Vira Tempo, Uma Nova História. escrita por Felipe_S


Capítulo 3
Capítulo três: Adaptações.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo veio mais cedo do que eu imaginava. o//////

Então, pessoas, bora comentar! XD



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- Já chegaram? – Remo perguntou surpreso ao ver James e Sirius entrarem no dormitório masculino – Achei que conseguiria terminar este livro, pelo visto, me enganei. – suspirou, fechando o objeto que há pouco lia, colocando-o sobre a cômoda a lado da cama onde estava deitado. Ao reparar na feição dos amigos, revirou os olhos – O que aconteceu desta vez? – disse em tom cansado, sentando-se em sua cama.

- Aluado, me diga, quem aquele loiro medíocre pensa que é? – Sirius vociferou indignado, caindo de costas sobre sua cama. – Como ele se atreveu a falar daquela maneira comigo? – murmurou irritado, fitando o dossel de sua cama.

- Que Mérlin me ajude... – Remo suspirou – Pontas, me diga o que aconteceu.

**

- Pronto, Harry, estamos na sala precisa. – Ginny disse séria – Agora, posso saber que ceninha foi aquela de dizer que era meu namorado? - A ruiva encarava o loiro à sua frente. A sala precisa, moldando-se aos pensamentos de Harry, transformou-se em uma pequena e confortável sala de reuniões, com quatro poltronas de couro e uma mesinha de centro feita de uma madeira escura.

- É, Harry, que história foi essa? – Ron ganiu constrangido, recebendo um olhar de censura da irmã.

- Bem – o loiro fitou o chão – tive uma crise de ciúmes. – murmurou.

- Eu não ouvi. – Ginny disse com um sorriso. A ruiva não podia acreditar, Harry, o amor platônico de toda sua infância estava com ciúmes! Por mais maldosa que essa atitude poderia ser, a menina precisava ouvir novamente e em bom som a declaração do loiro.

- Eu estava com ciúmes, Ginevra. Desculpe-me. – Harry ergueu a cabeça, passando a fitar os olhos da menina – Mas, er, bem, - corou – Se você quiser, é claro, eugostariadesabersevocêquerserminhanamorada! – disse em um único fôlego, confundindo

Ginny e Ron, os quais não entenderam a fala do amigo.

- Cara, eu não entendi uma palavra do que você disse. – Ron riu.

- Ronald, cale a boca! – Ginny lançou um olhar de censura ao irmão, o qual se limitou a se encolher. Em seguida, a ruiva virou-se para o loiro, lançando um olhar meigo. – Harry, você poderia repetir, com calma, o que você havia dito?

**

- Não acredito que o Six estava com ciúmes da Lene! – Dorcas disse meio a gargalhadas, sendo

atingida por um travesseiro jogado por uma Marlene, a qual fazia uma careta.

- Acho que não foi ciúme. Acredito que, ao ver que seu reinado como sonho de consumo de todas as garotas deste castelo está sendo ameaçado pelo Harryzito, o Black ficou enfurecido e receoso. – a morena disse fingindo-se de séria – Mas, de coração, é para aquele idiota ficar receoso mesmo, porque aquele loirinho, meu Mérlin, o que é aquilo? – disse rindo, arrancando risadas das amigas.

- Marlene, eu cheguei a acreditar que você falava sério! – Lily disse revirando os olhos. –

Vocês não acham estranho aqueles quatro aparecerem do nada na escola? – Lene e Dorcas arquearam as sobrancelhas – Não sei explicar, mas sinto que existem coisas por baixo dos tapetes nessa história. – a ruiva disse séria.

- Você está é fazendo ceninha, Lyl’s! – Lene disse sarcástica, recebendo um olhar nada amistoso da ruiva – Ah, nem adianta tentar mentir para mim e para a Dorquinhas aqui – a morena apontou para si e para a loira -  conhecemos você desde o nosso primeiro ano! – disse séria – Pode admitir que você estava se trincando de ciúmes do Potter! – disse marota, causando uma crise de risos em Dorcas e um suspiro de irritação da ruiva– Lily, admita, você odiou como o seu Tiaguito defendeu a sonserina ao ouvir sua queixa sobre o comportamento da menina no salão.

