Candy And Swords escrita por Nightnyu


Capítulo 1
Candy and Swords - Único.


Notas iniciais do capítulo

Dei uma pausa na escrita da "Resultados" para fazer esta oneshot, por algum motivo. ... Inspirações que nascem dessa forma me assustam.



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Estava um clima extremamente agradável na floresta fechada, longe de qualquer forma de civilização. Sob a sombra de uma grande árvore, o espadachim de longos cabelos loiros descansava. Havia passado horas aperfeiçoando suas habilidades com as espadas, no objetivo de tornar-se cada vez melhor. Antes, ele fazia isso por si mesmo, mas desde o dia em que a conheceu, tudo mudou.

Continuaria em total inércia, se o silêncio pacífico da floresta não tivesse sido quebrado pelo som de objetos caindo, acompanhados por gemidos chorosos e infantis. Talvez estivesse com muito sono anteriormente, tanto que não percebeu que a jovem bruxinha não estava mais deitada ao seu lado. Mesmo sabendo que a floresta era segura, no sentido de que não havia humanos, não podia deixar de preocupar-se.

Sentindo-se satisfeito pelo repouso, levantou-se e esticou a mão para alcançar as espadas. E foi uma verdadeira surpresa ao constatar que não estavam mais ali. Os olhos claros demonstraram o nervosismo.

- Ah, isso não pode ser tão difícil... vamos, vamos! – Ele escutou a voz infantil, não muito longe, seguida pelo ruído de queda. Suas pernas se moveram instintivamente, e em poucos segundos ele já podia ver o excêntrico chapéu da pequena.

As espadas estavam no chão, sendo que uma delas estava sendo segurada de forma desajeitada pelas pequenas mãos da bruxinha. No rosto infantil, a insatisfação estava estampada. O loiro, apesar do instinto natural de querer afastá-la de coisas perigosas, optou por ficar atrás de uma árvore. Observaria o que exatamente ela estava tentando fazer, e se notasse algum perigo, iria intervir.

- Vamos lá... um, dois, três! – Ela ergueu a espada que estava segurando, e as outras que estavam jogadas no chão começaram a levitar. Porém, ela logo perdeu o controle e as espadas voaram por todas as direções. A maioria delas caiu longe da garota, mas duas estavam indo justamente para onde ela estava. Surpresa e sem saber o que fazer, ela fechou os olhos, esperando pelo pior.

Mas nada aconteceu. Ao abrir devagar os olhos, sem entender, o que viu foi o brilho dos cabelos claros de seu protetor na sua frente, com as espadas nas mãos. Um sorriso de felicidade surgiu no rostinho suado.

- Mifune! Mifune! – Ela iria abraçar uma das pernas dele, até que se lembrou de que havia aproveitado seu descanso para pegar as espadas. Engoliu em seco e ficou paralisada. – Er... Mifune... – Ela sussurrou num tom receoso, pensando se iria levar uma bronca. O espadachim virou-se, incrédulo, e encarou o biquinho de culpa que a pequena fazia.

- Angela... você poderia ter se machucado! Eu já tinha lhe dito para não brincar com as minhas espadas... – Ele foi cortado pela voz fina.

- Mas eu não estava brincando! – A bruxinha inflou as bochechas, em sinal de choro. – E-Eu só queria ajudar o Mifune... – Ela torceu os pezinhos, enquanto ele arqueou uma sobrancelha.

- Me ajudar? – Ele soltou as espadas e sentou-se no chão em lótus, aguardando a resposta dela, curioso.

- É... Mifune sempre treina bastante pra ficar mais forte, p-pensei que se eu pudesse evoluir minha magia e aprender a controlar as espadas de longe, eu poderia te ajudar, nem que fosse só um pouco... – Ela correu até o loiro e colocou os bracinhos em torno do pescoço dele, num abraço quente e verdadeiro. – Eu gosto muito do Mifune, não quero que ele corra perigo nas lutas... – O espadachim arregalou um pouco os olhos quase sempre inexpressivos, sentindo o sangue concentrar-se em seu rosto. Nos lábios, surgiu um leve sorriso. Ele envolveu as costas da pequena com delicadeza.

- Angela, não precisa se esforçar tanto. Eu treino bastante justamente para não correr perigo, e principalmente para que você também não corra. Treinar sua magia escondida me deixou preocupado, não sei o que eu faria se você se machucasse por minha causa. – A pequena desfez o abraço e fitou o rosto do seu guardião. – Tenho certeza que quando você crescer, você será uma bruxa muito forte. Mas por enquanto, só por enquanto, deixe-me protegê-la, certo? – Ele sorriu, levando uma das mãos até o rosto de boneca, retirando as últimas lágrimas. A bruxinha, em sua inocência, abriu um sorriso tímido inicialmente, que se tornou um enorme sorriso de felicidade em questão de segundos.

- Certo! – Ela retirou a mão dele sobre seu rosto e a segurou com as duas mãozinhas, carinhosamente. Ele soltou um riso leve. Levou a mão livre até o bolso da calça e retirou duas balas de morango, para o brilho nos olhos da bruxinha. Sabia que era o sabor favorito dela. Ela retirou o papel das duas balas, mas colocou apenas uma na própria boca. – Diga “Ah!”, Mifune! – Ela riu, esperando ansiosamente que ele fizesse o que ela havia dito. Ele não era tão fã de doces, mas havia começado a gostar após conhecê-la. Meio sem jeito, abriu a boca assim como a pequena havia feito.

- Ah! – Ela esticou a mão e colocou a bala sobre a língua dele, entre risos. Em seguida, saltou do colo dele.

- Vou te ajudar a recolher tudo! – Ela disse, pulando alegremente até algumas espadas. Ele a acompanhou com os olhos por um tempo, mas logo se levantou e andou até as espadas que estavam em outra direção. Já estava recolhendo-as, até que sentiu uma mãozinha puxar a borda de sua camisa. – Mifune, pode se abaixar? – Ela perguntou, com um sorriso travesso e na ponta dos pés. Ele se inclinou e aproximou seu rosto, sendo surpreendido por um selinho rápido e com sabor de morango. – Eu te amo, Mifune! – Ela sorriu, inocente e sincera, e correu novamente até as espadas.

O espadachim ficou imóvel por algum tempo, como se estivesse congelado. Até que levou uma das mãos até o rosto, disfarçando a vergonha e o sorriso bobo.

- Eu também te amo, Angela. – Ele sussurrou, de forma que a bruxinha não pôde ouvir. O loiro voltou sua atenção para as espadas, recolhendo-as de forma mais lenta que o normal. Desde aquele dia, decidiu que seu sabor de bala preferido também era o de morango.


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Notas finais do capítulo

Okay, entendo que muitos não são a favor desse tipo de relação. Mas como pode ser visto nas minhas outras histórias, eu sou uma pessoa liberal até demais e gosto desse casal. Velha história do "Se gostou, comente, se não gostou, comente também". Até~PS: MIFUNE FOFINHO, ANGELA FOFINHA, O-M-G.