Purgatory escrita por Nuvenzinha


Capítulo 1
Eu.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal o/
Mais uma vez tô eu aqui, nesse fandom maravilhoso que eu tanto amo, com esses personagens que eu tanto adoro. Desta vez, tentando fazer algo diferente.
Senti-me impulsionada a fazer tal coisa quando percebi que não poderia escrever minha outra fanfic de Durarara!!, Think Twice, para sempre. E pus-me a pensar "o que vou fazer quando eu acabar?" e a resposta foi "outra fanfic, agora uma Universo Alternativo".
Pensei numa grande variedade de enredos, mas este foi o que eu achei mais interessante, mais por opinião própria do que qualquer outra coisa.
Escolhi que o narrador seria o Shinra porque ele, de acordo com a Light Novel, partilha algumas características com o Izaya, e eu quis trazer isso pelo aspecto do apreço que o nosso informante tem por observar. E também achei que seria bastante interessante algo assim.
Espero que aproveitem a leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141816/chapter/1

Kishitani Shinra, 16 anos.

Estudo neste colégio infernal desde que me lembro e desde esta época imemorial não existe muitas coisas a se fazer além de obedecer às regras sufocantes... Ou se juntar a um grupo de amigos delinquentes e rebelar-se secretamente contra as injustiças cometidas aqui.

Esta é a primeira vez que tento de alguma forma contar as coisas que aconteceram nesse colégio, porque algumas delas não são de conhecimento sequer dos alunos, quem dirá de pessoas de fora; Coisas que vi que não deveria ter visto, assim como coisas que ouvi e que preferia não ter ouvido. Primeira vez que tento pois pensei nisso apenas uma ou duas noites atrás.

Sendo o olho que tudo vê e a orelha que tudo escuta por ser naturalmente observador, ninguém melhor do que eu para relatar. Tanto eu quanto Izaya, meu amigo de longa data, somos, mas quis eu compartilhar meu conhecimento.

Seguindo...

Sou, além de minha pessoa, filho do diretor, Kishitani Shingen. Moro num casarão aleatório pago por dinheiro que meu pai consegue fazendo várias outras coisas além de dirigir o colégio em questão – que, aliás, é usado como reformatório – e apenas passei a vida inteira dentro deste para não ter de pagar mensalidade, mas devo admitir que consegui me adaptar bem ao meio. Passo mais tempo fora de casa por opção, zanzando pelas ruas como se fossem minha moradia, aprontando com meus amigos, os quais abordarei em breve. Também dedico parte do meu tempo tentando descobrir mais coisas a respeito da garota estrangeira que tanto me fascina, mas ela também é história para outro momento. Voltemos, agora, aos “delinquentes” que fiz citação no começo.

Todos os grupos dentro da escola são bem distintos e tem critérios e modos de se identificar. Idade, hobbies, notas, número de detenções, número de suspensões e tipos de acusação e pena são critérios utilizados. Nomes, símbolos ou cores são atribuídos a estes grupos para que se crie uma diferença ainda maior, como se fossem gangues (eu particularmente acho que são). Todos os grupos são bem delineados e tem perfis bem característicos.

Menos um.

Nós, os rebeldes, delinquentes, ou como quiser chamar, não temos critérios, nome ou símbolo, nem uma delineação. Não nos unimos pelas nossas idades, hobbies, notas, número de detenções, de suspensões ou pelo tipo de pena que possamos ter recebido. Somos todos muito diferentes, o que também nos faz um grupo diferente.

Somos “virtualmente” invisíveis. Nossos companheiros de grupo são das mais variadas idades e caráteres existentes aqui dentro, todos unidos pelo fato de que temos um sentimento em comum: a revolta. Revolta contra o que? Contra várias coisas; cada um tem seu motivo, mas, em geral, é algo a respeito da escola.

Ao menos, os meus motivos. Os motivos que me fizeram “fundar” esse grupo de revolucionários.

Neste reformatório, todos (menos eu) estão aqui por algum motivo, seja criminalidade ou outro motivo qualquer que os torne “perigosos” para a sociedade. Às vezes chegam com o coração puro como o de uma criança, alienados daquilo que fizeram de errado e daquilo que estava por vir, fruto muitas vezes de uma personalidade fraca de um adolescente que se deixou levar por outro e fez uma bobagem na inércia. Mas, no fim das contas, todos acabam tendo suas mentes adaptadas ao padrão daqui. Todos.

Inclusive eu.

É isso que eu desejo mudar; aquilo que os outros querem mudar eventualmente se tornará claro como água a partir daquilo que vou a lhes contar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!