Pétalas. escrita por Cari-chan
Notas iniciais do capítulo
Uma pequena fanfic sobre uma reflexão do nosso Naru em relação á Hina...
Espero que gostem!
Naruto.
Todas as histórias devem ter um início, infelizmente, não me consigo recordar com precisão como a nossa começou.
Apesar disso, gosto de sonhá-la, desta forma.
Um dia bem lá de cima, vieste como um anjo no céu que eras, e por qualquer razão, desceste e ternamente ficaste a meu lado. O teu olhar dirigido a mim estava cheio de qualquer coisa que era complicado perceber. Era impressionante, não havia arestas, nada, que não houvesse esse estranho brilho. Não sabia o que era na época, mas instintivamente, percebi que era algo que fazia o coração ficar quente, e eu sabia ao menos, que quando nos sentimos quentes, isso significava que estávamos felizes. Os teus olhos feitos das águas mais cristalinas com uma mistura de estrelas sorriam-me. Os teus lábios pequeninos como framboesas mostravam-se tímidos.
Éramos tão pequenos… quando salvei-te daqueles rufias.
Ou pelo menos foi o que tentei.
Não sabia o quanto aquilo tinha sido marcante para ti.
Não sabia o quanto iria revelar-se tão importante para mim.
A maneira como lutavas para ter um lugar neste mundo, assim como eu.
A maneira que te esforçavas para ser reconhecida, assim como eu.
As nossas maneiras…
Lembro-me, com satisfação, como tu foste corajosa quando lutaste no exame chunnin contra o Neji. Foste incrível. Não podes calcular a ira que senti, ao ver como ficaste no final, e por ti, sim, era capaz de tudo, até de enfrentar alguém que achava que ser-se um génio era tudo.
Na altura eu acho que… tinha alguma coisa em minha pose que me fez mostrar-lhe que não, não era em ser-se um génio que conseguiríamos ter tudo para nos completar.
Hinata, deste-me a força, antes mesmo de o combate começar.
Durante. Depois.
Naquela época…
Poderia eu gostar mesmo de ti?
Sempre que saímos em missões juntos…
Lutavas corajosamente. Nunca deste, parte de fraca como pensas.
A noite em que te vi rodopiando no riacho, posso dizer-te, que foi um dos momentos mais mágicos que vivi.
E aqueles bolinhos de arroz que fizeste com o formato da minha cara?!
Foi estranho, sem dúvida, comê-los naquele tempo, e sinceramente…. imaginar comê-los novamente soa-me esquisito.
Ahhh, mas o sabor era inconfundível Hinata!
O sabor de quem ama.
Eu pressentia que darias uma óptima esposa…
Mesmo na minha ingenuidade.
Mesmo na minha inocência.
Nunca te disse, sabes?
Tornaste-te para mim também um ponto de referência.
A verdade é que…
Timidamente foste chegando, e de mansinho, muito quietinha, como a tua maneira de ser, foste aconchegando o meu coração, ocupando-o. Preenchendo todas as partículas.
É tão bom puder dizer-te…
Que estou cheio.
O meu coração está cheio de ti, Hinata.
É isto o amor?
Gostava de ter-me dado conta disto mais cedo.
Foi demasiado estúpido para tentar descobrir também depois.
Não sabia lidar com este sentimento… esta emoção que se acomodou no meu espírito.
Acabei por deixar o medo agir.
Naquele dia, chamei-te para um suposto encontro. Debaixo daquelas árvores que tardariam em florir, sob o céu coberto de nuvens. Cheguei primeiro. Na verdade, já lá estava, sentado a horas. Sem saber muito bem por onde começar.
Quando dei pela vida a correr estavas diante de mim. Parecia que dedos contorciam cruelmente o meu coração.
Ao levantar-me, recuas-te, notavelmente corada.
Aquele rosto que me fazia perder forças.
A tua presença que me tirava o ar.
- Hinata, eu… - voltei-te a cara, incapaz de te encarar. – não posso ficar contigo.
Nesse preciso momento, como por magia, o vento soprou, e parecia sussurrar…
Estúpido, estúpido, estúpido…
O teu estado de choque fazia a minha garganta encher-se de lágrimas.
- A-Até o vento soprou… - ficaste de costas para mim.
- Desculpa.
- Está tu-tudo bem, Naruto-kun. – brindaste-me com o sorriso mais triste que vi em ti. – É… é me-melhor, voltar para casa.
- Não, espera! – fiquei a teu lado. – Deixa-me acompanhar-te.
- Eu… eu fico bem.
- Eu quero levar-te, por favor, deixa-me fazer-te isso.
Começaste a andar sempre muito apressada. Em nenhum momento consegui caminhar a teu lado. Algo em mim dizia que era o certo, mas por outro lado…
Quando chegamos a porta de tua casa agradeceste-me por te ter levado.
Acabei por ser consumido por o acto de te abraçar.
Abracei-te com força, apertei-te os ombros, juntei o teu corpo ao meu.
Não queria largar-te, mas naquele dia, achei que era o melhor para ti.
Ficares sem mim.
Não esperares por uma vida a meu lado.
- Adeus, Hinata. E obrigado.
Foi só isso que ficou.
Um simples obrigado.
O gosto amargo do arrependimento.
O que poderia eu fazer?!
A tua simplicidade oprimia a minha vulgaridade.
O teu encanto o meu desencanto.
A tua beleza a minha banalidade.
És tão suave, delicada…
O teu perfume.
Não podias estar com alguém tão imundo como eu!
Eu só colocaria em causa todo o teu fascínio!
Mas, talvez…
Adoro estas palavras.
Colocam-nos infinitas hipóteses.
São capazes de nos dar esperança.
Queria enganar quem, exactamente?!
Eu quero-te tanto, tanto Hinata.
Eu gostava que pudesses ler o meu coração que conversa agora com a mente.
Talvez já não seja preciso.
*
Ok, já dei um grande passo.
Quer dizer, muitos passos.
Estou aqui, diante de tua casa, e o meu estômago não para de sentir umas espécies de borboletas a bater contra ele, fazendo-me querer que estou cheio, acho que os meus olhos faíscam contentamento, as minhas mãos estão a suar, os meus joelhos a formigar, e eu nesta ansiedade de te ver chegar…
- Na-Naruto-kun…?
Era agora ou nunca.
A primeira pétala caiu, deslizando, sussurrante, pousando ternamente nos teus cabelos.
E outra. E mais outra.
Chovia pétalas vermelhas que brilhavam sob o sol do entardecer que deslizavam beijando os nossos pés.
Que cobriam a tua face de felicidade.
Demorei a entender, mas, não há como calar um coração.
Não há maneira de fugirmos aos verdadeiros sentimentos.
Os meus olhos enchiam-se de pequenas lágrimas enquanto dos teus caíam abundantes.
Eu sabia que me entendias.
Esta é maneira de te dizer…
Eu amo-te.
Quando as palavras já não chegam…
Fim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Olá, a todos!
É isto qe acontece, quando um Domingo, tornar-se um tédio.
E penso qe muitos já passaram por isto .. kk'.
Bem .. espero que tenham gostado!
Reviews?