- Antes da Lily admitir qualquer coisa, Lene, por Mérlin, pare com essa mania de terminar os nomes dos garotos com Ito, É tão fora de moda! Seu filho vai se chamar, por acaso, Fulanito? – Dorcas disse meio a bocejos – E você, senhorita Evans, agora eu gostaria de ouvir a sua confissão. – a loira disse cheia de expectativa, arrancando reviradas de olhos por parte das colegas de quarto. – Lyl’s, o que você está esperando para admitir para nós duas? – Meadowes fez uma cara de súplica, causando um suspiro por parte da ruiva.

- Alguma de vocês viu a Alice? – Evans disse marota, precisava mudar o assunto que a conversa tomava.

**

- Entendo suas preocupações, Senhorita Granger. – Dumbledore disse em seu habitual tom sereno, fitava a garota à sua frente com franca admiração – Contudo, acredito não poder saná-las. – suspirou, frustrando Hermione – Mesmo estando dezenove anos antes de ter feito este encantamento, já o conheço, sabendo assim, como reverter a amnésia de seus amigos. Dito isso – o diretor levantou-se de sua confortável poltrona, rumando ao lado da menina – só posso dizer que tenho leve suspeitas do motivo pelo qual tudo isso está acontecendo e acredito ser fundamental que as lembranças só sejam relembradas com o decorrer da missão. – Dumbledore sorriu fraternalmente para Hermione – Senhorita Granger, creio que você já começou a entender o que, provavelmente, eu lhe disse no futuro: o encantamento é completo.

-Professor – Hermione disse receosa – o senhor poderia me dizer o que estava escrito na carta que Harry entregou à professora McGonagall? – a morena perguntou fitando o chão.

- Na verdade, eu não deveria – suspirou – mas, darei apenas uma dica – sorriu de canto, enquanto Hermione adquiria uma postura rígida, habitual da morena em salas de aula – Recomendo que haja uma mudança comportamental por parte de vocês apenas ao referente da missão. Digo, acredito que vocês só devam aparentar ser aquilo que não são perto das pessoas com as quais devam interagir. No mais, acredito que podem agir como se estivessem na época de vocês. – sorriu bondosamente.

- Desculpe-me, mas, o senhor disse que deveríamos agir de maneira normal? Mesmo que isso chame atenção de alguns alunos? – perguntou espantada. Essa instrução fugia completamente do discutido no futuro.

- Na verdade, vocês chamariam mais atenção se isolando, como fizeram hoje – disse serenamente, fazendo a morena corar – Conversar, agir como adolescentes normais é, sem dúvidas, a maior das distrações. – Hermione tentou contrapor algo, contudo, o diretor ergueu as mãos em sinal de que a garota deveria permanecer em silêncio – Senhorita Granger, acho que já falei demais, interferi mais do que devia. Além do mais, seus amigos a estão esperando já faz algum tempo, não? Acredito que não seja educado deixar pessoas tão simpáticas inquietas, ainda mais enquanto estão quebrando algumas regras da escola. – sorriu.

**

- Claro que eu aceito namorar com você, Harry! – Ginny disse sem conter tamanha felicidade pelo pedido – Só me prometa que não terá crises de super proteção. – disse em tom de aviso, recebendo como resposta um “Eu vou tentar”.

  A ruiva começou a beijar o loiro, um beijo de paixão, de cumplicidade, uma carícia na qual um demonstrava ao outro tudo aquilo que sentiam, o quão sincero e puro era aquele amor, aquele carinho, aquele sentimento recíproco.

- O que vocês pensam que estão fazendo? – Ron murmurou, sua voz saíra fraca – Eu ainda estou aqui! – suas orelhas adquiriram uma coloração extremamente vermelha – E Harry – fitou o loiro – ainda temos que ter aquela conversa sobre você estar namorando a minha irmã. – disse sério, arrancando um sorriso amarelo do loiro e um suspiro frustrado da ruiva.

**

- Almofadinhas, acho que o loiro não fez nada demais. – Rabicho sussurrou com medo da possível reação do amigo.

- Como não, Rabicho? Ele chegou cantando de hipogrifo alfa nessa escola, pretendendo acabar com meu reinado de sonho de consumo de todas! – Sirius disse indignado, fitava Peter com um olhar extremamente contrariado.

- Pode parar de falar mentiras, seu sarnento! Todos sabem que o sonho de consumo de qualquer garota nesta escola sou eu! – James disse maroto.

- Menos de uma certa ruivinha, não é Pontas? – Pettigrew disse meio a um grunhido. Encolheu-se o máximo que pôde ao perceber o olhar de fúria do moreno.

