- Hey, irmão o que acha de começarmos com uma entrada triunfal? – perguntou Lukke sentado junto a Happi no lugar onde Yuu supostamente apareceria

- Você não acha isso meio idiota não – perguntou o irmão cansado de esperar – Nós só vamos matar ela e ir embora.

- Mas seria legal, por favor... – Lukke olhava com um olhar pidão para o irmão que estranhou ao ver tal ato

- Cara, nunca mais faça isso – disse Happi – isso é medonho.

- Tá certo, mas podemos combinar um dialogo legal? – o irmão voltou a perguntar

- Se você não for fazer aquilo de novo... Tudo bem – Happi virava o olhar para o teto – No que você pensou em dizer?

- Agente poderia começar agradecendo ao tal de Indifference e dedurando ele – Lukke tirava os cabelos da frente do olho esquerdo

- Disso eu gostei! Desde que ele chegou é só Indifference pra lá e Indifference pra cá, Sadness esqueceu-se completamente de nós – o Happi parecia inconformado – Então eu começo falando isso, Ok?

- Tudo bem, então acho que é isso e o resto agente improvisa – Lukke soltou um sorriso ligeiramente idiota.

- Cara, você fez isso tudo só para isso? – Happi encarava constantemente o rosto do irmão.

- Sim – disse ele voltando a sorrir.

Ao termino do dialogo dos irmãos uma luz apareceu à alguns metros de distâncias, logo em seguida Yuu aparece confusa e com medo.

- Ela chegou – sussurrou Happi

-É eu percebi – Lukke deixou escapar um sorriso sádico de seus lábios – Então que comece o show!

Eles deram alguns passos na escuridão e começaram a falar:

- Você demorou, estivemos esperando por muito tempo – Disse Happi em meio ao tetro.

- Como vocês sabiam? – ela nem teve tempo de observar o local melhor e já fora surpreendida

- Você deve agradecer ao nosso amigo Indifference – Lukke dizia enquanto se aproximava mais de Yuu – Ou ao seu amigo Ruan...

- Lukke... – disse Happi

- O que foi? – indagou o irmão; a única coisa que Yuu conseguia ver eram bocas e olhos se movimentando, o escuro do mundo de Darkness estava pior do que de costume.

- Eu disse que queria falar essa parte – disse a voz rouca e tremula de Happi

- Mas eu falei primeiro, sou o irmão mais velho, tomo as decisões – rebateu Lukke.

Yuu tentava fugir em passos quase inaudíveis para que os irmãos não a notasse, afinal, ela não teria chance de ganhar deles sendo surpreendida dessa forma.

- Aonde pensa que vai? – disse Lukke

- Não é nada legal fugir dos anfitriões enquanto eles estão discutindo – completou Happi

Yuu não conseguia reunir forças nem mesmo para falar, suas pernas tremiam e seu rosto estava tão pálido quanto o de um cadáver.

- Mas já que não quer receber as boas vindas, vamos pular logo para a parte que você morre – disseram os dois irmãos juntos emergindo das sombras revelando seus rostos cinzentos e o rosto parcialmente coberto pela franja de tonalidade roxa.

Os olhos de Yuu se arregalaram praticamente ameaçando pular para fora de suas órbitas ao ouvir o som e o brilho do metal vindo junto com os dois irmãos.

- O que foi? – perguntou Happi em um tom um tanto atroz – Não vai usar aquele seu caderninho de desenhos não? – ele apontava uma espada que parecia ter partes feitas de ossos humanos.

- Por que nós já pegamos as nossas – Lukke levantou uma pistola que estava amarrada a espada de Happi, igualmente a espada a pistola tinha certas partes feitas de ossos.

Os dois gêmeos davam passos extremamente lentos na direção de Yuu e certas vezes falavam coisas como “se você não tentar lutar não vai ter a mínima graça te matar”. Quando os dois já estavam na metade do caminho o estado de choque de Yuu cessara e ela conseguiu reunir forças para dizer algumas palavras, palavras no qual a salvaram de uma morte instantânea, essas palavras foram “Missing Pages”.

Instantaneamente a bolsa de Yuu ganhava uma luminosidade incrível enquanto os pés da garota se desgrudavam do chão. Seus olhos já se viam cerrados enquanto os Hakanes sorriam cada vez mais.

- Oh pelo visto você começou a criar coragem garota – disse Happi

A bolsa de Yuu abrira e de dentro dela três cadernos saltaram para fora e ficam flutuando em frente ao busto da garota.

