Eu estava naquela maldita festa, usando aquela roupa ridicula, que me deixava com aparência de prostituta. Mas pouco me importava, eu estava no meu terceiro drink - ou diria sexto?

Andei calmamente até a pista de dança, cambaleando um pouco. Teria caído, se não fossem dois belos braços segurando em minha cintura.

- Deveria ter mais cuidado. - Ele sussurrou no meu ouvido.

Me virei para poder vê-lo. Ele era muito alto, um corpo invejável. Seus lábios estavam entreabertos, e sua respiração era fria. Seus olhos azuis estavam pretos devido ao tamanho de suas íris. Ele sorriu de lado.

- Desculpe. - Eu disse. - Anna. Anna Smithers.

Seu sorriso aumentou ainda mais, enquanto ele descia os olhos pelo meu corpo.

- Me chame de Die. - Ele pronunciou Die de um jeito tão charmoso que me fez delirar.

- E de onde você é, Die? - Perguntei, tomando mais um gole da minha bebida.

- Do inferno. - Ele disse, mas eu nem escutei direito.

Die foi me levando para a saída da boate. Atravessamos a rua, e ele me encostou em um carro.

Estava mais frio, o que fez meus dentes baterem um pouco. Die pegou o copo de minhas mãos e o jogou longe, produzindo um enorme barulho de vidro se chocando contra algo.

Os olhos dele me fitavam atenciosos, enquanto minha respiração acelerada fazia meus seios subirem e descerem.

- De onde você disse que era mesmo? - Perguntei, completamente bêbada devido a alta quantidade de álcool presente no meu sangue.

Ele andou lentamente até mim, envolvendo minha cintura com uma mão e, com a outra, puxando meus cabelos da nuca, jogando minha cabeça para trás.
- Do inferno. - Foi tudo o que ele disse antes de eu apagar completamente.