Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 34
Realia, Utopia e Pravus




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Aos poucos a fumaça começava a se dissipar ao redor de Yasmin, permitindo que ela visse Kenoh no ar, mas nada além disso.
-Yasmin: “Karin.”
-Luna: “Você consegue, pirralha.”
-Karin: Isso é por ter machucado as minhas amigas!
Kenoh foi cegado momentaneamente por um forte brilho originado pelo cajado da menina. No momento seguinte, sentiu seu corpo ser atingido por um forte impacto e foi atirado para o alto. Apesar disso, caiu em pé, com apenas ferimentos leves.
-Kenoh: “Inacreditável...”
-Karin: Conseguimos!
-Luna: Parabéns, Karin.
Enquanto as manipuladoras da luz e da água comemoravam, a Capitã Pyrath foi em direção ao seu tio. Esta tinha um sorriso tímido no rosto.
-Yasmin: Elas são fortes, não são?
-Kenoh: Parece que vocês têm talento afinal de contas. Vou treiná-las, ou pelo menos tentar.
-Yasmin: Muito obrigada.
-Kenoh: Vou lhe contar uma coisa, sobrinha. Você sabe que o líder da família Pyrath é escolhido de acordo com vários quesitos e, quando há dois ou mais candidatos com as características necessárias, a decisão é feita através de combates, certo?
-Yasmin: Sim.
-Kenoh: Eu sempre fui mais forte que o seu pai, mas mesmo assim ele me venceu. E sabe por quê?
-Yasmin: Não faço idéia...
-Kenoh: Porque ele é muito ardiloso e esperto. Soube contra-atacar todas as minhas táticas e por isso saiu vitorioso. E, pelo que pude ver hoje, acho que você herdou um pouco da sagacidade de Agas.
Contente com o elogio, Yasmin sorriu. Então, ela e o tio seguiram até Karin e Luna para anunciar a boa nova.

Naquela noite, as três garotas estavam reunidas em um pequeno lago nas proximidades da grande árvore, aproveitando um banho relaxante naquele clima quente. Porém, Luna parecia um tanto inquieta.
-Luna: Ei Yasmin, tem certeza que seu tio não virá nos espiar?
-Yasmin: Eu acho que não. Se ele fosse esse tipo de pessoa provavelmente não teria vindo morar nesse fim de mundo.
-Luna: É, isso faz sen-
Karin pulou no lago, espalhando água para os lados e interrompendo Luna no meio da frase.
-Luna: Francamente Karin, pra você tudo deve ser uma brincadeira.
-Karin: Desculpe, Luna. Mas confesso que não entendo bem toda essa história de demônios e pilares.
-Luna: Acho que vale a pena eu explicar então. Como você deve saber, o plano em que vivemos é chamado de Realia, mas não é o único que existe. Os outros são Utopia, o reino dos deuses e anjos, e Pravus, o reino dos demônios e arquidemônios.
-Karin: O que é um plano?
-Yasmin: É algo como um “mundo” ou uma “dimensão”. E os três são separados um do outro.
-Luna: Prosseguindo. Utopia e Pravus são considerados planos espirituais, pois seus habitantes são, obviamente, espíritos. Realia, por outro lado, é um plano físico.
-Yasmin: O que significa que nós, que vivemos em Realia, temos corpos, enquanto que os anjos e demônios não.
-Luna: Exato. E é por isso que eles não podem interferir em Realia, mesmo que queiram. Somente recebendo um corpo é que habitantes de Utopia e Pravus podem agir aqui.
-Karin: E como eles conseguem isso?
-Luna: Existem duas formas e ambas exigem rituais mágicos complicados e demorados. A mais simples é a possessão de um corpo mortal que já é utilizado, mas isso exige que tanto a alma que habita o corpo quando o espírito que vai possuí-lo desejem isso. A desvantagem deste método é que o anjo ou o demônio pode usar muito pouco do seu verdadeiro poder, portanto não é um método muito útil.
-Karin: E o outro?
-Luna: O outro é mais complicado e consiste em criar um corpo especificamente para servir de receptáculo para um espírito. É extremamente difícil realizar este ritual, mas isto permite que o anjo ou demônio use toda a plenitude de seu poder.
-Yasmin: O problema é que há 300 anos atrás, segundo os livros históricos, um poderoso feiticeiro maligno encontrou uma forma de criar corpos em massa para os demônios de Pravus, os quais atacaram e destruíram todas as nações que encontraram.
-Luna: Somente Chesord escapou porque os sábios do reino se apressaram a criar uma barreira mágica ao redor do reino, a qual é sustentada pelos pilares que tentamos proteger.
-Karin: Então quer dizer que se todos os pilares forem derrubados, os demônios vão destruir Chesord também.
-Luna: Exatamente. É por isso que não vou perdoar aqueles três! Vou impedi-los, custe o que custar!
A sacerdotisa fechou o punho diante do rosto, mantendo uma expressão séria no rosto.
-Yasmin: Calma Luna, você fica assustadora desse jeito. Vamos relaxar um pouco, porque a partir de amanhã vamos sofrer bastante.
-Luna: Tudo bem, vamos aproveitar.
Subitamente, um sapo aterrissou logo abaixo do pescoço de Luna, surpreendendo a sacerdotisa. Esta soltou um grito e jogou o sapo longe com um tapa, enquanto Karin ria.
-Luna: Você acha engraçado jogar sapos nos outros? Deixe eu te mostrar o que é engraçado, sua pirralha!
Uma pequena onda surgiu no lago, cobrindo Karin. Em seguida, um turbilhão se formou, fazendo a menina girar embaixo d’água.
-Yasmin: Luna, pare com isso! Vai matar a Karin!
Não muito longe dali, Kenoh ouvia os gritos das meninas enquanto comia uma fruta.
-Kenoh: Como elas conseguem ser tão barulhentas? Quanto mais tempo passa, mais eu me arrependo de ter aceitado o pedido delas...


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