Além da Amizade escrita por Nani_sama


Capítulo 19
Cap 17 - Renata's Dreams And Ideas Of A Future


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem amores. Boa leitura! *-*



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- Ela te fez isso? – Perguntou mais uma vez surpreso.
Animadamente assenti e ao mesmo tempo disse:
- Sim.
- Então eu fiz algo. . .
- Como assim?
- De algum modo. . .Com esse meu afastamento, ela ficou forte.
- Não Lucas.
- Como não?
- Lucas. . .Renata é mais forte que nós dois juntos. Pelo menos, nós temos alguém que desde pequeno cuidou e nos abraçava quando nos machucamos. Ela não teve. . .Pelo menos até surgi uma alma caridosa em sua vida.
- É. Talvez você tenha razão.
- Lucas, ela só tinha medo de que ficasse sozinha.
- Ela não confiava em mim então.
- Claro que confiava, mas o medo era maior que tudo.
- Como é que o medo pode vencer alguém? – Perguntou como se fosse para si mesmo.
- Quando aquela pessoa não tinha ninguém que pudesse se sentir segura ou amada. – Respondi calmamente.
  Já fazia algum tempo que tínhamos levantado daquele banco e começado a andar.
   Eu sentia a dor dele em mim. Não que eu achasse que ele era inocente. Ele tinha uma parcela de culpa e ele próprio não aceitava isso. Eu suspirei jogando uma carga pesada de insatisfação que tinha dentro de mim.
- O que foi? – Perguntou.
- Nada. - Menti.
- Eu queria vê ela. – Murmurou.
- Então por que não vai vê-la?
- Prometi a mim mesmo que jamais voltaria a olhar ela.
- E o que adianta fazer uma promessa que sabe que não vai cumprir? – Perguntei com seriedade.
  Ele deu de ombros. Ele fixou seus olhos no chão. Parei de olhar para ele e simplesmente continuei a andar sem olhá-lo. Eu olhava para o chão.
- O amor é como uma rosa que é cheia de espinho.
- Como assim?
- Você tem que cuidar e cultivar, porém se você for impaciente, você se fura no em dos espinhos.
- É. . .E você acha que fui impaciente?
- Acho. – Respondi de imediato.
- E ela? Não teve culpa? Claro que teve.
- Vocês dois tiveram culpa de isso não ter dado certo.
- Tem razão.
- Que bom que parou para pensar.
- O que está dizendo com isso?
- Que você é cabeça dura. – Disse sinceramente com um sorriso cínico na cara.
- Cara, mas sincera que você não existe!
- Bom que você sabe. – Respondi de imediato.
  Ficamos em silêncio. Ele me olhou de lado. Deu para sentir seus olhos caírem sobre mim sem sequer olhar para checa. Olhei para frente e vi uma sorveteria.
- Lucas, eu estou com fome. Vamos para aqui para eu tomar um sorvete, pode ser?
- Pode.
  Depois que a menina trouxe o sorvete que havia pedido, ele terminou com o silêncio.
- Ela está mesmo com o que você tinha me dito? – Perguntou.
  É, eu disse a ele sobre a doença da Renata. Se ele a ama mesmo vai ter que suporta isso.
- Sim.
- Quando?
- Depois que você se foi. . .Ela voltou a se sentir sozinha.
- Não deve ter demorado muito a voltar para a rotina de Pi. . .
- Se você terminar essa palavra, eu vou me levantar e ir embora para nunca mais me ver. E você diz ainda que a ama? – Falei intrigada antes que ele terminasse aquela palavra.
- Eu a amo, mas é a verdade. Ela dava para qualquer um e eu. . .Fui apenas mais um.
- Não, você não foi. E você sabe disso!
- Sei?
- Como pode duvidar disso?
- É fácil duvidar.
- Vou te dizer uma coisa, o culpado de ela estar com isso é você mesmo!
- Ela que é culpada disso.
- Você a abandonou! O que queria que ela fizesse? Que viesse atrás de você? – Perguntei sarcasticamente.
- Talvez.
- Você já sabe os motivos dela. Não vou ficar aqui repetindo tudo que já, ok? – Falei para logo depois colocar uma boa colherada de sorvete na boca.
- Tanto faz. – Disse fazendo o mesmo que eu.
  Ficamos em silêncio enquanto terminávamos de tomar o sorvete. Ele pagou os dois sorvetes, apesar de que tinha insistido em eu mesma pagar. Ele me ignorou.
