- Olha, o Zac já estava de saída. Não? - Apolo começou.

- Sim. Passar bem pai, Camila. - ele disse sorrindo.

- Não posso dizer o mesmo. - falei, sarcástica.

Zac foi se distânciando cada vez mais, até eu não vê-lo mais.

- Desculpa, mas seu filho é mesmo um tonto! - bufei.

- Relaxa. Vamos andar?

- Vamos. - assenti e sorri.

Começamos a andar e conversar, Apolo era muito engraçado. Ele me divertia, e isso foi uma coisa que Zac nunca soube fazer.

- Lembro que seu pai ficou muito bravo quando Hefesto prendeu ele e Afrodite em um quarto e, fez uma série com isso. - Apolo disse. 

- Rendeu audiência? - perguntei rindo.

- Bastante. Sabe, você não tem nada de seu pai. 

- Hm. Nem você.

- Ér. Quero te conhecer melhor. 

- Eu também quero te conhecer melhor, Apolo.

- Questionário?

- Pode ser. - dei de ombro.

Deitamos no chão e ficamos nos observando, até eu começar.

- Prefere sorvete de morango ou chocolate?

- Os dois. E você?

- Os dois também. - sorri. - Prefere cachorros ou gatos?

- Cachorros. E você?

- Cachorros. - sorri novamente.

- Se você pudesse escolher a aparência de seu namorado, como ele seria?

- Alto, forte, bonito, inteligente, meigo... E, loiro... De olhos azuis.

Apolo sorriu. Sem perceber, eu havia descrito ele.

- E você?

- Morenas. Eu amo as morenas. Que amam intensamente. Altas, não gosto de gente baixinha. - ele pausou. -  E olhos castanhos. Eu acho olhos castanhos misteriosos e profundos. 

Corei. É impressão minha ou ele também havia me descrito?

Ele se aproximou lentamente, fiquei paralisada. Ele colocou as mãos no meu rosto...

- Apolo o que você vai... 

- Shhhhh.

Ele me beijou. Seus lábios, eram macios e o beijo, calmo. Que se intensificou e se tornou melhor ainda, se é que isso era possível.

- Não faria isso se fossem vocês. - ouvi uma voz.

- Atena. - Apolo suspirou.

- Não. Relaxem. Eu não vou falar nada, mas Ares não deve descobrir. E não é nada honesto esconder as coisas de alguém, seja ela quem for.

Ela saiu, Apolo olhou pra mim.

- Desculpe.

- Não se desculpe. - e desta vez, eu o beijei.

- Você é... 

- Um anjo? - brinquei.

- Demais. - ele sorriu e me beijou novamente.

Era estranho e errado eu beijar Apolo, mas ele me fazia tão bem e eu não sabia porquê. Eu gosto de Apolo, muito. Percebi que ele não era nada daquilo que eu achava, o que havia tornado ele uma pessoa incrível.

Eu gostava da presença dele. Apesar de Zac, como ele mesmo diz,  ser um tonto. 

Mas ainda sim, com todos estes argumentos, isso é errado.

Só que isso ainda não fez nenhum estrago, portanto, vamos indo.

E espero uma coisa apenas: que meu pai não descubra.