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Pov 3° pessoa

–Klaus!... Eu passo um dia fora e você enche a casa de estranhos?

O híbrido tirou a atenção da pintura que observava e sorrio para Fran, que acabava de chegar de um dia de caçadas divertidas, como havia dito ela quando saiu.

–Estou conseguindo muitos aliados... Enfim tenho meus híbridos, mas ainda não acho que seja o suficiente para parar Mikael. – Klaus murmurou pensativo.

–Ele é tão durão assim? Quer dizer, você tem uma multidão ali fora... – Ela comentou, apontado para o jardim, onde vários híbridos conversavam ou caminhavam.

–Ele é pior. Eu preciso de ajuda para matá-lo, alguém forte, alguém que tenha poder o suficiente... – Klaus ponderou, os olhos injetados enquanto pensava nesse alguém, Fran o percebeu.

–E você sabe quem é esse alguém, não sabe? – Ela perguntou e em resposta ganhou um sorriso malicioso.

–Sei.

–Quem é? – Ela perguntou ávida de curiosidade.

–Não se preocupe com isso, querida. –Ele disse, para desapontamento de Franciele, que cruzou os braços com uma expressão indignada.

–Ah! Temos segredos agora Nick? – Ela se queixou.

Klaus riu e deu um breve beijo na testa da vampira, conseguindo que ela ficasse um pouco menos séria.

–Não se trata disso. Apenas vou mantê-la longe do perigo.

A explicação surpreendente de Klaus a desarmou totalmente e a vampira baixou a guarda, não podendo ficar brava com Nick- seu melhor e mais antigo amigo.

–Nick, posso te perguntar algo? – Ela pediu, olhando nos olhos do híbrido, olhos que se encontravam muito próximos dela.

–Você pode tentar. – Ele respondeu relaxado.

Fran franziu os lábios, hesitante antes de perguntar.

–Por que você me levou com você por todo esse tempo? Por que não me disse antes que era um vampiro original, um hibrido e que conhecia Stefan? E porque eu? Por que quis me ensinar tudo o que eu sei? Por que ser meu amigo?

–São muitos porquês, não acha? – Ele comentou, se afastando. A expressão da vampira continuou intacta.

–Não vai me responder?

Klaus suspirou – às vezes a curiosidade da garota poderia ser um aborrecimento e tanto.

–Bom, você parecia precisar de uma amigo e eu também. – Klaus disse enquanto saía da sala, deixando a garota sozinha e ainda mais confusa que antes.

–-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Toc, toc, toc, toc...

Lizzie colocou os dedos nas têmporas, tentando expulsar o nervoso que aquele som irritante estava dando nela.

Toc, toc, toc...

Com um suspiro alto, Elizabeth levantou e sentou ao lado de Elena, pondo uma mão em seus joelho e a impedindo de continuar batendo o pé no chão, a dolpeganger se assustou com o gesto.

–O quê? - Elena perguntou confusa, tentando se livrar da mão de Lizzie.

–Pare de bater esse maldito pé! Esta me dando nos nervos! – Elizabeth reclamou e Elena corou.

–Desculpa. Estou preocupada.

Lizzie suspirou novamente.

–Eu sei, eu também estou. Damon não deveria demorar tanto. Será que Stefan fez algo? – a ruiva perguntou, apreensão a fazendo arregalar os olhos.

–Eu... Não sei. Espero que não. Ah, Deus! Espero que esteja tudo bem!

Nesse momento, uma batida forte na porta fez as duas garotas pularem. Lizzie levantou e foi atender, se deparando com uma Caroline nervosa.

–Eu vou quebrar o pescoço do Tyler se eu tiver que presenciar mais um momento de “Klaus é meu papai!” – A loira rosnou, passando direto por Lizzie e se jogando no sofá. – Ele fica me dizendo que não, mas esta na cara que ele esta totalmente maluco!

–E olá você também. – Elizabeth resmungou, se jogando na poltrona.

–O que foi? Parecem preocupadas. – Caroline perguntou.

–Damon saiu com Stefan na esperança de ter uma conversa com ele, tentar fazê-lo voltar ao normal, mas ate agora, não deram nenhum sinal pra dizerem que estão ok. – Elena explicou, fitando a lua pela grande janela.

–Oh... Parece que estamos todas no mesmo barco, afinal de contas. – A loira comentou se esparramando ainda mais no sofá.

Assim ficaram as três por um bom tempo até que o celular de Elena tocou e a mesma se alvoroçou ao constatar que era Damon.

–Damon onde você está? E Stefan? Ele esta bem? – Ela gritou enquanto era cercada por Lizzie e Caroline, que se aproximaram mais, podendo assim ouvir cada mísero ruído do outro lado da linha.

–Elena, arrume as coisas. Vamos receber visitas em casa, Mikael está a caminho.

As três garotas deixaram o queixo cair ao mesmo tempo, o choque visível em seus rostos.

–O quê? Como diabos vocês acharam Mikael e porque mandaram ele pra cá? – Lizzie gritou sua voz beirando a histeria. Do outro lado da linha, as vampiras ouviram Damon limpar a garganta.

–Oh, você esta aí, Lizzie...

–Mas é claro que estou! Não deveria estar?! – Ela gritou.

–Não, não. É só que eu não gostaria de dizer isso por telefone pra você. Sei que não confia em Mikael...

–E você? Você confia nele? – Ela o interrompeu.

