Além da Amizade escrita por Nani_sama


Capítulo 5
Capitulo 4 - I certify or not?


Notas iniciais do capítulo

Esperem que gostem. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141502/chapter/5

- O que anda acontecendo, em? – Perguntou assim que o Fabrício saiu de perto.
- Não sei. Você é que tem que explicar. – Falei cruzando os braços.
- Thayná, o que estava fazendo com ele?
- E o que você estava fazendo com aquela qualquerzinha? - Perguntei.
- Beijando na boca. Eu tenho um rolo com ela.
-Nossa! Bravo! – Exclamei batendo palmas numa ironia.
- E a Renata? Nossa! Sabe Daniel? Você é nojento. – Disse começando a andar para casa. Logo, senti passos atrás de mim.  
- Para, você sabe que não sou santo, Thayná.
- É por isso que não quero namorar, tenho motivos de sobra para isso. – Disse. Ele insistia em andar atrás mim.
- Eu não quero ficar assim com você. – Disse ele atrás de mim.
- Eu também, mas você não tem contado nada para mim.
- Ótimo. Agora sabe como venho me sentindo desde que tem esse diário.
- Tem coisas que você não pode saber.
- Eu digo o mesmo.
- Você está me procurando para conseguir o que quer, mas sabe de uma coisa? Pode desistir dessa idéia. – Disse. Senti que ele segurou um dos meus braços e automaticamente parei de andar e me virei para ele.
- Para Thayná. Não gosto de brigar com você.
- Por favor, me solta?
- Não. Nós temos que conversar. Vamos à sorveteria? – Perguntou enquanto eu tentava soltar meu braço que não conseguir.
- Tá. – Respondi. Foi nessa hora que ele soltou meu braço.
  Nós ficamos em silêncio todo o caminho do colégio á sorveteria. Quando estávamos sentando é que escutei:
- É dele que você gosta?
- Como assim?
- É o Fabrício, não é?
- Bem, eu. . .
- Com licença. O que vão querer? – Perguntou a atendente me interrompendo para minha sorte. Eu odiava mentir e minha mãe opinião não mudo até hoje.
  Nós fizemos o pedido e então enquanto ela preparara, eu virei para ele e perguntei:
- Quem é aquela menina?
- Qual?
- A que você estava beijando, alias agarrando no colégio.
- Ah, não é para tanto.
- Fala então quem era. – Falei secamente.
- É a Denise.
- Aquela garota mal falada?
- Ela nem é mal falada, Thayná.
- Imagina se fosse, em? – Murmurei para mim mesmo. Ele abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido.
- Aqui está o sorvete de vocês. – Disse sorridente e ao mesmo tempo colocando os pontinhos de sorvete em cima do balcão. Eu fitei a mulher rapidamente e depois voltei meus olhos para o meu copinho que estava com o meu sorvete. Peguei a colher, peguei um pouco do sorvete, coloquei na colher e por fim dirigi a colher com sorvete na boca. Estava um calor infernal naquele dia e aquele sorvete caiu bem. Enquanto comia, sentia que Daniel me olhava intrigado com algo. Perdi a fome só do jeito que ele me olhava. Engoli mais um pedaço do soverte e afastei o copinho com a mão. Ele parecia já te acabado de comer. Eu comia mesmo lentamente.
- Droga Daniel. O que você tem contra o meu diário?
- É que. . .Eu fico chateado.
- Por que?
- Eu queria saber de tudo de sua vida, sei que é bobeira, mas me sentiria melhor se você. . .Se você. .  .Falasse o que passa com você ao em vez de escrever em um diário.
- Eu não sei se você já notou, mas eu não tenho nenhuma amiga.
- E eu não sirvo com uma amiga também? – Afinou a voz imitando um gay. Eu tive que rir do jeito que ele falou e depois colocou ás mãos na cintura parecendo que ia ter um ataque a qualquer momento.
- Você é ridículo sabia?
- E você é muito birrenta, sabia? – Responde numa pergunta. Eu mostrei a língua e virei à cara. Segundos depois, senti um hálito quente em meu pescoço, fazendo-me arrepiar inteiramente. Como ele não notava o jeito que eu ficava perto dele?
