Enquanto isso...

Pov’s Nico Di Ângelo

Sai com muita raiva da clareira, seguido por Percy. Que puta falta de sacanagem. Quem é Apolo? Quantas os filhos dele já pegaram? Só porque eu ia dar um beijinho em sua filha. Argh! Ninguém merece.

- Ei, espera, cara. – bufei.

Começamos a passear pela a floresta. Bem, eu não queria pegar nenhuma lenha agora. Me sentei em um tronco e coloquei o meu rosto entre as mãos.

- Tudo isso por causa de uma filha de Apolo? Nunca pensei que isso fosse acontecer. – ele deu de ombros

- Como assim? Por causa de uma filha de Apolo? – falei confuso e com raiva

- Não se finja de tonto, Nico. – ele disse batendo as mãos como se fosse obvio – Afrodite veio até aqui por vocês. Meu trono de casal preferido vai ser passado para vocês dois, que merda. – ele disse como se estivesse realmente com raiva.

- Nada a ver. – falei

- Você ta afim da Saphira, admite logo. – ele falou

- Claro que não. Aquela garota que se acha a tal... – falei sabendo que estava mentindo

- Não minta. É melhor encarar os fatos. Sabemos que ela tem alguma voz dentro dela. Ela passou por coisas que todos nós passamos. – ele disse – Ela precisa de você, Nico. – ele deu dois tapinhas em minha costa e se levantou limpando a calça – Vamos pegar logo a lenha antes que a Annabeth nos mate.

Bem, demoramos um pouco para pegar a lenha, já que o Percy encontrou um lago e começou a conversar com a Náiade. Nada de mais, acho. Quando chegamos de volta aonde íamos acampar, Annie e a Saphira estavam lutando, de repente Annie conseguiu pegar a adaga dela que se transformou novamente no colar de Apolo, ela o olhou confuso, porém ainda com a adaga no pescoço de Saphira.

- Annabeth, você está louca? A Saphira ainda é nova para isso e... – percebi o quanto eu estava sendo idiota.

- E...? – ela disse arqueando a sobrancelha.

- E que você está indo rápido demais. – falei envergonhado.

Ela tirou a adaga do pescoço da Saphira e devolveu seu amuleto.

- Parabéns, Saphi. Você é muito boa. O Nico pode treinar você com o arco, mas é melhor seguir a dica de seu pai. – ela falou com uma piscadela. – Bem, vamos arrumar aqui, ok? – Annabeth falou indo em direção a barraca e arrumando os últimos detalhes.

Eu e Percy pegamos a lenha para fazer uma fogueira, claro. Saphira foi ajudá-la, conseguimos terminar tudo em tempo recorde.

- Eu quero tomar um banho. – Saphira reclamou olhando suas roupas que bem, estavam sujas e desarrumadas

- Eu vi um lago por perto. – Percy avisou

- Bem, vamos lá, eu também quero tomar um banho. – Annie avisou

- Quer que eu l... ? – Percy começou – Não, tipo, não que eu queira ver alguma coisa, só que... – ele disse falando mais merda

- Não mesmo. – Saphira interrompeu rindo

- Percy. – Annabeth o repreendeu enquanto eu segurava o riso.

- Certo. Desculpe. – ele pediu -                Quando chegarem eu já vou estar dormindo. – avisou

- Eu começo a vigia. – avisei

Annie assentiu e saiu com sua bolsa junto com Saphira.

Fiquei conversando com Percy e treinando novos golpes com a espada. Percy alegou que estava cansando e foi dormir na sua cabana e na de Annie. Ah, pois bem, Percy me convenceu de que                queria dormir com a namorada e enquanto eu fosse dormir na mesma barraca com Saphira, Annie chamaria ela para fazer vigia com ela. Bem, não tinha o que reclamar.

Depois de um tempo, a filha de Apolo e de Atena chegaram sorrindo e conversando. Achei estranho, mas fingi não ver enquanto estava recostado levemente na minha barraca.

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Annie estava vestindo uma camisa enorme com uma calça folgada e uma sapatilha, enquanto Saphira vestia um casaco cinza com detalhes pretos e uma calça meio bege com, sempre, um all star preto.

- Boa Noite, Nico. – elas disseram em uníssono, logo depois, rindo.

- O Percy já está deitado? – Annie perguntou, assenti

Saphira entrou na barraca enquanto Annie fazia o mesmo.

