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- Posso entrar? – Sem mesmo dizer algo, Clarisse já esta dentro de meu quarto, com uma caixa de presente. Com um embrulho tão charmoso que já penso como será doloroso. Rasga – lo.

- Mas... eu não disse para não você não trazer presente nenhum? Tâmara que Jackes não apareça com presentes... – digo, sem ao menos dar bom dia e, agradecer pelo presente.

Já que hoje é meu aniversario, aposto que a escola inteira irá me presentear. Não que eu não goste, é claro que gosto. E muito. Depois de ter sido tão complicada minha vida, quer dizer para mim é uma vida, para outros não e, sim á duas vidas atrás. Mas, isso tudo é passado, Damen morreu para me salvar de Haven. Agora tenho novos amigos e novos “ paquerinhas “. É um pouco difícil seguir minha vida depois de perder Miles para os imortais do mau. Como Haven teve coragem de matar nosso amigo? E Por que ? Não tem cabimento de tão longe que ela foi possível chegar. Uma coisa é tentar me matar, outra é matar meus últimos amigos.

Já que tudo esta mudado, pretendo daqui alguns anos ir para o Brasil. Lá eu tenho certeza que ate poderia formar um mortal em um imortal, para passar o resto0 da eternidade comigo. Ate pareço Damen falando deste jeito, querendo transformar pessoas igual a mim e, depois se arrepender por completo pelo que eu fizeste.

- Ei, vamos lá, planeta chamando Ever!!! – Clarisse me tira do transe que acabara de ter.

- Anh! Sim, desculpe. Só estava pensando um pouco. – Digo.

- Mas, então como que vai ser seu aniversario de 17 anos? Para onde vamos?

- Ainda não sei ao certo. Mas acho uma boa idéia passar em alguma casa com muita gente e, é claro muita alegria.

- Hum, e não haverá gatinhos? Porque fala serio não há festa sem os garotos.

- Sim, haverá. Mas quem?

- Sei lá, quem você gostaria de chamar?

- Caramba! Esqueci de fazer os convites!

- Afz. Ate parece que alguém ira esquecer do aniversario do ano de Ever Bloom.

- Você tem razão. Hoje tem colégio e eu vou dar um jeito de chamar uma turminha boa para ir ... – faço uma pausa. Também me esqueci de providenciar um lugar para minha festa de aniversario. – ahh! Mais que merda, também me esqueci do lugar.

- Faz aqui Ever. Temos tudo neste lugar. Sua casa é um Maximo, todos do colégio que nunca entrou aqui tem vontade de entrar e, como sou de casa tenho ate uma chave extra para entrar quando quizer. – ela sorri de um jeito malicioso. Eu sei perfeitamente onde ela quer chegar.

- Ah, qual é? Não seja tão convencida assim, você só conquistou minha confiança de um jeito inesperado e rápido.

- Muito obrigada, eu sei que sou um Maximo. Mas então, vai ser aqui ou não?

- Veremos.

- Ahh! Sua chata, você sabe que eu odeio que me façam ficar anciosa!

- Mas você já não esta?

- Não, não estava, mas graças a você agora estou!

Ela agora entrega o presente em suas mãos.

- Eu não tinha muito dinheiro para comprar algo ao seu nível, mas consegui comprar isto.

- Ah, é lindo Clarisse! Como você sabe que eu gosto tanto de tulipas vermelhas? – para minha surpresa ela aparece com uma bola de vidro com um lindo jardim de tulipas vermelhas e muitas porpurinas soltas para dar brilho.

- Sei lá, eu estava passando em uma loja e vi isto, ai pensei que seria maneiro te dar...

- E você acertou em cheio, eu simplesmente amei! – termino dando um gritinho de alegria.

- Que bom! Eu vou fazer alguma para nós comermos, o que você gostaria de comer em seu café de manhã de 17 anos?

- Hum, torradas, cupcakes, omelete, e sei lá. Me impressione! – dou um risadinha enquanto vejo Clarisse descer de minha cama, indo a caminho da porta do quarto, para sair e fazer um belo café da manhã para mim. Também me levanto da cama, calço meus chinelos, sigo rumo a meu guarda-roupas. Não sei o que vou vestir para hoje, então resolvo não colocar nada de especial por enquanto e, quando tiver um tempo livre antes de ir para o colégio, vistarei algo bom. Pego meu roupão para sair do quarto. Ao sair deparo – me com um envelope no primeiro degrau da escada. Agacho – me para pega – lo, quando toco já consigo ver todo seu conteúdo escrito dentro dele. Riley não esquecera de meu aniversario. Ela esta com muitas saudades, a ultima vez que a vira, fora para me ajudar a resgatar Damen de Haven e, quando me encontrei endebilitada, sofrendo horrores por causa de minha alma gêmea perdida. É claro que sinto sua falta também Riley, respondo a ultima pergunta que ela fizera sem me importar com o resto, porque concerteza ela sabe de muita coisa em minha vida, já que, vive o tempo todo me observando. Às vezes, imagino se o que Jude me dissera à 120 anos atrás, sobre minha família estar sempre de olho em mim é verdade ou eles de vez em quando, se é que eles tem tempo livre, eles me vêem. Não é fácil você ficar por muitos anos em uma vida, descobrir coisas que não gostaria e, pior saber que o mundo inteiro mudara muito.

