Music Of The Heart escrita por Giovanna


Capítulo 4
1ª fase - Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Desculpa demorar. Desculpa, desculpa mesmo. Não tive tempo, fiquei estudando matemática para ir ruim na prova, arghMas enfim, está ai.



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Dois dias se passaram. Thalia viva no parque com Luke, pois o mesmo estava a ensinando tocar a musica que ela tinha dificuldade. A garota não ficava mais tanto com seus amigos. Ela estava desenvolvendo sentimentos por Luke, mas não sabia se era amor, mas só sabia de uma única coisa: Ela ainda amava Nico, mas Luke seria uma boa saída para esquecer o garoto.

— É... Luke. Eu tenho que ir.

— Já?

— Já? Faz três horas que eu estou aqui.

— A hora contigo passa super rápido.

— Ai Luke, — Thalia corou. — Para com isso.

— Mas é verdade. — Luke se aproximou de Thalia. Aproximou-se tanto, que estava menos de três centímetros de distancia de Thalia.

— Luke... Eu tenho que ir.

— Ah sim. Vai lá. — Luke emburrou-se.

— Até amanhã. — Thalia deu um beijo na bochecha de Luke e se foi.

Thalia foi o caminho todo pensando em Luke, nos seus amigos e em Nico. Não estava mais passando tanto tempo com seus amigos, o que pode ser um mau sinal. Thalia decidiu ir para casa, e depois iria para a casa de Annabeth ou de Percy.

Thalia entrou escandalosamente em casa, como sempre fazia para chamar atenção.

— Oi gente. — Thalia disse, passando reto. Não havia se dado conta que tinha quatro pessoas na sala de estar. — Gente? O que vocês estão fazendo aqui?

— Eu moro aqui também, Thalia. Não se passou na sua cabeça que eles estão aqui por mim? — Disse uma voz por trás de Thalia.

— Por enquanto, di Ângelo.

— Cala a boca, Thalia.

— Amo essa recepção calorosa de vocês.

— Para de brincar, Thalia. É sério.

— Na moral, eu não to brincando.

— Vamos ao ponto, porque eu não to a fim de discutir contigo, Thalia.

— Sim, mamãe Annabeth.

— Bem, você está diferente. 

— Como?

— Você só fica com o Luke.

— Ele está me ensinando Far Away. Se eu quero aprender, tenho que estudar, não acha?

— Ele não presta, Thalia.

— Se é pra escutar vocês falando isso, eu prefiro subir. Mesmo porque, ele é meu amigo, igual a vocês.

— Eu tenho duvidas disso.

— Da minha amizade com ele?

— Não, da sua amizade conosco. Você anda dos ignorando, Thalia.

— Ah, por favor. Isso é discurso de pessoas que estão perdendo a pessoa que mais gosta. Vocês são ótimos amigos, sabiam? Impressionante o modo como vocês ficam felizes por eu estar feliz. 

Thalia saiu da sala de estar, deixando seus amigos. A garota havia se estressado, com as coisas que ouvira e falara de seus amigos não desejava ter falado daquele jeito, havia sido muito rude.

A tarde se passou e com ela, a raiva de Thalia. Já estava na hora do jantar e o pai da garota havia acabado de chegar.

— Thalia, vem comer.

— Já vai.

A menina desceu as escadas e encontrou um garoto sentado no sofá da sala de estar.

— Quem é você? — Disse Thalia apontando para o garoto.

— Não me reconhece mais, maninha?

— Jason? Não, não. Tá brincando. Papai disse que você...

— Eu mesmo.

— Jason, poxa, que saudade de você. — Thalia foi correndo dar um abraço em seu irmão.

— Thalia? EI! VOCÊ VAI ME MATAR!

— Ahn? Ah, desculpe Jason. Mas me diga, onde você estava?  Porque você tinha 8 anos na época, era muito novo.

  — Calma. Escuta até o final, sem me interromper.

— Jason, eu não estou gostando dessa conversa.

— Bem, quando...

— Thalia! Vejo que já conversou com Jason.

— Já conversei sim, papai querido. Por que escondeu Jason?

— Desculpe, filha.

— Hipócrita. Você nunca pediu desculpa. Não é agora que vai pedir. Explica-me, pai. POR QUE EU NUNCA SOUBE QUE MEU IRMÃO ESTAVA VIVO?

— Estava esperando ele voltar.

— Da onde, meu pai?