Seus braços me envolveram por trás e puxou-me um pouco com ele. Senti seu queixo apoiado em meu ombro e então escutei:
- Desculpa Tha. Você saiu ontem correndo e desesperada. Fiquei preocupado com você.
- Não correu atrás de mim. – Disse fingindo uma pequena indiferença. Ele se afastou de mim e quando o olhei novamente estava em minha frente. Ele abaixou o rosto e murmurou:
- Tinha combinado de sair com a Renata, eu sei que você entenderia. . .  só que acabou dando tudo errado. Do nada ela saiu correndo.
- E eu em. . .Quando combinaram de sair?
- Ah, ela foi à minha casa um pouco mais cedo e disse que queria conversar comigo.
- E aí?
- Saímos, mas era parecia tão distante. Não entendo o do por que ela ser assim. Tão bonita tanto por dentro quanto por fora, parece ser feliz, mas. . .
- Mas?
- Parece que curte a vida demais.
- E isso não é bom?
- Depende.
- Depende do que?
- Depende o do por que ela está assim.
- E o que você acha?
- Parece que ela está com os dias contados.
- Ah, nada haver. Para mim, ela parece ser muito saudável.
- Você sabia que a mãe dela morreu?
- Ela é órfã?
- Não. Ela tem o pai dela e uma tia aí.
- Ah. Você desconfia dela ter os dias contados por quê?
- Falta muitas vezes. Deve ser para ir ao hospital, mas toda vez que ela está no colégio, ela chama a atenção de todos. É sempre a bem vista.
- Mas ela tem uma beleza. . .Que bem. . .Muitas meninas iam querer ter. – disse num tom de inveja. Nessa hora, senti uma mão em cima da minha e olhei para ela que estava em cima do galpão. A mão do Daniel tampava completamente a minha.
    Sua mão já era formada como a de um homem. Dizem que orientais são bem baixinhos, mas se for, então Daniel e o seu pai são uma bela exceção. Daniel devia medir mais ou menos um 1 metro e 70 centímetros na época e parecia que ia crescer mais. O seu pai tinha 1 metro e 88 centímetros de altura.
- Cara, você é a melhor amiga que um garoto pode ter. – Disse mostrando um sorriso sincero no rosto. Eu senti meu rosto mudar de rosto a automaticamente olhei para baixo e abaixei meu rosto junto.
- Que bom, não é? – Falei. Era um comentário bom, mas ao mesmo tempo não era. Eu queria que fosse mais que isso.
- Aquele garoto. . .O que ele é seu?
- Eu mal o conheço Daniel e se rolasse algo, eu teria te dito.
- Não sei. Tem falado mais com seu diário. - Disse dando de ombro. Eu tirei minha mão debaixo da dele e murmurei:
- Para falar a verdade Dan, ele me beijou e foi tão bonito. – Disse sinceramente. Ele me olhou surpreso, ia falar algo, mas se calou ao vê que não tinha o que falar. Eu levantei meu rosto, sorri e voltei a falar:
- Ele é um fofo. Gostei dele.
- Nossa! Espero que dê tudo certo entre vocês. – Falou de um jeito estranho. Eu o encarei, quando ele notou, sorriu e disse:
- Vamos embora?
- Aham. Vai dormi lá em casa hoje?
- Só se for agora tha. – Disse me fazendo derreter com o jeitinho que ele falava. Ele pegou sua carteira, tirou um dinheiro e pagou os sorvetes. Ele me segurou pela mão e foi me puxando.
- Vai lá almoçar.  – Falei me despedindo dele em frente a minha casa.
- Não vai almoçar comigo hoje não? – Perguntou. Eu neguei num sinal de cabeça.
- Não, eu preciso arrumar a minha casa.
- Tá bom então. Até depois.
- Beleza. – Disse.
         Assim que entrei em minha casa, senti um alivio enorme e não sabia o motivo. Tirei minha mochila das costas e joguei no sofá. Corri para a cozinha passando a mão na barriga. A fome tinha voltado com toda a força de que tinha ido embora. Prendi meu cabelo do jeito que sempre prendia e depois comecei a arrumar tudo para o meu almoço solo.
