Fomos passear pela cidade de novo e, de tanto ver cartazes daquela festa, eu acabei comprando um convite.

         À tarde, quando fui me encontrar com o Cody, não pude evitar, e, acabei dizendo:

         – Cody, você ficou sabendo dessa festa que vai ter no outro sábado?

         – Sim, eu fiquei, mas eu não vou, eu nem tenho dinheiro para comprar um convite.

         – Mas e se você fosse convidado? - eu já estava preocupada.

         – Bom, daí eu veria com a minha mãe, mas provavelmente eu iria sim, mas... Ninguém vai me convidar, eu tenho certeza... Como nos outros anos.

         – Sabe, tem alguém que quer te convidar...

         – Quem? - será mesmo que ele não sabia?

         – Eu... Você quer ir à festa comigo, Cody?

         Ele novamente fez uma cara estranha, parecia que ele não estava acreditando no que estava acontecendo.

         – E então, Cody, você aceita?

         – Claro, Angélica!

         Novamente o silêncio tomou conta de nós por alguns instantes, cada um com um sorriso envergonhado na cara, sem termos a coragem de nos olharmos nos olhos, então, resolvi perguntar a hora de novo para quebrar o silêncio:

         – Cody, que horas são?

         – Oito e q...

         – Tenho que ir, até mais. - nem esperei ele terminar de me dizer as horas, mas eu tinha que sair dali correndo, pois pra mim alguma coisa mudou entre eu e ele.  - não me perguntem o quê foi...