The Ghost Of You Still Loves Me. escrita por Miss McLean


Capítulo 10
I am losing my grip cause I am falling in love


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEY q
Voltei ~samba~

Quero pedir desculpas porque demoro pra postar por dois motivos: não paro em casa direito, uso a internet pelo celular; tenho preguiça de digitar, quando paro em casa. D:

É isso.

Bem, espero que curtam o cap :}



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Pouco depois das 21h, Raymond chegou à casa de Frank. O próprio atendeu a porta.

- E aí, moleque.

- Oi...

- Bem, já sabemos que está tudo bem por aqui. Vamos ao assunto?

- Sim. Vamos subir. - Frank concluiu.

E eles subiram para o quarto de Frank.

**

Ao entrarem, sentaram-se na cama. O que Ray viria dizer era que iria embora da cidade. Já era previsto que ele realmente fosse, pois ia estudar. Só não era previsto que levasse Mary... Ray contou que a irmã poderia piorar se permanecesse naquela casa, agora sozinha. O pai trabalhava demais e não cuidaria dela. Ele tinha noção de que deveria tomar conta da irmã nesse momento difícil, apesar de não se darem tão bem. Frank ficou atordoado com a notícia e foi obrigado a concordar e aceitar. Mas, antes, pediu um favor.

- Posso me despedir de vocês?

- Acho melhor não - disse Ray.

- Por quê?

- Porque Mary não sabe que irá comigo.

- Como é que é?

- Exatamente isso. Já falei com meu pai, ele não viu problema nenhum. Mas ela não sabe.

- Como você pode fazer isso? Como ela irá sem saber que está indo para ficar?

- Vou contá-la no caminho. Eu disse a ela que vamos ficar lá uns dias, apenas.

- Isso não vai dar certo.

- Tem que dar... - Ray fitou o vazio. - Bem, vou embora, está tarde. Só vim me despedir mesmo.

- Despedir? Vocês irão quando?

- Amanhã, bem cedo. Cadê tia Linda? Preciso vê-la também.

- Ela... está no quarto.

- Será que já está dormindo?

- Não, eu acho... - Frank parecia responder aleatoriamente, como se não estivesse ali.

- Cara, você tá bem? - Ray perguntou.

- Oi? - Frank estava mesmo distraído.

- Não fica assim. Vamos vir a cada dois finais de semana, hm?

- Não quero me sentir culpado por nada. É só isso. - Frank relacionara todas as situações que estavam acontecendo, mas Ray pensara que estivesse apenas falando de sua irmã.

- Mas você não é. Ela vai ficar bem.

- Cuida dela por mim.

- É claro que eu cuidarei, o irmão dela aqui sou eu! Você que fez as minhas vezes durante esses anos, tampinha.

Os dois sorriram.

- Somos irmãos, os três.

- Sim, sempre seremos...

Os dois se abraçaram.

- Vamos até minha mãe, para você se despedir...

- Ok, vamos.

Os dois desceram.

**

Ray bateu à porta do quarto da tia, que lia um livro, recostada sobre sua cama.

- Tia Linda, a mais bela de todas as mulheres. Posso entrar?

- Meu querido! É claro que pode.

Ray entrou, mas Frank permaneceu do lado de fora, indo para a sala.

Linda e o sobrinho conversaram por, aproximandamente, 15 minutos e ele contou-lhe tudo o que se passava.Terminando a conversa, Ray foi embora. Frank o levou até a porta.

- Ei, se cuida, tá?!

- Pequeno Frank, eu sei me cuidar muito bem. Você que parece um bebezinho chorão. Nhenhenhem mamain gugu dadá! - Ray fazia caretas, proferindo tais palavras, arrancando sorrisos do primo.

- Sempre você fazendo todos sorrirem até quando não há motivos para isso.

- Se não vamos sorrir, vamos chorar. Então que seja engraçado, não trágico.

- É. Que seja... - Frank suspirou, como se ouvir e concordar com aquilo lhe deixasse cansado.

- Tchau, primo. - Ray encerrou.

- Tchau... Até mais.

Ray caminhara porta a fora e Frank observava até o primo sumir pelo caminho. Ao fechar a porta e se virar, viu a mãe, em pé, e se assustou.

- Mãe!?

Linda não respondia. Todavia, ela fitava o filho, aparentemente, sem nenhuma expressão.

- O que foi, mãe? Por que me olha assim?

Por fim, Linda disse:

- Está tarde. Vá se deitar porque amanhã temos um compromisso.- A senhora não está se referin...

Ela o interrompeu.

- Vamos ao consultório do Doutor Robert Bryar.

- Quem?

- O mesmo médico que tratou a Brenda.

Brenda havia tido consultas com um psicólogo durante o tempo em que seus pais se separaram e suas notas na escola haviam caído. Na época, ela tinha terríveis sonhos em que os pais morriam assassinados.

