabeça.

   - O que é afinal? – Pergunto impaciente, esperando ansiosa pelo que tenho à ouvir.

    - Podemos trazer Damen de volta. – Ela vê meu olhar se arregalar, então conclui: - Mas olhe: é apenas uma hipótese, não é uma conclusão. Tive pensando em alguns enigmas que Ava e Jude passara à mim e, tive tentando desvendá-los. Cheguei em uma conclusão: há mais de um método para ressuscitar alguém, no momento não sei ao certo, mas garanto que pode dar certo.

    - Aimeudeus. – Olho para ela desesperada. – Como você não me disse isto antes?

   - Porque estava sobe posse de Haven, por causa do Imperius que ela jogou à mim.

   - Me desculpe então. – Olho para ela arrependida pelo que dissera, tinha me esquecido deste detalhe.

   - Tudo bem, às vezes ate eu esqueço disso. Mas não foi exatamente na época que eu fui enfeitiçada, mas na verdade foi um tempo antes. Não queria dar falcas esperanças para você, então não lhe disse nada. Logo depois fui domada pelo feitiço de Haven. E agora tive certeza de que isto pode mesmo existir ao nosso alcance.

    - Bom isto é uma ótima noticia. Agora é mais uma motivo para mim não conseguir dormir. – Puxo os lençóis para cima de mim. Eles estão frios, mais secos. Olho para ela, a mesma está com um brilho anormal no olhar. Então lembro de um pequeno detalhe: quando ela estava sobe posse de Haven, ela pegava todas as informações que Honor sabia. Com isso, Digo desesperada: Você me disse que foi antes de ser possuída não é? Então, Haven está sabendo também disto. Ela poderá dar uma nova vida à Roman.

   - Exatamente. Agora preciso me deitar, quero que você venha comigo para podermos nos aprofundar desta informação.

   - Você já sabe aonde ir?

   - Ainda não, mas tenho certeza que conseguiremos algo amanhã. – ela se levanta começando à nadar rumo à porta. – Boa noite Ever. – afirmo com a cabeça, aceitando e lhe dando uma boa noite. Ela termina de sair do quarto, a porta faz um barulho oco ao ser fechada.

   Viro-me para poder dormir, me cubro ate os ombros. Tento não pensar em nada do aconteceu e as informações que tive hoje. Quero dormir pare esquecer meus problemas, queria fazer como da vez que me embriaguei por causa de Damen, em nosso primeiro ano juntos.

   Depois de um longo tempo, consigo adormecer. Sonho novamente com o mesmo que tive horas à trás, mas agora consigo ver quem é o corpo morto: Stacia.