What I Like About You escrita por Roxanne Evans


Capítulo 10
Festança


Notas iniciais do capítulo

AVISO AVISO AVISO

Estou terminando algumas de minhas outras histórias, por isso essa aqui entrou em HIATUS temporário! Assim que terminar as outras histórias, volto para essa, mas não se preocupem, pois não deixo nada interminado, logo, ela terá sim um fim ^^
Obrigada pela atenção e o carinho.



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A primeira pessoa que ficou sabendo do que acontecera foi InuYasha, pois Miroku ligou para ele, ainda do táxi, informando-o de tudo o que ocorrera. O moreno riu, verdadeiramente feliz ao ver o amigo xingando-o, aliviado no telefone, por não ter enviado notícias antes.

A primeira coisa a se fazer foi passar em casa. A mãe de Sango ficou estática, chocada ao encontrar os dois filhos, com todas as suas malas em mãos ainda no Japão. Quando abriu a porta, tinha acabado de enxugar as lágrimas que chorava pela partida de seus filhos.

Mas aquilo não a ajudou muito, pois a primeira coisa que fez ao vê-los ali, tão próximos a ela, foi recomeçar a chorar, o alívio a ponto de deixa-la mole. Nunca antes se sentira tão feliz em toda a sua vida.

Então eles colocaram as malas e algumas caixas na sala.

O menino então se despediu de Sango e de sua família com delicadeza, sabendo que aquele momento era só deles. O resto da noite foi separado só para cookies, chocolate e filmes familiares.

A garota sorriu.

Nunca antes se lembrara de ver sua mãe tão feliz quanto via agora. O coração aperta de leve no coração. Por um triz não cometera um erro irremediável, magoando-a de uma maneira que ela jamais esqueceria.

Com esse pensamento abraça sua mãe com força, transparecendo tudo o que sentia no momento e esperando com todas as suas forças que ela entendesse o que tentava passar através daquele gesto.

Kagome corre para abraçar a amiga na frente do colégio, apertando-a com força, sorrindo.

-Nunca mais faça isso comigo, achei que tinha te perdido pra sempre! – E volta a abraça-la, Sango também sorrindo, feliz de ter feito a escolha certa.

-Você nunca vai me perder, muito menos para sempre – E faz uma expressão sapeca – Vai precisar de muito mais do que isso para nos separar – E as duas caem na risada juntas.

Enquanto andavam no corredor, discutiam os eventos do dia anterior, uma atualizando a outra no que se passara.

-Miroku falou que vai organizar uma festinha pra você hoje de noite, na lanchonete – Kagome comenta, enquanto entravam na sala.

-Jura? Ele não disse nada!

-De qualquer forma, qual é a de vocês? Estão namorando mesmo? Digo, firme, finalmente ficaram juntos?

Sango pigarreia, pensando um segundo, antes de responder.

-Ele disse que me amava, então acho que isso é um sim, certo? – Levanta uma sobrancelha, parando para pensar no assunto, como não tinha feito até então.

-Acho que sim né? Ele falou alguma coisa? – Pergunta a de cabelos negros, sentando-se.

-Não... – Responde, confusa. O que aquilo poderia significar?

Ouve a campainha tocar, mas não se apressa, voltando a pentear os cabelos. Tinha certeza de que Kohako poderia cuidar daquilo por um momento. Encara o espelho. O lápis nos olhos, a sombra azul escura, o gloss claro nos lábios.

Tira a coleira de corações do pescoço, sentindo-se sufocada.

A dúvida a consumia por dentro. Ainda insegura e levemente trêmula, dá uma última olhada no espelho. A saia preta, curta, acabando no meio da coxa, a meia calça, de um azul bonito até chegar na sandália de salto.

A blusinha de alças finas completava o visual simples e elegante.

Suspira, tomando coragem de sair do quarto e descer as escadas. Será que queria encara-lo?

Chega no primeiro andar, encontrando-o sentado no sofá, encarando-a, maravilhado.

-Você está linda – Ele exclama, deixando-a sem graça, pela cara que fazia.

Em seguida ele segura sua cintura e a beija de leve, tentando respeitar a mãe e o irmão mais novo de Sango que estavam no local.

Saem pela porta em silêncio, a de cabelos castanhos sentindo-se estranha. Será que deveria trazer o assunto a tona?

