Lendas escrita por Fenix


Capítulo 8
A revelação




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/143336/chapter/8

- AAAHHHHH ME AJUDEM – Ana ouve o grita de Alice, vindo do quarto abandonado ao lado do dormitório.

Ana se hesita a ir até que para com medo.

- AAAAAHHHHH, POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDE!

Ana então retorna a correr em direção ao prédio, ela tenta abrir a porta, no entanto estava trancada, ainda ouvindo os gritos de Alice, Ana corre para a janela ao lado, ela apóia os braços e consegue passar, na sala vazia abandona com cadeiras caídas e ratos andando pelo chão, Ana quase grita, mas põe a mão na boca, caminhando para escada, ela observa tudo em sua volta, Ana entra na sala e olha para trás observando a escada.

- ELE VAI ME MATAR, SOCORROOOO!

Ana amedrontada se aproxima da escada suja com poeira e teias de aranha, ela segura-se no corre-mão e sobe cautelosamente, com seus olhos arregalados, cabelo e roupa encharcados, Ana seguia a luz que vinha de um cômodo, próxima a porta meia aberta, Ana observa o local e logo a empurra, ela entra um pouco mais e com um grito a porta se fecha, Ana se vira assustada e tenta abri-la. Ela olha para o cômodo com uma cama velha só com um só colchão coberto por um pano branco, poltronas rasgadas, todo o local iluminado com luz de velas e janelas com madeiras pregadas, Ana corre até a outra porta, ao abrir o corpo de Thiago cai em sua frente.

- AAAAAAAHHHHHHH – Grita Ana, pondo a mão na boca se afastando.

Passando alo lado da cama, sua perna encosta em uma mão, Ana arregala os olhos levando-os para a cama, ela rapidamente retira o lençol e depara-se com o corpo de Alexandre jogado na cama.

- AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Grita Ana, ela se afasta.

Ela corre para a terceira porta ao lado da que entrou, ao abrir o corpo de Victor está pendurado em frente à porta, Ana grita novamente, ela passa por ele e entra em outro cômodo, com a mesma aparência, porém havia uma lareira e apenas uma cama com colchão velho, onde Alice estava deitada de folhos fechados, Ana chorando baixinho se aproxima, ao lado se agacha, ela se segura a mão gelada de Alice e chora um pouco mais, Ana se vira e de repente batem com uma pedra em sua cabeça.

Depois de um tempo, Ana abre os olhos de vagar e ouve a porta bater, aquela pessoa com o casaco de neve e o capuz sobre a cabeça se aproxima de Ana, ela tenta gritar mas não conseguia com a fita em sua boca, seus braços e pernas amarrados na cama, aquela pessoa se aproxima, ao retirar o capuz revelando-se diz.

- Te peguei!

Ana arregala os olhos com a surpresa.

- Ai, ai... Querida Ana!... Você provou que é minha amiga...Vindo até aqui para me salvar, sem ao menos um spray de pimenta para se defender – Diz Alice, com uma expressão lunática – Isso é tocante, muito,muito tocante...

Ana continua a tentar gritar, mas não conseguia.

- Me desculpe, mas não entendendo nenhuma palavra do que esta dizendo querida – Diz Alice – Bem, se eu retirar a mordaça, tem que me prometer que não vai gritar, ta bem? Você sabe que já tive muito disse com a Selena!

Alice acena rindo, em seguida retira a fita da boca de Ana.

- Você é maluca! – Diz Ana.

Alice se levanta e caminha para frente da cama.

- Eu prefiro o termo, excêntrica!... Mas é... Pode se dizer que eu sou um pouco, pirada!

- Por quê? – Pergunta Ana.

- Por quê?... Por quê?... – Alice imita Ana – POR QUÊ? – Ela grita, revoltando-se – Ah, mas você ainda não desconfiou não é?... Bom, SORTE SUA MOÇINHA!

Alice se vira e caminha até um retroprojetor, ela liga e aparece uma foto na parede, de Alice e seu namorado.

- Tenho aqui uma ajudazinha visual – Diz Alice, ela se aproxima de Ana – Ai estou eu Ana... Com meu namorado! – Alice aproxima seu rosto com o de Ana – O amor da minha vida! Algum dia já encontrou o amor da sua vida Ana? JÁ?... Mas é claro que não, é egoísta demais para se interessar... A foto não refresca sua memória ANA?...