- De onde a senhora tirou a ideia de que estou paranóico?

- Eu nunca disse isso. Vá se deitar e tenha uma boa noite. - Ela tentava ser séria e rígida, mas, por dentro, estava fragilizada.

Frank apenas desacreditava do que ouvia, porém respeitou a mãe e subiu.

**

Ele trancou-se no quarto, apagou o abajur e deitou-se... consumiu-se em seus pensamentos e quase adormecia, mesmo acordado.

Ouviu uma voz masculina, que mais parecia um susurro. A voz lhe chamava e estava bem perto.

- Frank, Frank! Eu estou aqui.

Frank saltou da cama num impulso e quase gritou:

- Quem está ai? Gerard, é você?

A voz lhe era familiar, mas não a reconhecia.

- Frank, Frank! Não deixe isso acontecer, você deve impedir isso, não deixe!

O rapaz estava ficando tenso, acendeu o abajur e poderia jurar que, por um segundo, viu a figura de Gerard sentada sobre sua cama.

Esfregou os olhos, e olhou novamente... Não havia nada.

"Foi só uma paranóia." - pensou, ainda confuso. - "Não posso estar ficando louco, não posso. O que sinto não pode ser loucura, não é certo se tiver que ser assim. Por que Gerard aparece quando estou mal com alguma coisa? Será que criei Gerard para fugir dessa realidade que está se tornando, escandalosamente, dolorosa? Mas, e o bilhete? E aquela senhora que apareceu e sumiu exatamente na mesma hora? O que será que está acontecendo? Será que minha mãe tem razão? ..."

Frank decidiu tomar banho novamente, para espantar a insanidade que queria lhe seduzir. Sempre funcionava com o jovem rapaz. Entrou em seu banheiro, olhou-se no espelho e via seus olhos vermelhos, denotando um cansaço que só sua mente sentia. Despiu-se e ficou embaixo do chuveiro por alguns minutos, de olhos fechados, molhando não só o corpo, mas lavando a alma, por assim dizer. A fumaça que a água quente fazia espalhar pelo banheiro, embaçou o espelho. Ele saiu, secou-se, vestiu uma boxer e mirou o espelho de novo, vendo uma imagem agradável para seus devaneios se deliciarem: era Gerard sorrindo. Por mais turva que estivesse a figura, era sim o rapaz dos seus sonhos e loucuras. Não sabendo se deveria aceitar ou não o que lhe perturbava, Frank socou o espelho, querendo fazer Gerard desaparecer, cortando, assim, a mão.

Linda se assustou com o barulho e correu até o quarto do filho, que estava trancado.

- FRANK! FRANK! O QUE HOUVE? ABRA ESSA PORTA, FRANK!

O rapaz não respondia. Saiu do banheiro e colocou a toalha sobre a mão cortada. Sentou-se no chão do quarto e chorou em silêncio, o que há muito ele não fazia.

Sua mãe gritou por mais algumas vezes, temendo que o filho tivesse feito algo irreversível. Finalmente, ele a respondeu.

- Mãe.. estou bem. O espelho caiu e quebrou.

- Abra essa porta agora! Por que demorou para me responder?

- Eu... mãe... está tudo bem, é sério.

- Abra a porta, abra!

Não restando alternativa, ele abriu.

Linda se assustou ao ver a toalha branca ensanguentada enrolada na mão direita do filho.

- Meu filho, o que é isso? O que houve com sua mão? O que você fez?

- Eu não sei.

- Por que fez isso? Por quê? Frank... Me desculpa, me desculpa... - ela abraçou o filho, desolada.

- Não é culpa sua, mãe... e isso aqui não foi nada. - ele levantou o braço, segurando a toalha sobre a mão machucada.

- Como não foi nada? Vamos ao hospital, já!

- Por favor, dona Linda...

- Venha, vou te ajudar a se vestir.

Não podendo contestar com a mãe, Frank fez sua vontade. Ela o ajudou a se vestir e os dois foram ao Hospital Central, às 23h.

**

(...)

- Foi uma sorte não ter rompido nenhum nervo. Foram cortes profundos e você perdeu bastante sangue, mas nada que o organismo não reponha. - Doutor Albert advertia o diagnóstico, após analisar a minha mão. - Mas o que o senhor estava pensando, senhor Iero? Pensou que era o Clark Kent? - ele estava sendo irônico.

- Não. Eu estava brincando de incrível Hulk e me empolguei, entende? Aí soquei o espelho por prazer! - retribuí a ironia.

- Frank, calado. - minha mãe disse.

- Que engraçadinho o seu filho, Sra Iero. Mas terá que dar pontos nessa ferida. É no 4º andar, sala 11.

Albert escrevia sobre o bloquinho o encaminhamento para meu atendimento no outro andar.

"Droga, Frank! Perdeu seu autocontrole e olha só... Tem que ouvir piadinha idiota de médico imbecil. Merda!" - ele pensava consigo mesmo.

