Começar a Ser escrita por WinnieCooper


Capítulo 8
Sam acordou




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Sam acordou

Ela sentia a mão de sua prima Rose acariciar seus cabelos e lágrimas incessantes caiam de seus olhos. Toda vez que fechava os olhos via nitidamente suas recordações:

“- Filha eu sei que não está habituada com aparelhos e procedimentos médicos dos Trouxas. Não crie muitas expectativas, os médicos disseram que ele está em um estado de consciência não verbal – Harry falava com a filha andando com ela lado a lado nos corredores do grande hospital.

- Eu sei, eu sei pai, ele não consegue falar – ela respondia com um sorriso sincero no rosto. – Enquanto ele puder ver-me é tudo o que importa.

O homem acariciou o topo da cabeça da filha e disse:

- Você é muito nova para namorar, sabe disso não sabe?

- Pai...

- Mas não vou proibir, não vou Lily, já me provou o suficiente para eu saber o quanto esse rapaz é importante para você.

- Eu o amo pai...

- Não, não diga que é amor agora – seu pai calou-a colocando o dedo indicador nos lábios da jovem ruiva – Diga para mim que o ama depois que essa tempestade toda acabar. Esse sentimento que tem por ele agora é remorso e não amor.

Lily concordou com a cabeça e apenas se dirigiu em frente à porta do quarto que seu namorado repousava.

- Vou estar aqui – seu pai disse antes de vê-la abrir a porta e entrar no aposento.

Ela olhou em volta do quarto e viu uma enfermeira repor o litro de soro que ele tomava na veia, viu que o garoto tinha um controle remoto na mão e olhava para Tv compenetrado.

Ela realmente não se importava muito com o que ele estava fazendo, vê-lo com os olhos abertos pela primeira vez depois de meses fazia seu coração respirar de novo.

- É uma má hora? Posso voltar depois – Lily perguntou para a enfermeira que agora aplicava diversos tipos de medicamentos na veia do rapaz.

- Não. Pode ficar, termino em um segundo.

Lily sorriu e suspirou se aproximando mais da cama. Sam a encarava agora. Ela sabia que ele não podia falar, mas ver seus olhos brilhantes e abertos de novo era tudo o que ela precisava.

Bom, pelo menos era isso que ela achava.

- Pode falar a vontade, ele te escuta – a enfermeira voltou a falar.

- Ei e aí? – Lily não sabia muito bem como e o que conversar com ele – Eu queria ser a primeira pessoa a estar aqui quando você acordasse mas não pude – ela aproximou seu rosto e sussurrou em seu ouvido com medo da enfermeira ouvir – Estava em Hogwarts. Eu teria aparatado na mesma hora se fosse habilitada para isso.

Lily voltou a encará-lo notando a feição confusa do rapaz. Uma faixa cobria o topo de sua cabeça, fios saiam de seus braços, seu peito e seu nariz.

- Eu fui pra Hogsmeade ontem. Deve estar com uma saudade imensa das coisas de lá. Não sei se é permitido você comer, mas eu te trouxe um de seus doces preferidos. Eu fiquei a noite toda embrulhando presentes, e coisas para você. Não consegui dormir. Tem tanta coisa que quero lhe mostrar, tanta coisa que quero lhe contar.

Ele virou seu rosto cansado de escutá-la e encarou a TV.

                                                                              

- Tem certeza que ele pode me ouvir? – Lily perguntou a enfermeira que ainda estava no aposento.

- Ah sim – a mulher afirmou prontamente.

- Porque ele está me encarando assim? – a jovem virou seu rosto para o então namorado ainda comtemplando TV.

- Assim como?

- Ele não sabe quem eu sou – Lily sussurrou tristemente.

- Talvez ele não saiba, considerando o trauma que ele passou perda de memória é comum – explicou pacientemente a enfermeira.

Lily tinha uma última pergunta a fazer:

- Quanto tempo leva até que ele se lembre?