Antes saírem do quintal, ele volta a puxar sua cintura, mas dessa vez para um beijo de verdade. Sente-se amolecer nos braços dele, os corpos colados, as línguas quentes e molhadas. Sentia-se tonta.

Ele então se separa dela, surpreendendo-a e dá um sorriso, segurando sua mão com delicadeza. A menina devolve o sorriso, levemente forçada, sentando-se no banco.

Os dois caminhavam em silêncio, Sango sentindo que esse parecia esmaga-la a cada segundo. Não podia continuar daquela forma, não era esse tipo de pessoa, era decidida sobre tudo e não seria agora que iria dar para trás.

-Miroku? – Chama, estranhando sua voz mais fina e levemente instável.

-Hn? – Ele devolve, olhando-a rapidamente, antes de voltar a olhar por onde iam.

-O que...? – Mas sua voz parece morrer por ali. Teria de tentar novamente – O que exatamente, o que é – Como iria perguntar? – O que é isso? – Pergunta, indicando os dois com a mão livre.

Ele a encara, levantando uma sobrancelha.

-O que é o que exatamente? – Pelo visto ele não estava entendendo o rumo daquela conversa.

-A gente, o que é? – Pergunta, arrependendo-se no exato momento que fez a pergunta ao vê-lo levemente confuso, antes de suspirar.

-Você quer dizer, o que temos? – Ele devolve, explicando o que ela não conseguira. Ela menciona que sim, sentindo vontade de abaixar a cabeça, mas mantendo-a erguida, ansiosa pela resposta.

-Eu achei que estávamos namorando – Sente um alívio dentro dela quando sorri – Quer dizer, pelo menos eu achei que era isso que você queria, se você não quiser... – E ele termina a sentença, parando de andar e olhando-a diretamente nos olhos.

Ela sorri, abraçando-o, sentindo os corpos se encontrarem de uma maneira gostosa.

-Era exatamente isso que eu queria – Ela responde, vendo-o sorrir de volta para ela, para em seguida beija-lo com intensidade, deliciada.

Os dois chegaram a lanchonete pouco depois das oito, onde todos já os esperavam, em uma conversa animada.

-Sango! – Exclama Kagome, que é a primeira a se levantar para dar um abraço na amiga. Essa apenas sorri, olhando-a de maneira compreensiva, tentando passar a informação que conseguira, apenas a alguns instantes de Miroku.

No decorrer da noite, não só o grupo tradicional composto por Kagome, InuYasha e Rin são as pessoas a dar as boas vindas a Sango.

Bankotsu e Jasmine passam por lá, assim como Ayame e até Kikyou, mas todos ficam só um pouco antes de voltarem a seus compromissos de suas próprias vidas.

O grupo come extremamente animado, falando mais do que consumindo, divertindo-se ao máximo, causando no local pequeno. O tempo passa rápido, e logo toda a comida acabara e eles simplesmente conversavam superficialidades, entretendo-se.

Rin olha em volta, girando os olhos. Como sempre, ficar em um lugar só, sem fazer nada começara a cansa-la e tinha a necessidade de fazer algo, qualquer coisa, simplesmente para manter-se ocupada.

Revira os gelos do copo com o dedo, pensando no que fazer.

-E, bem, agora que a gente já comeu, a gente pode sair e sei lá, ir ao cinema, não tem nada para fazer aqui – comenta Rin, mexendo no gelo do copo vazio, já ficando entediada.

-Opa! – InuYasha responde, animado – Eu topo! Excelente idéia!

Sango então se separa um pouco do abraço de Miroku, feliz com a festa de recepção, mesmo que não tivesse de fato, ido embora.

-Eu também topo – Responde com igual animação, apenas para voltar a acomodar-se nos braços do namorado.

-Já que é assim, vamos todos – diz Kagome, alargando o sorriso que parecia grudado no rosto, divertindo-se, levantando-se e pegando a bolsa.

Cinema:

-Que filme a gente vai assistir afinal? – pergunta a menor, já irritada pela discussão do grupo para escolher o filme. Discussões sempre a faziam nervosa, desde que era pequena.

Os meninos pareciam querer assistir uma coisa de guerra que estava passando, enquanto Kagome e Sango tentavam faze-los mudar de idéia a respeito.