A foto muda para um anúncio de jornal “Garoto morto em acidente de carro pela gangue do farol alto”.

- Ai meu deus – Diz Ana.

- ISSO, ISSO, ISSO, ISSO – Grita Alice, Ana fica extremamente com medo – O nome dele é Justin Russo – Alice caminha para frente da câmera – Aquele com quem você e sua amiga resolveram se divertirem aquela noite... Justin e eu íamos nos casar naquele verão... – Uma lágrima escorre pelo rosto de Alice - Depois da formatura... Ele não tinha dinheiro o suficiente para me comprar um anel – Alice chorando observando a foto do anúncio – Então ele me comprou esse cordão... – Ela o arrebenta de seu pescoço e olha enfurecida para Ana – NA NOITE EM QUE VOCÊ TIROU ELE DE MIM!...

- Alice eu não estava... – Diz Ana, chorando.

- VOCÊ NÃO ESTAVA DIRIGINDO, MAS O CARRO ERA SEU – Grita Alice, aproximando-se – VOCÊ ESTAVA LÁ ANA... – Ela senta ao lado de Ana – Ora, você não disse, que andava tendo algumas dificuldades... Para perdoar a si mesma Ana?... Bem eu achei que, como sua amiga, eu podia ajudá-la nessa questão – Ela da uma risada e se aproxima do rosto de Ana – A vingança é terrível, não é Ana?

- Alice, por favor, você precisa de ajuda – Diz Ana.

- Eu já tentei fazer terapia – Diz Alice, caminhando para trás da cama, ela põe sua cabeça entre os ferros e olha para Ana – E obviamente não me fez muito bem! E devo dizer... Que estou... Gostando disso tudo, brincando com a sua... Cabeçinha... – Ela bate na grade da cama, então se levanta e caminha pela sala – Você usou uma lenda urbana para matar meu namorado Ana e agora...

- O que você vai fazer? – Pergunta Ana.

- Oba! Minha lenda urbana favorita – Diz Alice, ela retira e cima da mesa um pano vermelho, embaixo havia objetos para cirurgias – O roubo do rim... – Ela pega um bisturi e se vira apontando-o para o rosto de Ana – Você conhece essa não é Ana? – Ana recua a cabeça com o bisturi apontado – Um cara fica conhecendo uma mulher num bar, ela o leva para o seu quarto num hotel da uma bebida para ele e bum... Ele cai duro, e quando ele acorda, esta numa banheira cheia de gelo e descobre que um dos seus rins tinha sido removido... – Alice da uma risada- Supostamente eles o venderam no mercado negro, mas não acho que isso já tenha acontecido... – Alice olha para Ana – Até hoje!

Miranda corre com o carro pela estrada debaixo daquele enorme temporal, ela estaciona o carro em frente a um prédio e observa o único quarto de luz acesa, Miranda pega sua arma e sai do carro.

- Não – Diz Ana, chorando – Você não vai escapar dessa!

- Ana, mas é claro que eu vou – Diz Alice – Eu tenho o assassino perfeito no porta mala do carro de Lucas... Freddy... – Alice se levanta e vaga pelo cômodo – Um professor, assassina os alunos e depois se mata...

- Você é doente – Diz Ana.

- É maravilhoso... E é tão claro não é Ana? – Pergunta Alice, rapidamente se aproximando – Agora chega de assunto Ana, me desculpa, mas eu não tenho anestesia, acho que você vai ter que morder aquela mordaça com muita força e que entre em choque bem rapidinho!

- Não, por favor, não faça isso! – Pede Ana.

- Ownnn! Você não quer ser uma lenda urbana... – Diz Alice, alisando seu rosto – Mas todos os seus amigos já são... – Alice tenta por a fita na boca de Ana, porém Ana lhe morde – AHHH, sua vagabunda! – Alice lhe da um tapa no rosto e logo põe a fita – Vou gostar de te ver sangrar até morrer!

Alice levanta a blusa de Ana até o tórax.

- Bem, agora vamos lá, será... Esse...? – Alice enfia o bisturi na barriga de Ana – O rim?

Ana tenta gritar.