- Rabicho, acho melhor você ficar quieto – Remo suspirou – Almofadinhas, por Mérlin, você flertou com a namorada do cara, como você queria que ele reagisse? – Lupin disse frustrado, odiava ter que perder suas madrugadas explicando para os amigos que nem sempre eles estavam com a razão.

- Queria que ele terminasse com ela, oras! – disse azedo, levantando-se de sua cama. – Onde já se viu, um sonserino namorando uma grifana, isso é o fim dos tempos! – começou a andar em círculos – Só falta você vir me falar que ele parece ser uma boa pessoa, Aluado! –  desdenhou.

- Nada prova o contrário, Sirius! – disse frustrado, arrancando uma risada debochada de Black – Não é todo sonserino que é arrogante ou tem aversão aos nascidos trouxa!  Por Mérlin, ele pode muito bem ser uma boa pessoa. – Remo disse com esperança de convencer o amigo – Não concorda, Pontas? – fitou James, em busca de uma confirmação.

- Isso é você que está dizendo. –  James suspirou – Acho que o pulguento aqui – apontou Sirius com a cabeça – está exagerando na indignação, mas, dizer que algum sonserino pode ser uma boa pessoa? – disse incrédulo – Desculpe-me, Aluado, mas aí você já está exagerando. – disse enquanto ajeitava-se na cama para dormir.

**

- Eu e Harry teremos que agir como se odiássemos os nascidos trouxa. – Hermione disse séria.

- MIONE, VOCÊ BEBEU SUCO DE ABÓBORA ESTRAGADO? – Ron gritou indignado – Como você vai odiar os nascidos trouxa sendo que você É uma nascida trouxa? – o ruivo murmurou.

- Ronald, use o cérebro! – a morena disse ríspida – Estamos na sonserina e precisamos ser aceitos no círculo íntimo do bruxo terrível que, por acaso, viemos derrotar. Como seremos aceitos sendo amantes dos nascidos trouxas e companhia? – perguntou irônica.

- Mione, isso quer dizer que você e Harry irão ser adeptos ao vocabulário “sangue-ruim” e “traidores do sangue”? – Ginny perguntou com uma careta.

- Exato. – a morena suspirou cansada – Outro ponto que devemos rever seria o fato de nos isolarmos. Conversei com Dumbledore ...

- Como você conversou com Dumbledore? Mione, ele está incomunicável, graças ao feitiço maluco dele. – Rom perguntou incrédulo.

- Ronald, me faça um favor? – Hermione perguntou irritada, recebendo um aceno afirmativo do ruivo como resposta – CALE ESSA BOCA! – revirou os olhos – Conversei com o Dumbledore desse tempo, não o do futuro. – Ron exclamou um singelo “Ah, entendi”, causando uma revirada de olhos por parte da morena - Por Mérlin, é tão difícil usar a cabeça? – perguntou irritada, o ruivo abaixou a cabeça e corou violentamente – Bem, como eu ia dizendo antes de ser interrompida – mirou Ron com um olhar de aviso – devemos parar de nos isolar. A melhor maneira de passarmos despercebidos seria agir como nós mesmo, exceto, pelo fato de agora eu e Harry odiarmos sangues ruins – disse a última palavra com uma careta.

- Isso quer dizer que devemos ser nós mesmos? – Harry perguntou com os olhos brilhando, recebendo como resposta um aceno afirmativo de Hermione – Quer dizer que poderei me candidatar ao time de quadribol? – perguntou eufórico, sorrindo ao pensar na possibilidade de montar em uma vassoura e sentir a liberdade que só sentia ao voar.

- Harry... – Hermione murmurou – Creio que seja melhor não nos alistarmos em nenhum tipo de clube em Hogwarts – suspirou ao ver o olhar de decepção do amigo – Quadribol ou qualquer tipo de associação de alunos exige que os participantes assinem uma lista, confirmando sua presença. Esqueceu que não podemos deixar nenhum resquício de nossa presença por aqui?

- Entendido – suspirou - nada de vassouras... – disse contrariado.

**

- Aqueles quatro sumiram ontem à noite. – Sirius franziu o cenho – Aposto que aqueles sonserinos miseráveis seqüestraram os ruivos e aplicaram nos coitados muitos cruciatus a sangue frio, tenho certeza! – disse passando geléia em seu pão.  