-Ah, sei lá, esse grupo é muito indeciso! – comenta Kagome, dando de ombros, já desistindo daquela palhaçada – Já que nós estamos comemorando a volta da Sango, que tal ela escolher o filme? – Diz, parecendo encontrar a saída perfeita, suspirando.

InuYasha a encara por um segundo, depois volta a encarar Miroku, também desistindo, colocando as mãos para o alto, rendendo-se.

-É verdade, a Kagome está certa, escolhe aí Sango! – Já esperava ter de terminar o dia em um filme meloso, da onde sairiam como se tivessem perdido um valioso tempo de suas vidas. Mas, se isso é o que deixava Kagome contente...

-Eu quero aquele! – diz a garota, apontando para um filme com um cara azul na frente. Os meninos quase pulam de felicidade.

-Obrigado Sango! – Diz Miroku, beijando-lhe, rapidamente, fazendo-a ficar sem entender o que se passava.

Todos compraram um ingresso e entraram na sala de cinema conversando, animados ante a expectativa do filme em 3D.

É só depois dos trailers que Kagome parece perceber que, praticamente a sala inteira era composta de casais, os mais discretos de mãos dadas, os mais descarados se beijando.

Engole em seco, olhando em volta, surpreendendo-se.

Até Sango! Como ela podia fazer aquilo com ela? Abandona-la na sala de cinema. Levanta os olhos, encarando InuYasha, que estava do seu lado esquerdo, mordendo o lábio inferior, sentindo-se estranhamente desconfortável ao vê-lo tão próximo de si, em uma sala cheia de casais.

Tinha de bloquear tal linha de pensamentos, não tinha? Devia ser o ambiente, afinal, nunca pensara dessa maneira antes.

Move-se então um pouco na cadeira, incomodada, aproximando-se mais de Rin, sentada ao seu lado direito.

A olha na esperança de poder comentar o filme com ela, mas essa parecia extremamente mal humorada, desagradada com os casais, enquanto jogava mais pipoca na boca do que era possível caber.

Fora que ela parecia pensar em outra coisa.

Remexe-se novamente. Devia estar pensando em Sesshoumaru. Até a própria Kagome notara com ele tinha sumido nos últimos dias.

Será possível que ela teria de ficar sozinha naquela situação constrangedora?

-Hei! – Vira-se, encarando o hanyou de cabelos prateados, na dúvida se realmente queria fazer isso. – Você viu isso? – Pergunta, indicando a sala inteira onde estavam, sorrindo, maroto.

A garota força um sorriso, fazendo um rápido sim.

-Acho que nós três somos as únicas pessoas sem um par por aqui – Ele diz, estalando os lábios, virando-se para encara-la. É só então que Kagome sente.

InuYasha parecia encara-la de uma maneira diferente, a encarava de uma forma que nunca antes a encarara, parecendo ver através de seus olhos até o mais fundo de seus desejos. Sente seu corpo se arrepiar por inteiro e abaixa o rosto, envergonhada.

Não podia ter aqueles sentimentos, simplesmente não podia! E se isso significasse que ela teria de ser a pessoa a se agarrar à razão entre os dois, ela o faria com muito prazer. Ele parara de olha-la e voltara-se a tela do filme.

O que diabos tinha sido aquilo?

Não conseguia mais prestar nenhuma atenção no filme, à vontade de chorar forte, quase a fazendo engasgar pela força que fazia. As mãos estavam fechadas com força sobre o colo.

-O que está errado? – A voz parecia feita de veludo e não servia para ajuda-la agora, vindo rouca e deixando-a ainda mais confusa, o corpo parecendo responder ao tom de voz.

O que não esperava é que, quando não houve resposta, InuYasha depositou a mão sobre a sua, acariciando-a de leve. A morena geme, baixinho, sentindo-se quente.

-Tudo bem? – Ele pergunta, genuinamente preocupado. Ela trata de afastar as mãos dele de seu colo, nervosamente, no processo fazendo a mão dele raspar na pele desnuda de sua perna no processo, fazendo-a ter de morder o lábio inferior para conter o arrepio que parece cruzar seu corpo. Tentando manter-se no simples, apenas faz que sim com a cabeça, sentindo-se estranhamente mole.

Volta seus olhos para o filme, tentando fechar sua cabeça para pensamentos indevidos, mas ainda sentindo-se quente, incomumente quente. Volta a morder o lábio inferior. Algo estava definitivamente muito errado!