Eu fiquei ali sozinho, sentindo a brisa fria tocar meu rosto e com ela o barulho das arvores me fazendo companhia. Me levantei de onde estava e fui até a arvore mais próxima, a escalei facilmente e relaxei. Ali era o melhor lugar para fazer vigilância. Você podia ver tudo. Me senti como um deus, e pensei o quão era difícil tudo isso. A pressão. Não poder ter férias. Se preocupar com todos os filhos. Isso realmente me deixaria confuso.

Depois de meia hora mais ou menos, ouvi ruídos lá embaixo. Me escondi e vi que era Saphira saindo da cabana e olhando ao redor atordoada.

[n/a: música aqui: Incomplete de Backstreet Boys, procurem por favor, dar um ar mais tchan se é que me entendem (: ]

- Nico... – ela sussurrou

Meu corpo enrijeceu. O som da voz dela com medo me deixava... Com raiva... Com mais medo ainda... Com um instinto de proteção que desconhecia.

- Nico... Cadê você? – ela murmurou um pouco mais baixo

Me tele transportei pelas sombras chegando a uma sombra que a arvore fazia.

- Oi? – perguntei chegando perto dela.

Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo e a franja estava um pouco bagunçada. Ela sorriu sem jeito e olhou para os tênis.

- Desculpa... É, que eu ouvi aquela voz de novo... Eu fiquei com medo, sabe? Estava frio... Desculpa. – ela disse com um sorriso sem graça balançando a cabeça negativamente.

- Ei... Esquece isso. – pedi e segurei suas mãos.

Meu rosto automaticamente esquentou e percebi que suas bochechas ficaram mais coradas. 

- Vem. – chamei a arrastando para a sombra. – Feche os olhos, você pode ficar um pouco tonta, mas logo passa, ok? – falei sorrindo

- O q...? – ela tentou, mas antes disso já tinha feito o que eu tinha pedido.

Fomos parar a onde eu estava antes. Ela ficou meio tonta por poucos segundos e depois foi ao lado do tronco se recostando lá, fui ao seu lado e ficamos sentados lá, sem falar nada.

- A Lua está cheia hoje. – ela disse com um sorriso bobo. – Desde pequena eu e minha mãe íamos ver a lua quando ela estava neste momentos. Minha mãe dizia que a Lua demonstrava nossos sentimentos. Eu sempre achei estranho, sabe? – ela fez uma cara confusa

- Eu nunca fui muito ligado a Lua. – afirmei

- Já era de se esperar. – ela soltou um risinho voltando a atenção a Lua.

Silencio. Segui seu olhar e olhei a Lua que brilhava.

- Você conhece seu pai? – ela perguntou do nada.

- Sim. Eu treino com ele as vezes. – falei

Silencio novamente. Ela começou a balançar os pés levemente enquanto ela analisava a Lua, como se fosse uma coisa divina. Ou melhor, indiretamente, era sim.

- Nico... – ela murmurou e se você perguntar eu não vou saber o que aconteceu.

Só posso dizer que naquele momento, ela me olhou e de repente nossos rostos estavam muito próximos. O negro e o verde dourado se encontraram. Rocei meus lábios nos seus suavemente e uma sensação estranha me ocorreu. Sabe quando você quer aquela pessoa envolvida nos seus braços? Sabe quando você quer cuidar e proteger de tudo e todos? Sabe quando você quer que aquela pessoa não se machuque? Você quer proteger, amar, ter uma vida normal e acima de tudo feliz? Bem, isso ocorreu em mim com apenas um arrepio. Coloquei minha mão na sua nuca e a trouxe para mais perto aprofundando o beijo. Pedi passagem e ela me cedeu sem hesitar. Parecia impossível, impressionante, errado e absolutamente certo. Luz e Escuridão. Acima de tudo, amor. É, Afrodite estava no meio e quando ela quer algo, não se cansa até conseguir.

Terminamos o beijo precisando de ar e com um selinho. Quando acabou parecia que tudo estava girando, não literalmente. Mas, sei lá, como se a Lua e seus sentimentos fizessem sentido agora.

Ela virou o rosto visivelmente corada. Passei as mãos pelos meus cabelos sem graça. Eu tinha que fazer algo para acabar com aquilo. Passei a mão pelo seus cabelos cheios tirando o elástico que os prendia. Sai dali pelas sombras e em poucos segundos estava lá em baixo novamente. Sorri vitorioso.

- Di Ângelo. – ela falou com cara de raiva – Me tire daqui. – ela falou tentando ajeitar os cabelos.

