Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 42
Reencontro




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Completamente ignorante quanto à situação, Fernand finalmente alcançou a saída da mina. O rapaz tentava entender o que poderia ter acontecido com seus aliados e Aurora, mas nenhuma possibilidade que cruzava sua mente fazia sentido.
-???: Fernand!
A voz conhecida fez o rapaz deter-se. Dois segundos depois, Samantha caiu em pé ao lado dele.
-Fernand: Eu já estava ficando preocupado! Onde está o William?
-Samantha: Já vou explicar, mas agora vamos sair daqui o mais rápido possível. Os guerreiros da Rosa Branca estão por perto.
A bruxa e o guerreiro desataram a correr. Após cerca de trinta segundos, Samantha começou a explicar o que havia acontecido.
-Samantha: Algum tipo de dragão psicodélico nos teleportou juntamente com Aurora para o lado de fora. Eu e ela conseguimos nos libertar, mas infelizmente William não.
-Fernand: Dragão psicodélico? Que tipo de palhaçada é essa?
-Samantha: Eu também não entendi direito o que aconteceu, acho que foi algum tipo de armadilha que se ativou quando o pilar caiu.
-Fernand: Não me diga que o William foi capturado!
-Samantha: Não, mas eu não faço a mínima idéia de onde ele está. Há poucos minutos o tal dragão desapareceu junto com William e a garota que usa fogo e não voltou mais.
-Fernand: O que faremos então?
-Samantha: Vamos seguir para o próximo pilar, obviamente. Se William ainda estiver vivo ele provavelmente seguirá para lá também.
-Fernand: “William, é melhor que você não morra!”

Cerca de meia hora mais tarde, Aurora, Electron, Karin e Luna se reuniram em um quarto elegante de uma cara estalagem da Cidade dos Mineradores. Todos mantinham expressões sérias, à exceção de Karin, que devorava uma refeição.
-Aurora: Então, alguém pode me explicar exatamente o que era aquele dragão?
-Electron: Segundo a sacerdotisa Luna, tratava-se de um dragão divino, um servo da deusa Aneth.
-Aurora: Mas isso não faz sentido. Por que um servo de uma deusa tão benevolente atacaria daquela forma?
-Electron: Sem contar que eu achei muito estranho um ser originário de Utopia ser derrotado tão facilmente.
-Luna: Na verdade os dragões divinos não são poderosos como os anjos. Devido a este fato, rituais capazes de invocar essas criaturas são mais fáceis de realizar. Mais especificamente, tais rituais exigem vários componentes para gerar a forma física do dragão e uma oferenda a Aneth.
Naquele momento, todos prestavam muita atenção em Luna, inclusive Karin.
-Luna: Quanto à atitude violenta, eu creio que a pessoa que realizou o ritual para invocar o dragão divino deu a ele a ordem de atacar quaisquer indivíduos que estivessem nos arredores do pilar quando este fosse derrubado.
-Aurora: Então o responsável deve ser o sábio que criou o pilar.
-Electron: Mas como o ritual pode ter durado 300 anos?
-Luna: Não é impossível, contanto que se façam certas alterações no ritual. Sendo um dos grandes sábios que se sacrificaram para criar os dez pilares, eu não me admiraria caso o responsável pelo ritual tenha declarado as ordens antes mesmo de invocar o dragão e tornado a queda do pilar o gatilho para completar o ritual e invocar a criatura.
-Karin: Mas por que alguém invocaria um bicho tão fraco?
-Luna: Um ser humano comum não teria nenhuma chance contra um dragão divino e até mesmo um mago experiente correria riscos. Porém, acho que o sábio que preparou o ritual não contava que haveria cinco manipuladores de elementos no local, sendo dois deles altamente experientes em combate.
-Electron: Isso certamente explica muita coisa, mas ainda me resta uma pergunta: O que aconteceu com a Pyrath?
-Luna: Eu não sei ao certo. Lembro de ter lido que dragões divinos são capazes de cobrir distâncias enormes num piscar de olhos e que nenhuma barreira, natural ou mágica, os atrapalha. Esta é a habilidade que os torna especiais.
-Aurora: Quer dizer que sua amiga pode estar em qualquer lugar do reino?
-Luna: Não, quero dizer que ela pode até mesmo estar fora dele.

Meia hora antes. Quando se deu conta do que havia acontecido, Yasmin já estava em um local totalmente diferente. Grandes árvores e o chão estavam cobertos por uma camada de neve. O sangue que escorria da garganta atravessada do dragão tingia tal neve de vermelho.
-Yasmin: Onde eu estou...?
Subitamente, o dragão se desfez em poeira luminosa. A manipuladora do fogo então notou que havia alguém lá além dela, um rapaz que se levantava com dificuldade, o qual Yasmin reconheceu imediatamente.
-William: Está nevando? Mas ainda estamos em pleno outono...
-Yasmin: WILLIAM!!! O que você está fazendo aqui!?
O manipulador do vento virou-se rapidamente.
-William: Ah, você. Lamento, mas não sei sequer como vim parar aqui.
-Yasmin: Então o senhor Electron estava certo! Você é o responsável pelo ataque dos onis!
William permaneceu calado mediante a acusação, meramente fitando os olhos de Yasmin enquanto mantinha uma expressão fria.
-Yasmin: Eu não vou perdoar você por usar vidas inocentes dessa maneira!
-William: Eu já cansei de ouvir esse discurso batido. Não consegue ser criativa?
O rosto de William repentinamente esboçou surpresa. Yasmin, ao notar isso, olhou para trás de si por instinto e percebeu que um grande lobo saltava em sua direção. A fera mordeu o braço que a garota usou para se defender, mas as presas não atravessaram a armadura. Em seguida, a capitã criou chamas no pêlo do lobo, que por sua vez a soltou e rolou na neve para apagar o fogo.
-William: “Vejamos. Estou num local aparentemente perigoso, não tenho a mínima idéia de onde devo ir e estou tão ferido que mal consigo ficar em pé. Nesse caso...”
De espada em punho, Yasmin desviava das investidas ágeis do lobo, tentando encontrar um bom momento para contra-atacar.
-Yasmin: “Que droga, a minha armadura está esfriando muito rápido. Não consigo me mover direito...”
Yasmin quase se assustou quando notou que o lobo saiu rapidamente do seu campo de visão, mas tranqüilizou-se ao notar que na verdade ele havia sido arremessado contra uma árvore por uma rajada de vento.
-William: Agora, acabe com ele!
Seguindo a indicação de seu rival, a capitã tratou de eliminar o lobo ferido. Porém, quando ela se virou para agradecer, percebeu que havia mais um canino os espreitando.
-Yasmin: Atrás de você!
O manipulador do vento girou rapidamente, mas não teve tempo de evitar que os dentes do segundo lobo se cravassem em sua perna. Tentando manter o equilíbrio, William posicionou a palma da mão ao lado da orelha da fera e fez um turbilhão de vento entrar pelo orifício, causando a morte da criatura.
-William: Mas que dia mais... azarado...
Sentindo-se tonto, o rapaz notou que filetes de sangue escorriam pelas feridas na perna. Ele tentou ao máximo se manter consciente e em pé, mas já não conseguia. Chegando ao limite de suas forças, William sentiu seu corpo cair e então tudo desapareceu de sua mente.


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