"Que vergonha" – pensa, para encerrar sua linha de pensamentos fora de lugar.

Kagome estava em casa, os shorts curtos ainda não o suficiente para deter o desconfortável calor que sentia. A janela aberta e o ventilador ligado faziam uma pequena brisa, embora o bafo quente fosse muito forte para ser detido.

Tentava a todo o custo concentrar-se no que poderia fazer nas férias, tentando pensar o que poderia fazer para ficar o mais longe possível de InuYasha pelo máximo de tempo possível.

Mas toda a maldita vez que pensava nisso, suas divagações tomavam outra forma, caminhando inconscientemente para os olhos dourados e pela maneira como a haviam encarado há apenas alguns dias atrás.

Toda aquela intensidade a fazia corar só com a lembrança, fazendo-a sentir-se inquieta.

Tinha de afastar tais pensamentos da cabeça, não poderia tê-los, não por InuYasha, simplesmente não poderia deixar uma amizade como a que tinham ser arruinada por sentimentos que poderiam simplesmente ser passageiros.

Muda de posição, cruzando as pernas no sofá branco, tentando achar uma posição mais fresca, falhando na tentativa inútil, irritando-a. Era o calor, era InuYasha, o que mais precisava agora?

Tentando não pensar muito, pega uma revista de viagens das que havia selecionado anteriormente de cima da mesa e começa a folheá-la, sem realmente vê-la, a mente voltando a divagar por lugares muito longes dali.

-O que você está fazendo Ka-chan? – pergunta a mais nova, entrando na sala.

Algo parece estalar na cabeça da que estava sentada, fazendo-a voltar para a realidade rapidamente.

-Estou pensando no que faremos nas férias... – Responde Kagome pensativa.

Tecnicamente não estava mentindo, porque estava realmente tentando pensar no que fariam durante as férias, muito embora sua mente não conseguisse se focar naquele assunto de maneira nenhuma. Mas não podia perder para si mesma, não podia se permitir divagar.

-Ah – A mais nova sorri, pulando no sofá, a expressão infantil e divertida – A gente devia fazer uma coisa bem divertida né? Afinal, depois de tudo o que andou acontecendo – Alarga o sorriso, pegando rapidamente uma das revistas do colo da irmã, olhando-as por cima rapidamente.

-É verdade... – A menina parecia tão distante que chamou a atenção da caçula que levantou uma das sobrancelhas, desconfiada – Que tal se a gente... Se a gente reunisse todo mundo e fosse para algum lugar? – Aquela na verdade era uma excelente idéia, porque não conseguia ter uma daquelas quando queria? – O que você acha? – pergunta a do meio, parecendo, pela primeira vez sair do seu estado de transe

A outra se levanta, batendo palmas, animada.

-Ótimo, ótimo! Adorei! Por que você não tem essas idéias com mais freqüência Kagome? – A menina começou a andar pela sala, gastando a animação recém adquirida com alguns planos de como poderiam fazer aquilo e para onde e o que teriam de levar.

-Estava me perguntando a mesma coisa – Murmura Kagome, remexendo no tecido do sofá, não compartilhando da animação da irmã.

-Disse alguma coisa Ka-chan? – A menina nega com a cabeça, fazendo a outra continuar, ininterrupta – Agora com licença porque eu e a Ayame vamos ao clube nadar – Pára para respirar, encarando a irmã – Você quer vir com a gente?

-Não obrigada, na verdade nem poderia, tenho de ir à loja da mãe da Sango porque agora que ela voltou e para ficar, voltou a trabalhar lá e está precisando de ajuda.

-Ok! To indo maninha! Boa sorte no seu trabalho escravo! – Apesar da ironia e da cara falsamente irritada da irmã mais velha, Rin a beijou o rosto com um enorme sorriso, caminhando rapidamente para a saída.

-Rin? – Chama, quando a menina estava destrancando a porta, fazendo-a se virar.

-O que foi Ka-chan? – A menina ainda tinha no rosto o sorriso sacana, o que, sem nem ao menos saber por que, a desecorajou.

-Não é nada não – E responde o sorriso, forçando outro – Eu te amo, vai com cuidado ouviu?

A garota fez uma pequena careta pelas palavras da irmã e um gesto de 'tanto faz' com a mão, saindo rapidamente, batendo a porta na saída.

