Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 115
Cap. 115: Teia de tensões.


Notas iniciais do capítulo

Gente, finalmente eu postei... É que tou meio "desinspirada" uahsuash E o colégio também tá perturbando. Mas aqui está e tou tentando me inspirar de novo... rs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/144938/chapter/115

Caímos separados. Eu e Gustav e Frida e Aghata. Por sorte e ironia do destino. Ou, talvez porque era muito fácil andar em círculos naquele lugar estranho e emaranhado, nos encontramos algumas horas depois.

  Passamos a noite revezando quem ficava de olho nos perigos e dormimos encostados nas árvores a mercê dos insetos venenosos. A mercê da sorte.

  --- Precisamos descobrir onde é a saída deste lugar! –Gustav disse, atônito.

  --- Já faz dois dias. –Frida resmungava, enquanto prendia seus cabelos agora bem curtos.

  Aquilo foi uma surpresa e tanto pra mim, quando a vi. Era a garota. Não a garotinha mimada.

 --- Nós... precisamos achar água. –Disse, com uma voz rouca e debilitada.

 --- Pete, seu rosto está vermelho e... –Frida se aproximou de mim, bruscamente. –Você está com febre...

  Eu estava muito cansado. Na verdade, se o pensamento em Charllottie e em meu filho, que era uma coisa extremamente misteriosa e excitante para mim, não estivessem me entusiasmando, eu já estaria morto.

 --- Pete... –Ela resmungou outra vez. –Você tem que agüentar.

 --- Espere, Frida. –Aghata se aproximou de mim, que tinha sentado debaixo de uma árvore à sua sombra. –Tome isto, Peter.

   Aghata me deu água.

 --- Deixa eu adivinhar, -Gustav começou a falar num tom grosseiro e zombeteiro. –Guardou para ele porque ele é bonito e louro...

 --- É que sem ele, a filha dela não vive e por conseqüência, seu neto. –Frida disse, secamente em resposta e ele. –É uma cadeia de fatos interessantes.

 --- E prefere ficar sem água para dar a ele? –Gustav perguntou, de repente.

 --- Sim. –Ela respondeu, fracamente. Aghata também começara a perecer.

 --- Tome. –Eu disse, baixinho dando a  pequena garrafa a ela.

 --- Não quero... –Ela pronunciou as palavras cuidadosamente. –Eu...não tenho mais esperanças.

 --- Oh, meu Deus! –Frida sorriu indignada. –Tal mãe tal filha.

 --- Então por que está dando a água a ele se acha que todos vão morrer? –Gustav perguntou, secamente.

 --- Porque não acho que todos vamos morrer. –Aghata respondeu sem olhá-lo nos olhos. Sua atenção continuava em mim. –Ele é jovem, merece viver mais que eu.

 --- Frida também é. –Gustav respondeu com cautela.

 --- Mas ele é mais importante para a minha filha. –Aghata finalmente disse o que ele queria ouvir, calando sua boca.

 --- Oh... –Frida pronunciou com cuidado.

  --- Por favor, Peter, resista. –Aghata implorava, sem nem ao menos poder pronunciar as palavras com força.

  --- Eu... tentarei. –Respondi, sorrindo.

   Meu rosto estava quente. Eu sentia muito calor e tudo parecia que ia começar a girar, antes de beber água. Mas toda a tormenta física passou quando eu a tomei. Embora voltasse a alguns minutos. A fome também me atormentava e tudo estava tão escuro e cruel, que eu ficava com medo. Mas eu não desistiria, porque Charllottie e meu filho estariam lá. Não, eu não queria morrer ali, como um idiota, depois de tudo pelo que havíamos passado.

 --- Você é bem frágil. –Gustav disse, seriamente. Ele nem sempre tinha a intenção de atingir-nos, mas sempre usava as palavras de modo que parecesse isso sem querer.

 --- Peter nunca fica doente. –Frida se contrapôs a Gustav. –Mas quando ele fica, ele fica entre a vida e a morte.

 --- Além disso, senhor sabe-tudo, não se esqueça do fato de que Peter saiu de um coma recentemente... –Aghata disse, olhando para Gustav com repressão.

 --- Então, vamos logo andando, antes que a morte chegue rápido para nós todos. –Gustav disse, semi-cerrando olhar.