- Ever, você não vai descer? O café esta pronto! – Meus pensamentos são interrompidos pela pergunta de Clarisse.

- Sim, já estou indo. Espere mais um pouco que eu já irei descer. – tendo fingir estar normal, mas não, minha voz na verdade esta com medo do que poderá acontecer de pior por hoje, minha vida não esta sendo atormentada faz muito tempo, e não quero que seja como antes. Lutando por uma vida melhor, apesar se mesmo eu conseguir um novo amor, não que eu não tenha encontrado, mas não passou de uma simples saidinha ou então um pouco de namoro. Mas, já termino para que eles não percebam o que a verdade sou uma imortal enquanto vivo o resto da eternidade, eles iram se decair cada vez mais com o passar do tempo.

- Esta bem, não demore muito. Oh meu Deus, estou parecendo uma mãe falando com sua filha!

Dou uma risadinha para não deixar Clarisse de lado.

- É esta parecendo muito, daqui a pouco eu desço.

- Beleza.

Fico ali, paralisada com meus pensamentos... não estou mais agüentando esta vida como imortal, poderia ter morrido junto com Damen no confronto final entre os imortais do bem e do mau. Em uma vez,  em muito tempo tenho vontade de me afundar em um cobertor e ficar o dia inteiro debaixo dele.

Tenho um impulso de entrar em meu quarto, materializo o portal para Summerland, seu véu cintilante, com uma luz aquecedora e dourada, toco em sua manta para poder aterrissar em seu gramado macio. Assim aconteceu, paro em frente ao um restaurante francês em uma rua muito movimentada por pedestres sem rostos. Começo a caminhar em busca de algo novo, sem ter destino ao certo, mas mesmo assim é muito bom relembrar meus momentos como iniciante no mundo imortal, caminhando por aqui em busca de resposta para conseguir salvar Damen do feitiço de Roman, quando estou com Ava aqui em busca de informações extras sobre a lua azul, quando estou com a s gêmeas tendo acesso aos salões dos conhecimentos akáshicos, quando Damen me presenteia em meu aniversario de 17 anos, mas é claro como aquele dia foi belo, seria todos os dias de meus aniversários iguais, sempre com duas velas indicando 17 anos em cima de meu bolo de aniversario. Mas não fora assim, Damen preparou uma grande surpresa com aquele enorme jardim com tulipas vermelhas.

Caio exausta na cama, minha aterrissagem neste mundo foi muito ruim e, o dia mau começara e eu já estou com vontade de querer que ele acabe logo. Mas não é assim, preciso levantar para recomeçar meu dia, levantar minha cabeça e seguir em frente, esquecer meu passado e prestar atenção em meu presente e futuro, de minha festa de aniversario de hoje, que espero ser muito melhor do isso. Levanto – me da cama, já demorei tempo demais aqui então terei que ser rápida em trocar, já mudando de idéia em questão de minhas vestimentas, preciso de algo mais descente para usar, em vês de um roupão para disfarçar minha preguiça que não existe à anos. Resolvo pegar uma mini – saia, um tomara que caia azul e por ultimo um sapatilha da mesma cor que minha camisa. Conjuguei perfeitamente as cores, pelo menos eu acho. Passo um pouco de maquiagem, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo tradicional, não arrumo meu material agora, espero terminar de comer para fazer isto. Abro a porta, agora decidida a não voltar para o quarto e descer as escadas para tomar um belo café da manhã com minha melhor amiga.

- Ate que fim, hein. Pensei que não iria vir mais, já ate iria subir para ver se estava viva – quase falo que não à como eu morrer, apenas pegando meu chakra da garganta para querer me liquidar.

- Ah não, ate parece. Você poderia simplesmente fazer a festa comigo morta, assim teria esta casa inteirinha para você – brinco com a situação, rolando esta imagem em minha cabeça.

- Nem pensar, te quero viva garota. Não morta, você é minha amiga não minha inimiga.

- Esta bem, acho que terei que fazer um regime depois de comer isso aqui – olho para a mesa toda enfeitada com uma toalha xadres vermelha com branco, um vaso de flores ao centro com duas tulipas vermelhas, vários caxapos carregados de cupcake, torradas com geléia de morango, biscoitos, uma panela com quatro omeletes dentro, dois pratos e, por ultimo duas jarras de sucos que pela minha observação talvez seja de uva e laranja. – Nossa, você caprichou muito nisto, estou lesongeada com esta mesa.

- Magina você é minha amiga, mais cedo ou tarde, eu teria de fazer akguma coisa boa para você, e alem do mais não me sinto orgulhosa por isso, poderia ter feito algo bem melhor se não fosse minha maus auto – estima.

- Imagina, esta ótima, nunca vi algo tão lindo para uma mesa assim na minha vida, ok admito, já vi algo bem melhor do que isto sim em minha vida – nos duas rimos juntas.

- Ahh, Ever so quero ver quando este ano acabar e você ira pelo seu caminho e eu pelo mau, não sei se serei feliz assim algum dia...

- Mas é claro que vai, não pretendo não te ver depois do colégio, vamos se encontrar pelo menos uma vez por semana.

- Tomara. Agora coma, temos ainda que ir para o colégio.