- Nunca se sabe, ele poderia começar engatinhando, muitos desses pacientes são assim...

Ela não estava ouvindo mais, a enfermeira continuava a contar casos de pacientes que tinham passado por coisas parecidas que o Sam, mas Lily não estava mais naquele quarto, saiu correndo pelo corredor.

- Lily – seu pai a chamou indo atrás dela – Lily querida, você está bem?

- Lógico que estou, esperei por esse momento há mais de quatro meses, por que não estaria bem? – ela chegou perto do elevador do prédio e começou a apertar freneticamente o botão para chamá-lo – Sam está de volta.

Seu pai segurou a mão dela impedindo-a de continuar a apertar o botão. No mesmo instante Lily virou seu rosto e abraçou o pai chorando copiosamente.”

- Tem haver com o tempo Lily – Rose disse fazendo a prima levantar a cabeça de seu colo e encarando-a.

- O quê?

- Tem haver com o tempo esse negoócio da memória.

- Tempo para recuperá-la? – perguntou a ruiva não entendendo onde a outra queria chegar.

- Não, eu digo. Pensa Lily, jogadores de quadribol recebem balaços na cabeça, com o impacto mais forte que a que o Sam levou, o tempo todo. Mas eles se recuperam totalmente, por quê?

- Por quê?

- Porque eles são resgatados no momento. Como ninguém resgatou o Sam imediatamente, ele pode ter ficado inconsciente durante horas, por isso ele não acordou, por isso a perdeu a memoria. Tem haver com o tempo.

- Quer dizer que se alguém o tivesse resgatado imediatamente ele estaria totalmente bem?

- Provavelmente.

Hugo havia escutado o diálogo todo delas. Fechando os olhos nervoso, abriu uma de suas revistas e começou ler a história em quadrinho tentando esquecer as palavras que agora gritavam em sua cabeça:

“Quer dizer que se alguém o tivesse resgatado imediatamente ele estaria totalmente bem?”

A culpa era dele então?

- Ele volta amanhã para Hogwarts Rose – Lily anunciou a prima e Hugo ergueu seus olhos da revista, voltando a observá-las.

- Já? – a morena perguntou espantada – ele “acordou” não faz nem uma semana.

- Eu sei, mas a mãe e o pai dele consultaram um curandeiro e ele disse que pode ser bom para ativar a memória de Sam voltar para a escola.

- Curandeiro? Ele não estava se consultando com um médico?

- É, mas eles queriam fazer testes nos dois mundos sabe?

- Isso não é muito saudável – constatou Rose.

- Se ele se recuperar mais rápido logico que é! – Lily afirmou enérgica – Eu vou ir lá combinar com os outros como vai ser a festa de boas vindas a ele amanhã. A diretora deixou que fizéssemos aqui – a ruiva abraçou Rose – Obrigada prima, obrigada mesmo.

E então Lily saiu pelo buraco do retrato, Hugo não conseguia desgrudar os olhos do lugar que ela havia acabado de passar.

- Porque parou de conversar com ela? – Rose perguntou assustando-o, sentando-se na mesa com o irmão.

- O Sam acordou, as coisas votaram a ser como antes, ela parou de ser minha amiga – respondeu rabugento tentando ler as revista.

- Você gosta dela! – exclamou Rose de repente sorrindo com o canto dos lábios.

Hugo não respondeu, mas sorriu se lembrando de todos os motivos que tinha para gostar dela.

- Sabe que uma das formas mais sinceras de demonstrarmos amor por alguém é sorrindo? E você sorriu Hugo com a minha pergunta.

O garoto levantou o rosto encarando a irmã. Como podia contestá-la agora? Era a pura verdade.

- O Sam acordou, mas a Lily vai sofrer muito mais, fique perto dela. Só porque ela parou de ser sua amiga, não significa que você tem que parar de ser amigo dela.

Rose levantou deixando irmão com seus pensamentos.

