Purgatory escrita por Nuvenzinha


Capítulo 2
Professor.


Notas iniciais do capítulo

LALALALALALA OLHA EU DE NOVO AQUI, dessa vez atualizando pra fic ir pro topo da página, porque eu reaproveitei uma fanfic excluída minha pra postar essa porque o Nyah não tava querendo enviar. 8D
Começando a postar os capítulos que já escrevi o/
Espero que gostem.
E quem sabe eu não escrevo uma nota de capítulo que preste num outro dia.



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Começando por contar a história de um particular grupo, presente em todas as escolas.

Sabe, eu pessoalmente nunca gostei dos professores que meu pai contrata, isso desde meu primeiro dia aqui, de um ano que não me lembro. Óbvio que jamais direi algo em sua presença, mas acho que a maioria não presta pra dar aula. Não aqui.

Alguns eram moles que acabam saindo por medo e outros eram tão rígidos que saem de tantas ameaças que recebem. Aqueles que ficaram conseguiram de dois jeitos: Alguns conseguiram nosso respeito e outros não dão aula, dão show de comédia. Mas ainda tem o grupo mais detestável dos professores: aqueles que conseguem se manter aqui por serem tão sujos, mal caráter e culpados de crimes quanto cada aluno que têm de lecionar.

Um desses professores desprezíveis em especial desperta ainda hoje um desgosto tremendo em mim.

Nasujima Takashi, ou simplesmente Nasujima-sensei. Professor de biologia. Ele era podre. Dava em cima das alunas, coisa que adulto nenhum deveria fazer... Niekawa Haruna, atualmente uma de minhas colegas, foi o motivo dele ter perdido seu emprego e respeito como professor diante de todo um sindicato e o trouxe até aqui; ele sendo o motivo da loucura dela depois que terminaram seu namoro, o que fez com que ela, para aliviar a tensão, saísse esfaqueando colegas de classe dela. Ambos vieram parar aqui.

Não me espanta que nenhuma escola o quisesse contratar depois do que fez à guria. Quem vai querer um professor pedófilo lecionando seus alunos? Ninguém, óbvio. Mas meu pai, num dos poucos momentos humanitários que já teve, o contratou.

Péssimo professor. Explicava tão mal que eu ensino meus colegas para que não sejam reprovados. A única coisa que o manteve aqui foi graças à influência que exerceu sobre os outros professores, com a ajuda de seu charme de charlatão. Afinal, para que as garotas caírem nos braços dele, ele tinha que ter algum truque ou vantagem.

Graças à esse ser humano repugnante, existe um esquema na minha sala que quase todos os professores adotaram: Toda segunda, quarta e sexta, eles escolhem um par de alunos para que fiquem e arrumem a sala.

O fato é: Eu sou filho do diretor. Os professores tem a mania de me perseguir com a desculpa de que tenho um complexo de superioridade – coisa que não é verdade, que fique constado aqui-, então o bobão aqui sempre faz alguma besteira imaginária e é designado a ficar.

É como se fosse: “Um aluno aleatório e o Shinra, por desrespeito ao professor”, alternando a desculpa uma vez ou outra.

Devo admitir que algumas estão começando a se tornar verdade, mas isto é porque passei a fazer as coisas para, ao menos, receber castigo por algo que de fato fiz. Mas isso não me impede de ter uma profunda raiva desses professores, porque eles que começaram com essa baboseira.

Prosseguindo...

Quarta-feira. Kishitani Shinra e Orihara Izaya.

Devo admitir que passei a manhã inteirinha torcendo pra no final do dia resolvessem escolher uma menina e colocarem pra fazer par comigo a aluna nova, a estrangeira que falei antes, mas cair com meu melhor amigo não foi ruim. Não haveria nenhum silêncio constrangedor, o que tornaria aquilo mais agradável. O único problema foi que ele facilmente percebeu meu desagrado e começou a caçoar de mim (coisa que ele adora, por mais que costumemos conversar sobre coisas mais sérias). Nisso, perdemos quase uma hora de conversa antes de começarmos a realmente limpar, o que deu tempo para o colégio ficar sinistramente vazio.