- Black, pare de falar besteiras! – Marlene revirou os olhos – O fato das novatas nem sequer terem olhado para você junto com o fato do loirinho ser maravilhoso está afetando seu cérebro – disse ácida – A autoconfiança do Black está esvaindo, milagres acontecem! – a morena disse erguendo as mãos.

- Lene, não seja maldosa - Dorcas riu – Pelo menos não apenas com o Six. – sorriu marota, virando-se para James – O Potter aqui também está se sentindo ameaçado, o reinado destes dois está prestes a ruir. Lestré será a nova sensação. – a loira disse maliciosa.

- Meninas, ele tem namorada! – Lily disse em tom de reprovação.

- Isso só o deixa mais atraente. – Lenne disse como se fosse óbvio – Dá a sensação de ser impossível, ai que sonhamos mesmo. – suspirou.

- Mas a namorada dele é estranha. – Dorcas comentou enquanto comia uma rosquinha – Não apareceu ontem nem hoje lá no dormitório. – a loira disse pensativa.

- O que isso tem de estranho? – Lily arqueou as sobrancelhas – Alice também passou a noite fora.

- Mas passou com o Frank! – Lenne rebateu – Nós nem sabemos com quem a ruiva passou a noite!

- O irmão dela também passou a noite fora... – Peter anunciou – Será que os dois passaram a noite juntos? – disse espantado com o que pensara – Ela trai o namorado com o irmão, que doentio!

- Pettigrew, pare de falar asneiras. – Lily disse ríspida – A Whezzy dormiu no nosso dormitório sim. – suspirou – Mas, como as belas adormecidas aqui dormiram mais que a cama, não a viram chegar e sair. – disse enquanto levantava-se da mesa do café – E vocês estão atrasados para a aula de poção. Remo – fitou o maroto – me acompanha?

- Ah, claro Lily – disse calmo – Antes que eu me esqueça e o Sirius comece uma teoria sobre conspiração dos ruivos e novatos, o Whezzy dormiu no nosso dormitório. – anunciou -  Almofadinhas, a justificativa é a mesma que a Lily deu, você e o Pontas têm o sono muito pesado. – disse ao ver uma tentativa do amigo de interrompê-lo – Até a aula de poções.

**

- Por que todo mundo está olhando para nós dois como se fossemos aberrações? – Harry perguntou irritado para Ginny, a qual limitou-se a rir.

- Harry, estão espantados com o fato de um sonserino e uma grifana estarem andando de mãos dadas - disse divertida, recebendo um olhar de interrogação do loiro – Harry, desde quando é normal duas pessoas de casas rivais se amarem e pior, mostrarem isso publicamente?

- É, tem razão. – sorriu – Mas sabe o que seria mais interessante? – perguntou sugestivo, enquanto abraçava a ruiva – Ver a reação de todos esses idiotas ao ver um sonserino apaixonado beijando a mais linda grifana de todo o castelo, o que você acha?

- Acho que você fala demais! – Ginny respondeu enquanto puxava o loiro para um beijo.

 **

- Ano de NIEM’s, meu jovens! – Horácio Slughorn disse em tom nostálgico – Parece que foi ontem que os conheci pela primeira vez. – sorriu para a turma - Como devem saber, o desempenho de vocês este ano determinará todo o futuro de uma carreira. – adquiriu um tom mais profissional – Contudo, acredito que não devam sentir medo, confio na capacidade de cada um de meus alunos. Com o intuito de criar laços fortes de amizade entre meus estudantes, resolvi que eu escolheria as duplas para as minhas aulas. – pigarreou ao ouvir os protestos dos alunos – Não estou aberto a discussões. Adianto-lhes que fiz questão de montar duplas formadas por alunos de casas diferentes, pretendo que se formem conhecendo a maioria de seus colegas. Acredito que, depois de conhecimento, contatos é algo de extrema valia. O nome de cada um de vocês aparecerá sobre a bancada na qual irão trabalhar, sem qualquer tipo de manifestação, vão em direção aos seus lugares. – o professor disse firme, fazendo um floreio com sua varinha. Magicamente, nomes começaram a aparecer sobre as mesas. Slughorn esperou que todos estivessem em seus devidos lugares para começar sua aula – Uma poção com grandes chances de cair no exame de vocês seria a poção do amor, ou amortentia. Quem poderia me dizer qual o cheiro característico de tal poção? – perguntou, recebendo como resposta três mãos erguidas – Bem – sorriu – vejo que Lily e Severo terão uma concorrente este ano. Senhorita...