A culpa martelando mais do que nunca agora em sua cabeça.

Talvez fosse por causa dele que Lily estava assim. Culpa somente dele.

xx

O Salão Comunal da Grifinória havia sido ampliado magicamente para receber os diversos alunos das diversas casas do castelo. A grande maioria dos alunos do quinto, sexto e sétimo ano estavam lá, conversando e bebendo olhando o novo herói, o milagre chamado Sam Wade voltar para casa.

- Eu posso? – perguntou Lily chegando perto dele que estava sentando no sofá de frente a lareira encarando o fogo, ela ergueu os braços em sinal que queria abraça-lo.

Sam confirmou com a cabeça e se levantou envolvendo Lily em seus braços. A garota apertou seus dedos nas costas dele como se disso dependesse a sua vida e fechou os olhos fortemente.

- Senti tanto sua falta – confessou sussurrando em seu ouvido.

Sam se afastou dela e olhou para os lados vendo todos observando-os.

- Também senti sua falta Lily.

Ela não pode conter sua alegria assim que ouviu seu nome sair da boca dele. Ambos sentaram no sofá, Lily não conseguia parar de sorrir.

- Como você está se sentindo? Provavelmente cansado certo?

- É, dois dias atrás descobri que sou um bruxo, que existem dois mundos. Ainda estou meio confuso – Sam confessou sem emoção.

- Deve ser um choque – ela não sabia muito bem o que dizer.

- Você parece bem – o jovem disse fazendo Lily aumentar ainda mais o sorriso em seus lábios.

- Você também – respondeu olhando para baixo envergonhada.

- Obrigado por ir ao hospital para mim, por lutar por mim – ela suspirou com os olhos marejados.

- Eu não podia desistir de você, não podia te deixar para trás, sei que você nunca me deixaria se fosse ao contrário, já fez isso por mim, lembra?

Ele olhou para baixo mexendo na sua mão direita e respondeu:

- Claro.

- Como poderia se esquecer certo? Parte da nossa história.

- Seu aniversário é hoje, eu devia te comprar um presente.

- Lembra-se do meu aniversário? – perguntou surpresa – Você está aqui, conversando comigo, com os olhos abertos é o melhor presente Sam. O melhor.

Ele a encarou de vota, e mexeu sua mão direita novamente, sua feição era triste.

- Você está bem? – ela perguntou segurando a mão dele notando um pedaço de papel ali.

- Desculpe-me, ás vezes preciso de um pouco de ajuda – ele confessou entregando o papel para ela.

- Tudo bem, eu também.

Lily abaixou os olhos e leu as informações que tinham escritas lá:

“Lily Luna Potter – namorada.

Cabelos ruivos lisos, olhos castanhos.

Aniversário: 23 de Janeiro.

16 anos.

Foi te visitar no hospital, lutou por você”

- Quem te deu isso? – ela perguntou com a voz embargada.

- Um garoto ruivo. Não sei o nome dele. Ele me viu chegar com meus pais mais cedo. Disse que talvez eu precisasse de ajuda para lembrar, para não deixar você triste no dia do seu aniversário.

Ela confirmou com a cabeça e passou seus olhos pelas pessoas da festa procurando seu primo. Não o encontrou.

- O nome dele é Hugo – disse se voltando para Sam.

- Eu o conhecia?

- Não, ele é meu primo – Lily se levantou do sofá – Eu vou – ela virou seu rosto para que seu namorado não a visse chorando – Vou procurá-lo.

Lily saiu da sala onde a festa acontecia. Aquela atmosfera não estava lhe fazendo bem.

xx

Rose, Alvo e Scorpius estavam num canto conversando, o loiro abraçava a namorada pelas costas.

- Festa com cara de enterro essa, não? – exclamou Scorpius alto o bastante para todos presentes olhassem para ele.

- Scorpius! – repreendeu-o Rose.

