Purgatory escrita por Nuvenzinha


Capítulo 6
Divulgação.


Notas iniciais do capítulo

EAEEEEEEEE! VOLTEI GALERA!
*vê-se ao longe uma multidão chegando com tochas e arpões*
Waaah, me desculpem a demora ;-; #arrependimento infinito.
Andei tendo lá meus bloqueios criativos, causados, mais uma vez, por problemas emocionais e sociais de minha parte. Mas, fazer o quê.
Mas foi realmente difícil. Afinal, cada capítulo desses eu levo meia hora pra escrever, e pra eu levar dois meses pra conseguir isso, a coisa dava preta (pra não utilizar palavras de baixo calão aqui).
Vocês devem ter desistido dessa fanfic, de mim, de tudo, mas eu estarei agradecida se alguém aparecer. Estarei daqui em diante fazendo um esforço maior para atualizar a fanfic, mesmo nos dias mais complicados.
E isso pode acontecer só depois das férias, porque no final dessa semana, na sexta-feira, estarei passando por uma cirurgia que vai me deixar de repouso por alguns booooons dias. Portanto, todas as minhas fanfics podem demorar mais que o comum.
Enfim!
Por algum motivo, vejo de alguma forma estranha a música Monster do Super Junior encaixando nesse capítulo.
Ou talvez não encaixe, só eu que ando curtindo muit Super Junior, mesmo.
Enfim! [2]
Aproveitem aqueles que não estão querendo me matar~~



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Reunimo-nos, nós cinco, mais uma vez no durante o almoço. Era o dia seguinte à nossa decisão de criar uma rebelião dentro do colégio e ainda éramos todos meio estranhos uns aos outros. Não que eu e meus amigos não nos conhecêssemos – conhecíamo-nos muito bem, como a própria referência ‘amigos’ já diz –, mas pouquíssimo sabíamos sobre a “Líder” de nosso grupo, sobre quem havia nos dado aquela brilhantíssima ideia.


Celty. Nada sabíamos sobre ela a não ser de que ela era da nossa sala, portanto da nossa idade, havia vindo de outro país e era uma garota realmente esperta. Ou, ao menos, mais esperta que nós.


E, cá entre nós, muito bonita também... Mas isso já é outro assunto.


Estávamos nós cinco almoçando aquele dia, com as carteiras juntas em um grupo mais ou menos pro canto da sala, perto da janela. Izaya perto do vidro como sempre, observando seus “humanos”, eu com a carteira junta à extremidade esquerda da dele, à minha frente estava Shizuo e à frente do Izaya estava o Kadota. Celty estava na ponta, pois juntou-se a nós depois.


Comíamos em paz, por um instante apenas trocando olhares. Algo como um clima estranho entre nós marcava presença. Talvez porque não estivéssemos acostumados à companhia feminina e ela não estava a nossa. No começo daquele intervalo, estávamos falando sobre alguns jogos esportivos que haviam passado na TV, xingando uns aos outros e rindo, como fazemos normalmente, mas então ela voltou para a sala e eu acabei convidando ela a sentar conosco. A culpa desse clima estranho, então, é minha, pode-se concluir.


Jogávamos olhares para todos os lados, sem dizer nada, mas não era muito necessário. Já estávamos muito próximos de falar, apenas esperávamos que um manifestasse a vontade do coletivo.


E acabou sendo eu.


–Então, Celty... –eu deixei meus hachis de lado, pondo-os apoiados na mesa ao lado da minha marmita, e me pus ereto na carteira, sorrindo, mas estava bastante nervoso – Você disse da gente se rebelar...


–Sim, eu disse. –ela respondeu com confiança.


–Mas... –cocei a cabeça.


–Sim?


–Não acha meio... Impossível só nós cinco fazermos isso?


Os outros me olharam. Eu olhei os outros. Me olhavam como se eu tivesse lido a mente deles. Esse que é o problema de já estar amigo de alguém há muito tempo: de alguma forma, você sabe o que eles estão pensando, mas como é um pensamento seu também, você nem se dá conta. Detalhes, detalhes. A única coisa que importava é que eu havia apertado o botão certo.


