Eternal Flame escrita por bandolinz


Capítulo 45
Capítulo Extra - POV Gabriel


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, feliz ano novo!
Como eu havia prometido ao pessoal no tumblr, preparei um pequeno capítulo bônus no ponto de vista do Gabriel e outro no ponto de vista do Jacob.

Esse capítulo não interfere de forma alguma no desenrolar da fic, é apenas algo que fiz para acalentar o coração daqueles que shippam GabexNess, então, se você não gostar do Lefroy, sinta-se a vontade para pular para o capítulo seguinte. :)

obs¹: Esse capítulo é narrado pelo Gabriel e se passa entre 3x07 (Apenas Amigos?) e 3x08 (Terremoto)
obs²: Finalmente consegui voltar a postar as capas e atualizei os capítulos 3x15, 3x16 e 3x17 com suas respectivas imagens. Vale a pena conferir! ;D

Música (não necessariamente para o capítulo, mas acho que serve bem para os dois atualmente e me inspirou ao escrever):
https://www.youtube.com/watch?v=jlh7QVqqtwM



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– Eu não acredito que você veio aqui só para dormir.

Despertei do meu breve cochilo para ver a bailarina sentada ao meu lado com um sorriso travesso no rosto.

– Não acredito que você veio aqui apenas para me acordar. – brinquei me endireitando na poltrona.

– Não. Eu vim para ver o ensaio da Cat. – ela respondeu prontamente.

– Nenhum de nós vai cumprir seu objetivo então. Lamento informar que o ensaio hoje vai ser em uma sala fechada.

Renesmee fez um biquinho charmoso de decepção e eu contei mentalmente até três, me controlando para não beijá-la. Expirei virando o rosto para o outro lado com um sorriso despretensioso.

– Pelo menos eles liberaram o estúdio para cochilos e afins. – dei de ombros.

– Você não vai voltar a dormir. – ela duvidou.

– O treino foi realmente cansativo hoje. – argumentei com a voz sonolenta, ajeitando-me em uma posição confortável, pronto para voltar a dormir, porém, por mais cansado que eu estivesse, eu era incapaz de fechar meus olhos e me privar da visão de Renesmee Cullen debruçada na poltrona ao lado da minha, os olhos vivos e ansiosos, os cabelos acobreados caindo em cachos perfeitos sobre seus ombros, os lábios ainda fazendo um bico enquanto o rosto dela se franzia demostrando descontentamento. Meu Deus, ela era tão perfeita. Cada expressão, cada movimento, cada respiração. Eu não tenho como desviar os olhos dela e perder tudo isso diante de mim.

– Okay. – ela se levantou – Vou explorar o lugar sozinha então.

Renesmee subiu no encosto da poltrona se equilibrando graciosamente para ficar de pé chamando imediatamente minha atenção.

– Cuidado, você vai acabar caindo!

– Não vou não. – ela disse, tirando a jaqueta calmamente e em seguida atirando a mesma em cima de mim. – Observe e aprenda.

Renesmee pulou para a cadeira seguinte impossivelmente equilibrando-se com graça e perfeição. Assim ela seguiu pulando de poltrona em poltrona, rindo consigo mesma e me encantando no processo.

– Você está louca. – eu ri maravilhado e preocupado que ela eventualmente caísse.

Ela girou nos calcanhares, sem descer de seu pedestal improvisado, fingindo se desequilibrar e eu me levantei no impulso de resgatá-la já sabendo que seria impossível, uma vez que ela agora estava cinco fileiras à minha frente.

A bailarina gargalhou recuperando o equilíbrio, um som cristalino ecoando pelo auditório.

– Eu não estou louca, só estou tentando te tirar daí. O que uma garota tem que fazer para conseguir a atenção de um garoto nos dias de hoje?

Sacudi a cabeça tentando disfarçar um sorriso e dei a volta, acompanhando-a pelo corredor. Renesmee estendeu a mão para mim e eu muito prontamente a segurei, mesmo sabendo que ela não precisava do meu apoio para continuar seus malabarismos pelo auditório. Ela sorriu satisfeita pulando para a cadeira seguinte.

