Samantha! escrita por Maluh


Capítulo 7
Capítulo 7 - Superações


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI! Mil desculpas pessoal, mas aconteceu um rolo doido com meu computador e fiquei louca para postar, mas não ia desperdiçar os capítulo já escritos.
Aproveitem e adorem. Beijos e COMENTEM EM!



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Capítulo 7 – Superações!

         Eu já passei por diversas dificuldades. Há dois anos minha mãe fugiu comigo para o Canadá sem me dar uma explicação e sem deixar com que eu falasse com meus amigos. Dois anos depois meu padrasto me agride fisicamente e eu volto a morar com o meu pai em Ohio. Viro assistente do meu pai, um detetive particular e sou motivo de graça na escola. Mas, o pior de todos foi descobrir que o único garoto que eu amei é meu irmão. Eu só posso estar sendo perseguida por alguma maldição.

         E era nessa maldição que eu estava pensando quando cheguei ao estacionamento da Metropolitan High. Eu não poderia ficar fugindo para sempre, um dia eu teria que voltar. E esse dia foi hoje. Avistei o Patrick que acenou para mim. Eu arranjei um novo amigo. Ontem o Patrick me apoiou com apenas aquele abraço. Andei em direção a ele.

         - Não imaginei que você viria hoje – disse o Patrick.

         - Eu não posso fugir para sempre – eu respondi. – Eu precisava de tempo, mas eu acho que já tive tempo suficiente.

         - Sam – disse o Augustín quando me viu. – Tudo bem?

         - Oi Sam – disse a Sophie logo depois.

         - Estou bem – falei. – Aqui está o seu caderno Augustín. Tome conta dele.

         - Pode deixar – ele disse.

         Ficamos em silêncio até que o carro do Lucka entrou no estacionamento. Ele passou com o carro do nosso lado e apenas olhou e jogou um bilhete para mim. Obvio que eu não consegui pegar. O bilhete foi ao chão e eu me abaixei para pegar.

         - O que foi aquilo? – perguntou Sophie. – Nunca o vi tão bravo daquele jeito.

         - Eu e ele terminamos – eu disse.

         - Nossa – falou Sophie. – Eu não sabia. O que ouve?

         - Depois eu converso com vocês – eu disse e sai de perto dos três para ler o bilhete.

         Abri e não me surpreende com o que havia dentro “Samantha, eu fui um grosso com você ontem. Será que podemos conversar? No almoço. Lucka!”. Eu esperava sinceramente que ele não desse outro escândalo.

         Fui em direção à aula, que por pior que fosse era de Sociologia, o que me fez ir em direção ao Jornal da Escola. Surpreendi-me ao ver o Jason lá. Fui em direção à professora.

         - Olá Samantha – ela disse. – Pensei que estava doente.

         - Já melhorei – respondi. – Qual vai ser o meu dever de hoje?

         - Tenho sorte que você veio. Vamos fazer uma reportagem com um ex-aluno que agora é dono de um dos restaurantes mais famosos da cidade. E você vai ser a fotografa.

         - Por mim tudo bem. Mas, será que eu posso usar a minha câmera? – depois de falar eu tirei a câmera da bolsa.

         - Certo. Tenho certeza de que a sua câmera é melhor do que a nossa. Vou te apresentar ao seu colega de trabalho. Ele irá fazer a reportagem – ela disse isso para mim e depois se virou e chamou o meu colega. – Jason, eu achei sua fotografa.

         - Quem? – perguntou Jason Stavanger se aproximando de nos.

         - Samantha Howard – ela disse e apontou para mim.

         - Professora, eu acho melhor... – eu tentei dizer à professora que isso não iria dar certo, mas o Jason me interrompeu.

         - Ela e eu achamos perfeito – disse ele.

         - Ótimo. Tenho uma licença para vocês saírem agora do colégio – ela disse. – Mas, voltem antes do almoço. Essa licença é só para os primeiros horários. E só um carro pode sair.

         - Eu dirijo – disse o Jason e saiu da sala. Eu o segui.

