Passaram-se alguns meses e a presença de Castelliano em minha vida foi se esvaindo; eram raras as vezes que nos víamos e suas visitas à minha casa eram quase nulas. Foi então que percebi o quão apaixonada estava. Sua ausência era, de alguma forma, dolorosa; algo cujo não conseguir-me-ia me acostumar. 

^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^-^

Estávamos no inverno, quando um acarruagem parou em frente à nossa casa. Desci as escadas, e com o coração à pulos abri a porta. O sr. Linconl, sem dizer sequer uma palvra, entrou e se acomodou no divã; Castelliano apenas o acompanhou.

-Onde está seu pai? - bradou - Ande menina!Busque o seu pai, ou eu mesmo terei que fazê-lo? 

-Claro. 

Corri degraus acima, elevando as saias de meu vestido para que não caísse. Papai estava em seu escriório; trancado; como sempre. 

-Papai? O sr. Linconl deseja vê-lo, imediatamente. 

-Peça-o que venha a meu escritóio. E por favor não nos incomode. 

Obedeci; no entano, o máximo que recebi fora um falso sorriso e um mísero olhar de desprezo. 

-Peço desculpas pelo modo com que meu pai a trata; não de seu feitio tamanha rabugice. - Castelliano se aproximou e com um carinhoso abraço bejou minha testa. 

-Não... Não foi nada. 

-Preciso que saiba de algo. É demasiado importante que saibas ainda hoje. - meu coração palpitou - Podemos ir dar um volta?

-Claro.