Rockaby Serenade escrita por SofiaB


Capítulo 1
1. The Band


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem *.*
não vai ser uma fic muito comprida, mas para primeira vez, acho que tá bem boa :)

VAMOS LER!!!!



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Booooommmm!


          A porta bateu atrás de mim. Olhei em torno da sala, a minha cara provavelmente a expressar a minha histeria interna – e talvez também externa, como mostrou o bater da porta. Era tão diferente do meu “eu” habitual que, quando realmente acontecia, tornava-se típico. E, enquanto os meus olhos castanhos e entusiásticos se encontravam com os olhares atónitos perante mim, não pude evitar viajar pelo tempo, impulsionada pelo déjà-vu que tinha tomado conta da minha mente. De repente, tinha dezassete anos de novo.


***


          A sala apertada do nosso antigo dormitório aparecia, mais uma vez, diante de mim, assim como as duas melhores companheiras de quarto de sempre. Mas talvez necessitem de algumas explicações.

É que, nessa altura, eu andava na faculdade. A Alice, a Ella e eu partilhávamos um pequeno apartamento na ligeiramente maior cidade de Franklin. A Universidade Franklin oferecia um dormitório no campus, mas nós decidimos que precisávamos de um espacinho à parte, longe de todo aquele stress académico – um sítio que fosse nosso. Ainda penso nele como a primeira casa independente em que vivi, e esse era exactamente o nosso objectivo.


           Por isso, depois de uma longa conversa com o director, nós fomos capazes de o convencer que viver for a do campus não iria, de qualquer forma, prejudicar a nossa educação e, que se ferisse a nossa experiência sócio-universitária, nós assumiríamos toda a responsabilidade por isso. Mas chega de preocupações universitárias.


           Nessa altura, eu estava a passar-me porque tinha acabado de tocar por um lugar na aula de guitarra do Taylor York, na loja de música local onde ele e os seus colegas de banda – os Paramore – habitualmente passavam o tempo. Como a aula dele estava, obviamente, sobrelotada – já que era o melhor guitarrista em que conseguíamos pensar, para além de, talvez, Josh Farro – ele tinha de marcar uma espécie de audições informais, para se certificar de que toda a gente na sua aula estava de facto interessado em tocar guitarra. Uma forma de eliminar os “groupies”, percebem? E, nesse pequenino concerto, eu ROCKEI (considerando o que sabia, claro) – disse o Taylor pessoalmente. Não admira que estivesse tão feliz! E também o ficaram as minhas colegas de quarto, assim que me acalmei o suficiente para articular frases.


         Aquelas lições, deixem-me que vos diga… eram simplesmente espectaculares! Às vezes, formávamos pequenos grupos, que rodavam de semana para semana, para que nos pudéssemos habituar a tocar com pessoas diferentes. Mas, outras vezes, tínhamos a oportunidade de tocar com o Taylor a sós. Trazíamos as músicas que queríamos aprender e ele ajudava-nos, dava-nos umas dicas e ensinava-nos um monte de truques fixes.


         O meu entusiasmo e iniciativa sempre me estimularam a envolver-me realmente naquilo que realmente amava, e eu realmente amava a minha música. Então, comecei a compor as minhas próprias canções e, dentro de três meses, já aprendia com o Taylor, com a Internet, comigo mesma… É verdadeiramente espectacular como conseguimos encontrar informação em todo o lado, quando estamos concentrados.


          Eu era muito modesta e, antigamente, nunca o teria admitido, mas eu era boa, não apenas com a guitarra, mas com a música em geral. O Taylor sempre apreciou a minha atitude humilde e o meu ouvido musical, e não demorou muito até ele se aperceber de que estava perante uma colega, e não uma aluna.


          Entretanto, as minhas companheiras também começaram a perseguir os seus sonhos musicais: a Alice tinha aulas teóricas e de canto, que por vezes contavam com alguma visitas da Hayley Williams, e a Ella enfrentou a bateria e a percussão, com uma ajudinha do Zac Farro.


           Aí, só queríamos uma coisa: formar a nossa própria banda. Mas nós tentamos e tentamos, e nunca soava exactamente bem. Depois de alguns momentos de treino, cansávamo-nos de tocar algo que não fazia sentido e simplesmente virávamos as costas ao ensaio.


           Portanto, recorri ao meu esplêndido professor, Taylor. Marcámos alguns ensaios, mas depressa nos apercebemos de que o que necessitávamos mesmo era de um exemplo vivo, e chamámos os reforços.

Cada um dos membros dos Paramore aparecia regularmente – uma vez que não andavam em digressão – para nos mostrar como sobrepor os instrumentos e divertirmo-nos com isso. Podiam não o admitir, contudo também apreciavam os nossos ensaios, porque eles próprios podiam praticar.