- Cadê o garoto no qual a minha amiga se apaixonou? – Perguntei mais para mim do que para ele.
  Nessa hora, estávamos andando para fora da sorveteria.
  Renata me disse que ele era o garoto mais inteligente e mais fofo que teve em sua vida. Ali, diante de mim, só tinha um covarde que havia abandonado a garota que precisava de ajuda e ele por falta de paciência se fora.
- Ele morreu quando mudou para São Paulo. – Murmurou bem baixinho enquanto andávamos.
- E por isso mudou a aparência? Para tentar esquecer a garota que você amava? – Perguntei jogando a raiva que tentava engolir a algum tempo daquele garoto egoísta.
  Ele permaneceu calado. Ele não sabia o que dizer e estava estampado em sua cara.
- Não. . .Você não vai conseguir. Ninguém consegue. Pode ser popular aqui já que se modificou totalmente, mas o que adianta se tornar bonito? Não vê o que Renata passava pela beleza e pelo dinheiro que antes possuía? – Desabafei o que para mim, era a verdade do que ele sentia.
   Na verdade, ele parecia era esquecer o passado, mas não conseguia, pois em seu passado a Renata estava e era fora a única garota que o fez sentir algo.
- Se você queria ajudar ela. . . – Voltei a falar.
  Respirei fundo antes de continuar. Coloquei uma mexa do meu cabelo que estava me atrapalhando por estar na frente de um dos meus olhos para de trás da orelha.  Parei de andar  e enfim terminei de falar:
- Não devia ter ido embora que nem um idiota. . .Se você tivesse ficado com ela, ela não estaria com HIV. – Disse.
- Duvido que eu modificasse algo no destino. – Resmungou. Por fim ele cruzou os braços.
- Lucas, você a fez sentir especial. Ela realmente te amou e ainda te ama.
- Droga! Eu preciso ver ela. – Disse voltando seu olhar para o chão.
- O que vai fazer afinal?
-

Faltava um dia para voltar para a minha cidade carioca. Naquela noite, eu tinha prometido curti. Minha mãe deixou contato que eu fosse com alguém de confiança. O mais hilário é que meus avos conheciam a mãe do Lucas e o Lucas obviamente.
Ainda era de tarde quando minha mãe entrou no quarto de hospedes a onde estávamos dormindo.
- Querida, já sabe com que vestido vai nessa baladinha que o Lucas te chamou? – Perguntou minha mãe curiosa.
- Hum. . .Na verdade não. – Admiti meio que sem graça.
- Ótimo. – Disse olhando no relógio.
- Ótimo?
- Sim, vamos fazer compras. – Disse me surpreendendo.
- Serio isso mãe?
- Sim filha. . .Sua vó insistiu para que ela fosse junto com a gente.
- Vai ser legal mãe. – Disse contente com aquela noticia.
- Então se arrume para irmos.
-Está bem mãe.
 
  Quando cheguei no shopping, fizemos uma festa de compras.
   É isso mesmo. Se eu contasse cada coisa que minha vó queria que eu comprasse não acreditaria.
   Apesar de na época não curti fazer compras, eu curti aquela tarde no shopping (Mesmo minha avó e minha mãe agindo como duas estilistas de moda). Minha mãe e eu ficamos anos com pouco dinheiro e agora eu sabia o motivo: Ela juntava a metade do salário na poupança todos os meses. Naquele momento, metade do dinheiro que ela juntara com tanto custo ia para o ralo.
- Mãe, chega! Acho que já tá bom, né? – Falei já sem animo nenhum para encontrar mais alguma roupa ou ficar vendo de serve.
- Oh, filha. . .Mal começamos e. . . – Começou minha mãe.
    Qualquer garota ia continuar sem reclamar, inda mais da minha idade, mas. . .Quem disse que eu era qualquer garota? Eu amava minha mãe e sabia que ela tinha lutado muito por aquele dinheiro.
- Já chega, por favor. – Insisti.
- Está bem filha, vamos acabar então. – Disse minha vó que parecia tentar esconder o riso.
- Tá. – Disse minha mãe, ao mesmo tempo em que revirava os olhos.
   Depois ela me fez ir ao cabeleireiro e fiz apenas o cabelo. Não queria fazer unha e nem nada disso. Até por que eu conseguia fazer unha melhor que qualquer manicure. Então minha mãe desistiu de insistir a fazer unha.