–... Você tem razão. –ela levou a delicada mão ao queixo, numa expressão pensativa. Por um momento, achei que ela ia me matar! Ela tinha ficado me olhando com uma expressão assustadoramente austera – Fica meio difícil fazer algo grande por nós mesmos.


–De fato. –Kadota falou calmo como sempre.


–Não fica apenas difícil, é inútil~~ -Izaya brincou com os hachis, tendo terminado de comer – A gente precisa de mais gente pra ajudar a gente com a nossa trama~


–Jura? – Shizuo falou em um tom irônico que normalmente não lhe pertence, com um sorriso que demonstrava certa hostilidade – Tá brincando que a gente precisa de mais gente pra um protesto!


–Poupe-me de suas ironias, Shizu-chan~~ - O Orihara riu, apoiando o rosto nas costas da mão – Elas, sequer, são engraçadas.


–Gente... – Como sempre, o Kadota tentou intervir.


–Maah Maah, gente, vamos ter um pouco de foco! – eu também tentei, mas claro que não deu muito certo.


No final, os dois foram discutir lá fora. Nós três que ficamos na sala tivemos um momento sinfônico e suspiramos um depois do outro. Foi até engraçado, mas não dei risada. Depois de um tempo em silêncio, voltamos a discutir o tópico inicial.


Se quiséssemos mover algo, não iríamos conseguir em cinco. Teríamos que multiplicar muito o nosso número total. O problema seria achar um meio de efetuar essa operação matemática quando se está no meio de um povo que não tem capacidade de se organizar pra fazer algo racionalmente. Ficamos ali pensando em como iríamos fazer aquilo.


Pôsteres, panfletos, ou simplesmente subir em uma caixa e começar um discurso. As duas primeiras opções foram rapidamente desconsideradas vez que papel aqui dentro só serve pra duas coisas: avião de papel ou bola de papel, ambos pra jogar nos outros. E pra fazermos um discurso, teríamos que eleger um líder – e, pra falar a verdade, ninguém queria realmente assumir a liderança daquilo.


Mas eu assumi. Afinal, eu apoiei a ideia porque eu tenho meus motivos.


Tudo bem que é apenas uma revolta pessoal contra o meu pai o meu motivo, mas eu tinha de me manifestar de alguma forma. O intervalo reduzido também era um problema, mas era mais isso, mesmo. Eu queria desafiar meu pai. Então, eu me intitulei líder do nosso grupo de revolução.


Aí, o sinal bateu. Cinco minutos antes do que a gente esperava. É, já tinham ajustado o alarme pro horário novo (o que foi um milagre, porque normalmente essa coisa quebra e levam 2 meses pra consertar). A gente se indignou um pouco, mas terminamos de comer às pressas e voltamos as carteiras na posição.


Depois da aula, como era, mais uma vez, meu dia da limpeza, eu fiquei um tempo a mais. Acho que fiquei aproximadamente meia hora lá até uma farpa de madeira do cabo da vassoura entrar no meu dedo e eu ter de abandonar um dos meus colegas pra limpar sozinho e ir à enfermaria.


Entrei lá sem bater na porta e fui logo até a prateleira atrás de uma forma de tirar aquela coisa. Provavelmente uma pinça. Um curativo também seria muito útil depois. Se eu não tirasse aquela farpa do meu dedo naquele momento, ela provavelmente iria ficar ali um bom tempo até que eu tomasse coragem de tentar de novo, e provavelmente ia acabar dando um nome pra ela. Então, era melhor não deixar o sofrimento pra depois.


–Aaaaah! –soltei um breve grito, puxando o objeto invasor de uma vez. Tive a breve impressão de meu dedo ter lacrimejado, mas deu certo- Yosh’! – por isso, comemorei.


Aí, eu notei que tinha alguém me olhando.


Um rapaz miúdo, meio branquelo, com os cabelos negros um tanto desarrumados, as faces arranhadas e uma das mãos mantendo um tampão em seu olho esquerdo, me encarando com o olho saudável um tanto curioso. Um tom azul bastante inocente. Não parecia um garoto de um reformatório, parecia mais um guri que caiu em um arbusto e teve a sorte reversa de bater o olho num galho um pouco saltado, mas, bom, estávamos num reformatório.


