Olympic Medical Center



19:45


E lá estava eu, apoiado no balcão da recepção do hospital, tentando deixar mais uma vez Julia constrangida com as cantadas que eu pegava na internet, enquanto o pessoal se preparava para mais um plantão eu me preparava para ir para casa e cair na cama.

- E ai Dan, folga hoje hein, quais os planos? O louco do meu amigo Gustavo como sempre me perturbando.

- Alguma comida no microondas, um suco ou refrigerante, minha TV e cama! Respondi sorrindo.

-Cama, agora entendi porque esta ai todo meloso com a Julia!

- O que? Não, não é nada disso Gu! Julia falava completamente vermelha e eu cai na gargalhada.

- Deixa a Julinha em paz, vou indo nessa, ainda tenho uns minutos de estrada para pegar e a chuva não da tempo – Falei pegando minha bolsa.

- Vai lá campeão!

-Boa madrugada para vocês!

Corri por debaixo da chuva ao estacionamento externo do hospital, e logo entrei no carro, a um ano nessa cidade e ainda não havia me acostumado com essa maldita chuva, liguei o som do carro e então dei partida.

Musica que ele estava ouvindo – Count On Me- Bruno MarsIf you ever find yourself stuck, In the middle of the sea…

Cantarolei enquanto dirigia com uma atenção redobrada na estrada, a chuva estava ficando forte, peguei a estrada principal que ligava Forks a La Push, demoraria um pouco mais para chegar em casa mais era a estrada a qual não havia muito trafego então os minutos acabariam sendo poucos.

Diminuir a velocidade do carro e então a luz do farol ia em cima de uma garota que caminhava lentamente no encostamento, me assustei de inicio, será que eu estava vendo uma assombração?

Parei o carro e olhei para trás, dei a ré e retornei lentamente, mas não a vi mais, Dan você anda trabalhando demais pensei, mas como nunca fui do tipo que acreditava em assombrações continuei no carro lentamente olhando para os lados, então a vi.
Para onde ela ia?

Parei o carro no encostamento e sai debaixo de toda aquela chuva, caminhei devagar para não assustá-la, mas era eu quem tomava o susto, estávamos próximo ao um penhasco, eu podia ver as luzes das casas e a luz das estrelas e da lua, e lá estava ela, em pé a beira, pensei em chamá-la mas a assustaria e ela se jogaria com certeza, eu tinha duas opções chamá-la ou me aproximar lentamente e segura-la, ambas a levaria a morte caso algo desse errado, optei por me aproximar lentamente, ela parecia estar com seus pensamentos tão distantes, tão concentrada em aquilo que pretendia fazer que não havia notado minha presença, eu estava a um metro dela, em sua costa, podia ouvir seus soluços de tanto chorar, ela deu dois passos e quando tentou dar o terceiro a segurei pela cintura.

-GAROTA! O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO?

Olhei seu rosto enquanto ela chorava sem reagir a mim, mesmo debaixo daquela chuva eu podia ver o quanto era bonita, o que a levaria a tentar cometer um suicídio?

Ela não precisava de uma pergunta, talvez precisasse de um amigo, nunca acreditei em destino mas nessa noite o destino resolveu brincar comigo, colocando em meu caminho alguém que entrava de uma forma estranha na minha vida e que eu não iria mais querer que saísse.