Quando acordei, não sabia onde estava, perguntei várias vezes para as pessoas que estava com tocas na cabeça, mas ela não me responderam, demorou muito para eu perceber que estava no hospital, comecei a perceber que eu estava prestes a dar a luz! A única coisa que se passava em minha cabeça é como eu podia der parado no hospital, como? Logo o meu corpo estava menos resistente, sabia que era a hora!

Não tava conseguindo mais suportar a dor que me atingia, era como se fosse uma faca me atingindo, mas não queria saber sobre mim e eu estava ignorando a minha dor e procupada com o Justin, como será que ele está? E o Carlos? Nossa, minha barriga doia, mas não doia tanto como se fosse dor de barriga, doia muito mais... E meu Deus o meu cabelo e meu rosto parecia que estava derretendo de tanto suor, minha cabeça estava me deixando louca, pois era como se o mundo todo girasse ao meu redor, mas eu não fazia a menor ideia se eu iria morrer ou não...

De tanta força que fiz sem saber, ouvi um choro lindo, era o meu filho, o meu Justin, saber que Justin estaria salvo, eu estava tranquila, mas de repente uma tontura me deixou muito enjoada e vejo Carlos vindo na minha direção, eu não sabia direito se era mesmo ele...

Ouvi sua voz, mas sua imagem estava sendo apagada automaticamente, parecia que eu estava cega, mas não de ver um preto e sim uma luz agradavél...

- Carlos... Me desculpe por tudo que eu fiz, não queria que fosse assim... Tenho medo de deixar você! O Justin, minha família e a sua! - Eu chorava muito, e dor ia sumindo.

- Meu amor! - Senti seu rosto quente e uma lágrima escorrendo por seu rosto. - O nosso Justin está bem, está muito bem, sua familia, na verdade, nossa familia... Já esta aqui.

- Carlos... Me desculpe por tudo que eu fiz, nunca deixaria você... Me perdoe por cada momento que nós passamos juntos e você não gostou...

- Não, não fale isso! Eu nunca, jamais sentirei que um segundo com você, seria uma perda de tempo, porque nunca foi, eu te amo! - Ele falou, mas sua voz não parecia mais forte e grossa...

- Eu também te amo! - Chorei pela última vez e vi o seu rosto er fechei os olhos. Quando os abri de novo, lá no final de luz estava Carmen com um lindo vestido, ela estava me dando a mão, caminhei até ela e passei por um túnel muito lindo em que as paredes do túnel aparecia as minhas lembranças de vida, ou meus 10 anos não completados e um bolo de anivesário feito por mim...

Quando chegamos no final do túnel, foi como se tudo o que eu quisesse estivesse lá, não tem palavras algumas para descrever esse lugar em que estou, mas era algo que eu sempre quis...

Sabia que depois com o tempo eu iria sentir muita falta, de vez em quando, eu volto para a Terra, mas na forma de espirito, sabe a minha mãe? Pois é! Ela virou médica junto com a Alice, minha cunhada... Meu pai virou juiz, querendo que a vida de todos fossem justas, meus irmãos, pois é, viraram professores, um de Biologia explicando para os outros as doenças do mundo numa universidade, o outro, professor de computação gráfica... A mãe de Carmen se curou, ela vai a igreja todos os domingos, somente por Carmen e seu ex-marido, a irmã de Carmen denunciou o homem com qual tinha dormido com ela todos os dias, ele foi preso e ela comanda agora a cafeitaria, que virou um restaurante de cinco estrelas...

Carlos e Justin compraram uma casa bem perto da praia, os dois são ótimos amigos, Justin está tão lindo e crescendo cada vez mais e Carlos tá tão maduro, Justin tira A em todas as provas e diz que quer fazer Medicina, só para cuidar das pessoas com cancêr, por causa de mim. Ele vai construir um hospital chamado, Noite de Natal, a data em que ele nasceu e eu fui embora... Carlos reza e fala comigo toda a noite, ele nem percebe que eu estou do seu lado ouvindo ele, mas ele sempre fala, e não sei como... Ele sabe que eu estou lá!

Toda a noite eu dou um beijo no rosto do Justin e ele sempre acorda falando: "mamãe". Todo mundo reza por mim e por Carmen, e meu filho vai sempre todos os dias sozinho no cémiterio em que eu e a Carmen estamos enterradas ele leva algum tipo de mensagem oral ou de vez enquando escrita, quando é escrita ele fala em voz alta, e depois cola sempre na minha sepultura que está escrita:

Aqui estás Carmen Hellen Queiroz 17/05/2001 e Annie Gomes Spellman 25/12/2001

Garotinha do papai e da mamãe!