- Ela tem “truquezinhos” novos Happi – disse Lukke sarcástico – Comprou o caderno novo aonde? Em uma loja de um e noventa e nove?

- Essa foi boa Lukke – disse Happi rindo da piada do irmão.

Interrompendo a conversa e as piadas dos dois irmãos o caderno começava a escrever algumas palavras, palavras que estavam aparecendo em pleno ar na frente dos irmãos; com o passar de alguns segundos a frase estava completa, e ela dizia: “Sim, eu tenho truques novos, mas vocês dois vão se arrepender de invadir minha casa e de machucar os meus amigos!”.

- Nossa, tô morrendo de medo – disse Happi zombeteiro.

- Mas vamos parar Happi, temos que matar ela logo já que ela só fica brincando com o caderninho dela – Lukke agora transmitia seriedade no que falava.

- Tudo bem... – os dois pararam e estenderam suas armas de forma que a corrente ficasse em uma perfeita linha reta – Twin Chained Bones – disse Happi

- Scary Bones – completou o irmão.

Ao dizer isso eles correram em alta velocidade até Yuu que permanecia parada de olhos fechados. Happi e Lukke andaram em círculos e amarraram os braços de Yuu com a corrente que parecia cada vez mais ficar maior, então, cada um em uma extremidade do campo (esquerda e direita) puxaram a corrente apertando os braços de Yuu que começara a morder os lábios inferiores provavelmente por causa da dor.

- Ainda não acabou – gritaram os dois irmãos

Happi soltara a espada da corrente juntamente com Lukke que fizera o mesmo com sua pistola e os dois apareceram em questão de segundos em acima da cabeça Yuu. Lukke disparara um tiro em Yuu, a bala era vermelha e deixava um rastro de fogo onde passava. Uma explosão acontecera; logo em seguida Happi joga sua espada por cima da cabeça de Yuu causando uma explosão ainda maior levantando uma enorme nuvem empoeirada.

Com o cessar da nuvem eles puderam ver completamente ensanguentada, Yuu, caída ao chão.

- O que foi fácil assim? – perguntou Happi

- Talvez, mas usamos apenas a nossa sequencia mais fraca... – respondeu o irmão que se aproximava de Yuu.

Yuu soltou um leve gemido em seguida tentou se virar.

- Ela ainda está viva – disse Lukke

- Me deu preguiça de mata-la... – respondeu o irmão

- Do que você não tem preguiça? – Lukke encarava Happi – Mas já que ela não pode lutar mais, o que fazemos? A deixamos aqui até ela morrer?

- Não! – afirmou o irmão – Isso foi muito sem graça, já que destruímos o corpo, podemos destruir a mente agora – Happi levantava a manga de sua blusa e seguia em direção à Yuu para invadir a mente da pobre garota.

- Sua maldade assusta até a mim às vezes, Happi – disse Lukke enquanto via o irmão encostando a mão de Yuu.

- Você tem medo de muitas coisas – disse Happi sorrindo – Mas agora nos vemos lá dentro

Ao encostar-se à cabeça da menina Happi ficou parado como se fosse uma estátua, mas logo em seguida uma coisa curiosa acontecera em um dos cadernos que estavam jogados no chão, ele começava a escrever algumas palavras; Lukke ficara assustado ao perceber aquilo.

As palavras se formaram em pleno ar, e elas diziam: “Peguei vocês!”.

Lukke ficou cada vez mais assustado e tentou acordar o irmão que já estava dentro da mente de Yuu.

Outro caderno que estava jogando ao chão, porém fechado se abrira e revelava o desenho de Yuu jogada ao chão, exatamente como estava no momento. O caderno virava a página e aparecia o desenho de um rato, com isso o corpo de Yuu se desintegrara dando lugar a um rato de pelo cinzento e morto.

Logo ao longe aparecia a verdadeira Yuu voando a alguns centímetros do chão, em seus lábios um pequeno sorriso aparecia.

- Maldita! – exclamou Lukke.

A página de um dos cadernos de Yuu virava novamente, mostrando uma enorme estalagmite transpassando o corpo de Happi. Lukke ao ver isso ficou paralisado e em estado de choque.

Não se passara nem um segundo e o desenho se tornara realidade. Uma enorme e negra estalagmite brota do chão traspassando a barriga de Happi por completo, fazendo com que o sangue escorresse e tingisse a pedra de vermelho.

- HAPPI! – gritou Lukke em um grito agonizante e contínuo.

Continua...