- Mas ele está certo prima – Alvo concordou com o melhor amigo.

- Vocês não entendem como essa situação toda é difícil para todas as pessoas que estão frequentando a suposta festa? O Sam era praticamente o garoto mais popular do colégio, ele sofre um acidente, ele volta, todos esperam que ele seja algum tipo de herói, e ele não se lembra de ninguém. A festa perdeu o sentido. – explicou Rose.

- Ei Scorpius lembra quando fomos para aquela festa no bar “Cabeça de Javali”, estava um tedio só, e...

- Vocês já foram para uma festa no... – começou Rose, mas Scorpius calou-a beijando seus lábios.

- Você é muito certinha para fugir com a gente para uma festa fora do castelo – Scorpius virou seu rosto para Alvo – Mas eu lembro como aquela festa terminou animada Al.

Ele retirou gentilmente seus braços envoltos da namorada e subiu as escadas que iam para os dormitórios, parando no topo, conseguindo visualizar todos lá de cima.

- Hem, hem – pigarrou com a varinha apontada para a garganta chamando a atenção de todos para ele – Tudo bem agora a festa vai começar! Sigam-me ok?

Alguns dos participantes da festa se olhavam conversando sobre ele, outros apenas levantaram o polegar concordando.

- Vocês estão se divertindo essa noite? – perguntou com um barulho repetitivo ao fundo parecendo um rap. Todos repetiram um sonoro “Não” – Quando eu disser hey vocês dizem ho. Hey!

- Ho!

- HEY!

- HO!

Alvo olhou para a prima vendo a reação ao notar pela primeira vez Scorpius numa festa.

- Está bem com isso?

- Ele só está sendo gentil e animando o pessoal – disse mais para si mesma.

- Quando eu disser “Avada Kedavra” vocês dizem “Expelliarmus”. AVADA KEDAVRA.

- EXPELLIARMUS.

Todos acompanhavam o jovem loiro que se mostrava bastante a vontade animando a festa.

- Ele está sendo gentil – repetiu Rose para Alvo.

- Pelo menos ele não começou a tirar a roupa.

- O quê?! – Rose virou seu rosto para o primo.

- Estou brincando – ele riu – devia ter visto sua cara.

- Muito engraçado.

Eles voltaram a olhar para Scorpius que continuava na ladainha do “Avada Kedavra” “Expelliarmus”.

- Ele não tem criatividade?! – Rose exclamou, Alvo apenas riu – Ele não pode estar bêbado, só bebeu cerveja amanteigada e ela não tem álcool.

- Avavavavada Kedadadadavra – começou a repetir as sílabas.

Rose pegou o primeiro copo que vi pela frente e entornou o liquido com tudo.

- Ele está sendo gentil...

xx

- Não acha estranho o cara ser o astro da festa e ficar sentado naquele sofá feito um zumbi? – perguntou Lorcan para Hugo.

Ambos estavam num canto afastado da loucura da multidão fazendo coro ao Scorpius.

- Estranho é a Lily não estar perto dele.

- O amor te deixa retardado.

- Cala a boca, vou tentar acha-la – Hugo começou a andar no meio das pessoas tentando ver a prima escondida em algum lugar.

Assim que passou pelo buraco do retrato avistou-a escorada na parede, olhando fixamente para o nada.

- Hugo – exclamou como se ela estivesse esperando-o o tempo todo.

- Ei – ele cumprimentou com certo constrangimento.

- O que está fazendo?

- Saindo daquela loucura toda – ele mentiu – Não sabe o que o Scorpius está fazendo – ele se aproximou a passos curtos dela – Aliás, você devia estar lá dentro não é? Batalhou para tudo aquilo.

Ela suspirou evitando encará-lo e respondeu:

- Não saiu bem do jeito que eu planejei sabe?

- Sam voltou Lily, se bem te conheço, isso era tudo o que queria, lembra do “Não importa como ele volte”? – ela fungou e não respondeu – Devia voltar lá dentro.