         O caminho até o restaurante foi um silêncio total. Eu estava a ponto de pirar. Minha vontade naquele momento era de pular do carro. Eu estranhava o modo como o Jason estava me tratando. Era melhor assim, sem aquelas piadinhas de mau gosto.

         - Lucka me contou o que ouve ontem – ele falou interrompendo o silêncio.

         - Contou o que? – perguntei.

         - Que você terminou com ele – ele respondeu.

         - Ah! – eu falei. – Quer saber. Eu vou enlouquecer a qualquer momento. O que aconteceu com o verdadeiro Jason? Você está me tratando muito bem ultimamente.

         - Isso é coisa da sua cabeça. Esse sou eu.

         - E qual o motivo de você não ter negado fazer a reportagem comigo? E o motivo por você nunca mais ter me perturbado?    

         - Como eu disse antes, isso é coisa da sua cabeça – ele disse e o assunto morreu. E logo depois chegamos ao restaurante.

         Desci do carro e logo depois fui tirando fotos do restaurante. Fotos de fora e de dentro. Eu parei de tirar fotos enquanto o Jason entrevistava o dono. Mas, algo surpreendente aconteceu. Uma pedra foi jogada para dentro do restaurante, o que fez quebrar a porta de vidro e logo depois mais pedras foram jogadas nas regiões onde ainda havia vidro para se quebrar. O azar meu foi que eu estava perto da porta o que fez vidro atingir o meu rosto e me dar leves cortes no rosto.

         - Merda – disse o dono do restaurante. – Pela segunda vez eu não vi quem fez isso.

         - Segunda vez? – perguntou o Jason.

         - Alguns dias atrás isso aconteceu. Eu chamei a policia, mas eles não fazem nada. Vocês conhecem alguém que pode me ajudar a descobrir?        

         - O pai da Samantha é detetive particular e ela trabalha para ele. Talvez ela possa ajudar. Você pode Samantha?

         - Claro – eu falei e olhei para o Jason que se assustou ao ver meu rosto.

         - Você se machucou – ele disse.

         - Eu estou bem – respondi. – Será que o senhor tem algum quite de primeiros socorros?

         - Sim, mas a senhorita irá me ajudar?

         - Mais tarde eu passo aqui e instalo câmeras para vigiar a frente do seu restaurante, mas isso não vai sair de graça.

         - Eu infelizmente estou com alguns problemas financeiros devido à reforma que eu tive que fazer nas portas e janelas do restaurante. E vou ter que fazer algumas reformas novamente.

         - Podemos negociar – eu falei.

         - Que tal alguns jantares grátis? – ele perguntou.

         - Que tal três jantares de graça a dois? – perguntou o Jason.

         - Não – eu disse. – Eu mandarei o meu pai vir aqui negociar com o senhor. Se estiver tudo certo eu instalo as câmeras.

         - E quem é o seu pai minha jovem?

         - Martin Howard.

         - Martin? Que felicidade. Não o vejo desde o colegial.

         - Jason, temos que ir – eu falei. – Temos que chegar à escola antes do meio dia.

         - Ok – ele disse e fomos andando em direção a porta dos fundos, mas antes eu fui ao banheiro limpar o meu rosto e depositar alguns curativos.

          - Se vocês me prometerem colocar uma foto minha quando jovem no jornal eu ofereço a vocês um jantar a dois. Um jantar bem romântico para vocês – disse o dono do restaurante.

         - Para mim e para o Jason? – perguntei.

         - Sim. Vocês são namorados, não são?

         - Nã... – eu ia dizendo, mas novamente o Jason me interrompeu.

         - Somos – ele disse. – E com certeza colocaremos uma foto sua quando jovem no jornal. Depois trazemos para você um exemplar.

         - Ótimo meu jovem. E Srta. Howard eu espero pela visita do seu pai.

         - Vamos, amor – disse o Jason e pegou na minha mão direita (a que não uso a luva) e me levou até o carro. Lá dentro eu fui tirar algumas satisfações com ele.

         - Por que você mentiu para ele? Não somos namorados.

         - Você é mais ingênua do que eu pensei que fosse. Vamos ganhar um jantar de graça a dois.