  Depois que tomei banho, troquei de roupa e comi, arrumei a louça e quando estava ligando o radio da sala, escutei a campainha tocar. Andei até a porta e destranquei a porta. Abri a porta e vi um Daniel risonho na minha frente. Dei espaço para ele entrar. Ele passou por mim assobiando alguma musica.
- É hoje. – Falou maliciosamente. Foi então que me lembrei dos malditos filmes de terror e bufei.
- Prometi que veria ontem e não hoje. – Disse me lembrando da promessa idiota que tinha feito exatamente há dois dias. Ele fez um biquinho irresistível aos meus olhos e tive peninha dele. Ele queria tanto vê aqueles filmes comigo. Por que ficar negando, né? O que a gente faz por quem amamos.
  A tarde inteira ficamos fazendo besteiras que qualquer faria, teve hora que brincamos até de pique esconde. Achei-o debaixo da mesa da cozinha e depois ele me achou debaixo da cama de casal da minha mãe. Ficamos rindo a tarde inteira e zoamos alguns vizinhos que só fofocavam a nossa vida. Apesar de eu ser um pouco estranha, eu era feliz e tudo em minha volta era alegre. Acho que o amor faz isso.  A nossa amizade era incrível, mas eu queria mais que isso dele.
  Quando minha mãe chegou em casa estávamos fazendo um lanchinho.
- Cheguei na hora certe! - Exclamou minha mãe entrando na cozinha. Levantei meu rosto e a vi sorrindo para mim.
- Oi querida. – Disse me cumprimentando.
-Oi. – Respondi apenas e correspondi ao seu cumprimento.
- Oi querido. – Disse abraçando Daniel. Ele correspondeu da mesma forma.
- Olá tia. – Disse na mesma hora em que ela se soltou do abraço.
- Bem, vou comer com vocês. – Falou indo até a pia. Apoiei meus cotovelos no balcão.
- Mãe, o Daniel vai dormi aqui. Tudo bem para você? – Perguntei.
- Tá bom minha querida. – Permitiu.
 Começou a anoitecer e logo íamos dormi.
- Amanhã eu devo ir com alguns brothers na praia. – Comentou Daniel quando estávamos entrando no meu quarto. Eu me virei para ele, fiz careta e disse:
- Aqueles pentelhos que ficam me irritando de vez em quanto.
- São os meus amigos.
- Com certeza. Eles são daqueles tipos que quando tu tá mal, eles tão sempre do seu lado, né? – Ironizei. Ele fez cara feia para mim, mas não respondeu a minha ironia.
- Em fim, devo só chegar à noite.
- Espero que curta a praia. – Disse indiferente.
- Ciumenta! – Brincou.
- Olha só quem fala o cara que tem ciúmes de um pequeno diário! – Exclamei.
- Claro, é a mesma coisa que meus amigos, tá?
- Chato.
- Olha, para te mostrar que não sou chato. Que tal ir comigo?
- Ãhn? Aonde?
- Na praia. Quer ir comigo?
- Não. Muito obrigada.
- Por quê?
- Bem, você deve ficar muito ocupado com a Daniele. Não quero ser vela. – Disse tentando mostra indiferença.
- Eu não disse que só iam garotos?
- Como vou acreditar nisso? Bem. . .Eu sou menina, né? Então provável ela está lá.
- Como pode saber quando minto?
- Do mesmo que você sabe quando eu minto.
- Isso que dá conviver com alguém quase a vida toda.
- Ah. . .
- Escuta, prometo não beijar ninguém na tua frente.
- Mesmo assim, não quero incomodar.
- Desde quando você me incomoda?
- Sei lá. – Respondi me aproximando da minha cama e pulando na mesma.
- Vai ou não vai?
- Eu preciso pensar nisso. Amanhã eu te falo, está bem?
- Ai ai, tá bom. Não vai se esquecer, em?
- Claro que não.
- Então tá. – Disse sentando na minha cama, bem ao meu lado.
- Mudando de assunto. . . Me conta mais?- Continuou ele.
- Sobre o que? – Perguntei curiosa. 
- Sobre esse tal de Fabrício. – Disse cruzando os braços. Eu arqueei a sobrancelha esquerda o olhei e o fitei.
- O que quer saber dele?
- na verdade quero saber tudo.
- Nossa, ficou com ciúmes? – Perguntei criando mais uma vez esperanças de que ele disse que me amava, mesmo saindo com o tal da Daniele.
