Bella PDV

A vida adora nos pregar peças... Hoje olho pra mim e lembro-me daquela adolescente rebelde que eu era... Quer dizer, ainda sou, por que apesar de anos terem se passado, nunca vou dizer que eu não mudei ou que mudei afinal o sentido da vida não é apenas mudar... É lutar, amar, errar, sofrer enfim... Crescer! E hoje posso finalmente dizer que eu passei por tudo isso e sobrevivi.

Meu maior medo era achar que crescer era sinônimo de responsabilidades, que eu estava fadada a viver uma vida miserável, ter um emprego que eu odiasse e tivesse que voltar pra casa e sorri como se minha vida fosse perfeita, para uma pessoa que provavelmente não me amava. Mas eu estava errada! A vida é feita de escolhas e nossas escolhas definem quem somos e como vivemos. Precisei cair para aprender a levantar, precisei errar e sofrer para entender que não ...As coisas não são como queremos! E apesar de não serem, eu consegui tudo o que almejava... Com esforço e muita força de vontade.

Aprenda que querer nem sempre é poder... Mas esforçar-se é cair e levantar quantas vezes for, sempre seguindo em frente e correndo atrás daquilo que se quer...

Hoje minha vida é totalmente o oposto do que eu imaginava...Eu tinha um emprego que gostava e um marido e uma filha que amava e me amava. Por eles valeu a pena amadurecer.

–Ela é linda. - Edward disse.

Senti seus braços rodearem minha cintura e seu rosto repousar em meu ombro.

– Como nós dois. –respondi sorrindo.

Ele riu e beijou meu pescoço.

– Ela só se parece comigo um pouco na aparência, por que o gênio é completamente seu!. –ele disse.

Estávamos parados na porta do quarto da nossa filha Mel , vendo –a dormir. Mel realmente era uma criança de personalidade difícil, e realmente nessa parte tinha puxado a mim.

Me virei e o fitei. Seus braços me puxaram para mais perto, coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e o abracei.

–Obrigada por tudo! Todos os dias eu agradeço a Deus por ter te colocado em minha vida... Por você ser um marido maravilhoso, um pai maravilhoso. - sussurrei em seu ouvido.

–Bella eu amo você e eu que te agradeço... Obrigada por tudo e principalmente por Mel. –ele disse.

–Eu que te agradeço. - falei e sorri.

Me separei dele e o beijei.

–E eu também te amo. –falei contra seus lábios.

Ele sorriu e me apertou mais.

–Mãe? Pai?.

Mel coçava os olhos e rimos diante de seu gesto.

–Oi princesa. - Edward disse meloso.

Edward a tratava com uma princesa e às vezes eu tinha que interferir se não ele a mimava demais.

–O que estão fazendo aqui?. –ela perguntou.

Sorri pra ela.

–Te vendo dormir. –respondi.

–Atrapalharam meu sono!. –ela acusou. - Agora vão ter ficar aqui ate eu dormir de novo.

–Que menina mais mandona! –Edward disse.

Nos juntamos a ela e deitamos em sua cama, cada um de um lado.

–Quem será que ela puxou?. –Edward perguntou.

–Não faço ideia! – respondi.

Edward gargalhou.

–Mamãe, papai?.- Mel nos chamou.

Ela segurava a minha e a mão de Edward contra o peito.

–Oi meu amor. –respondi.

–Eu amo vocês. –ela disse.

–Nós também te amamos. –Edward disse.

Edward e beijamos seu rostinho e nos apertamos mais na pequena cama de solteiro.

–Mais do que a nós mesmo. –respondi.

Amadurecer não é deixar a infância de lado. Amadurecer não é se tornar uma pessoa amarga e careta. Amadurecer não é ser sério o tempo todo. Amadurecer não é ter que fazer tudo certo, é fazer o que é certo. Amadurecer é crescer como pessoa e saber o momento certo de ser criança e ser maduro. Amadurecer é saber a hora de brincar e falar sério. Amadurecer é rir, é chorar, é brincar, é ser feliz, mesmo tendo crescido.

Alice PDV

Eu não poderia estar mais feliz! Tinha amigos maravilhosos que não perdi com o passar dos anos, uma família que eu poderia dizer que é perfeita e um marido que faz meus dias cada vez melhores.

Eu já reclamei muito da vida e sou muito grata por não ter sido castigada por ela e sim presenteada com um lindo menininho de olhos verdes e cabelos escuros.