   Há noite, depois da compras, eu percebi que tinha comprado para mais de 15 roupas. Com isso, fiquei complemente em duvida do que ir à balada.
  Depois de algum tempo tentando escolher com que ia, enfim decidi ir com a bermuda branca junto com a bata preta e sapatilha preta com laçinho. Eu prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Minha franja já estava grande o bastante para prender com o resto do cabelo. Eu me olhei no espelho pela ultima vez antes de ir para a sala.
 - Nossa! – Exclamou minha mãe me olhando.
- O que foi? Estou tão ruim assim? – Reclamei com um bico se formando nos lábios.
- Não minha fofa. Está mais que perfeita. – Elogiou a minha avó.
- Está linda netinha. – Concordou meu avô que era muito do quieto e que finalmente tinha abeto a boca naquele dia para mim.
   Eu me aliviei na mesma hora.
Não deu tempo nem para sentar, pois o Lucas tocou a campainha logo em seguida. Minha mãe voltou seu olhar na porta e gritou:
- Já vai.
  Antes de ir até a porta, ela piscou para mim com cumplicidade e abriu a porta.
“O que será que minha avó e minha mãe estão pensando que Lucas e eu estamos fazendo?”, pensei receosa  no instante que a minha mãe fez aquele gesto.
- Vovó, mamãe ainda não te contou? – Perguntei preocupada.
- O que ela devia me falar?
- Estou namorando. – Respondi.
- Como? E com quem?
- Com o filho da tia Rosa.
- Q. . .
- Oi senhora Júlia, oi senhor Wilson. . .Nossa! – Começou o Lucas a cumprimentar a todos. Quando me olhou, ficou assustada e parecia que seu queixo ia cair pelo modo que eu ficara.
- Estou muito feia? – Perguntei me olhando depois daquele olhar que ele tinha feito ao me olhar.
- Não. Pelo contrario, está linda!
- Sério? – Perguntei.
- Tenho nem palavras para comentar. – Disse num tom simpático.
- Filha, por favor, me fala uma coisa. . . – Começou minha avó com uma voz baixa e cansada.
- Sim mamãe.
- Minha neta está namorando e não sei da nada?
- Ah desculpa mãe, é que é tanta coisa para falar que. . .
  Sinceramente? Á ultima coisa que queria fazer é ficar ali e escutar a explicação da minha mãe. Interrompi na primeira oportunidade que pude.
- Vamos Lucas?
- Vamos sim. – Respondeu animadamente.
Virei apenas o meu rosto para meus parentes mandando um beijo no ar e um aceno de mão.
Depois saímos pela porta em rumo a tal balada que ele tinha tanto falado.
 - A pé? – Perguntei parecendo mais um resmungo.
Ele soltou um riso abafado pelo nariz.
- Eu ainda não entrei na auto-escola.
- Presa em aprender? – Perguntei curiosa.
- Jamais. – Disse dando de ombros.
- Como não? É um exemplo de liberdade.
- Pode até ser, mas não de independência. – Argumentou.
 Eu fiquei perplexa com tal afirmação. Que bobagem foi aquilo que tinha dito. Sinceramente? O que você pensa quando quer aprender a dirigir, e assim que consegue aprender e vai anda. . .Você sente o que? Independência. Um jeito de fugir dos pais pela primeira vez e ir para algum lugar. Ás vezes simplesmente sumir pelo mundo.
  Quando ele disse aquilo, eu pigarreei.
- Como não? Claro que é.
- É não. Independência é saber o que está fazendo sem precisar de ninguém para te ajudar. É a única coisa que o ser humano deve aprender.
- Que bobagem! – Exclamei fazendo cara feia.
   Mais uma vez, ele deu de ombro e por fim encerramos aquela conversa. Não estava a fim de discutir ou ficar com raiva de algo no que poderia vim daquilo. Eu queria curti aquela noite, até por que não saberia quando teria outra. Era algo sem fundamento e é até hoje para mim.
  “Independência é ser totalmente livre”, pensei comigo.
No silêncio que fazia aquela noite, só se escutava três coisas: Os nossos passos que faziam volumes altos até demais; aquela brisa que era fria e que nos fazia sentir calafrios irritantes e por fim; aquele barulho infernal de carro que não parava.