–Na verdade? Não. Mas ele parece bem certo de que pode e vai matar Klaus, então temos que aproveitar a chance. – Damon falou.

–Eu não gosto disso. Estou com um mau-pressentimento. – Lizzie resmungou.

–Querida, relaxe. Stefan e eu já estamos voltando e estaremos aí para ajudá-las a receber o papa original, então fiquem tranqüilas.

E simples assim, o telefone ficou mudo e as três garotas ficaram se encarando.

–Eu não gosto disso. – Lizzie resmungou se levantando do sofá e indo em direção a porta.

–Pra onde você vai? – Caroline perguntou.

–A casa de Bonnie. Talvez se realmente tentarmos, conseguiremos descobrir algo sobre Mikael. – Ela falou, já saindo.

Pov Lizzie

Mikael.

Tenho sensação estranha só em pensar nesse nome – o que ele é? Eu não confio em um pai que quer caçar o filho, só esse fato já revela muito da índole desse homem.

Mas, estou de mãos atadas. Bonnie e eu não conseguimos descobrir nada sobre Mikael e eu não tenho mais tempo para pesquisas – Logo esse homem irá chegar e eu quero estar lá para conhecê-lo e ver com meus próprios olhos o patriarca da família original.

Cheguei à casa dos Salvatore e encontrei Damon, Elena e Stefan sentados: Stefan com um copo de bebida nas mãos, Elena o olhando com descrença e Damon olhando pra ela, porém, logo que cheguei ele veio até a mim e me abraçou.

–Ele já veio? – Perguntei, minha voz involuntariamente ríspida. Damon franziu o cenho.

–Você esta zangada. – Ele constatou.

–E não era pra estar? Vocês concordaram em ajudá-lo e nem mesmo me consultaram! – Resmunguei.

–Oh... Damon esta com problemas! – Stefan riu e só então percebi que mesmo nosso diálogo sendo sussurrado, Stefan podia nos ouvir.

–Cala a boca e se meta em seus próprios problemas se não quiser se envolver em outro, Stefan! – Ameacei avançando e Stefan tentou esconder sua surpresa com minha explosão.

–Wow. A bruxinha esta revoltada, não? – Stefan caçoou me tirando do sério.

Dei dois passos em direção a ele, mas fui impedida de chegar ao meu objetivo (o pescoço de Stefan) por Damon, que rodeou minha cintura com os braços, me impedindo de avançar.

– Stefan, cala a boca. Lizzie, vamos conversar lá em cima. – Damon ordenou.

Nos primeiros segundos, me recusei a segui-lo, mas aí ele ameaçou me jogar sobre o ombro e preferi ir ao quarto dele com minhas próprias pernas. Ao contrário do que eu esperava, quando chegamos Damon não começou a discutir, apenas passou seus braços ao redor de minha cintura e me beijou.

Foi instantâneo – No segundo em que os lábios quentes de Damon tocaram os meus, todos os pensamentos lógicos se foram e eu só consegui pensar sobre o quão preocupada com ele eu estava há algumas horas.

–Você me deixou preocupada. – Arfei enquanto ele passava os lábios de minha boca para a linha de minha mandíbula.

–Eu sinto muito. – Ele murmurou, a voz muito rouca ao meu ouvido me arrepiando.

Voltei a procurar os lábios dele desesperadamente seus lábios, o beijando com uma fome assustadora, me agarrando a ele com todas as minhas forças, minhas unhas cravadas em suas costas.

–Você sabe, trazer Mikael não é uma boa idéia. – Tentei reclamar, mas estava nítido o fato de que, no momento, pouco me importava com Mikael.

Então, os lábios dele repentinamente se afastaram e eu gemi, tentando novamente alcançá-lo, mas Damon segurou delicadamente meu rosto em suas mãos.

–Ouça, Lizzie: Mikael pode matar Klaus e, se existe uma maneira de fazer isso sem pôr você em risco, eu apostarei nela. Não importa o que você diga, eu não quero e não vou permitir que você se machuque. –Ele disse seriamente.

Senti algo dentro de mim derreter com a percepção de que ele realmente se importava comigo e logo estávamos um nos braços do outro novamente.

–Não temos tempo pra isso...Mikael logo... Mikael logo vai chegar... – Sussurrei o mais alto que pude com minha voz irregular enquanto Damon levantava pouco a pouco minha blusa. Ele gemeu.

–Tem razão... – Ele disse, relutantemente soltando minha roupa e dando breves beijos em minha boca.

–Bem-vindo Mikael. – Ouvimos a voz de Stefan dizer no andar de baixo.

Olhei para Damon, que também me encarou e acenou.

–Está pronta? – Ele perguntou.

Suspirei.

–Tenho que estar. – Falei, já saindo do quarto, rebocando Damon, nossas mãos sempre unidas.

–Olá. Você deve ser Elena. – Mikael dizia.

Estranho. . Essa voz me parecia terrivelmente familiar...

Chegamos à sala onde estavam Elena e Stefan de um lado e, do outro, um homem – Mikael.

Eu ainda não podia ver mais do que suas costas, mas uma sensação muito esquisita estava pulsando cada vez mais forte em meu estomago.

Foi então que o homem virou para a direção em que Damon e eu chegávamos e o mundo parou.

–Oh meu deus! Não pode ser!...

O rosto conhecido do homem sorriu para mim.

–Finalmente, Elizabeth.