Minhas mãos se mantiveram trêmulas e minha máxima reação foi responder com um sorriso bobo. Não posso negar, ainda pensava um pouco em Lucas, mas posso dizer que estava encantada por Erick.

- Vou indo então cara… Depois te ligo pra gente combinar umas parada! – Joe disse.

- Beleza! – Erick respondeu.

- Tchau Isa!

- Tchau – eu respondi e sorri. Um pouco aliviada, admito.

- E então… O que rola hoje? – perguntei.

- Que tal jantarmos juntos? No hotel que estou tem um jantar maravilhoso!

- Nossa, animei agora!

Ele colocou o braço em torno da minha nuca e beijou minha testa enquanto andávamos.

- Pra onde está me levando?

- Quero que conheça meu irmão. Ele chegou de viagem ontem de manhã. – aproximamos de um garoto um pouco parecido com ele, tímido, mas parecia ser muito gente boa. – Noah, essa aqui é a Isabella, minha namorada.

- Oi Noah! Não acredito que você é irmão dele! Não te vejo desde a… Oitava série?

- Já se conhecem?! Como? Onde?

- Oi Isa! A gente estudou junto, brodi. Mas você tá… uma gat.. linda, car****!

- Hahahaha, - ri um pouco envergonhada – obrigada! Acho que mudei muito mesmo!

- Muito!

- Tá, chega de papo que daqui a pouco vem romance, e romance só pode comigo.

- Xiii! Ciumento! Pode parar – disse enquanto ria.

- Vem, vamos sentar pra conversar. – ele gritou enquanto nos chamava pra sentar numa mesa redonda que tinha ali perto. – E aí brodi, já passou pro passo dois? – ele pensou que não, mas eu tinha entendido.

- É, acho que você não conhece muito bem seu “brodi”, de safado ele não tem nada! Até eu fiquei surpresa…

- Hahahaha… Você é muito à toa mesmo, Noah. Mal chega de viagem, mal vê a garota de novo e sai perguntando uma coisa dessas na frente dela.

Anne chega e interrompe a conversa.

- Oi Isabella! – ela me cumprimenta com um livro verde debaixo do braço. Tipo. Era idêntico ao meu diário antigo. Mas resolvi não precipitar as acusações.

- Oi Anne. O que faz por aqui? – não hesitei em perguntar.

- Só vim te dar os parabéns.

- E pelo que estou sendo parabenizada?

- Por acabar com a vida do Lucas.

Arrepiei e não estava acreditando no que estava ouvindo.

- Como assim? – perguntei assustada.

- Lucas… Ficou sabendo que você está com outro garoto e… Como posso te dizer isso? Ele se atirou da janela de seu apartamento.

- Mas… – comecei a gaguejar – O apartamento dele é no décimo terceiro andar, me diga que ele sobreviveu.

Ela começou a chorar, não sei se era drama, se era pra me abalar, se era teatrinho, pra eu me sentir culpada…

- Me diz, Anne! Ele sobreviveu?!

- Não sabe o quanto me dói ter que te dizer que ele está em estado crítico. Por um fio.

Senti-me como se um pedaço do meu coração tivesse sido arrancado, propositalmente. Não sabia se deveria acreditar em suas palavras ou não. Mas acontece que eu ainda o considerava algo, um conhecido, ou até mesmo um amigo.

Agora é o que me preocupa… Ele teria mesmo se atirado por minha culpa?