- Granger, senhor. A poção do amor não possui nenhum cheiro pré definido, sendo algo totalmente pessoal. O odor adquirido pela poção muda para cada pessoa, a qual sentirá odores característicos das coisas que mais a atraem, desde a pessoa amada até o cômodo preferido de sua casa. – Hermione respondeu segura de si, arrancando um sorriso orgulhoso do professor.

- Excelente explicação, Senhorita Granger! – disse extasiado – Dez pontos serão creditados à Sonserina, meus parabéns. – sorriu para Hermione, a qual corou. Em seguida, Slughorn olhou para o restante da turma – Vocês terão até o restante da aula para preparar uma amortentia para me entregar. Como estão em dupla, exigirei duas poções, uma para cada pessoa, contudo, com intuito de ter toda a turma em mesmo nível de conhecimento, a dupla que tiver uma poção em péssimo estado deverá me entregar um pergaminho com quarenta centímetros  acerca do erro cometido e maneiras de revertê-lo, entendido? Podem começar.

**

- Muito prazer, meu nome é Lily Evans. – a ruiva disse com o sorriso mais educado que possuía para sua dupla.

- É, eu sei. – disse seco, recebendo um olhar surpreso da ruiva - Evans, ler nomes flutuando com um feitiço não é algo muito difícil de fazer. – o loiro revirou os olhos - Imagino que deva saber meu nome, seja pela seleção de ontem, seja pelo fato que ele estava há pouco flutuando sobre esta bancada. Desta forma, acredito que apresentações sejam dispensadas. – Harry disse no tom mais arrogante que conseguira usar. Não sentiu aversão pela menina ao seu lado, pelo contrário, sentiu certa simpatia, contudo, deveria ser arrogante, um típico sonserino. Obter sucesso na missão que Dumbledore encarregou a ele e aos amigos era de extrema importância.

- Entendido, Lestré. – a ruiva disse com desdém – De qualquer maneira, não faça idiotices nesta aula, muito menos alguma poção digna de ser avaliada como Trasgo. Não pretendo perder meu tempo com você. – disse ríspida.

- Fico feliz que estejamos conversados. – sorriu com desdém – Ah, peço a mesma coisa, não pretendo perder tempo ensinando qualquer coisa a algum caso perdido.

**

- Potter, você está mexendo a poção no sentido errado. – Hermione ralhou com o maroto – Por Mérlin, sentido horário, sentido horário! Não acredito que minha dupla seja um trasgo. – revirou os olhos.

- Quem aquele loirinho pensa que é para falar com a Lily daquele jeito? – James disse colérico, encarando a bancada a sua frente, ignorando completamente o que Hermione havia lhe falado há pouco.

- Ele pensa que é o tipo de pessoa que não deva se misturar com qualquer um, atitude na qual concordo plenamente. – disse ríspida, recebendo um olhar de indignação do maroto – Penso que pessoas como ela nem deveriam ser autorizadas a estudar magia, o sangue dela me enoja. – disse com asco.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR ISSO, GRANGER? – James gritou colérico, segurando-se para não azarar a menina à sua frente.

- O tipo de pessoa que sabe mexer a poção no sentido certo, Potter! – respondeu calmamente – Agora, faça o favor de mexer esta maldita poção no sentido horário. – disse ríspida.

- Senhor Potter, não aceito este tipo de atitude em minhas aulas, como o senhor muito bem sabe. – Horacio disse de maneira severa – Cinco pontos perdidos por Grifinória e detenção pelo resto da semana por gritar com uma colega que só lhe dizia o procedimento correto no preparo da poção.

**

- Eu vou matar aquela sonserina, ela conseguiu ser pior que o Ranhoso! – James entrou gritando em seu dormitório, sendo seguido por um Sirius surpreso, um Remo apreensivo e um Peter preocupado em comer seus biscoitos.

- Pontas, o que ela fez para te tirar do sério? – Sirius perguntou apreensivo.

- Deu a entender que pensa que minha ruivinha é uma sangue-ruim! – disse nervoso – Almofadinhas, quase azarei aquela víbora por lá mesmo. – disse fechando as mãos fortemente.

- Estranho ela falar isso do nada – Remo ponderou – aconteceu alguma coisa que justificasse essa fala?

- ALUADO, VOCÊ ESCUTOU O QUE EU DISSE? NADA, NADA JUSTIFICA AQUELE PENSAMENTO MEDÍOCRE! – James gritou com pura cólera. Como o amigo podia pensar em alguma justificativa para aquele ato abominável, como?

