Capitulo 2

Os raios de sol adentravam ao recinto, acordando o homem que dormia ali. Ele se remexeu na cama, não querendo levantar, porém seu esforço para continuar deitado foi em vão, ele pretendia dormir mais, mas uma voz feminina fez-se presente no quarto, fazendo-o levantar espantado.

“ – Bom dia...” – ela lhe disse sorrindo. “ – Dormiu bem? Sente-se melhor?”

Ele olhava para ela serio, sem expressar nada, típica atitude sua. Ele tentava colocar as memórias em odem, onde estava, qual o nome dela, e por que estava ali.

Ela estava parada, esperando resposta dele, que demorou a vir.

“ – Esta é sua casa? “ – disse com a voz calma, sentando-se na cama, mas sem sair debaixo da coberta.

“ – É, não se lembra? “

“ – Vagamente...” – ele deu um suspiro, voltando seu olhar para a garota “ – Ino Yamanaka, certo...”

“ – Certo! “

E novamente o silencio se instalou entre eles, nenhum dos dois falava, mais por parte de Gaara que era sempre muito serio. Ino então deu um suspiro, a situação estava ficando tensa, então ela decidiu sair de lá.

“ – Gaara, suas roupas estão no banheiro no fim do corredor...  Tem toalha limpa na segunda gaveta da cômoda...” – parou de falar, ajeitando a roupa e o cabelo. “ - Eu vou sair, traque a porta e deixe na floricultura por favor, quando sair...”

Ela se virou e começou a andar, mas parou ao tocar a maçaneta da porta, a voz grossa do Kazekage soou, questionando-a, quase autoritariamente.

“ – A onde você vai? “

“ – Eu? Vou falar com a Tsunade...” – respondeu sem entender o tom de voz.

“ – Hn...”

Ino saiu de casa, deixando a chave em cima da mesa. No caminho encontrou Sakura, e juntas foram falar com Tsunade. Não era nada muito importante, assuntos do hospital, o exame que ocorreria daqui um tempo, as novas pessoas que viriam à vila. Não eram as únicas ali, já que muitos conhecidos também estavam contando ainda com alguns Treinadores.

Ino seguiu para a floricultura após a reunião, dando de cara com o Gaara, na porta. Os dois se entreolharam, mas quem desviou o olhar fora Gaara. Este foi até ela, entregando-lhe a chave e pronunciando um “Obrigado” para ela e indo embora.

Ino olhava tudo sem entender nada, mas sorriu, entrando no local e abrindo-o ao publico.

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Seus passos eram lentos, ele não sabia por aonde ia, mas suas pernas tomavam conta própria. Elas levavam-no direto para o hotel onde estava hospedado, ele entrou lá, e no quarto, estava Temari, sentada na cama, de braços cruzados esperando o irmão.

Ele abriu a porta, e adentrou ao recinto, sua irmã exaltou-se questionando onde ele passara a noite, mas não obteve resposta. Ele apenas Sentou-se em uma poltrona, pegou um copo, colocou um pouco de Wisk e o tomou.

Ele estava preso em lembranças de quando era criança, e também naquela loira que à pouco estava consigo.

Temari desistiu de tentar rançar alguma informação do irmão, visto que ele não dava atenção nenhuma a ela.  Ela saiu bufando do quarto enquanto ele ficava lá, pensando.

Ele se lembrava claramente, agora, daquela garota. Ele já a encontrara uma vez, quando ainda eram crianças. Ou melhor, lembrava-se dele, com ela.

Ai estava um grande problema, ele teria que dar um jeito nesta situação, mas aquela mulher mexia demais consigo.

Ele se levantou, indo para o banheiro e ali, tomando outro banho, o perfume de rosas dela estava impregnado em suas roupas, e se continuasse com elas, ele acabaria perdendo o controle, assim como já estava a procurar o cheiro, na roupa, agora vestida.

O°ooo°O

Ino atendia a todos na floricultura, sempre radiante e simpática, agradava a todos que ali entravam. Alguns buquês de rosas, orquídeas e flores foram vendidos, e logo a moça fechou a loja, indo para o hospital, onde ajudaria Sakura com os enfermos.

Seus olhos azuis sorriam junto com seus lábios, que cantarolavam alguma musica indecifrável, visto o baixo tom de voz. Sakura, que estava na recepção pegando a ficha de um paciente, viu Ino chegar, e depois foi até ela, que pegava já pegava outra ficha de outro paciente.

“ – Ei, porca... O que houve? “

“ – Ah, nada não testuda...” – disse ainda sorrindo. “ – E como vai você? ”

“ – Trabalhando né...” – riu. “ – Que sorriso bobo é esse? “

“ – Eu só... Vi alguém...”

“ – E quem seria? “

“ – Curiosa como sempre testuda...” – brincou Ino, caminhando junto com a amiga.” – Talvez eu conte...”

“ – Hun...”

Cada uma entrou numa sala, Ino mais a frente com outro paciente. Não era tão boa quanto Sakura era, mas podia ajudar no hospital, já que aprendera com Tsunade, outrora com a rosada, a usar jutsus medicinais.

O°ooo°O

Era hora de sair do hospital. Ino e Sakura caminhavam juntas, conversando. No caminho encontraram Hinata, e as três foram para um restaurante, comer lamém.

Ino conversava esparolada, enquanto Sakura, outrora brigava com a amiga, outrora puxava assunto com Hinata. As três conversavam animadas, como sempre. Ino e Sakura acompanharam Hinata até perto de sua casa, logo depois fora Sakura quem seguiu seu caminho. Ino ia para casa cantarolando. Ela ia sem realmente olhar para frente, projetando seu próximo dia, arrumando mentalmente suas obrigações. Estava tão distraída que não percebera que havia alguém, ali, na porta de sua casa esperando-a.