- Está indo para o hotel?

- Sim

- Se importa se eu for junto?

- Não

- Eu sei que você não é uma pessoa que gosta de se abrir, mas Greg, se você não falar, nunca vai se sentir melhor.

- Eu já disse, eu fiz uma grande burrada em destruir a sua vida.

- Eu acredito

- Eu sei que não.

- Então porque eu estou aqui?

- Porque vocês tem pena de mim.

- Realmente...

- viu – House a interrompeu

- Deixe-me terminar – Realmente a hora que eu te vi, naquele estado eu senti pena, mas eu não vim por pena.

Eles seguiram caminhando, House ia com dificuldade, mas quando deu por si, estavam na porta do Hotel, eles pegaram o elevador, mas antes que ela pudesse apertar o numero três ele levou a bengala e apertou o numero quatro:

- Posso ser grosseiro, chato, irritante e tudo o mais que queiras me chamar, mas não sou louco o suficiente para deixar uma mulher gravida andando sozinha por ai, ainda mais se ele for mãe da minha. – House perdeu a voz.

- Filha Greg. E você era grosseiro, era chato e tudo o mais, mas você modificou seus atos.

House olhou para ela e a porta do elevador se abriu, ele mancou até a porta do quarto dela, ela abriu a porta e o convidou a entrar, ele fez que não com a cabeça e voltou ao elevador, apertou o numero três e voltou ao seu quarto, puxou duas malas de cima do guarda roupas e guardou tudo exceto algumas roupas nas malas e as escondeu embaixo da cama, mas não tinha certeza se deveria ir embora, ele não queria ir embora, como saberia se deveria ou não ir? A dor estava ficando mais forte, ele não poderia ir embora sem vicodin, mas teria, ou não, a dor deu uma fincada e House se jogou na cama, Wilson entrou no quarto vendo House jogado na cama com uma expressão de dor:

- House?

House nada disse

- Se a dor é tanta porque você não toma de uma vez aqueles seus comprimidos.

- Tem apenas quatro

- Compre mais

- Eles não vendem para qualquer um por aqui, é um remédio que você tem que ir ao hospital para conseguir.

- Vamos embora amanhã de tardezinha então, porque você não pode mais ficar assim.

House olhou incrédulo para Wilson, como ele fugiria, teria que fugir hoje se quisesse realmente escapar, então falou para disfarçar:

- Certo.

Wilson saiu do quarto e se encaminhou até o quarto de Cuddy e entrou falando:

- House vai fugir!

- Não vai.

- Eu percebi pelo olhar que ele me deu quando eu disse que era melhor irmos amanha de tardezinha.

- Vou dormir com ele esta noite, ele não vai a lugar algum.

- Tem certeza?

- Sim

Cuddy olhou o relógio já eram dez horas, ele vestiu um vestido por cima da camisola de grávida e se encaminhou ao quarto de House, chegando lá não se anunciou, apenas abriu a porta e entrou como ele costumava fazer em seu escritório, ele estava juntando as coisas.

- Onde você pensa que vai.

- Embora com vocês amanhã – disse ele assustado.

- Se eu te conheço, estas fugindo.

- Não.

- Então não vai se importar de eu passar a noite aqui contigo?

Seus planos tinham ido por agua a baixo, como que ela conseguia isso, ele virou de costas para ela e deixou uma lagrima correr.

- Então? Posso ficar por aqui?

- Você que sabe.

Ela tirou o vestido, deixando aparecer apenas à camisola e se deitou num lado da cama, ele se sentou na cadeira em frente à mesa e pegou um livro que estava ali em cima, ele se fazia que lia o livro, mas na verdade a dor o incomodava tanto que ele não conseguia nem pensar direito, Cuddy percebeu, mesmo com ele de costas para ela, ela percebeu a dor dele e disse:

- Greg, deite aqui, eu não mordo!

- Durma.

- Não vou dormir com você ai, louco de dor, deixe de ser teimoso, House, e venha para cá.

House se deitou ao lado dela e ela colocou a cabeça no peito dele, ele ainda receava tocá-la e Cuddy percebeu isso:

- Eu já disse que não mordo.

Ele a abraçou de um jeito que nunca fez antes era uma mistura de dor, saudade e amor, ela percebeu isso, e com um sorriso falou:

- Viu? Eu não mordo.

House estava com muita dor, e acabou dormindo, ela se aninhou ainda mais em seus braços e dormiu também, quando acordou percebeu que estava sozinha na cama.

- House?

- Não fugi – disse ele saindo do banheiro

- Ultimo dia aqui, queres dar uma volta?

-Você pode ir, eu não quero gastar minhas energias.

- Não vou também

- Não se prenda aqui para fazer de conta que é minha babá, eu não vou fugir.

- Você vai – disse ela chorando.

- Não da mais tempo. – disse ele entregando uma passagem para ela

- Brasil? O que você ia fazer lá Greg?

- Poupar vocês.

Ela passou o resto do dia no quarto dele, já eram quatro horas quando ela falou: