Ela, Joe, Lis e Luciano foram na tradicional travessia de barco ao castelo, tanto ela quanto Lis choraram ao ver a belíssima forma de Hogwarts a noite. Ao entrarem, se depararam com as escadas que levavam ao salão principal. A menina foi conduzida até uma saleta pequena ao lado da porta do salão. Ela tremia como nunca antes, nervosa, e Joe a abraçava gentilmente e lhe dava beijos delicados no pescoço, apesar de serem novos, ambos tinham uma amizade muito forte e às vezes, meio colorida. 

            Sim, eles já haviam ficado. Mas isso estava fora de questão no momento. A professora Cátia Bell chegara com um risinho no rosto, olhara de relance para Bruna e reconheceu-a instantaneamente.

            - Srtª Malfoy, como sua mãe está?

            Bruna não sabia, desde seu aniversário há um mês não falava com ela nem por cartas. Simplesmente sacudiu os ombros de forma “não estou nem aí”. Os alunos foram conduzidos para o grande salão, quer dizer, grande mesmo. Teto alto, quatro grandes mesas mais a dos professores, onde bem no meio havia uma mulher muito velha, atrás deles havia o brasão de Hogwarts.

            Quando todos os alunos do primeiro ano estavam organizados o restante dos alunos foi convidado a cantar o hino:

Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,
Nos ensine algo por favor,
Tanto sejamos velhos e calvos
Ou jovens de joelhos ralados,
Nossas cabeças precisam ser preenchidas
De coisas interessantes,
Pois estão ocas e cheias de ar,
Moscas mortas e montes de penugem
Nos ensine o que vale a pena
Faça lembrar o que já esquecemos
Faça o seu melhor, faremos o resto

Estudaremos até o cérebro apodrecer.

            Som de muitas palmas e foi dado o inicio da seleção.

            Vários alunos foram selecionados, até que a voz da professora Bell ecoou mais alto nos ouvidos de Bruna:

            - Malfoy, Bruna.

            Ela deu um passo desajeitado e sentou-se no banquinho. Podia ver da mesa da corvinal sua “prima” Victórie e Dominique, apenas abaixou os olhos sem acenar e a voz começou a falar, calmamente no ouvido dela.

            - Você é uma garota esperta, assim como sua mãe, mas tem arrogância, seu pai ficaria orgulhoso, não tenho opção, você não tem coragem para ser grifinória – Bruna comemorou, para si – portanto, farei o que você mais quer SONSERINA.

            A garota saiu correndo para a mesa da Sonserina, abraçou os conhecidos e quando viu, Joe, Lis e Luciano estavam lá. Uhul, todo mundo estava na mesma casa. Depois de todos serem selecionados, a diretora começou a falar:

            - Que sirvam o jantar. – tão curto, assim?  

            E magicamente, travessas cheias surgiram na mesa. A garota ouviu os nascidos trouxas falarem “oooh” quando isso aconteceu. Revirou os olhos. Começou a comer, pouco, mas comeu. Estava mal, a voz de John ecoando em seus ouvidos até agora, ela descobrira que ele era grifinório, o que a deixou meio sem reação, ela tinha o mesmo preconceito que seu pai. Mas, respirou fundo e acompanhou a casa para as masmorras, onde ficava a sala comunal da Sonserina.

            Lis e Bruna dobraram para o corredor do primeiro ano, a terceira porta dizia “Feminino – Malfoy & Nott”. Duas camas de dossel, e um tapete verde com prata, suas malas nos pés da cama, uma penteadeira e uma janela grande entre as camas e um criado mudo para cada um.

            Bruna fez uma trança, vestiu o pijama e deitou-se, finalmente em Hogwarts, finalmente em casa.