Bitch D escrita por littleliar


Capítulo 9
that smile, that eyes, that lips


Notas iniciais do capítulo

A partir de hoje a história será narrada em 3° pessoa, ou seja, não será mas pelo ponto de vista de Blair ou de ninguém.Eu acho mais fácil para escrever dessa maneira e fica bem melhor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141782/chapter/9

_Eu sei o que vi. – a garota gritou batendo suas mãos fortemente na mesa do delegado. O advogado da garota suspirou, já era a terceira vez que ela gritava em protesto. O delegado quis revirar os olhos, mas ele não passaria sinais de respeito pela moça se fizesse aquilo. Ela o olhava indignado. Blair estava nervosa. Mas o advogado sabia que ela havia motivos para isso. Justin não acreditou nela, ela passara 3 semanas em um hospital, e ainda por cima não haviam achados provas para acusar Dafnee de ter causado isso.

_Senhorita Forbes, não podemos fazer nada. Não temos nenhuma prova contra a senhorita Pierce. – ele afirmou, sem nenhuma expressão.

_Mas eu a vi ! – ela gritou novamente. O advogado da garota pousou suas mãos encima dos ombros dela, pedindo que se acalma-se. Blair pensou que era impossível se acalmar naquele momento, onde tudo estava dando errado, mas ela abaixou a cabeça e esperou que o delegado disse-se algo.

_Senhorita Forbes, é a lei. Enquanto não tivermos provas para acusa-lá, não podemos fazer nada. – disse o homem. O delegado estava acreditando na palavra de Blair, ele via em seus olhos que continham medo toda vez que citavam o nome de Dafnee ali. Queria poder fazer algo para a garota, mas sem provas, era contra lei.

_E se ela me atacar de novo? – perguntou um pouco mais calma agora, mas sua cabeça ainda estava a mil. Ela pensava em tudo que havia acontecido nos últimos 2 meses. Justin, traição, Chaz, mamãe, brigas, e agora Dafnee. Em apenas dois meses, a vida dela virou-se de cabeça para baixo.

_Seus pais contrataram 2 seguranças. Para acompanhar você na escola, ou em qualquer lugar que você for. – dessa vez o advogada de Blair respondeu. – Até acharmos provas suficiente para acusar essa garota.

Blair bufou. Não queria ter de andar com seguranças como se fosse famosa. Iria chamar atenção demais. Ela odiava atenção. Desde de pequena, quando era a única que tinha uma babá na escolhinha. Ela era motivo de piada. Com certeza seria o mesmo quando chegasse na escola rodada por dois seguranças que provavelmente seria o dobro ou o triplo dela. Já podia imaginar as pessoas cochichando pelos corredores.

_Seus policiais interrogaram Dafnee no dia da festa? – o advogado de Blair perguntou ao delegado Rizzon, fazendo a garota sair dos seus pensamentos e prestar atenção na conversa dos dois.

_Sim. Ela apenas disse que viu Blair uma ou duas vezes na festa, com o Sr. Bieber. Disse que ele apresentou você a ela. – o delegado falou, olhando para a garota. – A senhorita Pierce também disse que você parecia incomodada com o fato dela ser ... – ele parou ficando incomodado. O delegado pensou duas vezes antes de citar a palavra “ex”. Talvez a garota pudesse ficar irritada ainda mais. – ex namorada dele.

Como se inesperado a garota ficou tensa ao se referir a isso. Sim, estava morrendo de ciúmes, mas não seria baixa o suficiente para acusar uma pessoa por um crime somente porque estava com ciúmes. Ela apenas acusou Dafnee pelo simples fato de a própria ter dito que era “D”. Blair se lembrava muito bem das palavras de Dafnee antes de tudo ficar preto. Prazer, Blair, eu sou a D.” Era como se tudo tivesse acontecido ontem. Dafnee não estava sendo acusada por Blair apenas pelo fato de ter levado uma pancada com um objeto não encontrado, também estava tentando fazer justiça por Ryan. O coitado ficou um bom tempo no hospital.

_Eu quero ir para a casa. – a garota sussurrou para o advogado. Ela estava cansada e havia saído no hospital a apenas 1 dia atrás, ainda estava um pouco mal. Não queria ouvir mais problemas por hoje, só queria ir para a sua casa e se juntar-se as lágrimas que já quase caiam dos seus olhos. Eram tantos problemas para uma garota de 17 anos. Blair pensava que se com 17 já estava difícil, imagine com 18 anos. Ela tinha certeza que todas as responsabilidades iriam cair a tona. E ainda tinha Justin. Ela ainda não conseguia colocar na cabeça que ele não acreditara em sua palavra. Ela tinha certeza, o amava. Aquele amor começou a nascer desde o primeiro beijo. Mas ele devia ter confiado em sua palavra. “Eu acredito em você” era as palavras que Blair mais queria que ele tivesse dito. Mas ele apenas foi embora.

E também havia Chaz. Oh, Chaz. Blair não tinha duvidas que ele ainda a amava. Era como se isso havia estado escrito em sua testa. Ele queria parecer que já havia superado, mas eles eram tão unidos que nunca Chaz iria superar aquilo em apenas 2 meses. Blair nunca quis machucar seu coração. Mas ela amava Justin, não mais Chaz. Algumas vezes até pensava que poderia ser feliz com ele, principalmente quando ele foi tão fofo no hospital no dia em que Justin não acreditou nela. Mas outras vezes ela pensava que era melhor assim. Ficar longe de Chaz, era melhor que ficar com ele amando outro.

_Bom, podemos finalizar essa conversa, delegado? – o advogado perguntou atendendo aos pedidos de Blair. – Minha cliente está cansada, e precisa descansar.