Meu pequeno Brad.

Ele fazia a alegria de Jasper e da minha família, meu filho era realmente um príncipe! Nunca nos deu nenhum tipo de trabalho... Só gostava de desarrumar as coisas, nada demais! Jasper se juntava a ele e juntos destruíam a casa, a raiva que eu sentia era totalmente esquecida quando eu os via juntos, dormindo ou sorrindo. Meu peito inflava de felicidade.

–Não bebe! Deixa a blusa da mamãe. - pedi.

Eu tentava trocar a fralda dele, mas ele insistia em não cooperar e em puxar om decote da minha blusa.

–Mama. –ele balbuciou sorrindo.

–Você não quer ajudar a mamãe né meu amor?. –perguntei melosa.

Ele sorriu.

Peguei ele nos braços e o apertei beijando seu rostinho.

–Ai bebe...Como eu amo você!. –falei sorrindo.

–Mama.- ele balbuciou segurando meu rosto.

–Alice amor... Já terminou?. –Jasper perguntou da porta.

–Claro que não! Seu filho não quer me ajudar. –falei com um biquinho.

Virei pra ele e Jasper sorriu para o bebê no meu colo.

–Fala pra ela filho... Que você se entendi melhor com o papai. – Jasper disse.

Ele se aproximou e pegou Brad de mim. Revirei os olhos.

–Não é por que eu carreguei por nove meses no meu ventre , que eu senti as dores do parto , que meu filho tinha que ser mais apegado a mim. –resmunguei.

–Acho que tem alguém com ciúmes filho. –Jasper disse. Brad sorriu banguela.

–Eu? Imagina!. –falei.

Jasper virou Brad pra mim e ele sorriu. Impossível não corresponder! Ele me dava aquele sorrisinho fofo de bebê e meu coração derretia!.

–Fala pra ela que você a ama bebe. –ele disse.

Brad esticou os bracinhos me chamando. Peguei o no colo e sorri pra ele.

–Eu também amo você meu amor. –falei e lhe dei um cheiro.

–Eu amo vocês. –Jasper nos abraçou.

Ficamos assim, os três abraçados apenas curtindo o momento. Ate...

–Eu não acredito nisso!.- resmunguei.

Jasper gargalhou e Brad sorriu cumplice. Ele tinha mijado na nossa roupa!.

–Aqui rapazinho vai ficar com o seu pai... A mamãe tem que se limpar. – falei passando ele pra Jasper.

–Esse é o meu filho! Amo você Brad. –ouvi Jasper sussurrar.

–Papa!

Fechei os olhos e agradeci mais uma vez. Eu não poderia ter uma vida mais perfeita.

Rose PDV

Era inexplicável a sensação de felicidade que eu sentia! Eu sorria ate para os pássaros que pousavam no imenso jardim a minha frente.

Encostada na arvore com a cabeça de Emmett no colo, observávamos nossos anjinhos. Caroline e Julie nossas gêmeas hoje com oito anos.

Nesses dez anos que se passaram, eu , Emmett , Jasper , Alice , Bella e Edward passamos por muitas coisas...Faculdade, emprego , casamento , gravidez , família...Mas sempre tínhamos um ao outro e nos ajudávamos mutualmente. Nossa amizade apenas cresceu mais e mais e fico muito contente com o resultado de tudo isso! Nossas famílias se uniram e juntos formamos uma grande família, onde nos cuidávamos e nos amávamos.

Mel, Brad , Caroline e Julie eram os nossos tesouros ...Nossas vidas.

–Papai, mamãe! – Julie nos gritou.

Ela e Caroline vinham correndo em nossa direção.

–Fala filha. – falei.

–Olha a borboleta que Carol e eu pegamos. –ela apontou para o bichinho em suas mãos.

–É muito bonita filha. –Emmett disse.

–Vamos prende-la ! Eu quero ela pra mim. –Caroline disse.

–Não pode fazer isso. - falei.

–Por que não mamãe?.- Julie perguntou.

–Filha todos querem ser livres, ninguém gosta de ficar preso. Imagine se a pegassem e a aprendessem? .-Emmett perguntou.

Julie e Carol estremeceram.

–É apenas uma borboleta meu amor e ela é tão bonita pra ficar presa. –falei.

Elas se sentaram do nosso lado e eu acariciei o cabelo de Carol que estava próxima a mim.

–Tudo bem! Mas eu quero um animal de estimação. –Caro, resmungou.

