Missão de Resgate escrita por Bellecat


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitlu para quem ainda lê essa budega.



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- Semideuses! – gritou Quiron chamando a atenção de todos. – Com a presença das caçadoras aqui, a Caça a Bandeira será realizada daqui a uma semana. – ele anunciou e acrescentou depois do chalé de Ares para de fazer estardalhaço. – Nem todos poderão participar, infelizmente, pois as caçadoras ficariam em desvantagem, por isso Apenas alguns de cada chalé irão participar. – ele ergueu sua taça e disse. – Aos Deuses.

                     

- Aos deuses. – disseram os semideuses meio desanimados por causa da condição imposta por Quiron.

            Depois de pegar minha comida e fazer minha oferenda perguntei a Brian o que era caça a bandeira.

- É meio que uma guerra em pequena escala. Os chalés fazem “acordos” e se juntam e tem como objetivo capturar a bandeira da equipe adversária. – explicou Brian.

- Alguém já morreu nessa “brincadeira”? – perguntei.

- Não, mas já ficaram vários feridos. São as regras: Não pode matar nem aleijar. Uma pena.

- Por quê?

- Adoraria matar alguém. Tenho que me controlar para não fazer isso. É como se meus instintos me fizessem querer matar todos que vejo pela frente. – falou Brian. – Às vezes é estranho, mas em uma luta de verdade é até bom. Tem mais... adrenalina, acho.

- Às vezes também tenho vontade de matar algumas pessoas, principalmente da minha família. Acho Héstia daria um treco se me ouvisse dizer isso.

- Eí! Casal de pombinhos sentados na mesa de Tânatos! Olha aqui! – gritou Marie. Ela estava sentada na mesa do Percy junto com Annabeth, Melissa, o garoto que saiu com ela mais cedo, Nico e Zorah. – Vem pra cá!

- Vamos para lá. – disse me levantando. – Ela não vai parar de gritar até irmos para lá.

            Nos sentamos na mesa do Percy e começamos a comer tudo oque as ninfas traziam. Estava uma conversa animada na mesa. Estávamos falando sobre a caça a bandeira. Estávamos especulando quem seriam os escolhidos para participar.

           

            - Por que não fazer isso estilo “meninas contra meninos”? – perguntou Melissa. – Seria legal.

            - Nunca fizemos isso. – disse Percy.

            - Por que não perguntam ao Quiron? – sugeri. – Quem vai lá falar com ele?

            - Não é preciso. – disse Marie. Pelo olhar dela já sei até o que ela vai fazer. – Quiron! – gritou. Todos olharam para ela, inclusive Quiron. – Em vez de escolher apenas alguns para jogar, que tal fazer estilo meninas contra meninos? Assim todos jogam.

           

            - Seria ótimo! – concordaram as caçadoras.

            - Ok então. – concordou Quiron; - todos irão participar. Serão divididos entre meninos e meninas.

            Depois disso o jantar foi calmo, ou o mais calmo ele pode ser quando Dionísio não está por perto. Fomos para o anfiteatro participar da cantoria. Algumas horas depois todos saíram de lá já cansados e com sono. Cada um para o seu chalé, ou mais ou menos isso. Annabeth foi para o chalé do Percy, Zorah para o do Nico, Marie para o de Thomas, o garoto que estava com ela mais cedo, filho de Lara, Deusa do silencio, Melissa ficou na praia, arrumou um acampamento e eu fui para o chalé de Tânatos.

            Antes de ir com Brian para o chalé eu peguei algumas mudar de roupa e levei para lá. Brian já estava no chalé quando eu bati na porta. Ele abriu rapidamente e deu espaço para eu poder entrar.

            - Muito bem, eu vou tomar banho, sozinha. – disse quando Brian abriu um sorriso malicioso. – Espero que o senhor fique quietinho enquanto eu tomo banho.

            Entrei no banheiro e tomei um banho bem demorado. Coloquei uma das minhas camisolas mais comportadas que eu trouxe para o acampamento, uma camisola preta que ia até um pouco acima do joelho.

            Sai do banheiro e vi Brian deitado na cama já com um pijama cinza.

- Está bonita. – disse quando me deitei ao seu lado.

- Obrigada. – agradeci. – Me conta. A quanto tempo você está aqui?

- Por que esse interesse em saber sobre mim?

- Só responde a pergunta.

- O que eu ganho em troca? – Brian perguntou.

- Isso depende. – falei virando de barriga para baixo e me apoiando no cotovelo para ver seu rosto. – Se eu achar que o que você me contar for a verdade talvez você ganhe um beijo.

- Só um beijo?

- Isso ou nada. Você escolhe.

- Ok então. – disse Brian olhando para o teto. – Como todo semideus eu descobri com 13 anos o que eu sou. Bem no meu caso foi estranho, pois aonde quer que eu estava alguém morria. Minha mãe me deixou com meu tio por muito tempo e eu acabei aprendendo muita coisa com ele. Sabe, quando se é sobrinho de um assassino você meio que não tem uma vida normal, mas eu gostava, de matar as pessoas.

