Já passavam das tres da manha, e eu e ele continuavamos ali, eu estava deitada no peito de Sebastian, que acariciava meu cabelo bagunçado. Nossos corpos estavam cobertos por somente aquele fino lençol branco, nossa roupas jogadas por todas as partes do quarto, e nossos corações ainda acelerados. O silencio que ali se fazia, não me encomodava nem um pouco, eu não parei por nenhum minuto de olhar para as estrelas que sintilavam na escuridão do ceu, ilumindo aquele quarto, iluminando nos dois.

– Voce é tao linda! – ele finalmente disse, depois de muito tempo, me tirando dos devaneios. Então olhei para Sebastian e sorri, assim como ele fez. - tão linda quanto as estrelas... – ele disse fixando o ceu. Eu fiquei olhando seu rosto por um tempo, ate que voltei a olhar as estrelas, assim como Sebastian havia feito. – essa foi... foi sua... – ele tentava perguntar, mas simplesmente não conseguia. Ri baixinho.

– não, não foi minha primeira vez! – disse ainda olhando as estrelas. Pude sentir o olhar de Sebastian em mim, então o encarei. – minha primeira vez, não passou de um grande erro meu! – disse sorrindo. Ele então acariciou meu rosto, trazendo uma mexa loira e colocando traz de minha orelha. - e voce? Foi sua primeira vez?

– tambem não... e como voce, a minha primeira vez foi um grande erro tambem! – ele disse e seu sorriso desapareceu, e ele se voltou para as estrelas novamente. No que sera que ele havia pensado para ter ficado com aquela expressão tao triste?

– o que aconteceu? Voce derepente me pareceu tão triste... porque? – perguntei me levantando um pouco, puxando o lençol comigo e ficando na altura do pescoço de Sebastian.

– é que... o meu erro, foi um pouco triste demais pra mim... – ele disse ainda olhando as estrelas. Com a mesma expressão.

– Como assim? – perguntei, ele não me respondeu.- Voce pode me contar... pode confiar em mim... voce pode sempre confiar em mim Sebastian! – eu disse, então ele me olhou. Pude ver a tristeza em seus olhos.

– Eu tinha 15 anos... estava numa festa com uns amigos do meu primo, comemorando a vitoria do jogo de basquete deles. Eu não queria estar ali... so que algo tinha me chamado atenção, ou melhor, alguem! Uma garota... Jennyfer! Ela tinha 17 anos, tinha cabelos pretos bem compridos e lisos, olhos verdes. Eu amava ela, desde os meus 13 anos, e não perdia uma oportunidade de ve-la... naquela festa, ela tinha bebido demais, e eu tentei ajudar ela, entao eu a levei ate o quarto de hospedes e a deitei na cama, pedi que ela espera-se, que eu ia pegar um pouco de agua, pra que ela melhora-se, quando fui sair da cama, ela me puxou, me fazendo cair em cima dela. Ela disse que me achou bonito, que não era pra mim deixa-la ali sozinha... então ela começou a me beijar, eu senti meu corpo congelando, não acreditava que aquilo era possivel, o meu amor era correspodido? Foi isso que eu pensei naquele momento. Depois que aconteceu, eu não conseguia parar de sorrir. Ate que Jennyfer se levatou da cama, e começou a vestir suas roupas. Eu me sentei e perguntei se ela já se sentia melhor, ela so me olhou seria e riu ironicamente, eu não entendi muito bem aquilo, quando ela estava trocada, ela abriu a porta e se deparou com um garoto da classe dela. Josh. Ele perguntou como foi, e ela disse... – sebastian parou por um momento, e pude ver as lagrimas pedindo para cairem de seus olhos, mas ele nao permitia isso a elas! – ela disse: Trabalho feito! Seu amiguinho ali não é mais virgem! onde eu recebo minha recompensa pelo bom trabalho? Quando ela disse isso, foi como se meu coração para-se por um momento. Josh então respondeu, que o dinheiro estava esperando por ela, assim que ela fizesse o que havia prometido a ele. E ela respondeu, que então estaria esperando por ele no quarto ao lado, e então ela o beijou, olhou pra mim e disse... – ele parou mais uma vez, dessa vez, o que eu via em seu olhar não era tristeza, e sim odio. Raiva. – disse... tchau garotinho. E saiu. Eu amava ela, mas ela so tinha me usado, fingindo estar mal, e se aproveitado de mim por causa de um desafio. o desafio dela, era tirar a virgindade do menino mais santo da festa, que nesse caso era eu. o mais novo . Pensar que eu amei aquela garota... pensar que eu realmente senti algo por ela que não fosse odio, nojo... eu fui o brinquedinho dela! Que ela brincou, e depois jogou fora, dizendo que não prestava mais! – ele disse, fechando os olhos e serando os punhos. o olhei por um segundo e depois o abracei forte.

– Sinto muito ter lembrado voce disso... e ainda ter feito voce me contar toda essa historia... deve ser muito dificil pra voce! Eu sou mesmo muito idiota!- disse me abraçando ainda mais a ele. Que me abraçou mais forte tambem.

– Tudo bem... voce não sabia! E outra, voce ate pode ser meio idiota as vezes... mas é essa idiota que eu amo, a minha idiota! – ele disse. Então o olhei, sorrindo, e o beijando de leve.

– Sebastian...

– oi?

– voce acha que... o que fizemos foi um erro? – disse finalmente, ele sorriu, e segurou meu rosto, me fazendo olhar diretamente para seus olhos.

– eu nunca acharia isso Cloe! – ele disse, me fazendo sorrir ainda mais.

– é, nem eu! - disse, me abraçando mais forte à ele .

– Por mais que não tenha sido a primeira vez de nenhum do dois... – ele começou

– foi com certeza a mais especial! – eu completei. E pelo jeito acertei, pois ele me olhou sorrindo.

– é... – ele concordou. Realmente, por mais que não tenha sido a primeira vez... foi a mais especial, a mais marcante, aquilo nunca se tornaria um erro! Agora eu tinha certeza daquilo... e tambem, tinha certeza do que sentia por ele...

– eu amo voce Cloe! – ele disse, me beijando de um jeito totalmente apaixonado, que eu retribiu como todo o meu coração!

– Eu tambem amo voce Sebastian... – disse me deitado em seu peito novamente.

Não demorou muito para que nos dois caisemos no sono.