Lily não lhe deu atenção. Então o garoto voltou a falar:

- E eu devia ir embora.

Hugo virou começando a andar descendo um lance de escadas, quando ouviu a voz dela o chamar:

- Posso ir com você?

Ele não virou o rosto para encará-la, nem respondeu, apenas sorriu para si mesmo sentindo a prima o alcançar. Ambos caminharam lado a lado indo em direção alguma, apenas fugindo daquela loucura toda.

xx

Lorcan Scamander pegou algumas tortinhas de abóbora numa travessa e foi se sentar ao lado de Sam no sofá.

- E aí? – cumprimentou o loiro.

Sam olhou para ele confuso.

- Não espere que eu me lembre de você, pois não lembro.

- Ah não, primeira vez que conversamos. Quer uma tortinha de abóbora? – ele esticou uma para ele pegar.

- Minha mãe diz que é minha preferida – Sam pegou o doce e deu uma pequena mordida provando.

- Deve ser um saco as pessoas falando que você é assim, faz determinada coisa, que age de certa maneira. Porque elas não te dão um tempo? – Lorcan comentou displicentemente.

Sam suspirou e não respondeu.

- Só sei que essas pessoas gostam muito de você, mesmo que todas elas não entendem o porque se você não ser igual a aquele que foi um dia. Elas esperaram você voltar esse tempo todo, mesmo que você não sinta isso nesse momento.

Ele olhou para o loiro que continuava a comer uma tortinha de abóbora.

- Não consigo ser aquele Sam que todos se espelham agora.

- Essa festa deve estar sendo um saco para você.

Sam sorriu pela primeira vez desde que acordou e esticou sua mão afim que o jovem loiro apertasse.

- Prazer, Sam Wade!

- Lorcan Scamander – disse apertando a mão dele.

xx

- Como anda sua vida? – perguntou Lily ao primo.

Ambos tinham ido até a torre mais alta do castelo para olharem as estrelas de lá de cima.

- Você quer dizer desde que você me ignorou pelo quase ato estúpido que fiz e foi se concentrar no Sam que acordou e você não pode lidar com isso? – Lily o olhou tristemente.

- É... Desde então.

- Eu estou bem, sei lá, tudo igual sabe?

Ela encostou seus braços na sacada e ficou apertando seus dedos, olhando para o céu escuro.

- Hoje não tem estrelas.

- Parece que vai chover – Hugo comentou se postando do lado dela.

- Para mim já está chovendo.

- Então você vai me dizer o que está acontecendo com você?

Lily suspirou e começou a falar, precisava disso:

- Todos me disseram que seria difícil ver o Sam acordar, não importa quantas vezes eu ouvi, eu não tinha ideia de como tão difícil seria.

- Ele parece bem – Hugo comentou – Só faz uma semana que ele “acordou”.

- Você não o conhecia Hugo – ela virou seu rosto com os olhos lacrimejados para ele – E agora ele não me conhece. Eu vi seu bilhete, sempre cuidando de mim – ela chorava livremente agora – Mas dói tanto, é como se ele tivesse mesmo morrido naquele acidente.

- Lily...

- Isso é horrível, eu posso perfeitamente me lembrar da roupa que ele estava na primeira vez que nos vimos, posso me lembrar da expressão de seu rosto na primeira vez que nos beijamos e ele... ele nem sabe quem eu sou – Hugo aproximou sua mão da prima que segurava fortemente a sacada, começou a acariciá-la com seu polegar, em uma tentativa de confortá-la – Eu construí toda minha vida em torno de nossas memórias, e ele não pode sequer  lembrar do meu nome sem um papel.

- Lily...

Não aguentando mais abraçou Hugo, chorando. Hugo acariciava seus cabelos meio desajeitado enquanto sentia as lagrimas dela molharem sua blusa.

- Ele vai se lembrar eventualmente, só tem que se acostumar.