“Aos 9 anos eu já matava pessoas. Virei um assassino profissional. Você deve estar pensando que é uma coisa horrível e talvez nem queira mais falar comigo, mas eu gostava. Ter a vida das pessoas na sua mão, poder escolher se ela vive ou morre... Bem, ganhava a vida acabando com a de outras. Sempre que matava alguém eu via um homem, que mais tarde descobri ser meu pai. Ele nunca me impediu de fazer nada, ele até dava um sorriso de satisfação, como se gostasse do que eu fazia.”

“Com 13 anos os monstros começaram a vir atrás de mim. Não adiantava, nenhum tipo de bala os matava, foi quando meu pai me deu minha lança. Já sabia como matar então foi fácil. Ele me disse para onde eu tinha que ir ‘Acampamento meio-sangue.’ Ele tinha me dito. ‘ Vai ser difícil para você, pois muitos não gostam de mim, mas você vai achar alguém que valha a pena tudo isso.’”

Brian olhou para mim como se para deixar claro o que tinha acabado de falar.

- No meio do caminho eu encontrei Zorah. Ela veio comigo para cá. Chegando aqui ela foi reclamada e eu também. ‘Filha da Noite!’ costumavam a chamar assim enquanto eu... eu não existia, era um fantasma. Ninguém chegava perto de mim. Sabe o que é isso? Ficar em um lugar onde ninguém te quer. Ser obrigado a conviver com quem acha que você é uma anomalia?

- Minha vida foi um pouco mais fácil. – falei enxugando uma lágrima que escorreu de sues olhos fechados. – Me desculpe por ter que te lembrar dessas coisas.

- Depois de alguns anos eu construi aquela cabana. Ninguém, apenas você, sabe da existência dela, nem mesmo Zorah. Outro presente do meu pai foi o corvo, Darkness. Um grande amigo. Vivo sozinho em meio a uma multidão.

- Você sofreu muito. Alguém como você não deveria passar pelo o que você passou.

- Pelo menos conheci você, algo pelo qual valeu a pena. – Brian disse com um sorriso meio forçado, tentando amenizar o que acabara de contar. – Então vou ganhar o meu beijo?

Segurei seu rosto em minhas mãos e beijei seus lábios de leve. Como imaginei, ele passou o braço pela minha cintura fazendo com que eu ficasse em cima dele.

- Você está muito assanhado! – falei brincando.

- Fazer o que? – disse dando de ombros. – Você me deixa assim.

Brian selou nossos lábios de novo, agora como se fosse a última coisa que faria. Uma urgência de tomar aquele ser para mim fez com que minha timidez se desfizesse. Minhas mãos foram para os botões da blusa que ele usava e os abri, um por um.

Passei minhas mãos espalmadas pelo seu tórax definido e pelo seu “tanquinho”. Um sorriso se formou nos meus lábios e Brian percebeu isso.

Ele inverteu as posições ficando por cima. Suas mãos foram para minha coxa subindo lentamente e levantando minha camisola junto. Brian interrompeu o beijo para logo após beijar meu pescoço.

- BRIAN!! MAGNÓLIA!! ABRAM A PORTA OU EU VOU ARROMBAR!!!

O grito e as batidas insistentes na porta fizeram com que nós nos separássemos rapidamente. Tirei Brian de cima de mim com muito esforço e fui ver quem estava na porta.

Ao abrir a porta e a cabeça de Marie foi a primeira coisa que eu vi. A segunda foi a multidão de gente que estava atrás dela.

- O que você quer criatura que saiu de algum Deus que eu não sei quem é e que é muito chato. – perguntou lhe lançando um olhar mortal.

- Bem sinto muito estragar a sua noite perfeita, mas a Melissa está sozinha na praia então decidimos fazer um luau hoje. Até porque hoje é o aniversário dela e ninguém se lembrou. Apesar de não parecer ela está arrasada. – falou Marie em um folego só.

- Vou ver o que posso fazer.

- Ande logo e tente arrumar o seu cabelo. O Brian fez dele um ninho de mafagafos.

- Cale a boca. – disse fechando a porta na sua cara.

Me virei e vi Brian sentado na cama me olhando com um olhar indecifrável.

- Que foi? – perguntei.

- Você é linda, sabia? – falou se aproximando de mim e tirou uma mecha do meu cabelo que estava no meu pescoço e o beijou.

- Ãhn Brian temos um luau para ir. – falei.

- É mesmo? – perguntou. Sua respiração fez cócegas na minha nuca. – Não preferi ficar aqui?

- Prefiro, mas é o aniversário da Melissa. – falei tentando raciocinar. – Ela está sozinha... na praia...

- É mesmo? – murmurou Brian ainda beijando meu pescoço. Suas mãos estavam nos meus ombros descendo a alça da minha camisola.

- BRIAN LARGA ELA E VÃO SE ARRUMAR!!! – gritou Marie do lado de fora do chalé.

- Sua amiga é chatinha. – falou Brian se afastando.

- Você não tem noção. – murmurei.


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Notas finais do capítulo

Se você leu é por que se interesou, então não custa nada deixar um reviw. Não cai o dedo nem nada.



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