Mas, de repente, durante nossa pequena nova distração de ficar rabiscando a lousa, ouvimos alguns sons vindos do pátio e paramos o que fazíamos, ficando quietos.

Àquele horário, todos já deveriam ter ido embora, mas ouvimos claramente os portões se abrindo. Olhei pra ele e ele olhou pra mim com os olhos, vermelhos como sangue, cheios de curiosidade. Fomos direto às janelas da sala, voltadas para o pátio lá embaixo. Achávamos que eram os professores saindo atrasados da reunião que durou mais que o esperado, mas vimos que quem entrava era Haruna, o que fez a gente mudar de ideia. Ela se escondeu num cantinho que era o ponto cego de quase todo o colégio, onde comumente se via algum casal se agarrando.

Detalhe: Ela tinha uma faca na mão. Uma faca grande, parecendo uma espada pequena, com a lâmina afiada e bem polida que refletia a pouca luz do sol que saía.

Entendemos de imediato o que ela iria fazer e nos olhamos de novo, nos afastando da janela. Ela ia matar alguém; um alguém muito específico. E nos mataria também se soubesse que estávamos ali e havíamos visto. Como já tínhamos terminado de arrumar as carteiras e varrer o chão, apagamos a lousa rapidamente e saímos voando de dentro do colégio.

Nossa última visão foi a de Nasujima-sensei, o último a sair da sala dos professores, sendo abordado por nossa colega, o que fez a gente correr ainda mais.



Manhã do dia seguinte. Eu e o Izaya vínhamos caminhando juntos pela rua como sempre fazíamos, tendo apenas o diferencial de que aquele dia não trocávamos palavras durante nosso caminho. Estávamos ocupados pensando se Haruna o havia esfaqueado e deixado ele vivo que nem com as outras meninas ou se o havia matado. Em nenhum dos casos ficaríamos surpresos, pois gente morrendo não era nenhuma novidade, ainda mais pra mim que vejo tudo, mas a gente estava tenso pra saber se ela tinha visto a gente ou não, pois seríamos os próximos atacados se fosse o caso.

A gente resolveu entrar pelo portão norte, por onde havia entrado nossa suspeita, apenas por curiosidade. Claro que tinha muita gente lá e sabíamos até porque, mas aproximamo-nos apenas para ver a gravidade da situação.

No meio do pátio, havia um corpo nu sobre uma poça do sangue, com vários e vários cortes e perfurações, obviamente feitos por lâmina, pois a arma havia sido largada logo ao lado.

Ninguém menos que nosso nem tão querido Professor Takashi Nasujima.

A minha reação em especial foi “Poxa, ele foi morto? Vai tarde, porque tava demorando pra alguém matar ele. O que vai ter de almoço?”. Sério, essa foi a minha reação, mas em seguida quis saber de tudo. Pena que eu fui jogado como todos os outros para o ginásio, pra dar espaço pra polícia isolar todos os professores e interroga-los nas salas de aula.

O Izaya, no entanto, pegou as chaves que eu tinha feito a partir das do meu pai e foi direto pra sala do diretor. Não era surpresa que ele não estava lá – no mínimo ia ser interrogado também -, mas a grande e suprema surpresa foi quando ele voltou correndo e disse algo que chocou tanto a mim quanto ao Shizuo, que estava sentado ao meu lado na arquibancada de concreto.

Dentro do lixo, haviam várias folhas picotadas dos arquivos de Niekawa Haruna e Nasujima Takashi, e suas pastas de arquivos não estavam nos gavetões.

Assim, tanto o professor nojento quanto sua “aluna favorita” nunca mais saíram dos jornais municipais, sendo mostrados toda vez que era abordado o início dos casos do Esfaqueador, assassino em série.


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