–Ah, Ryuugamine-kun! – cumprimentei-o, sorrindo um tanto sem graça- Nem te vi aí!


–Yoo... –ele ergueu a destra em sinal de cumprimento, soltando um breve riso.


Aquele era um velho conhecido meu, Ryuugamine Mikado. Era um nome um tanto peculiar, assim como ele. O pobre coitado fora vítima da burocracia. Algum imbecil inventou de acusa-lo de assassinar o melhor amigo pois este havia desaparecido e mandado uma série de mensagens para ele, e acabou sendo condenado. Sorte dele que veio pra cá, e não pra prisão.


Acabaram depois de alguns meses descobrindo que o idiota do amigo só tinha fugido com a namorada, e quando voltou veio parar aqui também por ter quase atropelado uma velhinha brincando com uma moto. Mas o Mikado não pôde sair mesmo assim, porque, nesse tempo que ficou aqui, acabou se metendo em algumas brigas – como absolutamente todo mundo. Mesmo um garoto esperto não consegue escapar de brigas.


Mas voltando ao assunto. Encontrei-o na enfermaria e, depois de proteger a ferida formada pela farpa arrancada com um curativo (que, infelizmente, era daqueles com desenhos, de algum anime de mahou shoujo, graças à uma das alunas que vem pra cá bastante, a Erika), sentei-me na maca ao lado dele e jogamos conversa a fora alguns minutos, um tanto aleatoriamente.


–Parece que diminuíram o nosso horário de intervalo... –ele observou.


–Pois é... –levei as mãos para a parte de trás da cabeça.


– Não consigo entender porque... – se curvou um pouco para frente, olhando meio vago para a janela da enfermaria, depois voltando o olhar para mim mais uma vez- Seu pai não lhe disse nada a respeito? – sempre, SEMPRE, sobra pra mim.


–Não, não me disse nada. – disse um tanto irritado – Mas eu tenho umas boas coisas pra dizer pra ele!


–Entendo... –ele riu- E como pretende falar pra ele?


–Bom... –abri um sorriso – Isso é segredo, mas... –virei-me bem pra ele e falei baixo- Eu e meus amigos estamos planejando um protesto.


–Um protesto? –ele repetiu em forma de pergunta. Pedi que ele se calasse um instante pondo um de meus dedos na frente da boca.


–É segredo! – insisti – A gente ainda tem que achar mais gente, mas a gente pretende fazer um protesto, pra ver se a gente não consegue fazer um sindicato de estudantes!


–Isso parece... legal. – ele sorriu com um ar inocente, mas havia algo por trás. Algo como.... interesse. – Como pretendem formar um grupo? – maldita pergunta capciosa. Parecia o Izaya falando.


–... A gente ainda não sabe. – sorri meio bobamente. Aquilo pareceu decepcioná-lo. – Alguma ideia?


–Olha... –ele se demorou a falar- Faz um tempo que eu criei um site, e eu não estou fazendo nada com ele. Pode ser um meio de divulgar o grupo sem que a diretoria saiba, mas aí tem que divulgar o site.


–....Ryuugamine-kun, você é um gênio! – Acabei me entusiasmando- A gente pode usar esse site, mesmo?!


–Ah, claro. –ele riu um tanto acanhado.


Depois daquilo, ele me passou o site, o e-mail no qual ele estava cadastrado e a senha. Tinha um nome que eu não pude entender, Dollars, mas não desconsiderei. Talvez um nome aleatório como aquele ajudasse a manter o segredo aos olhos da diretoria. Em seguida, ajudei-o a fechar o curativo no olho dele para que ele pudesse voltar pra casa e fomos andando conversando até chegarmos ao portão de saída, onde divergimos de caminho.


No dia seguinte, fui à escola cedo e um pôster em cada mural que achei, com as pontas removíveis. Pra fazer parte do site, tinha que ter uma senha, aí poderia fazer um cadastro. Tudo bem que acabei tendo de recorrer à uma das alternativas descartadas anteriormente, mas aquele foi o melhor meio que eu achei de divulgar o site.


No final da tarde, já haviam 5 cadastros, o que deu uma sensação de satisfação.



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