- Ou esse é o fígado? – Pergunta Alice – Eu sempre fui péssima em anatomia – Alice olha para a barriga de Ana, que estava sangrando com o corte – Bem quem se importa né? O primeiro órgão que eu vir eu simplesmente pego!

Ela pressiona o bisturi na barriga de Ana e passa a cortá-la bem fundo, de repente Marina entra no quarto gritando.

- LARGA A ARMA!

Alice se vira.

- Ai que ótimo, a candidata a heroína da semana – Diz Alice.

- Põe as mãos para cima e encoste na parede – Diz Marina, apontando a arma – Sua lunática, vagabunda de merda!

Alice se afasta da cama, Marina se agacha ao lado de Ana.

- Tudo bem querida? Fique calma, tudo vai ficar bem! – Marina se aproxima de Alice.

Ana consegue soltar sua mão direita, ela tenta soltar à esquerda, Marina revista Alice.

- Não se mexa – Diz Marina.

Alice levanta a mão na altura do rosto e olha para o bisturi, em seguida se vira cortando Marina um pouco abaixo do pescoço, ela cai no chão, Alice pega sua arma e atira na barriga de Marina, Ana se solta e quando corre para porta Alice aponta a arma para ela.

- Nem pense em se mexer – Diz Alice - Droga, uma bala na cabeça não é simplesmente uma lenda urbana, mas já que não temos muito tempo...

- Isso não vai trazê-lo de volta Alice! – Diz Ana.

- Eu sei disso Ana – Diz Alice – Mas pelo menos vai trazer o desconsolado Lucas, direto para mim!... O que você acha Ana? HEIN? O QUE VOCÊ ACHA? VOCÊ ACHA QUE VOU DEIXÁ-LA TIRAR OS DOIS HOMENS DA MINHA VIDA? É, ANA? É ISSO?

De repente palmas são ouvidas vindo da porta, Ana se vira, Lucas passa pela porta, ela caminha para dentro.

- Meus parabéns! – Diz Lucas, para Alice – Eu mesmo não teria planejado melhor!

- O que? – Diz Ana, sem acreditar.

Lucas passa por ela, Ana se vira, ficando de frente para Alice.

- Verdade? – Pergunta Alice.

- Ah, sim – Diz Lucas, ele cruza os braços e olha para Ana – Eu achei que estava ferrado depois que a Ana estragou tudo pra mim com o diretor... Mas isso... Isso era exatamente o que eu precisava – Lucas se aproxima de Alice- Só mais algumas informações... Ta bem?

- Eu to ouvindo – Diz Alice, sem parar de apontar a arma para Ana.

- Bom... Eu preciso de alguns detalhes... Para o meu artigo, você sabe... Sobre como o Freddy cometeu cada crime, detalhes onde só você pode me dar – Diz Lucas.

- Vai ser bom para sua carreira – Diz Alice.

Ana fica sem acreditar em tudo que via.

- E será tão maravilhoso estarmos juntos Lucas – Diz Alice.

- E vai ser muito gratificante – Diz Lucas.

Ana olha para ele com sensação de traição, Lucas estica a mão para Alice.

- Agora me dê à arma – Diz Lucas. – Eu cuido do resto!

- Você é uma graçinha Lucas... Mas não é tão graçinha assim – Ela aponta a arma para Lucas.

Ela se afasta, Ana percebe que aquilo tudo era apenas encenação de Lucas, que ele estava do seu lado.

- Agora, qual dos dois eu mato primeiro? – Pergunta Alice.

- Minha mãe, mandou, eu, matar, esse... – Diz Alice.

De repente recebe um tiro no braço, Ana arregala os olhos.

- Daqui – Diz Marina, segurando sua outra arma.

Ana rapidamente pega a arma que Alice tinha deixado cair, Alice se afasta com a mão no ferimento.

- Vai atirar em mim Ana? – Pergunta Alice, encostada na janela com madeiras – HEIN? QUE TIPO DE AMIGA VOCÊ É?

Ana atira, Alice cai para trás atravessando a janela, quebrando as madeiras. Ana fica em estado de choque olhando para janela quebrada, Lucas se aproxima.

- Ana, Ana me dê arma – Diz Lucas, logo ele a retira da mão de Ana e depois a abraça – Você esta bem?

- Não! – Responde Ana.