- Vem pegar, Carter. – falei maldoso

Ela grunhiu e desceu da arvore facilmente. Sim, eu fiquei assustado com aquilo.Adentrei na floresta com seus passos atrás de mim.

- Me devolve isso, Nico. – ela falava

- Não mesmo.

Virei o rosto para ver onde ela estava e eu me descuidei. Ela pulou em cima de mim, fazendo nós dois cairmos na grama, ela por cima e eu por baixo.

Ela pegou o elástico que estava na minha mão e sentou em minha barriga enquanto prendia os cabelos.

- Idiota. – ela murmurava com raiva

- Oh, que pena, a filhinha do papai está com raiva do filhinho das trevas aqui. – falei com a voz fina.

- Ain, que idiota. – ela começou a espalhar tapas no meu peito enquanto eu tentava controlá-los

- Pára, Saphira. – pedi

- Me peça desculpas, agora. – mandou

- Desculpa, filhinha de papai. – falei com um sorriso torto

- Imbecil. – ela falou aumentando o ritmo de tapas.

- Tá, ta, desculpas, para. – supliquei.

Em um movimento rápido,prendi suas mãos e a virei deixando-a a por baixo e as mãos acima da cabeça. Nos entreolhamos e sorri

- Agora quem manda sou eu. – murmurei feliz

- Você é um grande estúpido. – falou

- É, eu sei. – concordei

E aproximei nossos lábios novamente. Um fragmento da luz da Lua nos atingiu e pude sentir seu sorriso sobre o beijo. Nos afastamos ao poucos.

Encarei seus olhos dourados que perderam o foco por um minuto.

- Saphi, Saphira? – a remexi com cuidado – Saphira, acorda, Saphira. – chamava atordoado

- Ei, pára. – ela disse com a voz rouca.

- O que houve? – perguntei – Foi a voz? – falei preocupado

- Ela disse algo sobre chegarmos antes do solstício de verão no Olimpo. – ela disse com os olhos marejados me puxando para um abraço

- Ela disse algo mais não foi? O que foi, Saphira? – perguntei

- Ela disse... – ela tentou falar em meio aos soluços

- Ei, calma, viu? Ela não vai te fazer nenhum mal. Nenhum. – sussurrei em seu ouvido – Eu vou te proteger, eu prometo. – ela me abraçou mais forte molhando meu casaco.

- Ela disse que se eu não chegar no Olimpo... – ela soluçou mais alto – Todos que eu amo vão morrer. – ela disse

- Se acalme, vamos chegar antes. Só falta uma semana. – pedi

Ela abafou um grito e limpou as lágrimas se levantando e se afastando do meu abraço.

- Desculpe, eu... Eu... – ela disse

- Sem problemas. – falei – Vem, vou colocar a bebê para dormir. – disse brincando

Ela deu um pequeno sorriso e aquilo acendeu uma pequena luz no fim do túnel.

A abracei pela cintura e caminhamos até a nossa barraca. Percy já estava acordado encostado na arvore onde estávamos antes.

- Hm... O que estavam fazendo na floresta, hein? – ele perguntou com um sorriso malicioso

- Nada pior do que você e a Annie estavam fazendo na cabana. – retruquei

- Me respeita, viu, moleque. – ele disse com um olhar divertido

Saphira riu.

- Cala a boca, crianças. – ela disse com um suspiro – Bem, boa noite, Percy, eu vou indo.

- Eu vou com você. – avisei enquanto Percy tentava não rir

Fiz um sinal de morte para ele e entrei  na cabana junto com Saphira. Ela pegou o lençol que estava desarrumado e se enrolou com ele, peguei a outra metade e me enrolei também. Vi sua pele arrepiada e a abracei por instinto, mesmo sabendo que meu toque não iria ajudar. Ela se aninhou no meu peito e dormiu. Dormi também, mas desta vez, sem sonhos.

N/A: eaaaaaaaaaaaai, seus lindos. Então, gostaram? Cara, foi quatro páginas, tá muuuuito grande, creio que possa ser um pouco enjoativo, mas eu fiquei tããão feliz fazendo que eu quase sai dando pulinhos por ai u,u 

Enfim, só eu que esse casal [Nico/Saphira] assuma logo esse amor, hm? Tem muuuitas surpresas por vir ainda, e quem gosta de Percabeth, se prepara porque vai vir MUUUITO Percabeth, não agora, mas vai vir muito, tanto que acho que vcs podem enjoar .--.

Beeeijos e deixem seu review, criticando, elogiando, me chamando de idiota ou retardada, n coisas. Beijos.