The Ghost Of You Still Loves Me. escrita por Miss McLean


Capítulo 4
Something will change our lives tonight.


Notas iniciais do capítulo

oi '-'
demorei para postar porque faltou inspiração, tempo e a querida internet D:

so... let's read a new chapter! :D
hope u like it.



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Mary e eu ficamos conversando e quando vimos, já eram 22h. Três dias longe da patricinha metida quase me fizeram esquecer o quanto era divertido estar com ela. Ela tinha os traços bem delicados, os olhos castanhos-esverdeados, o cabelo castanho claro na altura dos ombros em corte chanel e com alguns fios vermelhos, decorrentes de uma de suas passagens no salão de beleza. Tinha mais ou menos a minha estatura. Era magrinha e branquinha, e o seu sorriso era meigo e tornava sua face mais jovial. Mary era linda de todas as formas, mas se depreciava com facilidade por conta da sua vida e seu jeito de ser, e descontava a sua "mudança de caráter" em seu visual. Já estivera ruiva, loira, morena, com o cabelo em mil cortes e tamanhos diferentes. Quando perguntada sobre o porquê de mexer tanto em sua aparência, era sempre a mesma resposta: "eu quis mudar!". Mas a pequena Mary jamais mudara em sua essência e por mais incompreendida que se sentisse, nunca estaria sozinha se dependesse de mim.

__

Hora de ir embora e um breve até logo. Fui levá-la até sua casa por insistência da minha mãe, preocupada com a chegada da sobrinha sã e salva em casa. Então cumpri as ordens propostas e fomos andando em direção à casa de tio Adam, que não era muito longe de onde eu morava.

A rua estava deserta e mesmo assim, como eu estava acostumado a andar por ali tarde da noite, não me importei em diminuir os passos e conversar com minha prima sobre a escola. Ela reclamara comigo que eu nunca ia buscá-la desde que concluí o período escolar e eu sorri, prometendo buscá-la um dia. Desviamos o assunto e começamos a falar de coisas bobas, quando ela não percebeu que iríamos atravessar a rua e vinha um carro com faróis apagados...

- MARY!

Eu a puxei para trás, num impulso e instinto de não deixá-la ser vítima de um atropelamamento. Após gritar, caimos ambos sentados, próximos ao paralelepípedo. O carro estava sendo dirigido por alguém que provavelmente estaria bêbado e, logo mais, bateria em uma árvore. Me assustei e olhei Mary, que estava estarrecida com o que aconteceu tão rapidamente em poucos segundos.

- Você está bem? - perguntei.

- Nã-não sei, acho que sim. É... foi por pouco, né?! Eu não vi, eu...

- Não precisa se explicar. Eu também não vi. Acho que eu tive um aviso divino e olhei exatamente na hora em que você iria atravessar. Você poderia ter se machucado feio...

- Eu tô bem, e obrigada por aproveitar a ajuda divina. Mas alguém ali não deve estar... - ela apontou para o carro.

- Vou ligar para a polícia e chamar também uma ambulância. - eu disse.

- Sim, faça isso...

Alguns minutos depois, muitas famílias já haviam sido despertadas pelo barulho e confusão. A buzina do carro não parava de alarmar pelo fato do motorista estar recostado sobre ela com o impacto da batida.

Chegamos mais perto, após eu fazer as ligações necessárias e vi um rapaz magro que usava óculos. Era...

- Michael Way. Não acredito que esse cara fez isso! - Mary disse, surpresa.

- Você o conhece? - arqueei uma das sombracelhas, também surpreso com a revelação da mesma.

- Sim, ele namorou uma colega minha e vivia dando em cima de mim.

Michael estava com uma ferida na testa, mais precisamente bem perto dos olhos, na altura do olho esquerdo, porém estava consciente. Como havia pensado, sua cabeça havia parado sobre a buzina, o que não a fazia cessar aquele barulho irritante. Tinha bastante sangue e vidros estilhaçados sobre os bancos e sobre o rapaz.

Comecei a falar com ele, para evitar que o mesmo desmaiasse já que eu não sabia a gravidade da situação e mantê-lo acordado era o melhor a ser feito.

- Hey, eu sei que seu nome é Michael.. Bem, como se sente? - minha pergunta foi idiota, todavia eu devia tentar falar alguma coisa e foi o melhor que consegui.

- Minha cabeça... Parece que... Parec...

Ele fechou os olhos e calou-se.

Ouvi de longe o barulho da ambulância e da polícia.

Abracei Mary e percebi que sua mão estava machucada, porém diante daquela cena, ela foi a mais sortuda. Michael ficaria bem e depois nos explicaria o que houvera naquele momento em que perdeu o controle do veículo. Pelo pouco que conversei com ele, o mesmo não estava bêbado ou até mesmo parecia drogado. O freio falhou?! Bem, saberíamos só depois.

**


Liguei para casa e expliquei minha mãe que eu teria que ir até a delegacia por conta do acidente. Contei o ocorrido e minha mãe, preocupada como só ela, viria até onde estávamos.

Mary não quis ligar para seu pai, então eu fiz isso.

- Alô? Tio Adam?!

- Sim? Frank? O que houve? Que barulho é esse? Por que está me ligando a essa hora? Cadê a Mary? Ela não estava com você?

- Tio, acalme-se. Mary está aqui e está bem. Houve um acidente e por pouco ela não sofreu consequências, mas precisamos ir até a delegacia. Ela não quis falar com o senhor, então liguei para avisá-lo.

- Fez muito bem em me avisar. Obrigado, mas quero falar com ela, ela está perto de você?

Abafei o celular com as mãos e sussurrei que ele queria falar com ela. Ela estava na minha frente e fez sinal com os dedos de que não queria falar.