         - Você não precisa de um jantar de graça. Seu pai é um cantor famoso e pode pagar muito bem um jantar para você e sua verdadeira namorada.

         - Não tenho namorada – ele disse e ligou o carro.

         Fomos para a escola no maior silêncio. Quando chegamos ao colégio o sinal bateu para o almoço. Sai do carro sem falar com o Jason e fui em direção ao refeitório e comprei um lanche para mim. Sentei-me à mesa que estava o Patrick, a Sophie e o Augustín. Pelo jeito eles tinham feito amizade.

         - O que ouve com o seu rosto? – perguntou o Patrick.

         - Alguns terroristas estavam me usando para coletar informações sobre você – eu disse brincando

         - Meus Deus, e você não disse para eles que eu sou alérgico a castanha disse? – ele disse entrando na brincadeira.

         - Você é alérgico a castanha? – perguntei encerrando a brincadeira.

         - Não, mas você não disse nada certo? – ele falou e riu.

         - Sério Sam, o que ouve? – perguntou Sophie.

         - Nada demais – eu falei e vi o Lucka sozinho em uma mesa. Quando ele me viu me chamou. – Tenho que ir, o dever me chama.

         - Oi – disse o Lucka quando eu cheguei à mesa dele. – Sente-se.

         - Você queria conversar. O que foi? – eu perguntei e me sentei.

         - Eu queria me desculpar. Eu nunca fui assim. Você sabe que eu nunca te trataria mal daquele jeito. Eu estava de cabeça quente.

         - Tudo bem. Eu sei que você não estava em si.

         - Eu pensei a noite toda e conclui que você está certa. Vamos dar um tempo para a sua mãe se acalmar e pensarmos bastante sobre a nossa relação.

         - Tudo bem – eu disse e fui me levantando.

         - Isso significa que não vamos mais nos ver? – ele perguntou e se levantou também.

         - Sim – eu disse e sai dali antes que eu começasse a chorar.

         Sentei-me novamente na mesa que estava antes e continuei conversando com os meus amigos. Combinamos de assistir um filme na casa do Patrick hoje à noite, assim eu poderia contar tudo o que estava acontecendo para Sophie, para o Augustin e até mesmo para o Patrick, que apesar do pouco tempo já estava se tornando um grande amigo meu.

         Depois do colégio fui para o escritório do meu pai. Encontrei-o conversando com alguém. Não consegui identificar porque a porta estava apenas meio aberta. Fechei a porta e fui me sentar na minha mesa e o telefone tocou.

         - Howard investigações – eu atendi ao telefone.

         - Eu gostaria de falar com o Sr. Howard – falou uma mulher ao telefone. Seu sotaque era meio diferente. Poderia dizer que era inglesa.

         - Ele está com um cliente agora, mas você gostaria de deixar recado? Ele conhece a senhora?

         - Sim, ele me conhece. Apenas diga que Chloe Taylor ligou – ela disse.

         - Tudo bem. Tenha uma boa tarde – falei e ela desligou o telefone. A porta da sala do meu pai foi aberta e ele saiu junto com Samuel Stavanger, pai do Jason.

         - Srta. Howard – falou Samuel.

         - Sr. Stavanger – eu disse e meu pai o acompanhou até a porta. Quando meu pai voltou, eu comecei com as perguntas.

         - O que Samuel Stavanger estava fazendo aqui? – perguntei.

         - Ele veio falar comigo sobre uma coisa pessoal. Não posso te falar.

         - Não vou nem discutir com você. Uma mulher chamada Chloe Taylor ligou e eu consegui um caso para você. O restaurante de um ex-colega de escola seu, foi atingido por “terroristas”. Jogaram pedras nas portas, que são de vidro.

         - E você aceitou o caso?

         - Ele está com problemas financeiros. E eu falei que você iria lá conversar com ele.

         - Você quer resolver esse caso?

         - Não pai, não estou com cabeça ainda. Só vim aqui para lhe avisar que vou assistir um filme na casa de um amigo.

         - Augustín?