- Claro, sou como um irmão mais velho seu e quero que minha irmã fique de olhos abertos com esse Mané ai. – Disse num tom de brincadeira. Eu não queria senti, mas eu me decepcionei com a resposta e não consegui fingi.
- O que houve? Eu falei algo de errado? – Perguntou preocupado ao olhar meu olhar triste que ele conhecia tão bem.
- Não, eu só senti um pouco de cólica. – Menti. Ele acreditou para a minha sorte e logo depois tínhamos mudado de assunto. Ficamos conversando.
- Não acham que já é hora de dormi, não? – Perguntou minha mãe entrando no meu quarto, horas depois. Olhei a hora e percebi que passara das nove da noite.
- Ainda vamos vê um filme. . . – Começou Daniel a falar. Eu o olhei e ele me fitou.
- É filha?
- É sim mãe.
- Então coloquem logo a fita no vídeo cassete e depois que acabarem de assistir vão dormi, em?
- Ah tia. Qual é a graça de vê o filme e depois ir dormi? – Reclamou Daniel.  
- A graça é que amanhã ainda é sexta e você tem que ir dormi cedo mocinha. – Disse minha mãe começando a arrumar o colchão que tínhamos para o Daniel toda que vez que ele vinha para cá. Daniel bufou e eu tive que rir.
    Parecíamos duas crianças há vista de todos, mas hoje em dia, quando me lembro disso, começo a rir. Éramos felizes e nem sabíamos.
   Depois que minha mãe saiu do quarto, troquei de roupa e ele também. Ele pegou a fita e a colocou no vídeo cassete. Deitei na minha cama e ele deitou no colchão. No meio do filme, levei um grande susto e me tampei com o lençol.
- Ei, calma, é só um filme. – Falou.
- Dan . . . – Chamei-o num murmuro. Tirei meu lençol apenas de cima do meu rosto
- O que? – Perguntei.
- Dorme comigo hoje?
- Mas eu vou dormi com você hoje.
- Não . . .Dorme aqui na minha cama? – Perguntei. Ele deu pause no filme, apoiou ás mãos no colchão, virou o rosto para mim e me fitou assustado. Eu senti meu rosto mudar de rosto, mas o quarto estava escuro há não ser pela claridade da TV. Ele não conseguia vê mesmo assim a mudança de cor do meu rosto.
- Por quê?
- Estou com medo, por favor. – Murmurei suplicando. Ele sorriu e assentiu.
- Mas não quer dizer que vai parar de vê o filme, em?
- Tá bom. – Disse tremendo.
    Estava com medo e não pensava em nenhuma malicia. Ele pegou o travesseiro, o lençol, com a outra mão pegou o controle, se levantou e ficou de pé no colchão. Depois andou até mim. Eu dei espaço. Ele colocou o travesseiro do lado meu, colocou o controle no criado mudo que fica ao lado da minha cama, por fim deitou-se de costa para mim e se cobriu. Eu o agarrei por trás apavorada e encostei meu rosto em seu ombro. Eu senti sua mão em cima da minha e estremeci com aquele toque, esquecendo-me totalmente do meu medo pelo filme. Fechei meus olhos e senti-me tão protegida com suas mãos em cimas das minhas. Ele tirou minhas mãos de volta dele, virou-se para mim, acariciou meu rosto e sorriu.
- Ei, se acalma. Quando precisar, vou está aqui. Sempre vou está com você de algum modo, prometo. – Disse. Meus olhos se encheram de lagrima com aquela promessa que ele fez.    Queria falar algo, mas não conseguia pensar em nada para dizer, afinal, ele já tinha dito tudo. Eu o abracei fortemente e ele correspondeu da mesma forma. Eu podia amá-lo como mais que um amigo, mas ele me amava como uma irmã e por mais que aquilo me machucava de algum modo, por outro, eu me sentia importante para ele. Acabei esquecendo o filme e dormindo daquele jeitinho. Ele encostado completamente em mim e eu nele. Seu rosto perto do meu e o cheiro do seu desodorante pelo ar.
   Percebi que iria ter que esperar mais algum tempo antes de me declarar para ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Está bom?rs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além da Amizade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.