–Oba! Pode ser um gatinho!. –Julie disse animada.

Sorri.

–Não Julie... Vai ser um cachorro. –Carol retrucou.

–Gato!

–Cachorro!

–Gato!

–Cachorro!

–Chega! Vai ser um gato e um cachorro!. –Emmett disse.

–Ursão , gatos e cachorros não se dão bem, já basta essas duas. Não queremos amis brigas. –falei sorrindo.

Carol e Julie tinham opiniões diferentes em algumas ocasiões como essa. Julie era mais carinhosa, enquanto Carol era mais animada.

–Já sei!. –Gritou Carol.

–O que?. –Julie perguntou curiosa.

–Eu quero um Ursão! Igual a mamãe. - Carol disse.

Gargalhei.

–O que? Como assim um Ursão?. –Emmett perguntou.

–Isso Carol! Um ursão papai... Grande e peludo com pêlos marrons. - Julie explicou.

–Prefiro pêlos brancos Julie. – Carol retrucou.

–Então um branco com bolinhas marrons. –Julie disse.

–Agora sim. –Carol concordou e sorriu.

–Essas meninas vão me deixar de cabelos brancos antes da hora!. –Emmett queixou-se.

–Espera só ate elas começarem a namorar. - falei sorrindo.

Emmett me olhou horrorizado.

–Vou esconde-las desses pivetes safados que querem roubar a inocência dos meus bebês. –ele disse.

–Oh claro!. –falei e sorri mais.

–Ainda estamos aqui!. –Carol disse.

– Vamos fugir?. –Julie perguntou curiosa.

–Ah sim!. –Emmett disse.

–Pra onde papai?. –Julie perguntou.

–Pro mundo das cócegas!. –ele disse.

Elas se olharam e correram sorrindo.

–Essas meninas...-falei.

Ele levantou-se e me puxou, me apertando contra a árvore.

– Minhas meninas. –Emmett disse.

–Suas é? .-perguntei sorrindo. Ele balançou a cabeça.

–Só minhas. –ele disse.

Seus lábios se juntaram aos meus e eu sorri.

–Argh! Isso deve ser nojento!. –Julie exclamou.

–Com certeza!. – Carol concordou.

–Ah é? E eu vou pegar vocês...- Emmett disse.

Elas voltaram a correr. Sorri e bati em seu braço.

–Se comporte Emmett, estamos em um local público!. –falei.

–Amo você. –ele disse.

Ele me beijou de novo e eu quase cai quando seus braços me soltaram e ele correu atrás das meninas.

Coloquei a mão sobre a boca e sorri. Eu nunca me cansaria dos seus beijos... Nunca, nunca!

Isso sim é felicidade... Amar incondicionalmente!

–Eu também amo vocês!. –falei os observando.

Eles corriam sorrindo e quando Emmett caiu, Julie sentou em sua barriga e Carol passava uma plantinha pelo rosto de Emmett, fazendo- o gargalhar.

Amar é assim... Sem limites. E essa lição... Aprendemos com a vida.

Chegou a hora de crescer, amadurecer e dar-se conta de que a vida não espera por você. A vida tem um ritmo, você não pode ficar sentada e vê-la passar, apenas pode sorrir pra ela e deixar-se levar.

Viva cada segundo como se fosse o último. Viva de tal forma que anseie voltar a viver. Não pare perante os momentos difíceis, eles vão ajudar você cumprir sua missão de ser e fazer feliz.

Chegou a hora de pensar nos outros, de sonhar, perdoar, e deixar seu ego para trás. Sua vida tem um ritmo, sem mapa nem direção, apenas seja paciente e siga o ritmo do seu coração, VIVA CADA SEGUNDO!

A vida é curta portanto quebre as regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, seja ousado, jamais pense em desistir, jamais pense em deixar tudo para trás, ame todos, aproveite os bons momentos, seja persistente, abra a excessão, valorize, seja ousado, lute pelo o que te faz se sentir vivo, seja confiante.

As vezes o mundo cai sobre nossas costas e é difícil de se levantar e seguir em frente,principalmente quando as lembranças boas vem em sua mente. mas não se esqueça o céu não é o limite. limite isso só você impõe, pois de tudo na vida o que vale é o hoje, o presente!.

''Uma regra é apenas uma regra. Obedecê-la ou não é uma escolha. Seguir a regra ou quebrá-la é o que chamamos de liberdade''.