         - Não, o Patrick, que me levou no show ontem.

         - Tudo bem – ele disse. – Só não volte tarde.

Uma semana depois!

         O que eu estava fazendo aqui? Eu sei que eu estava louca por estar aqui. Eu havia combinado com ele que eu viria. Afinal, não se dispensa um jantar de graça. Mas, o jantar é com o JASON. Isso mesmo, com o Jason Stavanger. Nós publicamos o artigo do restaurante e colocamos a foto do dono adolescente e com isso ganhamos um jantar a dois de graça. Nesse momento eu estava entrando no restaurante e avistei o Jason sentado em uma mesa.

         - Pensei que tinha levado um toco da Samantha Howard – falou Jason e eu me sentei de frente para ele.

         - Só estou aqui porque adoro esse restaurante e porque o dono é amigo do meu pai. Mas que fique claro que isso não é um encontro.

         - Um encontro? Nunca. Isso é uma comemoração pela nossa matéria que foi um sucesso. E agora vamos cobrir a maioria das reportagens importantes do jornal.

         - Isso não é meio estranho? Se alguém do colégio descobrir que “saímos” juntos a sua reputação vai ser manchada.

         - Ninguém vai descobrir.

         - Eu espero que não.

         O jantar não foi tão mal assim. Tirando o lado babaca do Jason ele é um cara legal. Em momento algum ele me chamou por algum apelido. Chamou-me apenas de Samantha e o mais estranho foi que quando ele me acompanhou até em casa (eu no meu carro e ele no dele) e me deixou na porta ele disse “Vamos marcar novamente” e saiu.

         No dia seguinte que era um sábado eu fui sair com o Patrick para tomar um sorvete. Ele é um cara legal. Fazia uma semana que eu havia terminado com o Lucka, mas eu já estava sentindo algo por ele. Eu não queria me envolver, mas ele fazia eu me sentir bem. Depois de tomar sorvete ele foi me deixar em casa.

         - Foi divertido – ele disse.

         - Muito. Eu nunca vi alguém tomar um sorvete tão rápido como você. Eu juro foi menos de um minuto.

         - Você está exagerando – ele disse e começou a rir.

         - Não estou não – eu disse e ri também.

         Eu e ele ficamos um de frente para o outro rindo, até que paramos. Ele olhou bem no fundo dos meus olhos e segurou o meu rosto em suas mãos e tentou me beijar. Eu virei o rosto.

         - Me desculpa – ele disse. – Eu não devia ter feito isso. Você não quer e eu não vou pressionar nem nada.

         - Não é isso, Pack. Eu gosto de você e eu quero muito te beijar, mas faz pouco tempo que eu terminei com o Lucka.

         - Eu entendo. Eu que fui muito precipitado.

         - Que bom que você entende. Vamos esperar um pouco mais.

         - Tudo bem – ele disse e o meu celular tocou anunciando uma mensagem. Pack se despediu enquanto eu abria a mensagem que foi enviada pelo Lucka. Era um vídeo dele e da Bethany fazendo sexo. Não agüentei aquilo e fechei o celular.

         Então o Lucka já tinha superado? Superado ao ponto de transar com a Bethany. O real motivo de eu não ter beijado o Patrick foi que eu imaginei que o Lucka ficaria magoado se soubesse. Mas ele não me parece triste nem nada. Tanto que já se atirou na Bethany e teve a cara de pau de gravar e me mandar.

         - Pack – eu gritei e o Patrick me olhou e tirou o capacete. Eu corri até ele.

         - O que foi? – ele perguntou e colocou o capacete na moto.

         - Acho que já esperamos tempo suficiente – eu disse e beijei-o. Foi apenas um leve beijo.

         - Por que você fez isso? – ele perguntou meio desnorteado.

         - Vontade – eu disse e beijei-o novamente.

         Ele sentou na moto e me puxou para junto dele e assim ficamos durante um tempo. Eu estava feliz por fazer isso. Não nas nuvens, mas eu estava feliz. Estava um pouco triste por aquele vídeo do Lucka, mas estava feliz porque finalmente eu segui em frente.



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