— Do lugar onde ele estava.

— ONDE ELE ESTAVA?

— Não grite, Thalia. Ninguém nessa sala é surdo.

— DÁ PRA ME RESPONDER? CARAMBA, PAI. O IRMÃO É MEU, EU MERECIA SABER DELE.

— VOCÊ NÃO VAI SABER. NÃO TE DEVO SATISFAÇÕES DO QUE EU FAÇO OU DEIXO DE FAZER COM MEU FILHO.

— NÃO VAI FALAR MESMO? PORQUE EU VOU LIGAR PRA POLICIA.

— Gente, o que está acontecendo aqui? E quem é o garoto? Seu namorado, Thalia?

— Claro que não, Maria. Esse daí, que é chamado carinhosamente de pai, escondeu meu irmão. E não quer me falar onde. — Disse Thalia virada para sua madrasta e para o filho da mesma, que vinha logo atrás. — Não vai falar mesmo, pai? — Thalia virou para o pai.

— Eu já disse que não. Não adianta ficar insistindo.

— E se eu ficar? O que você vai fazer? Porque, pelo que eu sei, eu devo saber o que aconteceu com meu irmão. Ou o senhor vai arrumar uma mentira para justificar o sumiço do Jason? — Thalia levou um tapa no rosto de seu pai. Mas dessa vez, havia sido duas vezes mais forte que da outra vez. Thalia cambaleou e caiu no colo de seu irmão. Todos olhavam aquela cena chocada, principalmente Jason, que não acreditava que sua família estava brigando. — Escuta, eu não sou saco de pancadas não.

— Cala a boca, Thalia.

— E se eu não calar, o que você vai fazer?

— Vou te mandar embora dessa casa. Já tá mais na hora de você começar a trabalhar e parar de viver às minhas custas.

Thalia não sabia o que dizer. A menina não esperava algo assim de seu pai. Mas como sempre, quis se passar como alguém forte, levantou do colo de Jason.

— Então tá. Se for assim que o senhor quer, então terá. Estou indo embora. Posso pelo menos arrumar minhas coisas?

— Não... Eu não quis...

— Não quis dizer isso? Claro que quis. Disse isso nas mais claras palavras. Eu to indo embora, pai.

— Thalia, não.

— Jason, chega. Eu vou sim e acabou. Agradeça ao seu querido pai, ele conseguiu o que queria. Agora com licença, vou arrumar minhas coisas.

Thalia passou pelo seu pai e sem querer bateu seu ombro no de Nico. Olhou para seus olhos e sentiu a súplica neles para ela ficar. Ela apenas fez que não com a cabeça e subiu.

A garota sentou-se em sua casa, e pensou o que mudou em sua vida desde que havia mudado para a Alemanha. Lembrou-se também, de quando era uma criança de tudo o que vivera até ali, em Nico, em Luke, em sua mãe, seu pai, seu irmão, seus amigos, sua madrasta.

— Então você vai mesmo embora?

— Meu pai mandou você vir aqui, Nico?

— Desde quando seu pai manda em mim?

— Sei lá. Mas mais saber o que se passa nessa sua cabeça.

— Ei, eu vou sentir sua falta. E das nossas constantes brigas.

— Eu também, Nico. — Thalia abraçou Nico. — Poxa, por que tudo é tão dificil? Meu pai esconde meu irmão, acaba comigo, eu brigo com meus amigos e sei lá, o garoto que eu gosto não gosta de mim. — Thalia percebeu no que havia dito e saiu do abraço de Nico com as mãos em seu rosto.

— E quem seria esse garoto?

— Ele é...

— Sem medo, Thalia. Somos amigos e agora meio irmãos de consideração. Não precisa de medo.

— THALIAA?

“Jason, muito obrigada. Você não sabe o quanto eu devo essa pra você.” Pensou Thalia.

— Eu, irmãozinho.

— Ei, Thalia. Para com isso. Sou apenas dois anos mais novo que você.

— Pois sim, mas você é mais novo. Então cala a boca.

— Sabe, Thalia. Eu ando percebendo que você trata muito bem sua familia.

— Fica quieto, Nico.

— Então, quem quer me ajudar a arrumar minha mala?

— Ninguém.

— Quem é esse?

— THALIA! — Disse Jason e Nico em uníssono.

— Eu acho que é esse o meu nome. Se meu pai não tiver mentido por isso também.

— Para, Thalia!