- Pontas – suspirou – não estou dizendo que ofender os outro dessa forma seja certo ou justificável. Só estou tentando entender o motivo pelo qual ela falou isso. Ninguém falaria isso sem contexto, algo deve ter puxado o assunto.

- Bem pensado, Aluado. – Sirius disse enquanto sentava em sua cama – Pontas, o que você disse para ela falar algo deste tipo?

- Nada demais, só disse que achava um absurdo a maneira que o maldito do Lestré tratou a Lily. – disse nervoso – E para piorar, aquela viborazinha – disse com asco – disse que concordava com o tratamento do amigo, que gente como ela nem devia estudar aqui além de ressaltar que sentia nojo do sangue dela. Mérlin, como ainda existem pessoas tão ridículas nos dias de hoje?

**

- Mione, o que foi aquilo na aula de poções? – Ron disse divertido – Nunca vi você tão irônica em minha vida. – corou – Na verdade, nunca lhe vi tão sarcástica daquela maneira sem ser comigo. – disse enquanto escorava-se em uma árvore, em frente ao lago negro.

- Ronald, fique quieto, por favor. – disse séria – Estou com nojo de mim mesma. – a morena disse deitando-se ao lado do ruivo.

- Nem me fale, Mione. – Harry suspirou – Não acredito que sou capaz de ser tão sonserino e grosseiro com uma pessoa só por causa de seu sangue. – disse aconchegando Ginny entre si e a árvore na qual escorava.

- Mas o que aconteceu naquela sala? Eu não entendi a explosão do Potter. – Ginny perguntou séria.

- Precisava mostrar para todos que sou um aliado em potencial e maltratei a minha parceira de poções só pelo fato dela ser uma nascida trouxa. – o loiro disse com pesar.

- E o que o Potter tem com isso?

- Ele escutou e começou a amaldiçoar o Harry. Aproveitei a revolta do grifano e me fiz de desentendida, dizendo que concordava com o Harry porque sentia nojo do sangue da Evans. – Hermione disse com os olhos marejados – Na verdade, a única coisa pela qual sinto nojo agora é por mim mesma.

- Mione, Harry – Ginny disse com compaixão –sei como deve ser horrível agir dessa maneira, especialmente para vocês. Mas, lembrem-se, estamos lutando por um futuro melhor! – disse com um sorriso sincero.

- Obrigado, Ginny, mas, não sei explicar o motivo pelo qual me senti tão sujo ao agir daquela maneira, não consigo me lembrar. – Harry disse frustrado, colocando as mãos no rosto.

- Ginevra, o que você quis dizer com ser especialmente horrível para nós dois agirmos desse jeito? – Hermione arqueou as sobrancelhas.

- Bem – a ruiva hesitou – não sei explicar. – corou – Apenas me lembrei que a mãe do Harry é nascida trouxa e bem, Mione, você é nascida trouxa também – disse fitando o chão.

- Ginny, você lembrou como minha mãe era? – Harry perguntou com os olhos brilhando. Hermione olhou a ruiva de maneira apreensiva, ela não podia revelar que Lily, a pessoa maravilhosa que tinha dado a vida por seu filho, a mulher pela qual a morena afirmou sentir nojo era, na verdade, mãe de seu melhor amigo.

- Me desculpe, Harry – a ruiva disse com pesar – Não me lembro de nada, só lembrei disso, veio como algo solto na minha mente. – Ginny disse apreensiva. – Esse flash de memória vindo do nada foi muito estranho.

- Muito. – Ron suspirou.

- Isso, na verdade, explica muita coisa! – Hermione disse com uma expressão radiante – O feitiço é completo! – sorriu.

- Que feitiço? – Ron perguntou confuso.

- O feitiço que nos trouxe para cá. – Hermione revirou os oslho.

- Ah, mas isso eu já sabia! – Ron disse com desdém.

- Já sabia sim, Ronald. – disse ríspida – Mas, para variar, não usou o cérebro. O feitiço revela para vocês fragmentos de lembranças justamente para não permitir que desanimemos. Palavras de consolo, memórias e novas habilidades só nos serão dadas quando necessária. – a morena sorriu – Gente, pela primeira vez desde que voltamos no tempo, estou me sentindo segura.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, só uma dúvida: o que vocês estão achando dos tamanhos dos capítulos?

No mais, espero que tenham gostado e comentem, por favor. xD