Pov. Lizzie

-Hey! O que está fazendo aqui?  - Perguntei correndo em direção a Damon.

O vampiro esperava fora da escola encostado-se a seu carro, tão lindo que eu tive vontade de me beliscar pra ter certeza de que ele era real...

-Vim busca você, claro. – Ele respondeu, passando os braços ao meu redor. Me deixei ser abraçada, sentindo o cheiro delicioso dele.

-Ow... Agora estou ficando com medo. Quem é você e onde esta o velho Damon que conheço e amo? – Brinquei, sentindo o peito dele tremer com sua risada.

-O que diabos?...

A risada dele de repente acabou e, mesmo sem enxergar o rosto dele, eu podia dizer que ele estava incomodado com algo. Me afastei e dei de cara com ele: Willian.

 Calma, não se estresse, só porque ele te encheu o saco o dia inteiro não quer dizer que você deva matar seu ex, Lizzie.

-Hey camarada, dando um passeio pela escola? – Will perguntou levemente pra Damon. Cerrei meus olhos.

-Sério, você precisa parar de aparecer assim. – Reclamei.

-O quê? Eu passei um dia inteiro agüentando a escola por você, eu deveria ganhar pontos por isso, não é? – Willian reclamou e um bufo irônico escapou de Damon.

-Nem vem com essa, cara. Você esta apenas revivendo os dias de glória, o que é clichê pra alguém da sua idade, se quer saber. – Damon rebateu, dessa vez, arrancando de mim uma risada alta.

-Temos problemas. – Elena falou enquanto chegava mais perto, chamando a nossa atenção.

-E olá pra você também. Educação é sempre agradável e necessária, mocinha. – Willian resmungou.

-Stefan esta incontrolável! Ele acabou de ameaçar metade da escola, além de dar a entender que vai lanchar minha prima. Temos que fazer alguma coisa quanto a isso, ele não pode ficar a solta por aí enquanto estiver assim. – Elena continuou, ignorando Willian.

-Espera, o que você quer dizer com isso? Que devemos prender ele? – Perguntei e Elena assentiu, desanimada.

-É o único jeito de impedi-lo de fazer uma carnificina.

Ela queria?... Mas não era culpa dele...

-Não! Ele... Ele não tem culpa. Deve haver outro modo... Se pudéssemos apenas fazê-lo sentir algo novamente... – Tentei interceder.

-Você acha que eu quero prendê-lo? Eu o amo, mas esse é o único modo! – Elena gritou, enfurecida.

Recuei um pouco – Alguém gritando comigo não era exatamente o que eu precisava para me manter no controle desse novo lado mau em mim.

-Esperem...  Acho que eu posso fazer mais uma tentativa de trazer o velho, emotivo e Santo Stefan de volta. – Damon falou.

Olhamos para ele ao mesmo tempo.

-Você acha que vai dar certo? – Perguntei esperançosa. Damon olhou de Elena para mim e suspirou.

-Me dêem um dia. – Ele pediu, já dando um breve beijo em meus lábios e entrando em seu carro.

-Damon? – Elena chamou, antes que ele saísse.

-Sim?

-Conto com você. – Ela disse e ele assentiu.

Fiquei parada observando o carro de Damon desaparecer, até que, novamente minha paz foi perturbada.

-Então... Ainda tentando trazer o garoto de volta? – Will perguntou.

-Não é da sua conta. – Elena resmungou, fazendo-o rir e levantar as mãos em rendimento.

-Certo, vejo que as moças estão um pouco emotivas por agora. Vou deixá-las a vontade. - Ele falou já nos dando as costas, sua atenção desviada.

Pov 3° pessoa

Willian  olhava curiosamente para Júlia enquanto a seguia, observando atentamente como os pés da menina tocavam o chão com força, como se ela quisesse descontar na terra a raiva que sentia - raiva que, com certeza era causada pela ameaça que acabara de receber de Stefan.

Por mais que quisesse deixar pra lá, Willian precisava saber que a menina estava bem, não queria pensar nisso, mas uma fúria silenciosa o assolou quando a garota Gilbert comentou sobre a ameaça de Stefan. Não, ele não faria mal a Julia, se alguém o fizesse esse alguém seria ele mesmo.

