- Sim! Eu aceito! - Meus olhos se encheram de lágrimas e só senti que estava chorando quando elas escorregaram sobre minha face.

- Então... - Ele pegou uma caixinha preta e o meu dedo, colocou em fim o anel com um diamante não tão grande e nem pequeno, em meu dedo anelar...

- Carlos! - Eu pulei para o colo dele, percebi que estava muito feliz!

- Mas eu sou... Eu tenho apenas 16 anos... Não é proibido? - Perguntei cortando o sentimento de felicidade sobre eu e Carlos.

- Não, na verdade é proibido quando o seus pais não altorizam...

- E eles vão altorizar?! - Perguntei o encarando.

- Não sei! O que interessa é que você aceitou, e só isso interessa. - Ele respondeu me dando um leve beijo nos lábios.

- E caso eles não altorizarem, você vai fugir comigo, não é?! - Perguntei com sarcasmo.

- Sim! - Ele respondeu com sarcasmo igual a mim.

Quando voltamos para o hospital, passamos perto do calendário que marcava o dia 18 de julho. Nem percebi que estava olhando de boquiaberta o calendário feito uma idiota.

- O que foi?! - Perguntou Carlos animado.

- Nossa! Ainda falta muito para o Natal... - Eu ri.

- Sim, mas não se preocupe, ainda terá tempo. - Vi que ele falava como um ator, mas sabia que não iria ter muito tempo. Chegamos no quarto e vi minha mãe e meu pai conversando com caras sérias com Alice.

- Oi! - Falei olhando para os três ainda de mão dada com o Carlos.

- Oi! - Respondeu meu pai.

- Eu pedi a mão de Annie... - Carlos estava duro feito pedra com os olhos arregalados e apertando a minha mão com força, deu para perceber que ele estava muito nervoso.

- Sério?! - Não foi em um tom de pergunta que minha mãe fez, mas concordei com a cabeça que sim.

- O quê?! - Minha mãe severamente e com bastante atitude colocou a mão na barriga do meu pai que o deixou meio que sem folêgo.

- Bem, já marcaram o casamento? - Perguntou minha mãe sorrindo.

- Mãe! O pedido de casamento foi hoje! - Tentei fazer ela voltar ao nosso mundo.

- Ah! Quer que eu marque a data do casamento? - Minha mãe estava estranha hoje.

- Eu e Carlos iremos amanhã em uma igreja aqui perto... Certo Carlos? - Ele olhou dentro dos meus olhos e falou:

- Claro! - Sorriu ele.

- Então está bem... Vamos para casa, não é amor? - "AMOR"? Desde quando minha mãe chama o meu pai de " amor"?

Meus pais saíram se despedindo com um leve " tchau" para mim...

- Vou me trocar, você espera aqui! - Não foi uma pergunta, mas ele concordou com a cabeça.

- Alice... - Disse a voz de fundo do Carlos.

Me troquei, me vesti com meu pijama azul. E já tinha escovado os dentes... Sentei em minha "cama" e esperei que Carlos chegasse, demorou, mas ele tinha chegado.

- Oi! - Falou ele sentando-se ao meu lado.

- O que você e Alice estavam conversando?! - Eu o senti hesitar.

- Nada! - Falou ele rapidamente.

- Não tente mentir para mim! O que aconteceu? - Minha voz saiu tão severa que até eu me assustei.

- Nada! - Repetiu ele teimando.

- Tá legal! Você não é um bom ator, e se quer saber? Estou chateada com você!

- Comigo?! - Nossa aquela hora me deu vontade de dar uma boa tirada nele. Decidi não responder e me virei para o outro lado da cama.

- Ela disse que você partirá cedo... E não estou pronto para isso. - Ele falou depois de muito tempo que parecia ter passado uma década, ele me virou para ele.

- Mas eu estou! - Me virei de novo para o outro lado.

- Mas eu não! - De novo ele me virou para o seu lado.

- Tá, mas estou nem aí...

- Nossa, como você é uma noiva chata! - Eu olhei para seus olhos e perguntei:

- Será que eu estou fazendo a coisa certa?! - Perguntei logo, mudando o assunto.

- Por que não? - Ele erqueu só uma sobrancelha.

- Porque eu vou morrer...

- Para, por favor! Você não vai e se for você irá feliz! - Isso me alegrou um pouco...