           Depois de algum tempo, nós compreendemos o conceito, começámos a improvisar com eles e, adivinhem só, conseguimos. Creio que apenas precisávamos de nos soltar um pouco e passar tempo com os nossos novos amigos sortia exactamente esse efeito.


         Sim, agora éramos amigos. Durante as lições, costumávamos falar e fazer piadas sobre coisas estúpidas. Afinal, não éramos assim tão diferentes. Então, começámos a passar mais tempo juntos. Tomávamos café, jogávamos bowling, íamos a concertos, festivais, festas… Brevemente, um ano inteiro das nossas vidas tinha passado, sem sequer termos tempo de pestanejar.

Foi então que as coisas se começaram a tornar sérias. Os Rocka’by Serenade – o nome da nossa banda – começaram a tocar em pequenas actuações, tal como qualquer outra banda iniciante, porque não queríamos aceitar a ajuda dos Paramore. Mas o seu estatuto musical estava de tal forma marcado que, quando as pessoas ouviam dizer que éramos amigos, assumiam que nós também devíamos ser bons.


         Ainda recordo os primeiros bilhetes que vendemos: podia-se ver uma cabeleira flamejante a correr pela rua abaixo, para falar com uns adolescentes do secundário. Uma vez que olhavam para a Hayley, parecia que não eram capazes de dizer, sequer, ‘talvez’, especialmente os rapazes.


           Bem, com a ajuda da Hayley de lado, começámos a vender os nossos próprios bilhetes e, depois, outras pessoas começaram a fazê-lo por nós! Foi aí que soubemos que estávamos a ter êxito. Os nossos concertos começaram a atrair grandes multidões e, consequentemente, nós fazíamos uma boa soma de dinheiro – pelo menos, mais do que alguma vez tínhamos tido.


           Por essa altura, actuávamos em concertos locais, e até fazíamos umas aberturas para concertos profissionais. Algumas das nossas músicas começaram a passar na rádio local e o YouTube tinha um novo arsenal de vídeos das nossas actuações.


          Já que nos estávamos a dar tão bem e parecia que apenas podia melhorar, tomámos a decisão mais difícil de todas – desistimos da universidade. Os pais das minhas amigas não concordaram necessariamente, mas nenhum conseguia vencer o meu pai.

Ele sempre foi uma pessoa conservadora e um pai restritivo, quase até ao ponto de medir as minhas saias. E quanto mais velha eu ficava, mais compridas tinham de ser, falando figurativamente, claro. Contudo, vocês percebem o quão difícil era para uma rapariga como eu: não aos festivais, não às festas, não aos rapazes, não às bandas, não aos rapazes em bandas… Não ao rock. Ah, pois, cheguei a mencionar? Ele era contra a música rock, como a maioria dos seus amigos. Não lhe chamavam a “música do demónio”, nem nada do género, mas achavam-na demasiado barulhenta, demasiado extrema – demasiado imoral, basicamente.
Se dependesse do meu pai, eu estaria a Mozart numa grande orquestra. Não me interpretem mal, eu apreciava música clássica, a sua calma e a sua serenidade. Gostava também de a tocar (sim, eu tinha de a tocar), mas simplesmente não sentia que ela passava a minha mensagem a maior parte do tempo. E, além disso, o rock consegue ser igualmente calmo e sereno. O meu pai foi quem nunca entendeu isso. Ainda hoje me sinto triste por ele não ter podido aproveitar tanta coisa, apenas por causa dos seus preconceitos.

Porém, de qualquer das formas, mantivemo-nos firmes e fiéis às nossas escolhas e a nós próprias. Então, dois anos depois do início, tivemos um concerto autónomo no pavilhão da cidade. O quão fantástico foi, nem consigo exprimi-lo!


           No fim, eu fiquei para trás, a arrumar as coisas, tal como as meninas e eu tínhamos decidido. Os Paramore tinham acabado de chegar da sua última digressão. Eles sentiam saudades nossas e o sentimento era certamente recíproco, por isso, fizemos planos para o jantar. Eles foram directos à casa dos Paramore, onde a Alice e a Ella iriam demonstrar as suas capacidades culinárias. Eu juntar-me-ia a eles assim que pudesse.


            De qualquer forma, estava eu metida nos meus assuntos, a arrumar o nosso material na carrinha, quando, do nada, um homem dirige-se a mim e diz-me que trabalha como um “caçador de talentos” para a marca de discos ‘Fuel by Ramen’. Ele tinha visto o espectáculo inteiro e tinha gostado. Então, ofereceu-nos um contrato para um álbum. Ah, pois!, era por isso que eu estava a gritar! Um contrato para um álbum! O nosso álbum! Compreendem o meu entusiasmo?


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Notas finais do capítulo

então, q acharam? interessadas?

deixem MUITOS reviews! MUUUUIIITTOOOOOSS!!!!!

*ignorar o histerismo*



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