Os pensamentos do vampiro se dispersaram quando, abruptamente, a garota parou e virou dando de cara com ele.

-O que você esta fazendo?! – Júlia quase rosnou pra ele.

Willian demorou um segundo a mais para responder, dado que havia sido pego de surpresa pela percepção da garota.

-Nada, só dando um passeio. E você? Parece meio enfurecida.

Os lábios já cerrados de Julia se uniram ainda mais, a raiva de ter se sentindo ameaçada se juntando a de que Willian agora zombava dela.

-Me deixe em paz, não estou com vontade ou tempo pra perder com você. Aliás,  o que diabos você esta fazendo na escola?

Willian não mordeu a isca e apenas fingiu não ouvi-la.

-Bem, bem. Parece que seu primeiro dia de aula não foi tão bom quanto o meu. Fiquei sabendo que Stefan te importunou.

A boca da garota abriu com a surpresa. Como Willian sabia daquilo? Ela não queria que ninguém soubesse, era humilhante se sentir indefesa!

-Ele é um idiota, assim como a maioria de vocês, vampiros são. – Ela resmungou sua voz um pouco trêmula.

-Oh, você esta com medo? Não fique. Ele não vai fazer nada a você.

-Eu sei disso, porque se ele tentar, eu enfio uma estaca no coração dele. – Ela disse bravamente. Willian riu.

-Não tente lutar contra um vampiro, querida. Será  inútil. De qualquer maneira, eu não deixaria Stefan fazer nada contra você. Se alguém vai tomar seu sangue, que esse alguém seja eu, não acha?

- Eu sei me defender sozinha, Willian. Mantenha isso em mente: Nem você ou nenhum maldito chupador de sangue vai encostar seus malditos dentes em mim de novo.

Julia agora encarava o vampiro com um olhar ameaçador, mas Willian apenas voltou a sorrir.

-Veremos.

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-O que está fazendo, Damon? – Stefan voltou a perguntar.

-Você precisa parar de se preocupar tanto, irmão. Eu só acho que precisamos de uma bebida.

Os dois andaram pelo bar, Stefan um pouco desconfiado das intenções do irmão, mas queria saber o que este estava preparando.

-Hey, querida. Adoraria um pouco do seu melhor uísque e meu irmão aqui adoraria um pouco de você. – Damon falou para a garçonete, usando compulsão na garota, que saiu para pegar a garrafa de uísque.

-Sobre o quê é tudo isso, Damon? Não vai me fazer abrir o coração com bebida.

-E nem eu pretendo isso. Você fica estranho quando esta bêbado. Vamos apenas nos divertir por um tempo. Lembra de quando você me enchia com aquela conversa de sermos irmãos novamente? Eis a sua  chance.

Stefan bufou com a resposta do irmão, mas decidiu continuar o jogo dele.

Quando a garçonete retornou serviu o uísque a Damon  e se colocou na frente dele, Stefan capturou-a e a fez sentar em seu colo, enterrando o rosto no pescoço da mulher, suas presas perfurando a fina pele de seu pescoço.

-Ei, vá com calma... – Damon comentou enquanto bebia.

-Por quê? Quer dividir, irmão? Há o bastante para nós dois.

Damon apenas balançou a cabeça num gesto indiferente.

-Então...O que esta achando de ser o capacho de Klaus? Divertido? – Damon perguntou, parecendo pouco interessado.

-Oh, então essa coisa de se divertir era realmente sobre isso. Eu imaginava. – Stefan resmungou.

-Talvez eu apenas queira te lembrar de como era a liberdade, antes de Klaus tirá-la de você.

-Ouça, enquanto Klaus estiver vivo, eu faço o que ele manda.

-E você apenas vai desistir como um fracasso e obedecer? – Damon agora parecia frustrado.

-Damon, ele não pode ser morto. – Stefan falou, apenas declarando algo que, para ele, era obvio.

-Talvez eu possa ajudá-los com isso. – Uma nova voz disse e logo puderam ver o homem parado logo atrás deles. – Os garotos Salvatore, eu presumo.

Stefan o olhou intensamente por um momento, até a realidade o alcançar.

-Mikael.