Eles ouvem Marina tossir, Lucas agacha ao seu lado.

- Marina...

- Eu achei... Que seria oficial de polícia... Antes de levar uma bala!

- Fique deitada, vamos pedir ajuda! – Diz Lucas.

- Ta legal! – Diz Marina.

Eles saem do prédio. Na estrada escura e deserta, debaixo daquele temporal, Lucas e Ana estão no carro.

- Acha que a Miranda vai ficar boa? – Pergunta Ana.

- Ela vai ficar ótima, os paramédicos já estão a caminho – Diz Lucas.

Ana olha a chuva pela janela, ela da um sorriso e olha para Lucas dizendo.

- Isso vai virar uma lenda também sabia?... Mas é claro que vai mudar um pouco de pessoa para pessoa... A Alice vai se tornar um homem... E você um tira... - Ela rir, até que tira o sorriso de repente – E eu... Eu vou terminar em algum aliso de loucos!

- Se isso é uma lenda urbana, qual será o final que ela vai ter? – Pergunta Lucas.

De repente um machado se levanta no banco de trás do carro, Lucas olha para o retrovisor central e observa Alice com o machado, ele arregala os olhos, e empurra Ana para baixo, Alice acerta o machado no banco, Alice bate com o machado na cabeça de Lucas.

- AH – Grita Lucas.

O carro vai para o lado, Alice pega o cabelo de Ana e a puxa para o banco de trás, em seguida a enforca com o machado verticalmente.

- AAAAHHHHHH – Grita Ana.

- MORRE, MORRE,MORRE – Grita Alice, enquanto a enforcava.

Lucas olha para trás e depois para frente, em seguida estica o braço e puxa o cabelo de Alice.

- ANAAAAAAA – Grita Lucas.

Alice vai para trás, Ana segura o machado, Alice da uma cotovelada no rosto de Lucas fazendo-o soltá-la, um pouco a frente Lucas avista uma ponta, Alice da um soco em Ana, no entanto ela cai no banco do carro, Alice se levanta preparada para enfiar o machado em Ana, Lucas de propósito bate com o carro na ponte e Alice é lançada para frente, quebrando o vidro do carro e caindo direto no lago que havia embaixo da ponte. Ana se levanta, assustada ela sai do carro, Lucas vai logo atrás dela, eles se aproximando da beirada da ponte e observam o corpo de Alice boiando.

Eles se abraçam.

- Agora acabou... Tudo acabou – Diz Lucas.

1 ano depois

Na cafeteria da universidade de Times Woold.

- O lago estava cheio por causa da tempestade... E levou o corpo... E o mais importante é que nunca encontraram o corpo – Conta Leonardo, sentado no sofá com seus amigos em frente a lareira – Ele não estava lá!

Todos riem.

- Ai que babaquice – Diz Karilyn, sentada ao lado de Allan.

- É verdade, aconteceu bem aqui em Times Woold, eu to falando sério – Diz Leonardo.

- É uma história tão idiota quanto as que ouvimos por ai em todos os campus – Diz Robert.

- É isso ai, cadê a prova? – Pergunta Karilyn.

- Onde já ouviram isso? Tudo é mantido encoberto, pense bem, quem ia se matricular numa universidade dessas? – Pergunta Leonardo.

- É que saber? Ana, ela é irmã da minha companheira de quarto – Diz Amanda.

- E como você sabe disso e a irmã da Ana não? – Pergunta Patryck.

- Talvez ela não saiba – Diz Leonardo.

- É, então acho que nem a Alice sabe – Diz Karilyn.

Eles riem novamente.

- Olha alguém aqui pode enfim acreditar em mim? – Pergunta Leonardo, folgando-se na cadeira.

- Não de jeito nenhum – Eles negam.

- Eu acredito em você!

Leonardo olha para garota que estava sentada na mesa ao lado, ela segurava uma caneta, tinha seu cabelo preto solto e um visual bem moderno.

- Obrigado – Diz Leonardo.

- Mas... Você não contou direito – Diz Alice, com seu visual diferente.

- Não contei? – Pergunta Leonardo.

- De jeito nenhum... Muito bem agora me escutem...- Diz Alice, ela se aproxima – Vou contar como aconteceu essa tão comentada Lenda – Alice da um sorriso intimidador.

The End.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lendas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.