- Já se passaram cinco meses, quando eu desisto? – sua voz estava abafada por estar escondendo seu rosto no peito do primo.

- Não desiste, isso é devoção, pensei que o amava, é tudo que tenho escutado, sei lá, desde sempre. E então no primeiro dia você quer jogar as coisas para o alto? – Lily ergueu seu rosto encarando-o, as lágrimas tinham parado de cair de seu rosto – A verdade é que você não conseguiria desistir dele, nem se quisesse.

- Porque você é tão esperto?

- Eu não sou, acredite, se eu fosse não estaria falando para você voltar para seu namorado.

- Hugo.

- O injusto é que você é minha prima, e eu jamais queria ter me afastado de você quando entrei em Hogwarts. A verdade é que ele precisa de você Lily, não desista.

Ela apenas confirmou com a cabeça.

- Hei – ele vasculhou seu bolso do jeans tirando um pequeno pacote embrulhado num papel de presente – Feliz aniversário.

Ela sorriu pegando da mão do primo e descobrindo o que tinha dentro.

- É uma pulseira – ele pegou o objeto prata da mão dela apontando para o único pingente – É uma lua minguante, ela parece ter o formato de uma vírgula notou? – Hugo começou a prender o objeto no pulso dela – Para te lembrar que a maioria das coisas não tem um ponto final – ele encarou os olhos dela – O que sinto por você é uma dessas coisas.

Ela sorriu incapacitada de falar. Voltou a abraçá-lo, desta vez mais forte que antes, e Hugo apertou-a no abraço fazendo os pés da prima saírem do chão enquanto ela mantinha seus braços em volta de seu pescoço.

 Do céu, gotas de chuva começaram a cair encharcando os dois instantaneamente, mas eles não fizeram menção de sair do abraço em nenhum momento.

- Posso ficar aqui para sempre? – perguntou no ouvido dele.

- Só se for apenas comigo.



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Notas finais do capítulo

N/B: Quando eu disser Avada Kedrava, vocês dizem o quê?
Expelliarmus!
É isso aí gente! Alguém mais ficou com vontade de frequentar uma festa com Scorpius Malfoy?
Será que podem me dizer que líquido a Rose entornou com tudo? Eu realmente espero que tenha sido Cerveja Amanteigada...

Agora eu tenho que concordar com o Lorcan, O amor te deixa retardado, e também dizem por aí que ele além de cego é surdo também (quem viu a animação, desenho, Rio sabe do que eu estou falando).

E o meu Hugo? Isso mesmo, meu Hugo... já que a Lily não se decide, eu quero ficar com ele...
Eu também quero a pulseira com a uma lua minguante...
Ah, e também queria que a Lily fosse garota o bastante para o Hugo, porque ele merece não é?

Pessoal, eu já li o próximo capítulo e vai ser muito bom gente!!! Agora só peço para não pegarem suas varinhas porque a culpa pelo atraso desse cap é minha... Demorei um pouquinho para betá-lo.

Bom... Deixem Reviews! Por favorzinho... Review! Review!

Beijos. S2


N/A: Esse negócio de Avada Kedrava e Expelliarmus é totalmente falta de imaginação desta autora que voz fala... e não, definitivamente não era cerveja amanteigada que a Rose estava bebendo com tanta vontade hahahaha

Vixeeeeeeee Andie, acho que você vai sair no tapa com várias leitoras, todas dizem que querem o Hugo para elas, ainda mais depois desta pulseira... Sabem o que dizem? O amor eterno é aquele que não se concretiza. Se esse amor que o Hugo sente pela Lily não se concretizar, vai ser eterno.

O próximo capítulo tem coisas especiais:

- Eu acho que você devia parar de falar coisas que me fazem querer te beijar o tempo todo.

- Você também.

Hum, acho que é só, brigadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pelas 3 indicações pra esta fic, eu realmente não esperava...

beijossssssssss