Purgatory escrita por Nuvenzinha


Capítulo 7
Tentativa.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, olá!~ (sim, já está virando um hábito eu começar as notas dizendo isso).
Como vão vocês? Eu estou num dos meus poucos realmente bons dias, um desses poucos em que eu acordo com vontade de fazer alguma coisa -e vontade de que eu tive? De escrever. E estamos aqui nesse exato momento por causa disso.
Queria, antes, pedir mil desculpas pela hyper demora. Andei passando por meus problemas emocionais, diagnóstico de depressão, solidão e algumas outras coisas pessoais e mentais que me impediram por algum motivo de fazer inclusive aquilo que mais gosto de fazer, que é escrever. Tanto que é por isso que praticamente todas as fanfics que eu tenho para atualizar estão atrasadas.
Mas estes são detalhes da minha vida pessoal, e estamos aqui para falar a respeito dessa aventura que o Shinra da fanfic está vivendo, que é o de armar um movimento estudantil. Ele é meio louco de tentar fazer isso, mas se não tiver um louco pra começar, ninguém começa. Enfim. O ponto que eu quero chegar é que eu estarei escrevendo mais nessa história pra ver onde ela vai chegar (não, eu não tenho ela inteira bolada).
Esse capítulo tem uma aparência meio boba pelo que eu estou contando por enquanto, e o próximo capítulo será praticamente uma continuação deste que estou postando agora.
Espero que alguém ainda tenha interesse pela fanfic, mesmo com a demora de dois meses para uma atualização, e que continuem acompanhando.
Espero que gostem~ Qualquer sugestão ou crítica, por favor, deixem nos comentários.



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Eram 16 horas de sexta-feira e estávamos eu, Celty, Shizuo, Izaya, Kadota e Mikado na frente da escola, abrindo os portões com a minha chave.

Por que estamos indo colégio em plena sexta-feira à tarde se odiamos aquele lugar? Bom, talvez a resposta não pareça tão óbvia assim, mas todos nós concordamos que, se há algum bom lugar para fazermos nossos cartazes e placas para o protesto é na biblioteca, onde as mesas são grandes e podemos espalhar todo o material que temos à nossa disposição.

Começou algumas horas antes, quando eu, depois de duas semanas em desânimo pelo aparente fracasso de nossa causa até o momento, resolvi abrir o site que nós criamos para tal movimento, e tive um pouco da minha fé renovada.

Os cadastros haviam aumentado, assim como o movimento de pessoas nos fóruns e chats. Comecei então a perceber que as conversas que tinham ali, que antes eram trocas de anotação de aula e tarefas ou então qualquer discussão idiota sobre um filme novo que lançou no cinema, passaram a fazer de assunto principal os problemas da administração de meu pai sobre a escola, as novas regras e vários tipos de reclamações.

Eu abri um sorriso naquela hora. Definitivamente, aquele era o sinal verde que eu estava esperando para entrarmos em ação, e logo liguei aos meus amigos para avisá-los daquilo que estava acontecendo, rapidamente acabamos decidindo nos encontrar imediatamente para começarmos nossos preparativos.

Eu desenterrei todas aquelas caixas de cor e de canetas coloridas que eu tinha de alguns anos antes da minha adolescência, pus numa mochila junto de algumas folhas sulfite roubadas do escritório, alguns rolos de cartolina e papel cartão e fui logo falar com meu pai, que estava lendo um jornal na sala, se eu podia pegar as chaves da escola porque eu tinha de fazer um trabalho com meus amigos. Como ele não viu meu sorriso – que óbvio que iria entregar-me de que não havia trabalho algum para ser feito – me entregou o molho de chaves-mestre dele e eu nem me dei ao trabalho de dizer tchau antes de sair correndo.

E lá estávamos, já andando pelos corredores até chegarmos na biblioteca, todos com o ânimo transparecendo. Ok, quase todos. O Izaya parecia um pouco chateado por termos vindo num horário em que não teria ninguém para ele observar, mas isso são apenas detalhes. O que importa é que estávamos lá com razoável boa vontade para fazermos nossos cartazes no capricho pra quando fôssemos começar nosso plano, provavelmente na segunda-feira que viria.

-Que tipos de coisa vamos escrever nas cartolinas e placas? – Mikado perguntou, tirando de sua mochila parcialmente destruída um estojo igualmente descosturado e sujo, com algumas canetas bem coloridas e brilhantes.

-Acho que a gente tem que ser bem direto e pedir aquilo que a gente quer. – sugeriu Celty, estendendo sobre a mesa um enorme papel que ela trouxera num tubo.

-Bom, temos uma porção de coisas que queremos. – Kadota rebateu, pegando alguns livros para segurar as bordas do papel, que voltava a se enrolar. – O pessoal tem reclamado bastante da diminuição do intervalo, mas também da organização dos poucos eventos que ocorrem aqui, as coisas que estão sempre quebrando e a falta dos clubes. A gente vai ter que escolher alguma coisa pra fazer primeiro.

-Não acha que deveríamos pedir primeiro um conselho ou sindicato de alunos? – Izaya, que estava abrindo as janelas, palpitou, com um meio sorriso no rosto – Se tivéssemos alguma importância em decisões, seria muito mais fácil conseguirmos alguma coisa, não acham? ~

-Iríamos precisar de muito mais gente do que a gente tem. – Shizuo, pra variar, discordou – Melhor começarmos com algo pequeno, que todos poderíamos fazer.

-A gente... poderia pôr no site uma proposta pra que, em algum horário, todos saíssem das salas e se sentassem no pátio, sem fazermos nada, pra aumentarem o intervalo de novo. – até que o mais novinho de nós pensa bem.

-Achei essa uma boa! – Eu concordei – É uma causa pequena, mas que todo mundo vai concordar por enquanto!

Acabamos por entrar em acordo naquele mesmo momento, por voto da maioria, embora alguns ainda se mantivessem inflexíveis com a decisão não ter terminado por ser de acordo com aquilo que queriam, e logo começamos nosso trabalho. Desenhamos as letras grandes, fizemos alguns desenhos ( um tanto mal feitos, por não sermos lá artistas ), e depois contornamos e pintamos tudo com lápis e canetas coloridas.

No final do dia, acho que já eram umas 18 horas, estávamos com todos os papéis que havíamos trazido ocupados com mensagens bem chamativas, pedindo o aumento do intervalo escolar, estando todos sujos, riscados e com fome. Trocamos sorrisos de satisfação uns aos outros e começamos a recolher tudo.

Trancamos as janelas, guardamos os livros, saímos, trancamos a porta, deixamos os muros do colégio e trancamos o portão, começando a caminhar na direção de uma lanchonete de Fast Food que tinha por perto, conversando algumas outras coisas a respeito daquilo que queríamos fazer, desviando lentamente do assunto principal até começarmos a discutir banalidades e idiotices, como se fôssemos amigos normais – não seis pessoas, antes desconhecidas, que fundaram um site rebelde.

Mas, bom, não tenho do que reclamar. É bom descontrair um pouco de vez em quando, não?

A gente lanchou, jogamos batatas fritas uns nos outros, demos trabalho aos funcionários que realizam a limpeza com a nossa bagunça, pagamos e fomos cada um para um canto, cada um com seus pensamentos.

Eu estava pessoalmente feliz. Estávamos perto assim de enfrentarmos meu pai – coisa que ele precisava alguma vez na vida ter que confrontar, já que, desde sempre, ele mandou em tudo. E aquela seria uma satisfação pessoal para mim mesmo.

Mas...


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