Rin era sempre Rin, era impossível muda-la!

Mas logo o pensamento some da cabeça de Kagome. Como poderia ter feito isso com ela mesma? Como poderia ter se encurralado daquela forma?

Ótimo, agora com aquela droga de idéia de girico que tivera da porcaria da viagem teria de passar mais tempo com InuYasha, por que não tinha pensado nisso? Merda, merda, merda!

No clube:

-E então Aya-chan? O que você acha da idéia da Kagome? – Fazia um bom tempo que não se via Rin assim, tão empolgada, o que só servia para deixar a amiga ruiva ainda mais agitada.

-Acho ótima! Sem responsabilidade, sem pais – Faz dando um risinho safado para a morena – Só um grupo de amigos viajando! Acho que não podia ser melhor! – Estava começando a ficar levemente histérica.

Nisso, algo chama a atenção de Rin, que franze as sobrancelhas, fechando a expressão, extremamente incomodada. Ayame vira o rosto tentando ver o que a menina enxergava.

-Tudo bem, o que exatamente estamos vendo agora?

A garota estala os lábios, apontando o lugar do outro lado da piscina de onde estavam, o lado da quadra esportiva.

Sesshoumaru e Yura estavam andando de mãos dadas e conversando, a youkai estando tão animada que alguém poderia confundi-los por namorados. A pequenina cerra os dentes de leve, não admitindo, nem para si mesma quando se sente tomada por um sentimento estranho.

Um sentimento forte e arrebatador que parecia querer destruí-la de dentro para fora, corroendo suas entranhas, sufocante.

-O que ela esta fazendo com o Sesshy? – Escapa, antes que conseguisse segurar, levando a mão à boca para tampa-la.

Não poderia ter esse tipo de sentimento por Sesshoumaru poderia? Seu coração parece falhar uma batida. Quer dizer, nunca antes tivera, não que não se sentisse atraída por ele, nem nada, mas quer dizer, a ponto de sentir ciúme?

Ahhh, como gostaria de poder quebrar aquele pescocinho frágil daquela sem vergonha! Ops! Estava fazendo de novo, estava divagando!

-Ao que me parece, eles estão apenas conversando – Volta para a realidade, percebendo então que tinha simplesmente se desligado dessa.

Por outro lado, Ayame parecia se divertir, não resistindo tirar uma casquinha da situação, tirando uma com a cara da amiga, segurando o riso.

-Sabe de uma coisa? – Rin pega sua bolsa de praia transparente, colocando seu vestido de alcinha por cima do corpo magro e pequeno – Eu perdi a vontade de nadar! Acho que simplesmente vou para casa!

Não podia deixar Ayame perceber, principalmente agora, que nem ela mesma sabia o que estava acontecendo, não podia, não podia!

-Só porque você viu o Sesshoumaru com outra garota? – Droga, liguem os alarmes, liguem os alarmes.

-Claro que não! Por que você acha isso, estou cansada é só! – Começa a andar com velocidade, encarando o chão – Te vejo mais tarde, tchau Ay-chan! – antes mesmo que conseguisse perceber, seu pé vira, fazendo-a pisar em falso, caindo para o lado.

E a próxima coisa que sentiu foi à água em contato com a sua pele de maneira violenta. Em um momento, não conseguia respirar, parecendo que ia sufocar, aquela coisa líquida entrando em seus pulmões, fazendo-a tentar respirar, falhando.

Sente um braço puxa-la para cima, e como em um milagre, estava de novo na superfície da piscina.

-Você está bem senhorita? – Era o salva-vidas. A primeira pessoa que vê é Ayame, que a encarava, realmente preocupada, os olhos amedrontados. Então dá uma olhada em volta, percebendo que todos a encaravam.

Com certa timidez levanta os olhos para o ponto onde tinha visto Sesshoumaru pela última vez.

De lá, ele a encarava com olhos frios e sem emoção, quase superior a tudo aquilo, como se nem ao menos se importasse. Abaixa o rosto, envergonhada.

Então era assim que as coisas realmente eram? Era bom saber.

Com a ajuda do homem que a salvara, sai da piscina, pegando sua bolsa que caíra no chão, caminhando lentamente para a saída. Dentro de si algo parecia ter quebrado, à vontade de chorar entalada em sua garganta.

Nunca antes se sentira tão mal e tão humilhada.


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