- Não, ela está falando com um policial e não posso interromper.

- Tudo bem, estou indo para o local. Aonde foi?

Dei o endereço para tio Adam, que não demoraria a chegar. Desliguei assim que passei a informação.

__

Após todos os procedimentos, decidi que no dia seguinte, depois do trabalho, visitaria o quase-agressor-sem-querer da minha prima. Não sabia, mas ele teria muito o que me dizer ainda sobre outros assuntos.

**


Ao final de tudo, cheguei em casa às 2h. Estava exausto e meu tio havia me deixado trabalhar na parte da tarde naquele dia. Tomei um banho bem devagar e bastante quente. Fui me deitar pouco antes das 3h.

Logo que deitei, lembrei de Michael. Por mais escuro que estivesse, eu assimilei algo naquela face, algo que vi antes. Não demorou muito e adormeci.

Dentro de meus sonhos, voltei à cena do acidente. Mas o céu não era de um azul escuro típico da noite, e sim de um vermelho diferente e as estrelas se faziam presente. Mary não aparecia. Eu estava sozinho. E um carro vinha em minha direção, de propósito. Seus faróis estavam acesos e fracos e eu via, naquele volante, um par de olhos quase famintos por meu sangue, famintos por me machucar. Estava em um lugar que não era o mesmo onde ocorrera o acidente, só que eu conhecia aquele lugar, porém estava vazio demais de casas e pessoas para eu arriscar um palpite. Então, a casa 36 perto do parque fora a única coisa que avistei e adentrei.

Ele estava lá.

Ele?! O tal homem que vi na janela. Agora mais nítido, mais real, mais atraente, não no sentido sexual e sim instigante, misterioso. E muito mais perigoso.

Ele sorria quase em tom de deboche e seus olhos brilhavam um horror exposto ao me ver assustado, assim deduzi. Prazer em me ver sofrer? Não sei. Afinal, o que eu estaria fazendo naquele lugar?

- Calma, Frank.

- Calma? Quem é você? O que eu estou fazendo aqui? De onde você me conhece? Tem alguém querendo me matar e...

- Ninguém quer te matar. Você está sob efeito dos últimos acontecimentos.

- Como você sabe disso?

- Eu apenas sei. Lá fora quem te perseguia era apenas uma ilusão, ainda. Tudo foi feito para te trazer novamente até aqui.

- Novamente?

- Sim. Eu estava na janela dessa mesma casa ontem. Você me viu e saiu correndo. Eu tinha que trazê-lo até mim.

- Você o quê? Quem é você, afinal?

- Gerard. Não se assuste, por favor. Meu sorriso não foi sarcástico, sim de alívio. Meus olhos brilharam de felicidade, mas o brilho fosco confundido por um olhar malicioso é decorrente de uma longa história em que você também faz parte, a partir de agora.

- Como você sabe o que eu estou pensando? E, história? Que história? Eu não faço parte de nada, eu não sei quem você é!

- Você e eu temos muito o que conversar, mas não hoje.

- O que isso significa?

- Significa que temos... hm, digamos... uma vida inteira para estarmos juntos. Uma vida na qual você ainda tem muito o que conhecer a aprender sobre a mesma.

- Eu não sei por que, mas eu tenho a necessidade de permanecer aqui contigo. Isso é justo, se mal te vejo ou sei sobre você?

- Talvez sim, talvez não.

- Eu não queria, mas agora eu quero tanto, preciso disso...

- Vá Frank, vá! E não desista de mim, por favor... - os olhos dele haviam se entristecido.

- Mas eu não sei do que você está falando!

- Acorde! Acorde agora. Acorde, Frank! Acorde! - ele suplicava, como se aquilo pudesse me destruir se eu não acordasse. Ou como se pudesse destruí-lo.

- Minha cabeça... Está tudo girando... O que você fez? Por favor, se for pra ser assim, me deixa em paz. Me...

Meus olhos se abriram imediatamente. Eu estava suando frio, eu estava com medo, eu estava tremendo e não saberia distinguir minhas emoções naquele minuto em que me desfiz do sono e voltei à realidade.

Olhei o relógio, 5:21h. Acendi o abajur, respirei fundo e fitei o teto tentando entender o maldito sonho que tive. Produto mal feito do que ocorrera no horas antes? Talvez. Talvez eu estivesse muito impressionado com os fatos. Levantei-me e fui até a cozinha beber água. Parecia uma criancinha medrosa, mas não pude evitar acender as luzes da casa, mais por medo de ver coisas indesejáveis do que por cautela para não me machucar pelo caminho.

**

Bebi água e passei pelo corredor onde ficava o quarto dos meus pais. Vi a porta entreaberta e não hesitei em admirar por alguns segundos o sono da minha mãe, que dormia sozinha. Meu pai viajou por causa do seu trabalho. Ela dormia tranquilamente e sorri ao vê-la. Lembrei-me de quando eu era criança e corria para sua cama ao ter pesadelos após assistir filmes de terror. Aquilo me reforçou a ideia de que tudo que sonhei fora impressão pelo péssimo final de noite que tive.

Voltei ao meu quarto, já me deitando e ao fechar meus olhos, o sorriso do homem agora chamado Gerard, se apossou da minha mente, ecoando o ruído tão real e inexistente que me proporcionou diante de um quase-pesadelo alguns minutos antes.

Contudo, estive em paz e adormeci novamente com a certeza de que depois desse dia, tudo tomaria um rumo diferente e logo eu descobriria um novo sentido, que consentiria em uma nova forma de ver e viver a minha vida além do que explicações cabíveis apresentam.


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Notas finais do capítulo

finale desse capitule rsrsssss

até le proxime :)



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