_Claro. – ele concordou em finalizar a conversa e Blair suspirou aliviada. O delegado riu. – Bom, se soubermos de algo novo iremos avisar vocês. Tenho muitos policiais trabalhando nesse caso, e eu vou fazer de tudo para encontrar o culpado. – ele levantou de sua cadeira e veio apertar a mão do advogado de Blair, e de Blair. Os dois apertaram a mão do delegado Rizzon.

_Obrigada, delegado. – o advogado falou ao sair da sala juntamente com Blair. A garota suspirou de alívio novamente ao sair dali. Já estava de saco cheio daquela sala. Ela queria somente voltar para a casa e pensar. Os dois saíram da pequena delegacia de Rosewood, fazia frio lá fora e Blair estava aliviada de ter trago um casaco. Era comum a cidade fazer frio, fazia frio geralmente todos os dias.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

O garoto ainda estava parado olhando para seu prato. Ele não havia tocada nem uma vez na comida e não tinha vontade de comer, fazer ou falar nada. Havia 2 semanas que ele estava assim. Só conseguia pensar nela. Em seu sorriso que fazia todo o seu mundo parar, em seus olhos castanhos que reconhecia tudo, em seus lábios macios e doces. Já fazia alguns dias que não a via. Sabia que estava bem, e sabia que já saíra do hospital graças a sua mãe que contou tudo a Pattie e assim chegou aos ouvidos de Justin. Pattie já sabia que eles estavam namorando, ou estavam até aquele dia no hospital. O garoto estava totalmente confuso em relação a isso. Foi uma ‘briguinha’ sem muitas palavras, mas talvez aquele deu fim a tudo.

Ele ainda não acreditava em Blair. Não que fosse um rancor por ela ter dado todo aquele showzinho, ou por estar testando a capacidade dela de ficar brava. Nada disso. Ele realmente não acreditou naquilo. Dafnee era uma boa pessoa. Apesar de sempre ter sido mandona, compulsiva, patricinha as vezes fútil, Justin sabia que ela sempre foi uma boa pessoa. Sempre tentava dizer as coisas com clareza e calma, inofensiva ela era. Nunca iria machucar Blair. Nem por ciúmes, nem por nada. Justin tinha certa certeza que Dafnee ainda gostava dele.

Ele ainda estava se perguntando porque ela voltou a cidade. Talvez negócios do pai dela, talvez apenas para visitar, mas algo dizia que ela viera para ficar. De um certo modo era ruim, pois com Dafnee ali seria mais difícil Blair esquecer tudo e voltou para os braços de Justin. Se Dafnee fosse embora dali alguns dias, tudo ficaria melhor.

Novamente, pela terceira vez em 1 semana, seus pensamentos passaram para Lucy. A garota da festa de Caroline. A garota morta. Ele não queria pensar nela, tudo foi tão difícil na época. Ele nunca se esqueceu de quando voltava da aula, tranqüilo e animado por saber que uma novata bonitona iria entrar no colégio dali a um mês - Ele tremeu mas sorriu ao lembrar disso. A novata bonita era Blair. – Foi quando viu uma pequena movimentação de carros de polícias, corpo de bombeiros, peritos e moradores daquela rua. Ele tirou seus fones de ouvido e apressou seus passos até lá. Algumas pessoas cochichavam, outras choravam baixinho, e uma mulher se descabelava e gritava, chorando descontrolavelmente os braços de um homem que também tinha a expressão triste e caia algumas lágrimas pelos seus olhos. Foi então que um grupo de peritos passaram com uma maca coberta por um plástico preto. Justin teve a certeza que havia um corpo ali dentro. Logo entendeu o porque da mulher chorar. Deveria ser algum parente. O garoto ficou triste, nunca tinha visto algo assim. Mas foi então que por sua surpresa, viu Caroline e Chaz no meio da multidão. Chaz olhava intensamente para o chão, e parecia se culpar por algo. Caroline tinhas lágrimas nos olhos  e parecia desapontada. O garoto rapidamente de aproximou deles e perguntou o que havia acontecido. Caroline apenas disse algumas palavras que fez Justin ficar tonto, e ter vontade de chorar também. “É a Lucy”

_Justin, você tem que comer. – Pattie disse tirando o garoto de todos aqueles pensamentos. Ele suspirou uma vez e olhou para a mãe, que tinha uma expressão preocupada. Seu pai, Jeremy também estava ali,  e também tinha a expressão preocupada. Seu irmão, Chris, brincava com algo na mesa que Justin não se preocupou em saber.

_Eu não estou com fome. – falou baixo e abaixou a cabeça. Pattie suspirou e Jeremy revirou os olhos para o filho.

_O Justin está apaixonado, mamãe. Deixe ele para lá. – o pequeno Chris disse risonho. Pattie riu assim como Jeremy. Justin não pode deixar de rir também. O irmãozinho tinha apenas 6 anos mas sempre fazia-os rir mesmo nos momentos que era quase impossível rir.

_Justin, você deveria tentar conversar com ela. Não quero meu filho de luto eterno. – a mãe falou não respondendo ao comentário de Chris.

_Quem disse que estou de luto? – perguntou Justin erguendo as sobrancelhas.

_Parece – dessa vez foi Jeremy que respondeu, sério.

_Eu não estou. – o garoto revirou os olhos e deu uma garfada em sua sobremesa.

_Amanha os Forbes irão jantar aqui. Temos uma reunião. – a mãe disse. – Talvez possa pedir Felix para convencer Blair a vir. – ela disse abaixando a cabeça. Sabia que o filho iria gritar, e dizer que não era para se intrometer. Conhecia Justin.

_Não mãe – ele falou em um tom alto. – Não quero que se intrometa nisso. – Pattie riu baixinho por já ter previsto a sua resposta.

_Tudo bem. – ela assentiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!