Enquanto eu a admirava, eu me esforçava para entender como chegamos até aqui. Como a garota linda, misteriosa e cheia de barreiras foi acabar confiando sua mão a mim. Não sei exatamente qual foi o momento em que me apaixonei por Renesmee, eu só sabia que agora eu estava completamente rendido.

No começo eu acreditava que ela precisava de ajuda para se enturmar no colégio e decidi ajudar com isso, mas acabei conhecendo-a melhor e descobrindo o quão danificada ela realmente estava. Imediatamente pude me relacionar, pois eu mesmo tive meu período sombrio e tentei afastar todos à minha volta por medo, por culpa... Se não fosse por Catherine eu jamais teria tido forças para retomar minha vida, e eu sentia que a bailarina precisava que alguém fizesse a mesma coisa por ela. Eu apenas sentia essa necessidade de tentar fazê-la feliz.

Vê-la, literalmente, tão sorridente e saltitante nesse exato momento me deixava tão contente que me dava vontade de cantar – cantar para ela a meia dúzia de músicas que eu já compus em seu nome e das quais ela nunca vai saber.

Chegamos à frente do palco, Renesmee saltou para o chão e eu a recebi em meus braços, envolvendo sua cintura.

– Obrigada. – ela suspirou me olhando nos olhos.

– Por?

– Por me permitir sentir isso outra vez. – ela falou tocando meu antebraço.

A parte do ‘outra vez’ foi o que me pegou. Eu sei que Renesmee ainda não superou o ex e por isso me pediu para ir com calma, porém, saber que outro cara ainda ocupa um lugar no coração dela me deixa ainda mais ansioso para que ela construa novas memórias comigo, para que ela experimente e sinta coisas que se tratem apenas de nós dois e não de algum fantasma do passado. Mas eu jurei que seria paciente, então antes que eu falasse alguma besteira expondo minha insegurança, uni meus lábios aos dela.

Renesmee agarrou meus cabelos e pressionou seu corpo junto ao meu correspondendo ao beijo. Minhas mãos se espalmaram pelo corpo dela na urgência de senti-la, de garantir que ela estava mesmo aqui comigo. Lentamente a bailarina me empurrou para a poltrona me fazendo sentar e montando em cima de mim.

Caramba, ela era tão quente! Claro, ela já me explicou que era por causa de uma doença estranha cujo nome eu nunca vou decorar. Ainda assim, quente. Um gemido involuntário escapou meus lábios, como eu adorava quando ela fazia isso de deslizar as unhas pela minha nuca... Se me despertar era o que ela queria, agora eu já estava mais do que acordado. Meus lábios se desprenderam dos dela para que eu fizesse o caminho do seu pescoço até o colo, inspirando o máximo de seu perfume. Quando dei por mim, minhas mãos já estavam percorrendo livremente a pele macia das costas de Renesmee, alcançando com agilidade o fecho de seu sutiã, foi quando eu lembrei a mim mesmo que essa não era uma garota qualquer e ainda que meu corpo clame loucamente pelo dela, não seria assim e nem agora.

Seus lábios ainda incendiavam meu pescoço quando afastei gentilmente Renesmee de mim.

– Onde ficou toda aquela história de irmos devagar? – ofeguei.

A consciência e o constrangimento imediatamente dominaram as feições da bailarina, mas suas bochechas coradas só a deixavam ainda mais irresistível.

Ela encostou a testa em meu peito e eu ri baixinho afagando seus cabelos. Quando ela finalmente se afastou eu segurei seu rosto entre minhas mãos.

– Como um ser humano pode ser tão perfeito?

– Quem disse que eu sou humana? – ela sorriu maliciosa e eu joguei minhas mãos para o alto rendido.

– Está explicado então! – falei erguendo as sobrancelhas como se tudo finalmente fizesse sentido, entrando na brincadeira. – Que assim seja, Renesmee Cullen, humana ou não, eu estou completamente apaixonado por você!


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