  Estava pensando em como o Rio de Janeiro e São Paulo pareciam tanto um com o outro. Deve ser por isso que ele havia se acostumando rapidamente.
  Escutei um riso que foi soltado pelo nariz e virei meu rosto para olhá-lo.
- A gente não combina mesmo, não é? – Perguntou como se fosse para si mesmo.
     No entanto, respondi de imediato:
- É. Não sei como a Renata gostou de você!
- Acha que mudei em algo?
- Sinceramente?
- É pow.
- Em tudo. Por dentro e por fora. . .Tudo isso achando que dessa maneira ia esquecer ela.
- Eu estava namorando com outra ‘mina’, não? – Perguntou me fazendo enojar com a seriedade que ele falara aquilo.
- É, mas não era amor.
- É, mas eu namorei.
- E o foda-se? – Disse sem paciência.
- Você me faz rir. – Disse começando a rir logo depois sem parar.
Eu bufei de raiva.
- E eu ainda me pergunto o que a Renata viu em você!
- Não fui ela que me viu. . .Fui eu que a vi.
- Como assim?
- Ela era superficial demais e ninguém a enxergava do jeito que eu a enxergo.
- Isso foi antes! Agora tudo mudou.
- E como pode ter tanta certeza se só passou meses ao lado dela.
- E com você não foi o mesmo?
- Obvio que não. – Berrou aquilo.
  Eu parei de andar de imediato e o encarei. 
Meus olhos piscaram mais do que costume. Estava assustada com aquela resposta. Depois de um breve silêncio, eu apenas arqueei a sobrancelha e permaneci em silêncio.
- Eu a conhecia desde a primeira serie. – Disse virando seus olhos para outra direção. Parecia estar envergonhado de certa forma com o jeito em que eu o encarava.
- Desde o momento que vi aquela. . . – Ele falava com raiva. Porém do nada parou de falar.
   Ele fechou os olhos e mexeu a cabeça para os lados em um gesto de negação. Depois soltou um suspiro e voltou a falar, mas com uma doçura e simpatia: 
- Ela entrou na escola com aquele sorriso que qualquer criança sentiria inveja de ter. Eu estava sentado em um canto, isolado. – Falou docemente.
   Um sorriso de canto dos seus lábios se abriu. Seu olhar que movia a cada momento para algum lugar, não tinha mudado ainda.
- Naquela época até que eu era bonitinho. – Murmurou bem baixinho.
- Ela me olhou e mandou beijinho como qualquer criança faz quando simpatiza com outra, mas ela nem chegou perto de mim e eu não tinha coragem de me aproximar. – Explicou.
  Ele relaxou e voltou a falar:
-  Mas depois, dias, meses e até anos se passaram. E por mais que seja idiota, eu continuei a amando. Ela foi meu primeiro amor. Que coisa mais boiola que estou dizendo, mas que se dane. Eu a amo há muito tempo e por isso minha paciência se acabou.
   O silêncio tomou conta da conversa depois do que ele disse. Ela nunca tinha me contado isso. O Lucas contou naquele momento coisa que ainda não sabia. Eu senti pena dele e a mais culpada agora era ela de não ter visto que tinha um garoto. . .Um menininho que a amou desde o momento que a viu pela primeira vez.
- Ela não me contou isso. – Disse quebrando o silêncio.
  Ele forçou um sorriso discreto e disse:
- Ela nem deve se lembrar. – Disse soltando um suspiro que parecia de angustia.
- Eu não existia para ela e quando comecei a existir de certo modo, ela tentava me apagar de alguma forma. – Falou tristemente.
   Meus olhos encheram de lagrima. Ele realmente amava a Renata. Era um amor inexplicável e podia ser bem maior do que Daniel e eu sentíamos um pelo outro.
- Muitas vezes eu a ajudava em sem ela saber que fui eu. Eu sempre fui um babaca se fosse qualquer assunto com ela.
- E não é mais? – Perguntei com a voz rouca que já saia de mim devido ao choro automático que começava a sair dos meus olhos.
  Fechei os olhos e  caiu mais lagrimas pelo meu rosto. Meu rosto estava se molhando aos poucos.
  Eu era nervosa sim, mas eu também era romântica e só de imaginar um homem me amando desde uma idade que a gente só vê inocência e mais nada, era de machucar.