— O que, vai proteger papai, Jason?

— Só estou sendo justo.

— Vem cá, porque você não para com essa justiça, e me conta o que aconteceu?

— Eu não posso contar, Thalia.

— Jason?

— Desculpe, desculpe mesmo.

— Que saco, Jason. Odeio segredos.

— Ei Thalia. Ele é seu irmão. Dá pra parar? Não tem culpa de nada.

— Obrigada por me lembrar, Nico querido.

— Mas, Thalia. Eu sei que tem um assunto por trás dessa briga com papai, e porque você quer ir embora. Vai me falar?

— Eu sinto que esse não é meu lugar, irmão.

— Para, Thalia. Você cresceu aqui, esse sim é o seu lugar. Thalia, conversa com ele.

— Argh, tá. Mas porque você pediu.

Thalia saiu de seu quarto, sabendo que iria brigar mais ainda com seu pai, mas se não fosse, seu irmão iria continuar insistindo.

— Posso falar com você, pai?

— Fale, Thalia.

— A sós.

— Ah sim. Entendi. Vou subir.

Maria saiu do escritório, deixando apenas Thalia e seu pai naquela sala. Um silêncio constrangedor apareceu, como sempre.

— O que você quer, Thalia?

— Por que você decidiu casar de novo, pai?

— Olhe, Thalia. Eu sei que sua mãe morreu. E que eu prometi para você que nada mudaria. E não está mudando, o carinho, o amor que eu sentia por sua mãe, mulher nenhuma irá mudar. Só pensei em casar, para acabar com essa tristeza.

— Você sente falta de mamãe, pai?

— É claro, minha filha. Ela era, é e sempre será muito especial para mim, igual a você.

— Então por que você nunca me falou um “Eu te amo”?

— Filha...

— Responde, pai.

— Bem, “eu te amo” não é uma coisa fácil de se dizer com o coração, certo?

— Então está dizendo que você não me ama de coração? Obrigada pai. Era só isso que eu precisava ouvir.

Thalia saiu do escritório de seu pai, com lágrimas nos olhos.

— O que aconteceu, Thalia?

A menina passou, e não falou com seu irmão. Estava chorando, e muito triste. Ela estava com a visão embaçada, o que dificultava a mesma enchergar e para ajudar mais ainda, estava escuro, deveria ser por volta de 22h.

Thalia estava atravessando a rua, quando uma luz branca vinha em sua direção. Era um carro, que vinha em alta velocidade, e não havia percebido que a garota estava ali. O barulho foi alto, toda a vizinhança saiu na rua para saber o que havia acontecido.

— THALIA! Não, não. Não pode ter acontecido o que eu estou pensando.

— Calma Jason. Não pense o pior, vamos lá ver.

Nico e Jason sairam da mansão da familia Grace e se depararam com uma cena, que de certa forma, partira o coração dos dois. Primeiro, porque Thalia era a irmãzona de Jason, que a tempo não a vira, e segundo, Thalia era o amor da vida de Nico, e o garoto jamais se perdoaria se acontecesse algo com ela, e ele não tivesse contado.

 Thalia estava estirada no chão, com sua cabeça sangrando, e com um corte profundo em seu rosto. Daquela forma, parecera que a menina estava morta, mas Nico sentia que ela não estava.

— Jason, fica aqui. Eu já venho.

Nico saiu correndo, em direção a casa de Annabeth, que não era muito longe dali, apenas algumas quadras. Chegando na casa da menina, constatou que as luzes estavam acessas. Não tinha tempo de tocar a campainha e sabia que os pais da menina estavam viajando. Não pensou duas vezes e entrou.

— Annabeth! Me ajuda. Urgente.

— Calma, Nico. Respira. O que aconteceu de tão grave?

— Thalia brigou com o pai dela, e saiu de casa. Foi atropelada.

— Onde? Vem logo, vamos para o carro.

Nico guiou Annabeth até o lugar, onde Thalia sofrera o acidente. A menina não estava mais ali, só encontraram Jason sentado na calçada, desolado.

— Ei, Jason. O que aconteceu? Cadê ela?

— A ambulância levou. Você acha que ela vai sobreviver?

— Eu não sei. Mas se ela sobreviver, eu tenho algo pra fazer. — Disse o garoto. Ele diria a garota que ela era alguém muito especial e que era uma grande menina. Sua melhor amiga.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Caprichei, apesar de estar triste.



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