- Frank, vamos? - sua mãe o chamou.

- Sim...

**

No 4º andar, fiz tudo o que deveria fazer. 13 pontos e uma mão enfaixada por dias. E, também, uma mãe para achar que eu estava doente da cabeça. Meu Deus, quanta coisa aconteceu em pouco tempo! Seria para compensar todos os outros anos em que fui feliz? Seria uma sina? Eu ainda tinha muito o que descobrir.

**

Chegando em casa, minha mãe decidiu que dormiria no meu quarto. Cedi minha cama para ela e fiz uma cama improvisada no chão. Já passava de meia noite e meia quando fomos nos deitar. Eu estava exausto de tudo, absolutamente. Eu só queria saber de dormir e, mesmo assim, não conseguia. Esperei minha mãe cair no sono e desci até a cozinha. Tomei um calmante e dormiria, obrigatoriamente.

___

Não reconhecia o lugar onde eu estava. Era tudo diferente. E eu estava sozinho. Ou talvez não estivesse. Não tinha detalhes. Nem céu ou qualquer coisa que denotasse um lugar que pudesse ser descrito. Era simplesmente o nada. Eu estava no meio do nada.

- Você não poderia ter feito aquilo. - Gerard estava calmo. Sua voz era suave e, como sempre, parecia música aos meus ouvidos.

- Não quero mais te ver. Aliás, aonde estamos agora? No inferno? Porque eu acho que esse lugar e você estão longe de me trazerem alguma paz. - fui rígido.

- O que? Frank, você não pode... - sua voz entristeceu.

- Eu posso. Eu posso qualquer coisa.

- Me deixa ver sua mão... - Gerard tomou minha mão na sua. - Oh pequeno, a sua mão está...

- Muito machucada? Por que você teve que aparecer, hein? Eu era tão feliz, tudo estava indo tão bem... - abaixei minha cabeça.

- Não, não faça isso, não me culpe, não me deixe sentir isso! - Gerard suplicava. Seus olhos pareciam chorar, mas não havia lágrimas.

- Eu vi você diante daquele espelho, eu vi. Minha mãe acha que estou louco porque amo um fantasma! Por que você não some ou aparece de uma vez por todas? Por que não podemos ficar juntos sem eu ser julgado dessa forma?

- O máximo que posso lhe dizer é que eu... te amo. Desde muito tempo, desde sempre.

- Do que você está falando?! Eu te imagino, somente eu te vejo, você só existe para mim e nunca vamos ficar juntos, é isso?

- Frank, não desista.

- Não desistir do quê? Você sempre diz isso, sempre. Você não deve existir, você é uma loucura, obsessão na minha cabeça, um amor doentio, você não é real, é o que eu queria que fosse e, por eu querer, eu acabei fazendo com que você existisse só para mim, mas eu estou perdendo tudo, estou perdendo as pessoas, estou perdendo o meu controle e a culpa é sua e muito mais minha porque eu criei você. E eu posso te destruir!... Mas... eu não consigo... - eu disse sem pausar, chorando, confuso.

Gerard tentava me dizer algo. Mas nunca conseguia dizer. Talvez não pudesse, porque tudo o que ele diz é a minha consciência que produz. Porque Gerard sou eu. Eu sou Gerard e somos apenas um.

Mesmo assim, ele me abraçou e, pela primeira vez, senti algo inexplicável e me envolvi, deixando nosso abraço ainda melhor.

- Não pode achar que isso é o fim. Lembra que disse que teria que ser forte? Eu não sou apenas sua consciência. Eu fui alguém muito além do que sou agora.

- "Fui"? Você... não é mais?

- Posso ser punido e te perder para sempre se eu tiver que lhe dizer tudo o que aconteceu. Eu não escolhi você para isso. Você não me escolheu. Fomos escolhidos um para o outro.

Eu me senti injusto por ouvir aquelas frases.

- Me perdoa.

- Te perdoar? Por quê?

- Por querer destruir você, socando aquele espelho. Por querer te esquecer, sem poder ou ter o direito.

- Não há o que perdoar. Eu sabia que, em algum momento, todos os fatos ligados, te fariam perder o controle. Eu sabia, sofria e sofro te vendo assim. Porém tudo o que você deve fazer é confiar. Confie, Frank. Confie em mim.

- Eu confio. Mas me ajuda. Eu não posso sem você.

- Você nunca estará sem mim. Eu prometo.

Ainda estávamos abraçados ao dizer aquelas últimas palavras. Apertei Gerard contra meu corpo e senti seu calor, ao mesmo tempo em que a temperatura corporal dele fosse quase nula. Não me importava com mais nada. Eu não sentia dor, arrependimento ou medo. Eu só sentia algo bom com aquele homem: eu sentia amor.


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Notas finais do capítulo

ROMÂNTICO E VIOLENTO, QUE TAL? HAHAHA qn

até o próximo :)



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