  Eu sei que muita gente acha que o amor é uma loucura ou apenas uma palavra esdrúxula. Uma miragem no deserto para algumas, talvez. Mas o amor é um veneno. Um veneno que tem o lado bom e ruim. O amor é do mesmo jeito que o mar fica quando estava quieto e calmo e por causa de um vento forte e duradouro; ele se agita e fica com ondas enormes e conturbadas. O amor também poder ser como um passarinho que estava livre e foi preso. É aí que você escolhe. O amor não é o nosso inimigo, pelo contrario ele se torna o nosso melhor amigo e não devemos o tratá-lo como um rival nosso. Por mais que o amor seja platônico em alguns casos, temos que aceitar e esquecer, mas não dizer que não existe um alguém  para fechar o nosso quebra cabeça, pois tem sim. Todos temos.
- Infelizmente ainda sou. – Lamentou-se.
   Ele abaixou o rosto e endureceu as mãos. Estava com raiva ao mesmo tempo em que queria chorar. Dava para perceber seu conflito de sentimentos.
  Eu me aproximei e meio sem jeito o abracei.
  Fiquei nas pontas dos dedos do pé para me aproximar do seu ouvido.
- Tudo vai ficar bem. – Murmurei perto de seu ouvido. Voltei com meus pés totalmente ao chão.
  Depois de alguns segundos, ele correspondeu ao meu abraço e posicionou seu queixo em meu ombro. Fechei meus olhos e respirei fundo.
- Você é muito chata, sabia? – Falou me repreendendo.
Eu corei violentamente e dava para sentir minhas bochechas mudarem de cor.
- Eu sei.
- Mas apesar disso, tá sendo a garota mais paciente que já falou comigo nesses últimos tempos. Obrigada. – Agradeceu.
  Depois de algum tempo naquele abraço, nos separamos e voltamos a andar em direção a balada.
-

Na balada não teve nada de bom. Eu conheci alguns amigos do Lucas, no qual nem me recordo mais os nomes e não demorei muito por lá. Eu nem curtia muito ir a baladas. Eu só queria saber como era as baladas de São Paulo por não ternada para fazer e também eu não queria ficar parada dentro de casa ou só até o quarteirão.
  No dia seguinte, eu iria voltar para o Rio de Janeiro. Para ser sincera, estava ansiosa por isso.     Hoje vejo que foi bobagem já que eu viria para São Paulo 6 anos mais tarde por causa do meu emprego.  Isso não vem ao caso agora. Não na historia que estou contando agora.
  Estava doida para dormi para chegar no outro dia e ir logo para a minha cidade. No entanto, eu não estava com nenhum sono.
  Ao colocar meu baby doll preto de bolinhas brancas, eu me sentei na cama entediada. Virei meu rosto em direção a onde minha mãe estava dormindo há muito tempo e nem me viu chegar. No entanto, minha avó ficou acordada até eu chegar em casa, e disse ainda que eu tinha demorado e que tinha pedido para minha mãe ir dormi, afinal, viajaríamos cedo no dia seguinte.
   Eu deitei na cama e comecei a tentar dormi.
  A ultima coisa que perguntei ao Lucas naquela noite foi se ele tinha certeza de querer ir comigo, ele pensou e disse que não iria comigo. Ele disse também que iria pensar melhor no que ele faria. Eu o abracei e desejei revê-lo.
  Toda vez que tentava fechar os olhos, eu via o Daniel e os abria achando que ele estaria ali em minha frente. Eu o amava tanto. É algo meloso e insuportável de ficar repetindo, mas não agüento não pensar e não ver até hoje o que eu sentia por ele já naquela época. Suspirei cansada de tentar dormi. O sono não vinha de maneira nenhuma.
  Eu me levantei da cama emburrada por não ter conseguido pegar no sono. Coloque meu roupão e o amarrei firme na minha cintura. Me virei e caminhei até a porta. Quando vi, já estava caminhando em volta do sofá da sala. Encostei meu rosto em um dos meus ombros e olhei para trás.
   Foi então que tive a brilhante idéia de caminhar pelo quintal da minha avó. Por que não? Abri a porta da cozinha e olhei para o quintal. Ele era enorme. Dava para ter piscina ali. Por que minha avó não colocava uma piscina ali?
  Eu deitei na rede e comecei a ir para lá e para cá. Por algum tempo eu olhei para o muro da minha avó, mas aos poucos o meu sono tomou conta de mim e então meus olhos fecharam lentamente.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *0* Até a próxima amores.



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