  Frida pegou minha mão e eu levantei, menos tonto.

 --- Bom, não tinha mapas daqui... –Gustav disse, desapontado. –Eu procurei muito, mas realmente é tudo muito abandonado. E... num mapa até poderia ter esta floresta aqui, mas é impossível que tenha uma trilha. Ninguém anda por aqui... –Gustav disse, suspirando.

 --- E... então? –Frida perguntou.

 --- Não tenho idéias, a não ser de ficarmos andando feito loucos até que achemos alguém ou algo útil. –Gustav disse, sorrindo sarcasticamente.

 --- Droga... –Aghata disse, baixinho enquanto chutava uma folhas.

 --- Olha, podemos sobreviver de algumas frutas que tem nesta floresta. –Frida disse, devagar. –Além do quê, a maioria das frutas tem água dentro delas. –Continuei.

 --- É, também poderíamos construir pequenas casas de palha e morar dentro delas, esperando uns belos ursos para nos comer... –Gustav disse, rindo. Ele realmente estava se divertindo desta vez.

 --- Frida tem razão. –Ela sorriu, instantaneamente. –Gustav, não podemos só ficar procurando uma saída sem ficarmos fortes o bastante para nos manter em pé. –Eu disse, sério para não dar brecha alguma  a nenhuma piada dele.

 --- Tudo bem, Peter. Deixe-me brincar um pouco, sim? –Ele se irritara.

 --- Parem de discutir, não vêem que isto é um inferno para nós? Precisamos pensar  juntos?–Aghata quase gritou.

 --- É verdade. –Frida disse, indignada.

 Como eu estava me sentindo injustiçado por não ter falado nada demais e ainda ser tachado de brigão, fiquei calado novamente.

 --- Então, aquela árvore lá tem frutos. –Frida apontou para uma árvore bem grande e frondosa que estava a mais ou menos um metro de nós.

 Fomos até a árvore. Ela era muito alta...

 --- Esperem. –Frida disse, enquanto pegava sua bolsa que ainda estava com ela.

  Era uma bolsa pequena e só tinha coisas elétricas dentro dela. Ela vasculhou e pegou um objeto de metal bem conhecido por mim. Eu o havia projetado. Era prateado e tinha dois botões em cada extremidade.

Frida esticou o braço em direção a um galho da árvore onde havia muitos frutos. Era bem alto, mas não chegava a ser um dos últimos. Ela endireitou sua postura e se abaixou um pouco para direcionar sua mira até o galho, então apertou um dos botões. Um barulho de ferro se arrastando em algo numa velocidade alta era quase insuportável. A corda que saiu do pequeno objeto, o qual eu coloquei na categoria de “trecos úteis”, agarrou com força o galho.

   O objeto enlaçou-se no galho e Frida apertou o outro botão. O galho despencou, arrancando alguns mais fracos que estavam em seu caminho enquanto passava, até chegar a nós. Com o barulho que parecia de serra elétrica que saiu do pequeno objeto quando a  corda grossa de aço o atravessou rapidamente e os galhos caindo, devastadoramente em seguida, aquilo parecia um bando de lenhadores devastando uma floresta inteira.

 Alguns pássaros voaram, apressadamente fazendo barulho após os galhos caírem.

  --- Foi você quem projetou, Pete? –Gustav perguntou, espantado. Não que aquilo fosse uma grande coisa. Era uma grande coisa que parecia pequena.

  --- Sim. –Eu disse, já ficando fraco outra vez.

  --- Uau! –Gustav exclamou. –A corda de aço é muito útil. Foi pensada para matar ou arrastar o quê? Ursos ou tigres e esmagá-los? –Ele perguntou, sorrindo.

 Não respondi. Olhei para Frida e ela tirou um dos frutos de um dos galhos da árvore me dando.

  --- Obrigado. –Disse, devagar.

  --- Não há de quê... –Ela disse, também pegando um fruto e levando a boca.

 Não sabia por quanto tempo eu ficaria ali, mas eu tentaria com as minhas mais acabadas forças, suportar. Por ela. Que tinha suportado tanto por mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Talvez Peter volte para sua amada. Tomara que não seja devorado por ursos antes disso. uahuahs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ich Liebe Dich." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.